2011-01-15

A CABALA E OS RINS








Doctor Who Christmas Special - The Time of the Doctor "Kidneys. I've got new kidneys..."

E o que há de tão importante a respeito dos rins? Claro que eu não sei o que o Doctor quis dizer com isso, ou o que o roteirista quis dizer com isso, mas tenho minhas teorias, como qquer pessoa.

Na verdade, é apenas um ponto de vista diferente sobre isso, um ângulo mais metafísico-espiritual.

Segundo a Cabalá, a tradição mística hebraica, os dois rins incorporam confiança passiva e ativa no Criador, seja tomando iniciativa, seja confiando de maneira solene. Na Torah, os rins simbolizam sabedoria inata.

Os sábios afirmam que "os rins aconselham". Especificamente, o rim direito é o conselho espiritual ou introspecção. Como descrito pelo Rei David, os rins agem da mesma forma que a consciência moral em nossas mentes: "à noite, meus rins me punem".

Isso se refere à introspecção moral. Já o conselho dado pelo rim esquerdo é como ouvir de maneira apropriada e integrar a verdade à própria consciência.

O senso comum dita que o "direito" é sempre mais espiritual que o "esquerdo", ou seja, o pensamento, controlado pelo rim direito, é relativamente mais espiritual que o sentido de audição, controlado pelo rim esquerdo.

Os dois rins são, portanto, os conselheiros "masculino" e "feminino" da alma.

O rim direito aconselha como RETIFICAR, ou seja, REGENERAR traços característicos pelo processo de cuidadosa introspecção (pensamento). Já o rim esquerdo aconselha como absorver a verdade dentro da consciência. A palavra hebraica para rim é "KULYAH", que vem de KOL = "tudo".

O valor numérico da palavra kol é 50. Os sábios ensinam que, "aos cinqüenta anos, tornamo-nos aptos a dar conselhos".

Os dois rins são um conjunto complementar de 50 (como as 50 voltas paralelas dos dois conjuntos de cortinas do Tabernáculo). 50 + 50 = 100, que é 10², ou seja, o estado de retificação, que também podemos chamar REGENERAÇÃO, consumado e completo, pois são as dez esferas da Árvore das Vidas retificadas 10 vezes. A Árvore das Vidas é um conceito bastante complexo em Cabalá.

De maneira bem simples, dá pra dizer que tudo no universo existe em macrocosmo e microcosmo.

Toda a matéria é formada por átomos e, em nível espiritual, tudo que existe é formado pela estrutura da Árvore das Vidas, que possui dez aspectos.

Três desses aspectos, chamados Hod, Netzach e Yesod, exercem a função de um pai que vai passar o conhecimento para seu filho, mas se ele tentar fazê-lo em sua total amplitude, o filho não estará apto a absorvê-lo.

Netzach e Hod são os "rins que aconselham".

Elas geram um conceito subliminar na mente do pai e a modificam para alcançar a capacidade de entendimento da criança.
Pode parecer estranho mencionar os rins dessa forma, mas basta nos lembrarmos que, atualmente, costumamos dar a mesma importância ao coração. Mas isso é apenas uma interpretação, uma visão diferente que está, sempre estará, aberta a discussão.




2011-01-10

Aperfeiçoamento








Um praticante certa vez perguntou a um mestre Zen, que ele considerava muito sábio:
"Quais são os tipos de pessoas que necessitam de aperfeiçoamento pessoal?"
"Pessoas como eu." Comentou o mestre. O praticante ficou algo espantado:
"Um mestre como o senhor precisa de aperfeiçoamento ?"
"O aperfeiçoamento", respondeu o sábio, "nada mais é do que vestir-se, ou alimentar-se..."
"Mas", replicou o praticante, "fazemos isso sempre! Imaginava que o aperfeiçoamento significasse algo mais profundo para um mestre."
"O que achas que faço todos os dias ?" retrucou o mestre. "A cada dia, buscando o aperfeiçoamento, faço com cuidado e honestidade os atos comuns do cotidiano. Nada é mais profundo do que isso."


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ALERTA AOS MÉDIUNS




As verdades colhidas através da experiência são incontestes porque têm por origem os fatos, chegando mesmo a confundirem-se com eles; e diante dos fatos nada temos a fazer senão aceitá-los e procurar-lhes as causas mediante argumentos racionais bem colocados. 

Assim sendo, ocorrem fatos comportamentais nas fileiras espíritas-mediúnicas aos quais não podemos tapar os olhos, fingindo não vê-los, até mesmo porque tal atitude seria inócua, uma vez que não nos faria chegar às suas causas. Todavia, do quê, exatamente, estamos falando? A quais fatos estamos nos  referindo? 

Àqueles fatos comportamentais nos quais o médium, costumeiramente – e tal costume por ser tão freqüente acabou por se transformar numa viciação –, se habituou a se colocar na confortável posição de ser um ser doente e cujo agente morbígeno é exatamente, por mais paradoxal que isto possa parecer, o seu próprio dom, ou talento mediúnico.

E por que isto? Porque, segundo pensa, é esta faculdade o motivo pelo qual se julga uma criatura “muito necessitada”, portanto, carente de infindos cuidados e, em conseqüência, menor, diminuída, enfraquecida. 

E tanto esta lamentável atitude é considerada verdadeira no interior do movimento espírita que até os próprios dirigentes dos Trabalhos de Desobsessão, bem como os Expositores das Escolas de Educação de Médiuns, a endossam quando reprisam: “... o médium é uma criatura muito sensível ...”; “... a sensibilidade do médium é diferente das demais pessoas, ela é aflorada à pele ...”; “... o médium é uma pessoa que qualquer tribulação mais ou menos forte pode desequilibrar o seu emocional, quando tal não ocorre de fato ...”; “... precisamos tomar muita cautela com o médium porque, você sabe, a mediunidade o torna muito vulnerável, uma vez que ele é muito suscetível às indisposições trazidas pelos ruges-ruges do dia-a-dia ...”; “... não brinque com o médium hoje porque, hoje, ele está muito sensível, já que qualquer médium é muito impressionável ...”, etc. 

Ora, com tais idéias disseminadas, instaladas e alastradas, qual é a única conclusão racional – porque apoiada em eventos vivenciados – que podemos, com segurança, extrair desta síndrome generalizada? 

A de que a mediunidade é um poderoso agente patológico, tendo em vista que o seu portador é um queixoso do tipo psicológico emocionalmente instável e sensível a quaisquer melindres, logo, um ser extremamente vulnerável porque é suscetível a este imenso leque de doenças de natureza psicossomática tão bem catalogadas na  Psicologia  e na  Psiquiatria.

Porém, como a doença é o efeito de um atuador morbífico, e como o que nos interessa é atuar nas causas para eliminar os efeitos, perguntemo-nos então: qual é, realmente, a causa primeira, geradora e responsável pelo desencadeamento deste conjunto de sintomas que se repete a cada vez em que o médium comparece ao serviço mediúnico? 

A culpa, ou o que dá no mesmo, a idéia cultivada por ele próprio de que é um ser culpado e condenado pela divina justiça e que, justamente por causa daquela condenação, encontra-se “aqui”, reencarnado “nesta condição de médium”, para expiar pelos delitos perpetrados em reencarnações anteriores; e a pena à qual foi sentenciado é a de ser “portador da mediunidade”

Segue-se daí que o passo seguinte a ser inferido será o de considerar a mediunidade como sendo, portanto e ao mesmo tempo, uma prisão-sanatório modelar existente – mas existente como um grilhão –, para lhe restituir a saúde e a paz de espírito perdidas a partir daqueles tempos idos. 

Ato contínuo, tal arrazoado nos permite deduzir, avançando um pouco mais, que, no limite, podemos mesmo declarar com firmeza uma de duas, considerando o conhecimento dos postulados espíritas: ou estes não lhe fizeram bem ou não foram completamente inteligidos, pois estão a lhe produzir efeitos contrários.

E agora, de posse deste quadro estabelecido e em pleno funcionamento, tornemos a nos perguntar: qual é o conceito que um leigo na Religião dos Espíritos pode ter deste nosso legítimo representante? Sem dúvida que será tudo, exceto boa, tendo em vista apresentar este comportamento alterado cujo senso comum já o conceitua como sendo patológico.

Ao se sentir um ser pobrezinho por ter sido abandonado da fortuna do amor de DEUS, o médium crê que só tornará a reobter este amor maior se se permitir sofrer os tormentos dos esforços mediúnicos-desobsessivos porque, com o ego abalado pela sua baixa auto-estima – oriunda daquele complexo de culpa que o faz se sentir um ser inferior perante os demais dela libertos –, não mais se julga merecedor do apreço daquele divino amor – o que o deprime – como se isto fosse possível. 

E com tais pensamentos em seu íntimo, ei-lo, não poucas vezes e geralmente à noite – tendo em vista que os trabalhos espirituais são comumente noturnos, pois durante o dia o médium trabalha para  sobreviver –, a  atravessar a cidade de um extremo a outro na direção da instituição espírita – contudo esta é uma viagem sem necessidade, pois o ideal é que exerça o seu dote no Centro Espírita do seu próprio bairro; e, além do mais, também é uma viagem feita com sofrimento, pois cada vez que a repete sente-se mais sofrido e mortificado, cada vez mais entristecido, cansado e amarfanhado nesta prática, por ter que “ainda”, e “mais uma vez”, “dar este terceiro expediente” que é um fardo do qual não pode se arredar e que se constitui num infortúnio resignado. “Mas o que fazer” – diz e repete para os demais e para si, a fim de exibir e não se esquecer quão é doente e credor da comiseração de todos – “se eu mereço isto!...”

Onde, onde a alegria do trabalho? Onde, onde a alegria de servir[i]? Será que o médium não percebe que serve melhor, trabalha melhor, auxilia melhor, aquele que goza plenamente de vigor físico, mental, emocional e social, partes estas constitutivas do conjunto “saúde”? – e eis porque é lamentável e patológica tal situação: porque ela instala a tristeza que elimina a alegria de viver, sendo, portanto e igualmente, uma maneira antivital de se comportar. 

O conceito acima, que de tão simples pertence como conhecimento ao senso comum – isto para não dizermos que a compreensão do que seja saúde tem tudo para ser considerada inata –, só é desconsiderado pelo médium porque este se julga o sofrido centro das atrações do trabalho mediúnico devido ao seu dom de “receber os Espíritos” – e este é também um pensamento equivocado porque a posição central não lhe pertence e nem pertence a quem quer que seja, uma vez que trabalha com uma equipe espiritual do qual é apenas um só dos seus inumeráveis membros –, todavia, como um alguém “tão sofredor” com muitas culpas a resgatar e o resgate, como não ignoramos, se dá pela mediação espiritual, não pela mediunidade como fim em si mesma, posto que tal posição na qual se acomodou passou a lhe fazer um bem, só que mórbido, por dois motivos: pela aprovação dos seus pares e dos outros, e porque tal aprovação o faz sentir-se melhor por haver acertado no diagnóstico e no desempenho da sua doença. Não é de estranhar, portanto, que poucos médiuns gostem e, no limite, amem a potencialidade mediúnica da qual são dotados, salvo se for devido aos motivos nominados.

Como uma pandemia, este conceito de que “o médium é um ser doente e carente, o que se constata pela sua mediunidade acentuadamente suscetível de melindres”, perigosamente se alastra e ganha campo cada vez mais, e quando os dirigentes o apóiam, propalando-o com a intenção de educar, em verdade o que fazem é deseducar as novas gerações de médiuns que se formam nas Escolas sediadas nos Centros Espíritas onde laborarão futuramente.

Como desfazer tal noção que, se não anula os esforços dos Mentores, pelo menos os minimiza? Que o conjunto dirigentes-médiuns-expositores cientifique-se de que os prejuízos acarretados pela aceitação desta idéia é grande e incide, principalmente, no bom rendimento estatístico dos resultados espirituais quando tabulados, porquanto o intercâmbio médium-Espírito sofredor, sendo de natureza psicobiofísica, permitiria um maior e mais expressivo registro de melhoria obtida pelos Espíritos sofredores se as forças morais, psíquicas, emocionais e físicas do médium estivessem em seu auge. 

Por que, então, os Trabalhos de Desobsessão não consignam melhores resultados? Um dos motivos é este do qual estamos tematizando – o do médium se sentir um alguém demasiado sensível, uma pessoa melindrosa e doente por se entender “uma alma muito endividada”, como se ninguém mais o fosse, estando ou não reencarnado –; e o outro motivo é a falta de estudo do que seja, efetivamente, o compromisso espiritual-mediúnico assumido antes, por ocasião do seu planejamento reencarnatório[ii], bem como a finalidade deste seu dom inato, desde que não se encontre submetido à expiação[iii].

“Mens sana in corpore sano”[iv], já asseverava JUVENAL[v], lembrando a todos que “o homem sábio, diz o poeta[vi], só pede aos céus a saúde da alma com a saúde do corpo” – e nesta máxima universal, logo, verdadeira em todo o tempo e lugar, por ser intuitiva, incluímos os médiuns. Portanto, se o médium é um instrumento nas mãos dos Mentores, que notável serviço espiritual estes não fariam se aqueles fossem os melhores instrumentos possíveis!...

Não se trata aqui, neste “Alerta aos Médiuns”, de julgar e condenar, mas sim de compreender e esclarecer, auxiliando com amor, pois só quem ama educa – e a educação é a correção dos maus hábitos mentais-comportamentais pela implantação consciente dos bons. Há sempre, portanto, que se procurar a fraternidade pura a partir da percepção dos fatos, pois não é o “amor a DEUS e ao próximo, como a nós mesmos” o primeiro mandamento[vii]? Sendo assim, nada de termos pedras nas mãos, até porque “...: aquele que dentre vós estiver sem pecado, seja o primeiro que lhe atire pedra.”[viii]

Não obstante entendermos que todos possuem problemas, pensamos, contudo, que um problema é algo que existe de tão incômodo que deva ser superado. 

Há que se ter a clara compreensão da idéia de que o melindre não deve fazer parte das nossas vidas, senão como viveremos? Como revanchistas que explodiremos contra os outros ou contra nós mesmos, se formos, respectivamente,  de índole extrovertida ou introvertida? Sendo assim, que jamais nos esqueçamos do amor-fraternidade uns para com os outros, mas comecemo-lo em mesmos em primeiro lugar, porquanto só pode dar amor aquele que o tem em si. 

Por conseguinte, que iniciemos a partir de agora a mudar o entendimento do conceito de que o médium é um ser fragilizado em sua organização emocional, e cuja auto-estima se encontra depreciada, para o entendimento de que o médium é um ser vivo e vibrante, atuante e participante da vida que escolheu[ix] e um trabalhador da causa espírita cristã por sua livre-escolha – é sempre bom que se relembre isto –, considerando  que DEUS não castiga, pois é contraditório dizer que DEUS castiga a uns e perdoa a outros[x].

“Quando”, perguntamos, quando começará o trabalho de renovação daquele modo de pensar que deve, em função do que foi lido e compreendido, ser superado? A quem competirá a iniciativa de tal tarefa? Sugerimos que ela comece pela conscientização, em primeiro lugar, dos diretores dos Centros Espíritas para, em seguida, ser levada aos Expositores e aos dirigentes dos Trabalhos de Desobsessão, até finalmente chegar aos médiuns.

E já que “Pode, pois, dizer-se que todos os homens são, mais ou menos, médiuns”[xi] – condição esta na qual também nos incluímos –, torçamos para que tal “Alerta aos Médiuns” possa ser posto em aplicação a partir da modificação do nosso entendimento do que seja o conceito de “saúde” no instante mesmo do término desta leitura[xii]


São Paulo, 30 de abril de 2.003.




[i] Que se leia, a este respeito, a seguinte obra: CANUTO ABREU, SILVINO; “O LIVRO DOS ESPÍRITOS E SUA TRADIÇÃO HISTÓRICA E LENDÁRIA”; P. 75; Ed. LFU; 1992. Nela o autor nos exibe um exemplar diálogo entre ALLAN KARDEC e o jovem ADRIEN, funcionário da Livraria Dentu, por ocasião do inesquecível dia do lançamento do “O LIVRO DOS ESPÍRITOS”, em 18 de abril de 1.857.

[ii] P. 258; 393; 399; 975; 984 e 986/LE.

[iii] P. 273 e 998/LE.

[iv] “Mente sã num corpo são”.

[v] DÉCIMO JÚNIO JUVENAL, poeta latino (60/140), autor de “SÁTIRAS”, onde ataca os vícios de sua época.

[vi] O médium da época, assim entendido na medida em que “... sua alma pura e delicada era apoderada, excitada e arrastada fora de si pelas Musas inspiradoras que ensinavam os pósteros” (conforme PLATÃO; FEDRO; 245a).

[vii] Mt 22: 34-40.

[viii] Jo 8:7.

[ix] O entendimento do conceito de “escolha” é fundamental no entendimento deste “Alerta aos Médiuns”. Por que? Porque só ele é que restituirá ao médium a compreensão de que não é “um sofredor”, possibilitando-lhe recuperar a sua sadia responsabilidade e eliminar de uma vez para sempre o conceito de que é vítima de uma “punição divina”.

[x] Por uma questão de lógica, consoante o entendimento filosófico  – e DEUS é lógico: não é possível que o ser seja e não seja ao mesmo tempo e sob o mesmo aspecto.

[xi] Conforme ALLAN KARDEC; “O LIVRO DOS MÉDIUNS”; Cap. XIV – DOS MÉDIUNS –; § 159.

[xii] Recomendamos, a fim de acelerar o processo de revolução do antigo conceito – o do médium como um ser patológico – para o novo – o do médium como um ser saudável e cujo termômetro é a alegria –, a leitura do livro “O SER CONSCIENTE”, da dupla JOANNA DE ÂNGELIS (Espírito) e DIVALDO PEREIRA FRANCO (médium), onde o tema saúde x doença é focado e desenvolvido.

Por:  Joel Fernandes de Souza






VIDA DE MÉDIUM

2011-01-05

AOS AMIGOS MÉDIÚNS...LINDA MENSAGEM CHICO XAVIER




 
Médiuns! A vossa tarefa deve ser encarada como um santo sacerdócio; a vossa responsabilidade é grande, pela fração de certeza que vos foi outorgada, e muito se pedirá aos que muito receberam. Faz-se, portanto, necessário que busquem cumprir, com severidade e nobreza, as vossas obrigações, mantendo a vossa consciência serena, se não quiserdes tombar na luta, o que seria crestar com as próprias mãos as flores de esperança numa felicidade superior, que ainda não conseguimos alcançar!”.

Os médiuns, em sua generalidade, não são missionários na acepção comum do termo: são espíritos que fracassaram desastradamente, que contrariaram, sobremaneira, o curso das leis divinas e que resgatam, sob o peso de severos compromissos e ilimitadas responsabilidades, o passado obscuro e delituoso.

São espíritos arrependidos que procuram arrebanhar todas as felicidades que perderam, reorganizando, com os sacrifícios, tudo quanto esfacelaram nos seus instantes de criminosas arbitrariedades e de condenável insônia.

Todos os médiuns, para realizarem dignamente a tarefa a que foram chamados a desempenhar no planeta, necessitam identificar-se com o ideal de Jesus, buscando para alicerce de suas vidas o ensinamento evangélico em sua divina pureza; a eficácia de sua ação depende do seu desprendimento e da sua caridade, necessitando compreender, em toda a sua amplitude, a verdade contida na afirmação do Mestre – “Daí de graça o que de graça recebeste”.


Mensagem ditada pelo Espírito Emmanuel ao médium Francisco Xavier, e publicada na íntegra em “Emmanuel” - cap XI.





A PREPARAÇÃO DO MÉDIUM ANTES DA REENCARNAÇÃO








Se o espírito ou ser desencarnado aceitou a faculdade mediúnica, faz-se necessário que se proceda ao preparo dele, afim de que possa manifestar ou revelar isso, no mundo dos encarnados, que provisoriamente vai ser o seu.

Esse preparo começa pela parte moral, quando lhe é feito sentir tudo o que terá de sofrer ou passar em relação a esse dom e até mesmo quais os seres irmãos desencarnados que vão agir através de sua mediunidade.

Estando esta parte moral kármica bem situada, segue-se o outro preparo, de caráter puramente energético.

Sim, porque a condição moral-espiritual kármica quer  probatória(que serve de prova), evolutiva ou missionária em que os seres forem situados, em relação com a dita mediunidade, antes de ocuparem a forma humana, será posta em relevo, quanto ao
esforço próprio, isto é, serão bem advertidos de que reajustes, benefícios e êxitos ficarão na dependência de seus esforços, da força de vontade que devem usar ou ter para vencer.

É lhes mostrado, também, como essa faculdade medianímica, se revelando em benefícios, em caridade sobre os outros, trará a seus karmas, pela lei do é dando que se recebe, os elementos que se incorporarão às aquisições positivas, no caminho da evolução.

Assim, essa dupla condição de ser veículo dos espíritos, dada a forma de um dom, é, em primeiro lugar, uma condição espiritual especial, dotada ao ser, antes de encarnar e que se afirma durante a gestação.

Isso, de modo geral, mas, excepcionalmente, pode ser conferido depois, no encarnado já adulto.

Acreditamos que o ser não encarnado trava conhecimento com os espíritos que através de sua mediunidade obterão a evolução, firmando desta forma, antes mesmo do seu nascimento, um pacto de ajuda mútua.



Fonte:   http://www.ceurubatan.hpg.ig.com.br/dicas.html




VIGILÂNCIA DO MÉDIUM






 
 
Questão 12- O que deve fazer o médium quando influenciado por entidades da reunião, no trabalho, no lar? Quais as causas dessas influências? 
 

Divaldo responde: No capítulo 23º de O Livro dos Médiuns, Da Obsessão, o Codificador reporta-se à invigilãncia das criaturas. É natural que o indivíduo seja médium onde quer que se encontre. A mediunidade não é uma faculdade que só funcione nas reuniões especializadas. Onde quer que se encontre o indivíduo, aí estão os seus problemas. É perfeitamente compreensível que não apenas na oficina de trabalho, como na rua, na vida social, ele experimente a presença dos espíritos; não somente presenças positivas, como também perniciosas, entidades infelizes, espíritos levianos, ou aqueles que se comprazem em perturbar e aturdir. Cumpre ao médium manter o equilíbrio que lhe é proposto pela educação mediúnica. Mediante a educação mediúnica pode-se evitar a interferência desses espíritos perturbadores em nossa vida de relação normal, para que não venham os a cair na obsessão simples, que é o primeiro passo para a subjugação - etapa terminal de um processo de três fases.
Quando estivermos em lugar não apropriado ao exercício da mediunidade ou à exteriorização do fenômeno, disciplinemo-nos, oremos, volvamos a nossa mente para idéias otimistas, agradáveis, porque mudando o nosso clichê mental, transferimo-nos de atividade espiritual.
É necessário que os médiuns estejam vigilantes, porque é muito comum, graças àquele atavismo a que já nos reportamos, a pessoa se caracterizar como médium por meio de pantomimas, de manifestações exteriores. Como querendo provar ser médium, a pessoa insensata faz caretas, toma choques, caracterizando-se com patologias nervosas. A mediunidade não tem nada a ver com essas extravagâncias muito ao gosto dos exibicionistas.
Como acontece com pessoas que, quando escrevem com a mão, também escrevem com a boca, retorcendo-se, virando-se. Não tem nada a ver uma coisa com outra. A pessoa para escrever assume uma postura correta, que aprendeu na escola.
O médium deve aprender também a incorporas sem esses transtornos nervosos. No exercício da mediunidade é preciso educar a postura do médium, para que ele seja intermediário equilibrado, não dando ensejo a distonias na área mediúnica.



Fonte: Livro Diretrizes de Segurança; Por Divaldo P. Franco e Raul Teixeira







O MUNDO FALA DE MEDIUNIDADE!!







O poder dos médiuns

 
Como a ciência justifica as manifestações de contato com espíritos e por que algumas pessoas desenvolvem o dom.

O espiritismo é seguido por 30 milhões de pessoas no mundo. O Brasil é a maior nação espírita do planeta. São 20 milhões de adeptos e simpatizantes, segundo a Federação Espírita Brasileira – no último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 2,3 milhões declararam seguir os preceitos do francês Allan Kardec, o fundador da doutrina. A mediunidade, popularizada pelas psicografias de Chico Xavier, em Uberaba (MG), ganhou visibilidade nos últimos anos na mesma proporção em que cresceu o espiritismo. Mas nada se compara ao poder da mídia atual, que permite debater os ensinamentos da religião por meio de livros, programas de tevê e rádio. Os romances com temática espiritualista de Zíbia Gasparetto, por exemplo, são presença constante nas listas de mais vendidos.

Embora não haja estatísticas de quantos entre os praticantes são médiuns, o que se observa é uma quantidade maior de pessoas que afirmam possuir o dom. O interesse pela religião fundamentada por Kardec (por isso também chamada de kardecismo) é confirmado pelo recorde de público do filme Bezerra de Menezes – o diário de um espírito, do cineasta Glauber Filho: 250 mil espectadores, desde o lançamento nos cinemas, em 29 de agosto. Um número alto para uma produção nacional. O filme, com o ator Carlos Vereza (também praticante do espiritismo) no papel-título, conta a história do cearense que ficou conhecido como "médico dos pobres", se tornou ícone da doutrina e orienta médiuns em centenas de centros a se dedicar ao bem e à caridade.
 

PSICOGRAFIA

Instrumento por meio dos livros

A psicóloga Marilusa Vasconcelos, 65 anos, de São Paulo, é conhecida no espiritismo pela sua vasta literatura psicografada. Em 40 anos de dedicação à mediunidade, publicou 61 livros. Seu orientador é o espírito do poeta Tomás Antonio Gonzaga, que participou da Inconfidência Mineira. A dedicação à psicografia levou Marilusa a fundar em 1985 a Editora Espírita Radhu, sigla para renúncia, abnegação, desprendimento e humildade, a base dos ensinamentos na doutrina. Ela reúne outros dons, como ouvir, falar e enxergar espíritos e ser instrumento deles na pintura mediúnica. "Os vários tipos surgiram desde a infância", conta Marilusa, que nasceu numa família espírita. "O controle da mediunidade é indispensável. O médium não é joguete do espírito. Eles interagem, num acordo mútuo de tarefa."

Os espíritas dizem que todas as pessoas têm algum grau de mediunidade. Qualquer um seria capaz de emitir pensamentos em forma de ondas eletromagnéticas que chegariam a outros planos. O que torna algumas pessoas especiais, segundo os praticantes, a ponto de se transformarem em canais de comunicação com os mortos, é uma missão – designada antes mesmo de nascerem, determinada por ações em vidas anteriores e que tem na caridade o objetivo final. "É uma tarefa em favor da evolução de si mesmo e da ajuda ao próximo", diz Julia Nesu, diretora do departamento de doutrina da União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo. Fenômenos relacionados a pessoas que falavam com mortos e envolvendo objetos que se mexiam são relatados desde o século XVII, tanto na Europa quanto nas Américas, mas hoje cientistas tentam compreender o fenômeno. Algumas linhas de pesquisa mostram que o cérebro dos médiuns é diferente dos demais.

São cinco os meios de expressão da mediunidade. A psicografia, que consagrou Chico Xavier, é a mais conhecida. Nela, o médium escreve mensagens e histórias que recebe de espíritos. Estaria sob o controle deles o que as mãos transcrevem. A vidência permite enxergar os mortos que não conseguiram se desvencilhar da Terra ao não aceitarem a morte ou que aparecem para enviar recados a entes queridos. Na psicofonia, o sensitivo é capaz de ouvir e reproduzir o que os espíritos dizem e pedem. A psicopictografia, ou pintura mediúnica, permite ao médium ser instrumento de artistas desencarnados (termo usado pela doutrina para designar mortos). A mediunidade da cura é responsável pelas chamadas cirurgias espirituais. Não é incomum um mesmo indivíduo reunir mais de um tipo de dom.

 

VIDÊNCIA 

Ver e auxiliar aqueles que estão em outro plano

Aos cinco anos, o chefe de faturamento hospitalar Ivanildo Protázio, de São Paulo, 49 anos, pegava no sono com o carinho nos cabelos que uma senhora lhe fazia todas as noites. Descobriu tempos depois que era a avó, morta anos antes. Aos 19 anos, os espíritos já se materializavam para ele. "Nunca tive medo. Sempre me pareceu natural." A mãe, que trabalhava na Federação Espírita, o encaminhou para as aulas em que aprenderia a lidar com o dom. Hoje, Protázio é professor de educação mediúnica. Essa é uma parte da sua missão. A outra é orientar os espíritos que lhe pedem auxílio para entender o que aconteceu com eles. A oração é o remédio. "Os espíritos superiores me ensinaram a importância da caridade para nossa própria evolução."

A reportagem de ISTOÉ presenciou uma manifestação mediúnica em Indaiatuba, interior de São Paulo. O tom de voz baixo e os gestos delicados de Solange Giro, 46 anos, sugeriam que ela carrega certa timidez ao expor a própria vida numa conversa com um estranho.

Cerca de duas horas depois, porém, é difícil acreditar no que os olhos vêem. Diante de uma tela em branco, sobre uma mesa improvisada com dezenas de tubos de tinta, a mulher começa a pintar um quadro na seqüência de outro. O tempo gasto em cada um não passa de nove minutos. As obras são coloridas e harmoniosas. "Nunca fiz aula de artes. Mal conseguia ajudar meus filhos com os desenhos da escola", diz, minutos antes da apresentação. A discreta Solange dá lugar a uma pessoa que fala alto, canta e encara os interlocutores nos olhos, com ar desafiador. A assinatura nas telas não leva seu nome, mas de artistas famosos – e já mortos –, como Monet, Mondrian e Tarsila do Amaral. Seria uma interpretação digna de uma atriz? Talvez.

O que difere o momento de uma encenação é subjetivo e dá margem a dezenas de explicações – convincentes ou não. Talvez seja possível encontrar respostas no que a artista diz a cada uma das pessoas da platéia presenteadas com um dos dez quadros produzidos na noite. Enquanto entregava a obra, ela desferia características e situações de vida de cada um absolutamente desconhecidas dela. O mentor que a guia é o médico holandês Ernst, que viveu no século XVII. A sensitiva garante que era ele, não ela, quem estava presente na pintura dos quadros.

Nem sempre é fácil aceitar a mediunidade, que pode causar medo quando começa a se manifestar. "Ainda hoje não gosto quando vejo o possível desencarne de alguém. Nestas horas, preferia não saber", conta a psicóloga Marilusa Moreira Vasconcelos, 65 anos, de São Paulo, que psicografa. O médium de cura Wagner Fiengo, analista fiscal paulistano, 37 anos, chegou a se afastar da doutrina. "Aos 13 anos não entendia por que presenciava aquilo." Para manter a sanidade e o equilíbrio, as pessoas que possuem dons e querem fazer parte da religião espírita precisam se dedicar à educação mediúnica. O curso leva cinco anos. Inclui os ensinamentos que Allan Kardec compilou no Livro dos espíritos – a obra que deu base ao entendimento da doutrina – e no Livro dos médiuns – que explica quais são os tipos de mediunidade, como eles se manifestam e os cuidados a serem tomados. Entre eles, o combate a falhas de com portamento, como vaidade, orgulho e egoísmo. O espiritismo prega que as imperfeições da personalidade atraem espíritos com a mesma vibração. "O pensamento é tudo. Aqueles que pensam positivo atrairão o que é semelhante. O mesmo acontece com o pensamento negativo e os vícios. Quem gosta de beber, por exemplo, chama a companhia de espíritos alcoólatras", afirma o professor de educação mediúnica Ivanildo Protázio, 49 anos, de São Paulo, que tem o dom da vidência. 


PSICOFONIA 

Falar o que os espíritos querem dizer

A intuição do servidor público Geraldo Campetti, 42 anos, de Brasília, começou na infância. Ele tinha percepções inexplicáveis, das quais mais ninguém se dava conta. Era como se absorvesse sentimentos que não eram seus. Apenas identificava que existia algo além do que seus olhos enxergavam. Até que as sensações começaram a tomar forma. Campetti passou a ouvir súplicas de ajuda. De espíritos, inconformados com a morte. Aos 29 anos, não se assustou. De família kardecista, conhecia a mediunidade. "Mas sabia que precisava estudar para manter o equilíbrio", diz. Hoje diretor da Federação Espírita Brasileira, afirma ter controle sobre o dom de ouvir e transmitir recados dos mortos. Eventualmente, um espírito pede uma mensagem à pessoa com quem ele conversa. "Isso é espontâneo, não da minha vontade."

Imaginar que convivemos no cotidiano com pessoas que estão mortas vai além da compreensão sobre a vida – pelo menos para quem não acredita em reencarnação. Mas até na ciência já existem aqueles que conseguem casar racionalidade com dons espirituais. Esses especialistas afirmam que a mediunidade é um fenômeno natural, não sobrenatural. E que o mérito de Allan Kardec foi explicar de maneira didática o que sempre esteve presente – e registrado – desde a criação do mundo em todas as religiões. O que seria, dizem os defensores da doutrina, a anunciação do Anjo Gabriel a Maria, mãe de Jesus, se não um espírito se comunicando com uma sensitiva?

Apesar desse contato constante, os mortos, ou desencarnados, como preferem os espíritas, não aparecem em "carne e osso". A ligação com o mundo dos vivos seria possível graças ao perispírito, explica Geraldo Campetti, diretor da Federação Espírita Brasileira. "Ele é o intermediário entre o corpo e o espírito. A polpa da fruta que fica entre a casca e o caroço." O perispírito seria formado por substâncias químicas ainda desconhecidas pelos pesquisadores terrenos, garantem os adeptos do espiritismo. "É a condensação do que Kardec batizou como fluido cósmico universal", afirma o neurocirurgião Nubor Orlando Facure, diretor do Instituto do Cérebro de Campinas. Nas quatro décadas em que estuda a manifestação da mediunidade no cérebro, Facure mapeou áreas cerebrais que seriam ativadas pelo fluido.

 

CURA 

Cirurgias sem dor nem sangue

O primeiro espírito a se materializar para o analista fiscal Wagner Fiengo, 37 anos, de São Paulo, foi de um primo. Ele tinha dez anos, teve medo e se afastou. Mas, na juventude, um tio, seguidor da doutrina, avisou que era hora de ele se preparar para a missão que lhe fora reservada. Por meio da psicografia, seu guia espiritual, o médico Ângelo, informou que teriam um compromisso: curar pessoas. Ele não foi adiante. Uma pancreatite surgiu sem que os médicos diagnosticassem os motivos. Há quatro anos, seu guia explicou que as doenças eram ajustes a erros que Fiengo havia cometido numa vida passada. A missão era a forma de equilibrar a saúde e a alma. Em 2004, iniciou as cirurgias espirituais. Ele diz que não é uma substituição ao tratamento convencional. "É um auxílio na cura de fatores emocionais e físicos."

Comprovar cientificamente a mediunidade também é objetivo do psiquiatra Sérgio Felipe Oliveira, professor de medicina e espiritualidade da Faculdade de Medicina da USP e membro da Associação Médica-Espírita de São Paulo. Com exames de tomografia, ele analisou a glândula pineal (uma parte do cérebro do tamanho de um feijão) de cerca de mil pessoas. "Os testes mostraram que aqueles com facilidade para manifestar a psicografia e a psicofonia apresentam uma quantidade maior do mineral cristal de apatita na pineal", afirma Oliveira. Ele também atende no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, casos de pacientes de doenças como dores crônicas e epilepsia que receberam todos os tipos de tratamento, não tiveram melhora e relatam experiências ligadas à mediunidade. "Somamos aos cuidados convencionais, como o remédio e a psicoterapia, a espiritualidade, que vai desde criar o hábito de orar até a meditação. E os resultados têm sido positivos." Uma pesquisa de especialistas da USP e da Universidade Federal de Juiz de Fora, publicada em maio no periódico The Journal of Nervous and Mental Disease, comparou médiuns brasileiros com pacientes americanos de transtorno de múltiplas personalidades (caracterizado por alucinações e comportamento duplo). Eles concluíram que os médiuns apresentam prevalências inferiores de distúrbios mentais, do uso de antipsicóticos e melhor interação social.

A maior parte dos cientistas acredita que a mediunidade nada mais é do que a manifestação de circuitos cerebrais. Alguns já seriam explicáveis, como os estados de transe. Pesquisas da Universidade de Montreal, no Canadá, e da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, comprovaram que, durante a oração de freiras e monges católicos, a área do cérebro relacionada à orientação corporal é quase toda desativada, o que justificaria a sensação de desligamento do corpo. Os testes usaram imagens de ressonâncias magnéticas e tomografias feitas no momento do transe.

A teoria seria aplicável ao transe mediúnico, quando o médium diz incorporar o espírito e não se lembra do que aconteceu. Pesquisadores da Universidade de Southampton, na Inglaterra, estudaram pessoas que estiveram entre a vida e a morte e relataram se ver fora do próprio corpo durante uma operação ou entrando em contato com pessoas mortas. Os estudiosos concluíram se tratar de um fenômeno fisiológico produzido pela privação de oxigênio no cérebro. Trabalhando sob stress, o órgão seria também inundado de substâncias alucinógenas. As imagens criadas pela mente seriam apenas a retomada de percepções do cotidiano guardadas no inconsciente.
 

PSICOPICTOGRAFIA 

Milhares de quadros pintados

Criada numa família católica, Solange Giro, 46 anos, de Parapuã, interior de São Paulo, teve o primeiro contato com o espiritismo aos 20 anos, ao conhecer o marido. Ele, que perdera uma noiva, buscava o entendimento da morte. Já casada e com dois filhos, passou a sofrer de depressão. Encontrou alívio na desobsessão (trabalho que libertaria a pessoa de um espírito que a domina). A mediunidade dava os primeiros sinais. Logo passou a ouvir e ver espíritos. O dom da psicografia veio em seguida. Era um treino para ser iniciada na pintura mediúnica. "Pintei cinco mil quadros no primeiro ano. Estão guardados. Não tive autorização para mostrálos", conta Solange, que diz nunca ter estudado artes. Nos últimos 13 anos, ela recebeu aval de seu mentor para vender os quadros. O dinheiro é revertido para a caridade.

O psiquiatra Sérgio Felipe Oliveira rebate a incredulidade. "Se uma pessoa está em cirurgia numa sala e consegue descrever em detalhes o que ocorreu em um ambiente do outro lado da parede, é possível ser apenas uma sensação?" Essa é uma pergunta que nenhuma das frentes de pesquisa se arrisca – ou consegue – a responder com exatidão. Da mesma maneira que todos os presentes à sessão de pintura em Indaiatuba saíram atônicos, sem conseguir explicar como alguém que conheceram numa noite foi capaz de decifrar suas angústias mais inconfessáveis.
 

Matéria de capa Revista Isto É - outubro 2008

por Suzane Frutuoso.





MEDIUNIDADE NA UMBANDA








Por Rodrigo Queiroz


A mediunidade é um assunto que permite infinitos desdobramentos e, portanto, é sempre pertinente, necessário e explorável.
Allan Kardec ao escrever O Livro dos Médiuns, apesar do título ser pretensioso, não esgota em si o assunto Médium e Mediunidade, muito pelo contrário, nesta obra temos o início da exploração e discussão deste assunto importante para a espécie humana.
Mais de 150 anos se passaram da publicação desta obra, assim muitos fenômenos ocorreram e muitos tipos de médiuns passaram e passam por este plano físico da existência.
Entendemos que a mediunidade está presente em todos os indivíduos, pois a mediunidade não é propriedade de nenhuma religião ou segmento espiritualista.
O que se faz necessário explorar é o que chamo de Mediunismo Umbandista ou "Mediunidade de Terreiro". Há alguns anos venho explorando o assunto mediunidade na realidade da Umbanda e percebemos que a maneira como a mediunid ade é desdobrada na realidade da Umbanda é bastante diferente que em outros seguimentos com o uso consciente da mediunidade.
Não se trata das particularidades do ritual e dinâmicas internas dos terreiros, vai além.
Começamos a refletir sobre algo abaixo:
"Faz 06 meses que Fulano freqüenta o Centro Espírita Luz e Amor. Participa regularmente dos estudos mediúnicos, agora vai participar das atividades práticas... 


Após a leitura do Evangelho e das palavras explanadas pelo presidente da mesa iniciam as manifestações dos mentores, ao que Fulano "estremece" o corpo e uma entidade se manifesta:
- Boa noite a quem é de boa noite!
- Seja bem vindo irmão! Qual o seu nome?
- Eu vim para dizer que este meu cavalo deve procurar um terreiro para iniciar sua missão, somos gratos a todos, mas o caminho dele é na Umbanda, eu me chamo Exu..."
Histórias como estas são cada vez mais comuns entre Umbandistas que, a ntes de chegar ao terreiro, tiveram sua passagem pelo Espiritismo.
Neste caso cabe a pergunta: - Se a mediunidade é algo inerente ao indivíduo, podendo ser exercida em "qualquer" segmento, porque então há esta "exigência" de um determinado médium buscar a Umbanda?
Acaso, este é melhor ou pior que os outros irmãos do Centro Espírita?
Também não cabe, neste caso, apontar a discriminação de alguns centros em relação às entidades típicas da Umbanda. Já temos notícias de muitos e muitos centros espíritas que abrem as reuniões para manifestação de pretos velhos, caboclos etc.
Por que afinal o Sr. Caboclo das Sete Encruzilhadas teve como missão fundar a religião Umbanda?
Com o advento da Umbanda acontece o rompimento de muitos médiuns espíritas que vão abarcar aos terreiros de Umbanda, também com o surgimento do ritual de Umbanda uma nova modalidade de mediunismo aflora, ou melhor, encontra solo fértil para de sdobrar-se.
Por que, que mesmo querendo, muitos médiuns atuantes na seara espírita não conseguem incorporar um Exu ou um Caboclo? E por que, mesmo querendo, um médium que traz a companhia de guias típicos da Umbanda não consegue evitar a manifestação destas entidades e, em algum momento, estarão pisando um solo Umbandista?
Com isso é visto que há mais sobre Mediunidade, Mediunismo e Umbanda a se explorar, refletir e compreender.
Não se trata de classificar ou desclassificar a mediunidade de um campo ou outro, mas sim de buscar entender como e porque há esta diferença.
Os médiuns evangélicos encontram nas igrejas evangélicas um campo propício para esta mediunidade, da mesma maneira entre os médiuns católicos, os espíritas, os candomblecistas e, inclusive, os Umbandistas.
Mediunidade é algo global e universal, entretanto é importante compreender diferentes mediunismos e campos de ação. Para cada segmento há também uma ou outra faculdade mediúnica que é mais atuante ou característica. Da mesma maneira que cada segmento apresenta níveis vibratórios e magnéticos específicos, bem como campos de ação bem delineados.
Vou encerrando aqui este texto como uma provocação reflexiva, logo ampliarei esta discussão.

Grande abraço,

Ler mais:
http://www.forumespirita.net/fe/artigos-espiritas/mediunidade-na-umbanda/#ixzz12C087Mer





2011-01-04

OS TIPOS MAIS COMUNS DE MEDIUNIDADE








Existem mais de 100 tipos de mediunidade, mas os mais comuns são os seguintes:


a) Intuição: é um tipo de mediunidade onde o médium recebe em seu pensamento, sob a forma de uma sugestão, mensagens provindas de um espírito. A intuição nem sempre deve ser seguida, a não ser que o médium consiga identificar a entidade que o está intuindo. Essa identificação, ele aprenderá a fazer no seu desenvolvimento pois cada entidade produz um sintonia diferente no organismo.
b) Incorporação: é a mediunidade em que o médium sintoniza a vibração da entidade e essa vibração toma conta de todo o seu corpo. A sintonia é mental e pode produzir uma incorporação parcial ou uma integral. Na incorporação parcial, o médium fica consciente, isto é, ele sabe que está ali, sente, observa, mas não domina o corpo nem controla o raciocínio. Perde, também, a noção de tempo e, embora tenha sido espectador de si mesmo, perde a noção de muita coisa que se passou, ao desincorporar. Na incorporação parcial pode haver uma quebra de sintonia ocasional, o que permitirá ao médium interferir na comunicação.
Na incorporação integral, o médium fica totalmente inconsciente, pois há uma perfeita sintonia com a vibração da entidade. Nesse caso, não há possibilidade de interferência e, ao desincorporar, o médium não vai se lembrar de nada do que se passou.

*Queremos esclarecer que a incorporação parcial é tão autêntica quanto a integral. O único problema é o médium não interferir, procurando se isolar e deixar que a entidade atue livremente. A esmagadora maioria dos médiuns (mais de 95%) trabalha em incorporação parcial e uma pequeníssima minoria (menos de 5%), em incorporação integral.
c) Vidência: é o tipo de mediunidade que permite, àquele que a possui desenvolvida, ver as entidades, as irradiações. Pode ser de três tipos: direta, intuitiva e focalizada.

Na vidência direta, o médium pode ver as entidades de quatro maneiras diferentes:

1 - na projeção:- o médium vê apenas um facho de luz, uma coloração que depende da vibração atuante. Não vê forma humana, nem identifica a entidade.

2 - na parcial:- o médium percebe uma forma humana ao lado de quem está trabalhando espiritualmente, mas ainda não dá uma perfeita identificação. Vê somente o contorno, a forma.

3 - no acavalamento:- o médium vê a entidade por cima dos ombros de outro médium. Já percebe se é masculina ou feminina, se é caboclo ou preto velho ou outro falangeiro qualquer, se os cabelos são longos ou curtos, etc.
Muitos médiuns que tiveram esse tipo de vidência afirmam, por desconhecimento, que as entidades vistas possuíam mais de dois metros de altura, não percebendo que a entidade, vista acima dos ombros de outro médium, produziu uma falsa impressão de altura.

4 - no encamisamento:- o médium vê a entidade toda, perfeita. Isso acontece na incorporação integral, quando a entidade toma conta do corpo de um outro médium.

5- na vidência intuitiva:- o médium vê apenas com a mente. Ele se concentra e recebe a imagem mental, por intuição.

6- na vidência focalizada:- o médium utiliza algum objeto para a vidência, como um copo d'água ou um cristal. As imagens aparecem no objeto de vidência.

*Muitas vezes os médiuns videntes vêem claramente, como nós vemos uma árvore ou um carro, um espírito; sem utilizar ferramenta nenhuma, senão os olhos.
d) Clarividência: é o tipo de mediunidade que permite ver fatos que ocorreram no passado e que ocorrerão no futuro. Os clarividentes podem ver os corpos astral e mental de outras pessoas, e tomar conhecimento da vida em outros planos espirituais. É um tipo de mediunidade difícil de ser encontrado.
e) Audição: o médium ouve uma voz clara e nítida nos seus ouvidos e dessa forma recebe as mensagens. Na audição, devemos ter o mesmo cuidado que temos na intuição, no que diz respeito à identificação de quem está dando a mensagem.
f) Transporte: é a capacidade de visitar espiritualmente outros lugares, enquanto o corpo físico permanece repousando tranqüilamente; o espírito se desliga do corpo e vai para o espaço. Esse transporte pode ser voluntário ou involuntário.
No transporte voluntário, o médium se predispõe a realizá-lo. Ele se concentra e se projeta espiritualmente a outros lugares, tomando conhecimento do que vê e do que ouve.
O transporte involuntário ocorre durante o sono. Todos nós nos desligamos do corpo físico durante o sono e entramos em contato com pessoas e lugares dos quais não nos recordamos ao acordar. Às vezes, recebemos nesses transportes soluções para os nossos problemas que, mais tarde, nos parecerão idéias próprias. A respeito, diz um ditado popular: "Para a solução de um grande problema, nada melhor que uma boa noite de sono".
g) Desdobramento: é um transporte em que o espírito do médium fica visível à outra pessoa. O corpo físico fica repousando, o espírito do médium se transporta a outro ambiente e, nesse ambiente, torna-se visível.
h) Psicografia: tipo de mediunidade muito comum, podendo ser intuitiva, semimecânica ou mecânica. É a capacidade de receber comunicações pela escrita.
Na psicografia intuitiva, o médium recebe as mensagens na mente e as passa para o papel. É pura intuição.
Na psicografia semi-mecânica, o médium, à medida que vai escrevendo, vai também tomando conhecimento do que escreve. O espírito atua, simultaneamente, na mente e na mão do médium.
Na psicografia mecânica, o espírito atua somente na mão do médium, que escreve sem tomar conhecimento da mensagem recebida.
Quando, ao invés de escrever, o espírito utiliza a mão do médium para pintar, esse tipo de mediunidade é chamado de psicopictografia.


 Fonte:
http://umbandadeluz.com.br/page5.html






TIPOS DE MÉDIUNS






São sete os tipos de médiuns, a saber:


° Médium de incorporação pura e simples


Como no caso dos umbandistas mais comuns. Ele troca sua energia físico magnética por energia astral ou cósmica. 

E no exercício desta função, ele consegue dar passes diluidores de fluídos negativos e aplicar vibrações reparadoras dos desgastes por acaso havidos no paciente.
Os médiuns deste tipo, não devem falar, pois a função não é de comunicação verbal e sim fluídica. 

É um grande erro dos médiuns de gira, fazerem comunicações verbais, pois sendo imenso o número de médiuns conscientes, ocorre não raro, intrometimento da personalidade do médium, obliterando ou interferindo assim na principal ação que é a fluídica.
Nas giras de visita às residências ou alhures, torna-se necessário que a entidade lá encontrada dê seu recado. 

O dirigente quem estiver fazendo às suas vezes deverá ter visão ou alcance intuitivo para discernir a mensagem recebida. 

Somos taxativamente contra as comunicações verbais em médiuns de gira. Pois, é muito difícil para o médium imaturo, dar plena posse de sua cabeça à entidade, e assim, se estabelece grande confusão entre o que a entidade quer dizer e a intervenção do médium.



° Médium de transporte


São aqueles que deixam o seu corpo em repouso total e vão a determinados lugares e de lá trazem a lembrança de tudo o quanto viram. 

Nesse tipo de mediunudade  há os que transmitem de lá o que estão vendo e ouvindo diretamente.*



° Médium de efeito físico


São aqueles que produzem pancadas em madeira, apagam as luzes sem que suas mãos toquem nos interruptores. Mudam objetos de lugar, sem uso das próprias mãos. Produzem ruídos vários até mesmo meio assombrosos.



° Médium intuitivo ou de premonição


São os que têm freqüentemente no pensamento a sensação de saber uma coisa que realmente está acontecendo, sem que os demais ao seu redor sintam.

Aquele que por antecipação, sabe de determinados acontecimentos, aqueles que as pessoas dizem: (parecem adivinhar as coisas ).



° Médium psicográfico


São aqueles que, quando a entidade está atuando sobre seu braço e mão, transmitem mensagens escritas.



° Médium vidente


São aqueles que conseguem ver em imagens fluídicas ou mesmo densas, entidades de outros planos de consciência, quiçá de outra dimensão. Nesse caso existem dois tipos:

>> Os de visão direta.
>> Os que tem a visão com auxilio de líquidos ou de espelhos. 


>> Há ainda os que tem visão nas folhas das plantas, como: 
tinhorão, taioba, comigo ninguém pode e tantas outras plantas de folhas grandes.



° Médium de materialização



São aqueles que, estando em transe ou não, expelem o ectoplasma ( parte periférica do citoplasma ) substância visível que emana do corpo de certos médiuns. 

Há médiuns, que mesmo adormecidos naturalmente e sem nenhuma pretensão, exala grande quantidade de ectoplasma. Facilitando assim a formação de imagens, nem sempre de forma humana. 

A materialização, deve ser conduzida por um médium ou dirigente e comandada por um espírito esclarecido, sem precisar ser propriamente um luminar, como algumas pessoas pensam.
O transporte e a materialização são exercícios mediúnicos muito perigosos. Pois, há registros na história mediúnica de pessoas que tendo cedido o seu corpo para materialização ou para o transporte, deles se apossaram outras individualidades e não mais os deixaram, ficando o dono do corpo sem as suas oportunidades de cumprir o karma com o qual está compromissado. 

Em outras palavras, perdendo a vida. Não queremos dizer com isto, que seja proibitivo tal exercício. Porém, é preciso ver com quem e onde se faz. Nós mesmos, já tivemos oportunidades de socorrer pessoas que ao tentarem fazer o mal através de um processo de transporte com materialização, não conseguiu ao retornar a sua casa tomar o seu corpo que havia esfriado em demasia e os médiuns que faziam a corrente de apoio tinham desertado, apavorados por pensarem que a médium havia desencarnado na aventura. 

O fenômeno mais marcante e tradicional; que se conhece de transporte e materialização, ocorreu com Santo Antônio, que sabendo que o seu pai estava sendo julgado por um tribunal em outra cidade que não a sua, desmaterializou-se e transportou-se , materializando-se novamente no tribunal, defendeu se pai ( que foi absolvido ) e voltou novamente a sua casa em Lisboa.

Esclarecimento: - Quando um médium na gira de Umbanda, trabalha com almas; obviamente ele pode falar, pois, a entidade nele incorporada já teve esta propriedade quando tinha corpo material. Porém se trabalhar com espíritos da natureza, de forma alguma falará. Imagine uma entidade da água, ou da pedra, ou mesmo do vento, falando. 

Pode ocorrer da entidade falar se esta for alma e estiver em missão no mar, no rio, na mata, no ar e etc. Não é pelo fato da entidade não falar, que o seu valor é menor do que o das que falam pelos cotovelos. 

Os espíritos e as almas, são vibrações e é são vibrações que se pode e deve esperar delas.




O QUE É MEDIUNIDADE?






A mediunidade é a capacidade que todos nós temos, em maior ou menor grau e tipos diferentes, de servirmos de veículo de comunicação entre o plano físico e o plano espiritual.

A mediunidade é a principal ferramenta utilizada no umbanda em seus trabalhos, pois através desta, os médiuns (pessoas que fazem uso direto da mediunidade) exercem poder de cura, aconselhamento e de realização espiritual para aqueles que buscam auxílio.

Através dela, ocorre o contato com os mestres espirituais; e também através dela, sanamos as nossas deficiências, nos evoluindo pela prática da caridade que ela nos oferece, no intuito de diminuir as nossas dívidas para com a humanidade.

Um dom. Uma missão.

A mediunidade pode ficar latente durante toda a vida e não causar maiores problemas, ou pode "explodir", causando transtornos na saúde, na vida sentimental e na vida profissional, dependendo da sensibilidade do médium, o que varia de pessoa para pessoa.
Devemos esclarecer, entretanto, que não é a mediunidade que causa esses transtornos e sim o comportamento irregular que a pessoa passa a ter, uma vez que fica sem autocontrole, instável emocionalmente, e captando vibrações nem sempre boas, das pessoas com quem convive e dos ambientes que freqüenta. 

Tudo isso contribui para que a pessoa se indisponha com seus entes mais queridos, se indisponha no seu ambiente de trabalho e, muitas vezes, perca a sua boa saúde anterior, já que normalmente assumirá um estado mental negativo.
A mediunidade é um dom que precisamos aprender a controlar e que precisa ser disciplinada.

E para controlarmos esse processo, fazemos muitas vezes uso do "Desenvolvimento Mediúnico".

PRINCIPAIS SINTOMAS DA MEDIUNIDADE
 
a) Sintoma clássico: suor excessivo nas mãos e axilas, principalmente nas mãos. As mãos ficam molhadas, quase geladas. Os pés também podem ficar gelados; as maçãs do rosto muito vermelhas e quentes; as orelhas ardem.
b) Depressão psíquica: a pessoa fica totalmente instável, passando de uma grande alegria para uma profunda tristeza sem motivo aparente. Fica melancólica e sente uma profunda solidão. É como se o mundo todo estivesse voltado contra ela. É facilmente irritável e, nessa fase, ela vai ferir com palavras e gestos aqueles que mais gosta.
c) Alterações no sono: sono profundo ou insônia. A insônia é provocada pela aceleração no cérebro devida à vibração. Os pensamentos voam de um assunto para outro, incontroláveis, e a pessoa não consegue dormir. O sono profundo é devido à perda de ectoplasma, de força vital. Há um enfraquecimento geral do organismo e as vibrações da pessoa são reduzidas.
d) Perda de equilíbrio e sensação de desmaio: a perda de equilíbrio é uma sensação muito rápida. A pessoa pensa que vai cair e tenta se segurar em alguma coisa, mas a sensação termina antes que ela consiga fazer qualquer gesto. É extremamente desagradável. A sensação de desmaio normalmente ocorre quando a vibração abandona a pessoa bruscamente. Ela fica muito pálida e tem que sentar para não cair. Às vezes ocorre sensação de vômito ou de diarréia. Um copo de água com bastante açúcar e respiração pela narina direita normalmente bastam para contornar essa situação.
e) Taquicardia: comum em algumas pessoas. Há uma súbita alteração no ritmo dos batimentos cardíacos, fruto do aceleramento provocado pela vibração atuando.
f) Medos e Fobias: a pessoa fica com medo de sair sozinha, de se alimentar, de tomar remédios, pois acha que tudo lhe fará mal. Às vezes tem medo de dormir sozinha ou com a luz apagada. É muito comum, também, uma total insegurança em tudo o que vai fazer.
Todos esses sintomas tendem a desaparecer com a preparação espiritual e o desenvolvimento mediúnico, mas o tempo necessário ao desenvolvimento dependerá muito do grau de mediunidade, do interesse e da preparação espiritual do médium.