2012-03-31

Separação do joio e do trigo.








No livro “O sublime peregrino” (obra psicografada por Hercilio Maes), Ramatís nos fala da “separação do joio e do trigo, dos lobos e das ovelhas”. Segue o trecho:

PERGUNTA:
 Que dizeis a respeito do dogma católico, que afirma ter sido Jesus o próprio Deus encarnado, feito homem para salvar a humanidade?


RAMATÍS:
Em verdade, Jesus é o Espírito mais excelso e genial da Terra, da qual é o seu Governador Espiritual. Foi também o mais sublime, heróico e inconfundível Instrutor entre todos os mensageiros espirituais da vossa humanidade.

A sua encarnação messiânica e a sua paixão sacrificial tiveram como objetivo acelerar, tanto quanto possível, o ritmo da evolução espiritual dos terrícolas, a fim de proporcionar a redenção do maior número possível de almas, durante a “separação do joio e do trigo, dos lobos e das ovelhas”, no profético Juízo Final já em consecução no século atual.



PERGUNTA: Podereis referir alguns aspectos e detalhes, quanto ao critério dessa separação em duas ordens distintas?


RAMATÍS: O “trigo” e as “ovelhas” simbolizam os da “direita” do Cristo: são os pacíficos, altruístas, humildes e compassivos, representantes vivos das sublimes bem-aventuranças do Sermão da Montanha. 

O caso é semelhante ao que se processa num jardim, quando o jardineiro decide arrancar as ervas daninhas que asfixiam as flores; e, em se guida, aduba a terra, a fim de obter uma floração sadia e bela.


O outro grupo de espíritos situados à “esquerda” do Cristo, referidos na profecia como sendo o “joio” ou os “lobos”, compõem-se dos maus, dos cruéis, avarentos, irrascíveis, orgulhosos, egoístas, hipócritas, luxuriosos ou ciumen tos. 

Semelhantes à erva daninha do jardim, eles serão “arrancados” ou “excluídos” da Terra para um planeta inferior, compatível com suas paixões e vícios.

No entanto, como o Pai jamais perde uma só ovelha do seu rebanho, tais “esquerdistas”, depois de “limpos” ou “redimidos” no exílio planetário purgatorial, regressarão à sua velha morada terrena para harmonizar-se à sua humanidade.

Conseqüentemente, os exilados da Terra sentir-se-ão “estranhos” no planeta para onde foram expulsos; e, em certas horas de nostalgia espiritual, criarão também a lenda de um Adão e Eva enxotados do Paraíso, por haverem abusado da “árvore da vida” .

Então, no astro-exílio surgirá uma versão nova da lenda dos “anjos decaídos”, como já aconteceu há milênios, na Terra, por parte dos exilados de outros orbes submetidos a juízo final semelhante.

E quando esses expatriados voltarem a reencarnar na Terra, que é a sua “casa paterna”, então o Pai se rejubilará !

No Terceiro Milênio, a Terra será promovida a um grau sideral ou curso espiritual superior, algo semelhante ao ginásio do currículo humano, cujos inquilinos ou moradores; serão os espíritos graduados à “direita” do Cristo, conforme João diz no seu Apocalipse (Cap. XXI, vers. 27): — “Não entrará nela (Terra) coisa alguma contaminada, nem quem cometa abominação ou mentira, mas somente aqueles que estão escritos no [L]livro da [V]vida do Cordeiro”.

Em verdade, no Terceiro Milênio, só entrarão na Terra, pela “porta” da reencarnação, os espíritos devidamente ajustados ao Evangelho de Jesus, no simbolismo das “ovelhas”, do “trigo” e dos “direitistas”.


Onde está o Mentor?






Nota-se uma certa tendência, na atualidade, das pessoas incorporarem, às suas vidas, novas idéias ou conhecimentos relativos à vida espiritual.

Estamos na "nova era" e todos já devem estar cansados de ouvir - e ler- que as coisas estão mudando e que o intercâmbio entre os mundos físico e espiritual tende a aumentar.

Nosso povo, conhecido pela facilidade de familiarizar-se com todos e com tudo, tem feito muitas "amizades" com os irmãos do "lado de lá".

Como a Doutrina Espírita é muito difundida por aqui, e diversas são as lições aprendidas por nós, alguns fatos têm se tornado muito popularizados e tratados de uma forma interessante - para quem se atenta a observar.

Dentre vários desses assuntos, o que nos chama mais a atenção, nesse momento, é o relacionado com o Mentor.

Anjos da Guarda, Guias, Mestres interiores, etc, nunca estiveram tão popularizados e tão íntimos como atualmente, na visão espírita de Mentor.

Quando, em "O Livro dos Espíritos" de Allan Kardec, lemos as observações relativas a esses nossos amigos e protetores invisíveis, observamos a seriedade e o respeito com que Kardec se dirige a eles.

No livro "Nosso Lar", ditado pelo espírito de André Luiz a Chico Xavier, esse respeito e seriedade ficam muito mais evidentes, principalmente quando nos mostram o trabalho desses abnegados servidores do Cristo, de uma forma mais abrangente.

Observem que conotamos os mentores como "servidores do Cristo", e não "nossos servidores". Embora possa parecer o óbvio, não é o que acontece na prática.

Somos surpreendidos , às vezes, ouvindo alguém dizer: "meu mentor é meu amigo, ele fecha os olhos para algumas coisas"; ou, "onde estava meu mentor para deixar isso acontecer?" Ou ainda: "se faço algo errado, não há problema, pois meu mentor me conhece e sabe que não fiz por mal".

Há também aqueles que, por estudarem superficialmente a Doutrina, acabam confundido - ou não - sua própria vontade e decisões com o que supõem ser a vontade do mentor. Tentam impor suas idéias e conceitos e, para dar o cunho de "ordem superior", concluindo seus argumentos com a célebre frase: "quem me pede para assim dizer é o meu mentor!"

Kardec demonstrou-nos, pela sua obra e, principalmente pela sua conduta, que a razão deve ser sempre utilizada quando tratar-se de intercâmbio entre os planos, pois além de ser um campo que necessita de muito estudo de nossa parte, podemos ainda, receber a influência de entidades espirituais que se aproveitem desse nosso descuido e causem danos a nós e aos outros.

A vida, quando encarnados, é de suma importância para o nosso progresso evolutivo. Toda ela é planejada exaustivamente pelos espíritos superiores, preocupados em que tenhamos um bom aproveitamento.

Além disso, para que tenhamos sempre uma orientação segura no nosso caminho, permitem, por determinação do Altíssimo, que Espíritos sérios, evangelizados e cientes das realidades eternas, nos acompanhem na caminhada terrena.

Desnecessário deveria ser, enfatizar o respeito e gratidão que todos nós devemos a esses irmãos.

Ensinaram-nos os espíritos, através da razão de Kardec, que quando atribulações se apresentem às nossas vidas, devemos ter a certeza de que será apenas um remédio amargo, mas necessário para a saúde do espírito, e que, com a fé e a paciência que o Evangelho nos ensina (e que os mentores fazem o possível para lembrar-nos), em breve passarão.

Quem é nosso mentor, é uma curiosidade que muitos têm e desnecessária, por sua vez. Grandes espíritos passaram anônimos pelo planeta, realizando grandes tarefas pela humanidade e muitos outros continuam realizando da mesma forma.

O importante é entendermos - e praticarmos- os ensinamentos contidos na doutrina que abraçamos.

Respeitar e amar o nosso próximo é um dos grandes ensinamentos de Jesus, e pelo que aprendemos no Espiritismo, será que existe alguém mais próximo a nós do que o mentor?


Humberto Pazian


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A Revista Espírita HARMONIA é o órgão oficial de divulgação da Associação dos Divulgadores do Espiritismo de Santa Catarina (ADE-SC).




A verdade de cada um






Havia um lugar, muito belo e tranqüilo, onde a natureza se mostrava sempre exuberante e generosa. Os frutos, de todas as qualidades, pendiam dos galhos que, graciosamente, se ofereciam a quem desejasse apanhá-los.

Do solo, todo alimento que se pode imaginar, nascia, crescia e se reproduzia em abundância. O Sol, com seus mornos raios dourados, todas as manhãs, percorria campos e vales, montes e extensas planícies, germinando a terra e renovando a vida em toda a natureza. Ao final de cada dia, antes de esvair-se, certificava-se de a que a Lua, a senhora da noite, já estava por vir para, na luz tranqüila que irradiava, pudesse a vida, descansar e sonhar...

Essa é a imagem que os povos antigos nos legaram do que entenderam como “paraíso” ou “éden”; o lugar perfeito criado por Deus para servir de morada aos primeiros seres humanos: Adão e Eva. Divergindo um pouco nos nomes e em alguns fatos e pormenores, muitos povos trazem nas suas origens um paraíso, que se tornou “perdido” devido ao erro de seus habitantes em não respeitar as Leis Divinas.

Os espíritas, também têm sua versão desta história. Num passado bem remoto, em um planeta muito maior que o nosso, existia uma civilização evoluída. A ciência desse mundo havia se desenvolvido à alta compreensão da vida. A filosofia e a Arte manifestavam-se com primor e, nesse mundo, encontravam tudo o que necessitavam para viverem felizes.

Mas tudo isso não foi o bastante, muito abusaram da intelectualidade, da sensualidade e do poder. Buscaram outros prazeres e objetivos que não aqueles que o Espírito e a boa moral conduziam. Houve então a degradação; do paraíso em que viviam, seus Espíritos desceram a planos e planetas inferiores na escala evolutiva. Esses seres, encarnados em mundos primitivos, tiraram do “suor de seus corpos” o sustento para suas vidas. Entre esses mundos... a Terra.

Talvez, essa seja a concepção espírita dos “Anjos decaídos”, “dos astronautas que vieram do céu”, dos “Deuses mitológicos”ou ainda, explique a grande sabedoria de alguns povos da antigüidade. Faz sentido, e é importante que se reflita sobre isso, pois do passado tiramos importantes lições para o presente e futuro.

E por falar nisso, observem com atenção a ciência de nosso mundo como está evoluindo. Observem a filosofia e as artes, vejam a facilidade que o homem está encontrando para extrair do planeta seu sustento, cada vez com menos esforço.

Observem a inteligência das crianças, a longevidade que a vida humana tem alcançado e a velocidade com que as mudanças tecnológicas têm surgido e modificado nossas vidas e, o mais importante, não deixem de notar a quanto andam os valores morais e espirituais. Será que têm evoluído na mesma intensidade? Tem, o homem, dedicado o tempo e a atenção devida a essa parte tão importante do seu ser?

Talvez a idéia de “paraíso” esteja um pouco distante da nossa realidade mas, não me furto aqui a oportunidade de deixar uma questão para sua reflexão: Será que a história se repetirá?


09-01-2002

Humberto Pazian



 
A Revista Espírita HARMONIA é o órgão oficial de divulgação da Associação dos Divulgadores do Espiritismo de Santa Catarina (ADE-SC).

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COERÊNCIA







Existe um ‘estado interno’ que está sendo bastante ‘desejado’ ultimamente. Ele recebe vários nomes: paz, harmonia, equilíbrio, a graça interior, etc.

É importante entender que espiritualidade, afetividade, materialidade e ciência, são somente veículos que a mente usa para tentar compreender os diferentes níveis de ‘sensações’ que o corpo experimenta diante do ‘externo’.

O estado interior harmônico reside na transformação dos quantuns vibracionais gerados em ciclos passados de experiências. O ‘antigo’ precisa dar lugar ao ‘novo’, no que se refere ao ‘produto da experiência’, sempre em movimento de modificação.


A mente observadora, inicialmente, enquanto ainda se vê separada, faz as ativações conforme a Ordem planetária – mesmo que ‘ache’ que é dela o comando – e como resultado, novas reações químicas acontecem no sistema, o que permite que a água faça nova ‘configuração de rede’ e um novo ‘campo emocional’ começa a ser estruturado.

A mente daquele que ‘busca’ a paz interna, precisa estar atenta à coerência de suas suposições.

Nem as crenças, que ainda existem no ‘buscador’, podem se contradizer dentro de seu mundo pessoal de experimento – seu casulo de Ilusão.

Por exemplo, se a ‘unidade’ é seu carro chefe de pensamentos, esta ‘unidade’ tem que estar presente no seu entendimento de ciência, espiritualidade, afetividade e materialidade, e esses entendimentos, devem se somar e não se contradizerem.  *

Viver o ‘uno’, é viver sem condições, entender que tudo no universo é energia, e que as separações, de quaisquer formas, são uma ilusão.

Aquele que ‘busca’ a harmonia interior - que em um nível de compreensão é a neutralidade da dualidade, o zero de uma soma - deve ser coerente em entender que precisa transformar tudo o que sua mente ainda separa e diferencia; e quando digo tudo, refiro-me a TUDO.

Ainda os registros celulares referentes às crenças coletivas, que marcaram as épocas planetárias de grandes transições, são os mais enraizados e continuam gerando o produto químico que faz com que a mente perceba a vida com ‘separações’.

Negar a transformação das ‘partes’, significa negar o movimento de evolução da forma de experimentar. As ‘verdades’ do ‘passado’ se transformam, pois já não mais servem ao experimento evoluído.

Enquanto houver ‘verdades’, haverá separações e diferenças, e a mente ainda experimentará a Ilusão.

Coerência nos pensamentos e atitudes pode levar seu eixo vibracional ao equilíbrio.

TUDO sempre se transformará inclusive as crenças, até que a neutralidade interna seja a forma de experimentar da humanidade.



* Destaque da autora.

Por Mirian Coden





Postado por ROBERTO VELASCO

INSTITUTO CONSCIÊNCIA ADAMANTINA- ICA
http://claudiovelasco.ning.com/



O nível da TV no Brasil







Bispo, Dom Henrique Soares, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Aracajú-SE se manifesta - ... repassando... com apelo à consciência.


A situação é extremamente preocupante: no Brasil, há uma televisão de altíssimo nível técnico e baixíssimo nível de programação.


Sem nenhum controle ético por parte da sociedade, os chamados canais abertos (aqueles que se podem assistir gratuitamente)fazem a cabeça dos brasileiros e, com precisão satânica, vão destruindo tudo que encontram pela frente: a sacralidade da família, a fidelidade conjugal, o respeito e veneração dos filhos para com os pais, o sentido de tradição (isto é, saber valorizar e acolher os valores e as experiências das gerações passadas), as virtudes, a castidade, a indissolubilidade do matrimônio, o respeito pela religião, o temor amoroso para com Deus.

Na telinha, tudo é permitido, tudo é bonitinho, tudo é novidade, tudo é relativo! Na telinha, a vida é pra gente bonita, sarada, corpo legal…

A vida é sucesso, é romance com final feliz, é amor livre, aberto desimpedido, é vida que cada um faz e constrói como bem quer e entende! Na telinha tem a Xuxa, a Xuxinha, inocente, com rostinho de anjo, que ensina às jovens o amor liberado e o sexo sem amor, somente pra fabricar um filho…

Na telinha tem o Gugu, que aprendeu com a Xuxa e também fabricou um bebê…

Na telinha tem os debates frívolos do Fantástico, show da vida ilusória… Na telinha tem ainda as novelas que ensinam a trair, a mentir, a explorar e a desvalorizar a família…

Na telinha tem o show de baixaria do Ratinho e do programa vespertino da Bandeirantes, o cinismo cafona da Hebe, a ilusão da Fama…

Enquanto na realidade que ela, a satânica telinha ajuda a criar, te mos adolescentes grávidas deixando os pais loucos e a o futuro comprometido, jovens com uma visão fútil e superficial da vida, a violência urbana, em grande parte fruto da demolição das famílias e da ausência de Deus na vida das pessoas, os entorpecentes, um culto ridículo do corpo, a pobreza e a injustiça social… E a telinha destruindo valores e criando ilusão…

E quando se questiona a qualidade da programação e se pede alguma forma de controle sobre os meios de comunicação, as respostas são prontinhas: (1) assiste quem quer e quem gosta, (2) a programação é espelho da vida real, (3) controlar e informação é antidemocrático e ditatorial…

Assim, com tais desculpas esfarrapadas, a bênção covarde e omissa de nossos dirigentes dos três poderes e a omissão medrosa das várias organizações da sociedade civil – incluindo a Igreja, infelizmente – vai a televisão envenenando, destruindo, invertendo valores, fazendo da futilidade e do paganismo a marca registrada da comunicação brasileira…

Um triste e último exemplo de tudo isso é o atual programa da Globo, o Big Brother (e também aquela outra porcaria, do SBT, chamada Casa dos Artistas…).

Observe-se como o Pedro Bial, apresentador global, chama os personagens do programa: “Meus heróis! Meus guerreiros!” – Pobre Brasil! Que tipo de heróis, que guerreiros! E, no entanto, são essas pessoas absolutamente medíocres e vulgares que são indicadas como modelos para os nossos jovens!

Como o programa é feito por pessoas reais, como são na vida, é ainda mais triste e preocupante, porque se pode ver o nível humano tão baixo a que chegamos! Uma semana de convivência e a orgia corria solta…

Os palavrões são abundantes, o prato nosso de cada dia… A grande preocupação de todos – assunto de debates, colóquios e até crises – é a forma física e, pra completar a chanchada, esse pessoal, tranqüilamente dá-se as mãos para invocar Jesus…

Um jesusinho bem tolinho, invertebrado e inofensivo, que não exige nada, não tem nenhuma influência no comportamento público e privado das pessoas…

Um jesusinho de encomenda, a gosto do freguês… que não tem nada a ver com o Jesus vivo e verdadeiro do Evangelho, que é todo carinho, misericórdia e compaixão, mas odeia o fingimento, a hipocrisia, a vulgaridade e a falta de compromisso com ele na vida e exige de nós conversão contínua!

Um jesusinho tão bonzinho quanto falsificado…

Quanta gente deve ter ficado emocionada com os “heróis” do Pedro Bial cantando “Jesus Cristo, eu estou aqui”!

Até quando a televisão vai assim? Até quando os brasileiros ficaremos calados? Pior ainda: até quando os pais deixarão correr solta a programação televisiva em suas casas sem conversarem sobre o problema com seus filhos e sem exercerem uma sábia e equilibrada censura? Isso mesmo: censura!

Os pais devem ter a responsabilidade de saber a que programas de TV seus filhos assistem, que sites da internet seus filhos visitam e, assim, orientar, conversar, analisar com eles o conteúdo de toda essa parafernália de comunicação e, se preciso, censurar este ou aquele programa.


Censura com amor, censura com explicação dos motivos, não é mal; é bem! Ninguém é feliz na vida fazendo tudo que quer, ninguém amadurece se não conhece limites; ninguém é verdadeiramente humano se não edifica a vida sobre valores sólidos…


E ninguém terá valores sólidos se não aprende desde cedo a escolher, selecionar, buscar o que é belo e bom, evitando o que polui o coração, mancha a consciência e deturpa a razão!

Aqui não se trata de ser moralista, mas de chamar atenção para uma realidade muito grave que tem provocado danos seríssimos na sociedade.

Quem dera que de um modo ou de outro, estas linhas de editorial servissem para fazer pensar e discutir e modificar o comportamento e as atitudes de algumas pessoas diante dos meios de comunicação.

"Se você não for seletivo a mídia fará você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas e amar as pessoas que estão oprimindo".


Por Dom Henrique Soares, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Aracaju-SE


Paróquia IMACULADA CONCEIÇÃO


NOTA: O destaque é de MÉDIUM.




2012-03-30

É a hora da Justiça e da Verdade!







A humanidade primitiva pobre de espiritualidade na intimidade do ser interior precisava de templos ornamentados, homens que supriam sua pobreza interior com trajes ricos de púrpura e ouro, cerimônias e ritos, dogmas e rituais que expressassem por meios exteriores o que faltavam no íntimo. E ela se deixava iludir por suntuosos templos de pedra, e os homens ímpios escondiam sua ambição, mostrando túnicas cravejadas de jóias, expondo fora o que faltava dentro.

Não se cultuava a simplicidade, pureza, ternura e o amor da alma, porque estas virtudes eram escassas no mundo interno, como Deus não existia no coração do homem, ele precisava mostrar o Deus ausente, falando de Deus, mostrando virtudes que não tinham, expondo nas coisas externas aquilo que não tinham internamente.

Longos séculos se escoaram na esteira do tempo, e a mentira persiste “ontem como hoje”, fala-se muito de Deus, porque Deus não habita o coração do homem, que se diz religioso, mas o é, apenas dos lábios para fora, porque sua alma é estéril de divindade.

Não se tem amor suficiente para curar enfermidades da alma e do corpo, como faziam os apóstolos de Jesus, homens simples e probos, que não se importavam em propagar milagres, porque sabiam que eram apenas instrumentos da vontade de Deus, e Jesus, nunca propagou curas porque, na verdade curava e não necessitava expor o óbvio.

Quando muito se propala fatos, pode-se saber que eles não existem, e a AMBIÇÃO vil, a ganância sem freios de bens e poder, precisa ludibriar a boa fé das massas simplórias, FALANDO E REPETINDO, sobre “milagres” que de fato não existem, mas que pela exaustiva repetição, enganam as mentes crédulas.

Quando foi que Jesus precisava fazer propaganda de curas? Não precisava porque elas ocorriam e eram autênticas.

Basta uma simples observação da conduta dúbia dos chamados “homens de Deus”, que não tendo nenhuma grandeza e humildade interior, precisam gritar o que não tem dentro de si, e na sua avidez pelo vil metal, ostentam fortunas incalculáveis subtraídas de homens pobres, que no seu fanatismo e simplicidade, tiram os escassos recursos, e doam aos homens ímpios, buscando com isso comprar benesses do CRIADOR, negociando com os mercadores das “coisas de Deus”, assim mostrando o desejo de coisas materiais.

Deus não instituiu “intermediários”, para negociar pagamentos de vendas de “milagres”, e o SUPREMO AMOR, não necessita o auxílio de homens ímpios, para curar ou para jorrar o seu amor. O Amor de Deus flui no Universo e quando há merecimento, o BEM se manifesta em silêncio, em quietude e anonimato. Deus não precisa de “propaganda” do seu AMOR.

Deus esperou longos séculos de insistentes chamados, para que os “sepulcros caiados”, não mercadejassem “coisas santas”, não usassem o nome de Deus em vão. Longos séculos de piedade, misericórdia e paciente espera, para que a mentira não usasse Deus, como “servo” do mal, muleta para instrumento da ”ambição” desmedida de homens contaminados de maldades no seu mundo interno, sujo e escuro.

Ouçam “homens ímpios”: a hora da justiça e da verdade soa nos átrios celestes, e não ficará pedra sobre pedra de templos falsos, e tudo que não tiver pureza e verdade desmoronará, porque a iniqüidade não prosperará.

Está soando a hora em que o AMOR do doce Jesus, cederá lugar à JUSTIÇA ETERNA, cuja espada de fogo, afastará para sempre aqueles que vivem na mentira, usando em vão no nome do mestre, para auferir bens sem limites de quantidade, cujo único direito é o enriquecimento ilícito.

E o Supremo Amor diz que não é com o brilho das coisas efêmeras e materiais, que se iluminam consciências e guiam almas no caminho de Deus.

Só assim se redime humanidades e erguem-se mundos!

A hora da Justiça e da Verdade soa nos corações, afirmando para os que amam JESUS: “a HORA É AGORA”!

E NÃO HAVERÁ PROTELAÇÕES!


Ismael de Almeida

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2012-03-29

FACES DA DISCRIMINAÇÃO






Professora evangélica prega em aula e aluno sofre bullying na escola



Adolescente de 15 anos passou a ser vítima de bullying e intolerância religiosa como resultado de pregação evangélica realizada pela professora de História Roseli Tadeu Tavares de Santana. Aluno do 2º ano do Ensino Médio na Escola Estadual Antonio Caputo, no Riacho Grande, em São Bernardo, o garoto começou a ter falta de apetite, problemas na fala e tiques nervosos.


Ele passou a ser alvo de colegas de classe porque é praticante de candomblé e não queria participar das pregações da professora, que faz um ritual antes de começar cada aula: tira uma Bíblia e faz 20 minutos de pregação evangélica aos alunos.

O adolescente, que no ano passado começou a ter aulas com ela, ficava constrangido. Seu pai, o aposentado Sebastião da Silveira, 64 anos, é sacerdote de cultos afros. Neste ano, por não concordar com a pregação, decidiu não imitar os colegas. Eles perceberam e sua vida mudou.


Desde janeiro, ele sofre ataques. Primeiro, uma bola de papel lhe atingiu as costas. Depois, ofensas graves aos pais, que resolveram agir. "Ficamos abalados", disse Silveira. "A própria escola não deu garantias de que meu filho terá segurança."

O garoto estuda na unidade desde a 5ª série. Poucos sabiam de sua crença. E quem descobria se afastava.Da professora, ouviu que pregação religiosa fazia parte do seu método. Roseli não quis comentar sobre o caso.

A Secretaria Estadual da Educação promete que a Diretoria de Ensino de São Bernardo irá apurar a história e reconhece que pregar religião é proibido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

Na escola, os alunos reclamam da prática. "Não aprendi nada com ela. Só que teria de ter a mesma religião que ela", disse um menino de 16 anos.

‘Nossas crianças não têm direito a ter uma identidade. São discriminadas'

A presidente da Afecab (Associação Federativa da Cultura e Cultos Afro-Brasileiros), Maria Campi, anunciou que dará amplo suporte à família de Magno pelo que o garoto vem sofrendo. "Nossas crianças não têm direito a ter uma identidade. São discriminadas quando usam as vestimentas. Falta estudar mais as culturas africanas", completou.

Um registro de ocorrência foi feito no 4º DP (Riacho Grande), e a Comissão de Liberdade Religiosa da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e o Ministério Público foram acionados. "O Estado brasileiro é laico e não pode promover uma religião específica através de seus agentes. É preciso compreender a importância do respeito à escolha do próximo", disse a presidente da comissão, Damaris Moura.

"Escola não é lugar para se fazer pregação", definiu Carlos Brandão, doutor em Educação pela Unesp (Universidade Estadual Paulista). "O superior que está permitindo isso não está só indo contra a lei, mas sim prejudicando a moral dos alunos."

Até mesmo pais evangélicos de alunos do local criticam a postura. "Nunca foi falado em casa que ela fazia isso. Senão eu reclamaria, é errado", disse a doméstica Edemilda Silva, 46 anos, moradora do Capelinha. Seu filho, 13, está na 8ª série do Ensino Fundamental e confirmou a atitude da professora. "Se quiser ouvir a palavra, vou na igreja. "


Rafael Ribeiro


Do Diário do Grande ABC
28/03/2012

2012-03-25

Umbanda não é Espiritismo







Origem, conteúdo doutrinário e prática ritual, estabelecem as diferenças fundamentais entre o Espiritismo e Umbanda. Apesar da clareza dessas distinções, isso não deve ser razão impossibilitante para que entre Espíritas e Umbandistas haja respeito mútuo, espírito de compreensão e sensatez, embora essa tolerância não deva resultar em conivência ou omissão.


Deolindo Amorim, em seu livro "O Espiritismo e as Doutrinas Espiritualistas" (1), conclui, afirmando: "O Espiritismo é uma doutrina que se basta a si mesma, sem empréstimos nem acréscimos artificiais.".


A luz dessa precisa orientação, observamos que nem mesmo nos arraiais espíritas essa diferença é feita, especialmente pôr aqueles que não se dão ao trabalho de estudar a Doutrina, sem falar em parte da imprensa leiga que, de propósito ou não, anuncia tudo o que ocorre nas tendas e terreiros, como sendo Espiritismo, disso se beneficiando os opositores sistemáticos da Doutrina Espírita que esperam levar vantagem com a confusão estabelecida.


Fala-se em "baixo Espiritismo" e "alto Espiritismo"; em "Espiritismo de mesa" e "Espiritismo de terceiro", etc., como se houvesse mais de um Espiritismo!


Quanto a origem, sabemos que Espiritismo, doutrina codificada pôr Allan Kardec, recebida de vários Espíritos Superiores no século passado, caracteriza-se pôr um conjunto de princípios de ordem científica, filosófica e religiosa, que objetiva o progresso espiritual do homem, com a implantação da fraternidade entre todas as criaturas na Terra.(2)


A Umbanda se deriva, fundamentalmente, do culto religioso da raça negra da velha África. Os seus princípios doutrinários são realmente frutos do "folclore", dos provérbios, aforismos, das lendas, crenças populares, canções e tradições do negro africano.


Com referência ao conteúdo doutrinário, sabemos que o Espiritismo se assenta em postulados científicos, filosóficos e éticos, o que não se dá na Umbanda, que não tem doutrina codificada, embora seus adeptos aceitem a imortalidade da alma, a reencarnação e a lei de ação e reação (carma), como fazem os espíritas (2).


Quanto a prática ritual, a umbanda difere, essencialmente, do Espiritismo, porque aquela atua no plano da natureza e este no do pensamento, pois que só o Espírito conta, realmente. Aliás o Espiritismo não tem ritual de nenhuma espécie, pois não admite corpo sacerdotal hierarquizado ou não, cerimônias (batizados, casamentos e quaisquer outras); não se utiliza de fórmulas, invocações, ou promessas de qualquer natureza; repele a adoração de imagens, símbolos, amuletos; rejeita crendices e superstições e não admite pagamento pela prestação de assistência espiritual ou de qualquer auxílio, que conceda aos necessitados. (2)


As tentativas para fundamentar a introdução de rituais, incensos, imagens e outros objetos de culto material no meio espírita invocam, sempre, um pressuposto espiritualista, como generalidade, ou fazem apelo à tolerância. Não há, entretanto, razão alguma para tais pretextos, uma vez que o Espiritismo, pelas suas disposições doutrinárias, dispensa completamente qualquer forma de ritual ou peças litúrgicas. (1)


Assim sendo, onde houver qualquer manifestação de culto exterior, não existirá a verdadeira prática espírita.


Apesar do louvável entusiasmo de alguns espíritas para a comunhão de seitas religiosas no seio da doutrina, a mistura heterogênea sempre sacrifica a pureza íntima da essência! A qualidade de substância espírita reduzir-se-ia pela quantidade da mistura de outros ingredientes religiosos, mas adversos!


O Espiritismo, não é doutrina separativista, nem ecletismo religioso à superfície do Espirito imortal! É, principalmente, um movimento de solidariedade fraterna entre todos os homens! Pode ser ecletismo espiritual unindo em espírito todos os credos e religiões, porque, também firma suas doutrinas e postulados na realidade imortal. Mas seria insensato a mistura heterogênea de práticas, dogmas, princípios e composturas devocionais diferentes, entre si, para construir outro movimento espiritualista excêntrico.


A missão da Doutrina Espírita, enfim, é libertar o homem e não prendê-lo ainda mais às fórmulas e superstições do mundo carnal transitório.


Finalizamos, fazendo nossas, as observações sensatas do Espírito Emmanuel, através do médium Francisco Cândido Xavier, na mensagem "Doutrina Espírita", extraída do livro "Religião dos Espíritos", concitando os Espíritas a zelarem pela doutrina que professam:


"... Porque a Doutrina Espírita é em si a liberdade e o entendimento, há quem julgue seja ela obrigada a misturar-se com todas as aventuras marginais e com todos os exotismos, sob pena de fugir aos impositivos da fraternidade que veicula.


Dignifica, assim, a Doutrina que te consola e liberta, vigiando-lhe a pureza e a simplicidade, para que não colabores, sem perceber, nos vícios da ignorância e nos crimes do pensamento.


"Espírita" deve ser o teu caráter, ainda mesmo te sintas em reajuste, depois da queda.


"Espírita" deve ser a tua conduta, ainda mesmo que estejas em duras experiências.


"Espírita" deve ser o nome de teu nome, ainda mesmo respires em aflitivos combates contigo mesmo.


"Espírita" deve ser o claro adjetivo de tua instituição, ainda mesmo que, pôr isso, te faltem as passageiras subvenções e honrarias terrestres.


Doutrina Espírita quer dizer Doutrina do Cristo.


E a Doutrina do Cristo é a doutrina do aperfeiçoamento moral em todos os mundos.


Guarda-a, pois, na existência, como sendo a tua responsabilidade mais alta, porque dia virá que serás naturalmente convidado a prestar-lhe contas. (3)


Por Benedito da Gama Monteiro

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Bibliografia:

Amorim, Deolindo - "O Espiritismo e as Doutrinas Espiritualistas";

1. Barbosa, Pedro Franco - "Espiritismo Básico";
2. Xavier, Francisco Cândido - "Religião dos Espíritos", mens. "Doutrina Espírita", pág. 229, 4a edição FEB - Rio de Janeiro - RJ.

Artigo publicado em Manaus, no jornal A Crítica de 09.10.1989, no jornal A Crítica de 26.08.1995, no Rio de Janeiro em OReformador (FEB) de Abril de 1996, no Acre, no Jornal Acre Espírita de Junho de 1996.

Fonte: Portal Espírito.org.br