2012-07-29

Ao amado Zé Pilintra de minha Linha





- Ao amado Zé Pilintra de minha Linha,
a quem incorporo com muito amor,
pelo próximo dia dos pais.



ENCANTO


Por algo em mim ser amor
Preciso do silêncio dos meus versos
Este reino encantado no âmago do desejo
Para passar as luas de minhas vontades
Fora do foco dos olhares
Há miríades de gestos
E três fadas que incensam
Todas sorridentes
Velam o poema encantado
A tua vo-(z)-cação
Humano indefinível
Qualquer sentido lírico
Suave sopro que percorre
O instante de eternidade guardado
Em completa concentração
No espaço ladeado por tuas mãos
O amor me convida a dançar
Vem pacato e imponente
Despertar o rubor do meu alvorecer
Nos horizontes que meu peito clama
Encontro velhos sonhos
Houve um instante de surpresa
A um só tempo maravilhoso e aterrador
Teu aspecto asceta
Um sorriso enorme iluminou teu rosto
Eu encantada
Fui testemunha de minha auto- confissão
A poesia que me banhou
Haverá de te banhar também
Travessuras da alma
Sentimento depois de revirado
Na perenidade da vida
Cai no caldeirão da com- paixão
Pois o oráculo disse
Para eu olvidar das culpas
Teu silêncio já basta
Para lançar de ti maravilhas
A respirar o que o poeta rima
Escolha o ritmo da dança
Pois, quem mais raça
E vontade tem
Como se nossa canção
De tão sentida chorasse
Quando não vivemos juntos
Essa alegria
Percebo as tuas mãos
Elas geram passos
E percebo a tua boca
Ela lança de ti
O amor no ponto de partida
Meus olhos contemplam janelas
Querendo saltar
O espírito inrompe dilatado e feliz
A rima é pobre mesmo
Mas arde dentro de todos nós
É covardia aguçar minha visão
E privar-me de inventar
Sabes tu quem sou
Nem eu.


VSL