2012-06-30

Somos atores do "teatro da vida"






O ser humano é filho de Deus, e, no que concerne à Imagem Verdadeira, não adoece, não comete pecados nem é fadado a morrer.


Mas as pessoas deste mundo são sujeitas à morte, adoecem, praticam maus atos e, como conseqüência, sofrem e se angustiam. Tudo isso é falso aspecto, não passa de sombra.


A vida fenomênica é como um teatro. No palco, desenrolam-se várias cenas: espadachins lutando, vigaristas, uma jovem doente, um ancião moribundo etc. Os atores desempenham bem os respectivos papéis. Quando a peça termina e as cortinas se fecham, os atores felicitam uns aos outros trocando palavras como: “Ufa! Que bom que hoje também deu tudo certo. Agora podemos ir para casa, tomar um banho reconfortante e dormir. Boa noite a todos”. E todos se retiram andando normalmente. No palco já não se encontram nem doentes, nem mortos, nem pecadores.


Esta vida é um grande “teatro”, cujos atores são todos maravilhosos filhos de Deus. Doentes, vigaristas etc., que surgem no “palco da vida”, não passam de papéis que os filhos de Deus interpretam.


No “palco da vida”, atuamos conforme o enredo criado por nós próprios. No teatro real, todos os atores escalados para uma peça recebem o script e atuam conforme o enredo escrito pelo autor. Mas, no “teatro da vida”, cada pessoa cria na mente, a seu critério, o papel que vai interpretar. Em outras palavras, cada qual determina o seu papel e a sua fala. Alguns pensam: “Sou doentio, tenho constituição fraca”, e assim, passam a interpretar esse papel nesta vida. É algo bastante simples. Outros pensam: “Sou um indivíduo mau, imprestável. Tenho de roubar para sobreviver”, e passam a viver conforme esse pensamento. Em resumo, as pessoas passam a vida interpretando o papel que elas próprias atribuíram para si.


Na verdade, todos somos filhos de Deus, livres da doença e da morte, e, por sermos dotados de capacidade infinita, temos grande habilidade. Somos todos “excelentes atores” e interpretamos com perfeição os nossos papéis no “teatro da vida”.


Identificamo-nos perfeitamente com nossos respectivos personagens e nem imaginamos estar representando. Cada um age de acordo com sua mente, e os outros não pensam que ele está interpretando um papel. Aliás, nem a própria pessoa percebe que está representando no “palco da vida”. Assim, leva uma vida cheia de aflições, adoece, sofre, se definha e, por fim, morre.


Mas, embora pareça ter morrido, na verdade não morreu. O “teatro da vida” não terminou, mas a pessoa, após representar a cena da “morte”, se retira do palco, sabendo que permanece vivo. Posteriormente, surge em um novo “palco da vida” condizente com sua preferência, representando outro papel. Em suma, o ser humano, sendo filho de Deus, é perfeito e imortal.



Masaharu Taniguchi




A verdadeira reconciliação






Em uma conferência em Kyoto, encontrei a anciã Kyu Baba, da província de Okayama, de quem falei em meu outro livro entitulado “A Cartilha da Vida”. Como citei naquele artigo, com uma simples mudança mental, essa senhora conseguira curar-se de um tumor, do tamanho de uma tigelinha que aparecera na axila. Após cumprimentá-la, perguntei:


- A senhora veio aqui especialmente para esta conferência?


- Não - respondeu ela, - estou fazendo uma espécie de peregrinação, ouvindo as palestras de vários professores em diversas localidades.


- Então é como se a senhora estivesse fazendo uma viagem de turismo, não é? – disse eu, brincando, e ambos demos uma boa risada.


Depois conversamos por algum tempo, e então a senhora Baba contou-me um caso de parto sem dor:


- A minha nora estava prestes a dar à luz pela primeira vez, mas, como não sentia dores, não sabia se tinha chegado a hora ou não. Assim mesmo, pediu-me para chamar a parteira. A parteira veio, mas quando viu que a parturiente não estava sentindo praticamente nenhuma dor, disse: “Ainda levará mais de uma hora. Voltarei mais tarde”, e se foi. Logo depois, minha nora quis se levantar e fazer a cama, mas eu lhe disse: “Não precisa levantar. Fique recostada, assim mesmo. Vamos conversar um pouco”. E eu me sentei na beira da cama e ficamos, as duas, conversando. E brincando, eu lhe falei: “Você diz que tem a impressão de que o nenê está para nascer, mas será que você sabe mesmo como nasce uma criancinha?” Se de cima, se de baixo, se da boca ou do umbigo?”. Minha nora achou tanta graça no que eu disse, que começou a rir. E foi assim que o trabalho de parto começou, de repente, e quando nos demos conta, o nenê tinha nascido. Foi um parto provocado pelo riso. Como estava ausente a parteira, ficamos um pouco atrapalhadas. Segurando o bebê, sem cortar-lhe o cordão umbilical, mandei chamar urgentemente a parteira.


Ao lembrar dessa história, sorrio sem querer devido ao aspecto humorístico. Mas, analisando esse episódio, vemos que ele contém uma valiosa lição. Ele nos faz compreender que o normal é que todo parto seja assim, fácil e indolor, e que isso é sempre possível quando a parturiente mantém de forma correta o seu estado espiritual. Reconciliada com todas as coisas do universo, qualquer mulher pode ter um parto sem dor, como este.


Na
Revelação Divina da Grande Harmonia está escrito: “Reconciliai-vos com todas as coisas do céu e da terra”. Mas isso não quer dizer que devemos nos reconciliar com as “coisas falsas”. Reconciliar-se com a “falsidade” ou “coisas falsas” nada mais é que condescender, tolerar. A idéia de que o parto é doloroso não passa de um erro, ou seja, “idéia falsa” e aceitá-la submissamente não é “reconciliar”; é apenas “condescender”. E na medida dessa condescendência, o trabalho de parto vem acompanhado de dor. Reconciliar-se realmente com todas as coisas, abandonando o pensamento errôneo, significa reconciliar-se com o Jisso (aspecto verdadeiro e perfeito) do parto, ou seja, compreender a verdade de que o homem é filho de Deus, e que portanto não é possível haver dor no seu nascimento. Reconhecer o Jisso de todas as coisas, e plenamente acreditar nele – isto, sim, é reconciliar-se de verdade. Não é admitir a existência real de aspectos maus e aceitá-los por condescendência, mas saber que os aspectos maus são inexistentes, e acreditar apenas no aspecto bom e saudável de todas as pessoas e coisas.

Mesmo que alguém esteja doente e nos fale de seus sofrimentos, devemos refutar essas queixas, dizendo: “Coragem! Isso não é nada!”. Esta é a atitude da verdadeira reconciliação.


Não devemos concordar com as queixas, dizendo: “Realmente, você está abatido e emagreceu muito. O pulso também está rápido demais. Não é sem razão que está sofrendo”. Concordar com as queixas de uma pessoa doente pode parecer uma atitude bondosa condizente com o “espírito de reconciliação”, mas isto é apenas “falsa reconciliação” ou “condescendência” em relação ao “falso aspecto”, ao “fenomênico”. É preciso saber distinguir bem a condescendência (falsa reconciliação) e a verdadeira reconciliação.


Lembro-me de um caso que ocorreu no tempo em que realizávamos grandes conferências no Auditório Público de Nagoya. Numa dessas ocasiões, eu havia jantado no 3º andar e descansava um pouco até o início da reunião noturna, que se aproximava, quando surgiu um ancião de muletas, arrastando as pernas que quase não dobravam. Ele aproximou-se e logo começou a me falar:


- Professor, uma vez eu fui levado até a Sede Central. Naquela época, eu não conseguia me mexer nem um pouco. Estive de cama durante vinte anos, devido à paralisia, conseqüência de um derrame. Mas, mesmo assim, quando cheguei à Sede Central, o professor me disse: “Na verdade, a doença não existe. O senhor é filho de Deus, e é perfeitamente capaz de andar”. Essas palavras penetraram em mim de tal forma, que comecei a andar de repente. Mas o meu acompanhante ficou com pena de mim e me carregou à saída, e depois disso não andei mais. Então, depois, eu pensei comigo mesmo: “Assim não pode ser”. E comecei a me esforçar de várias maneiras, mas não conseguia me levantar. Só agora é que melhorei o suficiente para conseguir andar de muletas”.


Dizendo assim, o ancião andava ainda como que arrastando o seu corpo. Então, eu lhe falei:


- O senhor não é doente. E não devia usar essas muletas tão pesadas. É mais fácil andar sem elas!


A essa altura, havia se formado uma pequena multidão ao nosso redor. E diante dela, falei ao ancião:


- Jogue fora essas muletas!


- Se eu fizer isso, vou cair – respondeu o ancião.


- Não há perigo! Garanto-lhe que é mais fácil se não tiver que carregar essas muletas tão pesadas! – afirmei energeticamente, e finalmente ele jogou fora as muletas.


- Vamos, caminhe! Você consegue andar!


Quando falei, o ancião, que até então se agarrava às muletas como se não conseguisse manter-se em pé sem elas, começou a andar. O público aplaudiu. Estimulado pelos aplausos, o ancião andava como um bebê que estivesse iniciando seus passos, pelo chão de concreto do hall bastante amplo do 3º andar. Se caísse, a queda seria dolorosa, mas mesmo assim ele andava, satisfeito.


Como se aproximasse o início da reunião noturna, deixei-o ali, e o público permaneceu ao seu redor , admirado com o fato de aquele senhor ter abandonado as muletas e caminhado sozinho.


Considerar “inexistente” a doença manifestada no corpo pode parecer uma atitude contrária à “reconciliação com todas as coisas”, pois aparentemente estamos em conflito com a realidade. Todavia, isso é apenas o aspecto fenomênico da questão. Na verdade, ao afirmarmos que “não há doença”, estamos tomando a atitude de “verdadeira reconciliação”, pois estamos nos reconciliando com o Jisso (aspecto verdadeiro) do homem. No seu Jisso, todo homem é saudável e capaz de se movimentar livremente. Aceitar naturalmente esse “aspecto verdadeiro” sadio e normal é que é a reconciliação.


No caso relatado, o ancião conta que, quando visitou a Sede Central e ouviu (de mim) a afirmação de que “a doença não existe” e que na verdade era capaz de andar, de repente ele começou a andar, mas tornou a ficar paralítico quando o seu acompanhante carregou-o às costas. Podemos explicar isso da seguinte forma: o ancião conseguiu andar quando reconheceu o seu Jisso sadio e normal, mas perdeu novamente a capacidade de se locomover quando, sugestionado pela compaixão do seu acompanhante, voltou a ver apenas o seu “falso aspecto” (aspecto fenomênico, imperfeito) e deixou que seu Jisso ficasse encoberto. Em outras palavras, primeiro ele havia conseguido a “verdadeira reconciliação”, mas depois caiu na “falsa reconciliação”, isto é, acabou “condescendendo com o seu aspecto fenomênico imperfeito”.


Pode parecer um ato de bondade ouvir as queixas de alguém que se diz doente e concordar: “É, você está mesmo doente. O seu aspecto não é nada bom”. Contudo, isso equivale a aumentar a “ilusão” que encobre o Jisso e fazer com que a pessoa condescenda com a aparência fenomênica chamada doença. Conseqüentemente, essa pessoa vai piorar, em vez de melhorar. O mesmo pode-se dizer com relação à educação infantil. Se, ao vermos uma criança levar um tombo, dissermos: “Oh! Coitadinha!” e acorremos em seu auxílio imediatamente, ela não tomará a iniciativa de se levantar sozinha. E a repetição do fato fará com que a criança perca o espírito de independência.


Pelo que foi explicado acima, podemos compreender que “olhar apenas o aspecto fenomênico e condescender com suas imperfeições” não é um ato de verdadeira bondade. Ser realmente bondoso com o próximo significa ajudá-lo a exteriorizar a perfeição do seu Jisso, sem considerar os defeitos aparentes. Condescender com o “aspecto fenomênico imperfeito” das pessoas não é ser verdadeiramente bondoso. Essa reconciliação é apenas superficial, e por isso é um ato imbuído de bondade sem profundidade.



Masaharu Taniguchi




2012-06-28

Ingredientes do Êxito







… nas águas revoltas do mar tanta vez agressivo
da atualidade, navegamos…
Dias calmos, dias tempestuosos.
O que importa é a rota segura.

E desta nos louvamos todos,
à frente do Divino Timoneiro.

… capacitemo-nos, cada vez mais, de que a obra
não nos pertence e sim ao
que nos utiliza por instrumentos.

… à vista disso e firmados em semelhante convicção,
compreendamos que a fidelidade
é o ingrediente de base para o êxito.

Entender a todos e auxiliar a todos,
abençoando e construindo sempre e guardar, sobretudo,
a certeza de que o serviço e o amor devem constituir
as margens de nosso caminho para frente.

… momentos aparecem-nos quais os testemunhos de abnegação
representam imperativos a que não nos é lícito fugir…

Notadamente, quando a perturbação e a calúnia
nos ameaçam a estabilidade moral.
Ainda assim, aceitemos os desafios da sombra,
na condição de aprendizes no educandário da luz.

… à frente de todas as dificuldades é imprescindível
opor a bênção, como princípio de solução

… é certo que o desdobramento da edificação em andamento
vos exige quotas de sacrifício sempre mais altas.

Imperioso dar de nós para que a obra do Cristo se erga
e se consolide no campo das necessidades humanas.

… esquecer-nos e trabalhar.
Trabalhar e servir sempre.

… na execução desse programa as lutas e problemas explodem,
por vezes, de todos os flancos, a reclamar-nos fraternidade
em suas mais altas demonstrações.

Todavia, se atribuirmos a Jesus a importância do esforço
e não a nós, sabendo receber para nós os obstáculos naturais
da senda a percorrer, então, a carga ser-nos-á sempre
qual estrela de amor que o Céu nos permite carregar
em auxílio a nós mesmos!


Bezerra de Menezes/Chico Xavier

De mensagem recebida em 01.04.1969.
Do Livro, Bezerra, Chico e Você


2012-06-27

Bezerra de Menezes fala sobre a chegada da Era da Regeneração






Irmãos amigos, devotados obreiros da seara de Jesus!

Abraçando-os em nome dos trabalhadores do lado de cá, rogamos ao Mestre Amigo bênçãos de paz para todos.

Os novos tempos em transcurso no plano físico anunciam uma era de transformações necessárias à implementação do processo evolutivo do ser humano. Os dois planos da vida se irmanam e laços de solidariedade se estreitam, tendo em vista os acontecimentos previstos.

Em atendimento aos compromissos firmados por orientadores do Planeta, almas abnegadas se desdobram em atividades, definindo responsabilidades e tarefas a serem desenvolvidas em épocas específicas.

Não longe, porém, nas regiões purgatoriais de sofrimento que assinalam o perfil dos seus habitantes, no mundo espiritual, almas se agitam, movimentam-se, produzindo ruídos e clamores na expectativa de se beneficiarem, de alguma forma, com a programação que o Alto determina.

Desassossegados, temem as mudanças que já lhes foram anunciadas e, por não saberem ainda administrar emoções e desejos, dirigem-se às praças públicas e aos templos religiosos de diferentes interpretações para debaterem e opinarem: ora aceitam os ventos das mudanças, ora se rebelam, posicionando-se contra elas. Nesse processo, influenciam os encarnados que lhes acatam as opiniões vacilantes e, ao mesmo tempo, são por else influenciados.

O certo é que a Humanidade chegou a um ponto de sua caminhada evolutiva que não mais se lhe permite retrocesso de qualquer natureza. Para os próximos cinqüenta anos já se delineia um planejamento destinado a ser cumprido por uma coletividade de Espíritos que irão conviver com grandes e penosos desafios.

Trata-se de uma população heterogênea constituída de almas esclarecidas e de outras em processo de reajuste espiritual. As primeiras revelam-se iluminadas pelo trabalho desenvolvido na fieira dos séculos, quando adquiriram recursos superiores de inteligência e de moralidade. Retornam à reencarnação para exercer influência positiva sobre as mentes que se encontram em processo de reparação, necessitadas de iluminação espiritual.

A atual Humanidade será pouco a pouco mesclada por esses dois grupos de Espíritos reencarnantes. Inicialmente na sua terça parte, abrangendo todo o Planeta, depois, dois e três terços. O trânsito entre os dois planos estará significativamente acelerado. Um trânsito de mão dupla, acrescentamos, pois coletividades de encarnados também retornarão à Pátria verdadeira.

Anunciam-se, então, o processo renovador de consciências por meio de provações, algumas acerbas. Uma operação de decantação que visa selecionar os futuros habitantes do Planeta, aqueles que deverão viver os alvores da Era da Regeneração.

A massa humana de sofredores, de Espíritos empedernidos, repetentes de anteriores experiências, retornará à gleba terrestre em cerca de cinqüenta anos, mas os guardiões da Terra estarão a postos, ao lado de cada encarnado ou desencarnado convocando-os á transformação para o bem.

É a era do espírito, anunciada a clarinadas na manhã do dia de ontem, 18 de abril de 2010, no momento em que o sol lançava os seus primeiros raios à Terra. Em região muito próxima ao plano físico, habitantes do Além quase que se fundiram com a humanidade encarnada para, em reunião de luz e vibração amorosa, ouvir o mensageiro de Jesus que lhes traçou as diretrizes de uma nova ordem planetária, que ora começa a se estabelecer.

Ismael falou emocionado para os representantes de todas as nacionalidades, logo após a manifestação clamorosa dos seus patronos e guias. Revelou planos de Jesus relacionados à cristianização dos homens. Ao final da abençoada assembléia, Espíritos valorosos deram-se as mãos, envolvendo o Planeta em suas elevadas vibrações, transformadas em pérolas que caiam do alto sobre os seus habitantes, atingindo-lhes a fronte na forma de serafina luminosidade.

Estejam, pois, atentos para os acontecimentos, meus filhos. Reflitam a respeito do trabalho que se delineia e, do posto de serviço onde se encontrem, sejam, todos e cada um, foco de luz, ponto de apoio.

Ouçam as vozes do céu, pois estão marcados pela luz dos guardiões planetários. Façam a parte que lhes cabem. Sejam bons, honestos, laboriosos, fraternos.

Os dias futuros de lutas e dores assemelham-se aos “ais” apocalípticos. Surgirão aqui, acolá e mais além, implorando pela união, compaixão e misericórdia, individual e coletiva.

Assim, irmãos e amigos, não cometam o equívoco de olhar para trás, mas coloquem as mãos na charrua do Evangelho e sigam adiante. Não repitam a experiência a mulher de Ló, o patriarca hebreu que, possuidora de fé frágil, olhou para trás em busca dos prazeres perdidos, transformando-se em estátua de sal, desiludida pela aridez das falsas ilusões.

Façam brilhar a própria luz, meus filhos! Este é o clamor do Evangelho, hoje e sempre!…

Bezerra
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*Genesis, 19:23-26: “Quando o sol se erguia sobre a terra e Ló entrou em Segor, Iahweh fez chover sobre Sodoma e Gomorra, enxofre e fogo vindos de Iahweh, e destruiu essas cidades e toda a Planície, e com todos os habitantes da cidade e a vegetação do solo. Ora, a mulher de Ló olhou para trás e se converteu numa estátua de sal.” (Bíblia de Jerusalém)

Brasília, 19 de abril de 2010. Reunião mediúnica no CEI. Por Marta Antunes Moura.


Esclarecimentos sobre o que é o Espiritismo - Para jornalistas, colunistas, comunicadores e imprensa em geral







Muitos jornalistas, colunistas, articulistas, comunicadores de rádio e de televisão, profissionais dos veículos de comunicação de um modo geral quando diante de matérias que envolvem assuntos ligados ao que chamam de paranormalidade, reencarnação, mediunidade, vida após a morte, experiência de quase morte e espiritismo, embora no exercício das suas atividades de forma digna e com imparcialidade, na maioria das vezes se conduzindo como criaturas honestas e sensatas, terminam por cometerem alguns equívocos lamentáveis, que reputamos como produto da falta de informação mais detalhada e aprofundada do que são determinadas coisas, principalmente o Espiritismo, achando que o conceito que têm formado em sua cultura, com base no “ouvi dizer” de toda a sua existência, confere com a verdade.

Quero aqui, com esta matéria, apenas prestar uma contribuição a esses profissionais da nossa valorosa imprensa, com o objetivo de passar-lhes a informação sobre o “produto” como ele realmente é, sem objetivo de defesa doutrinária, de criar simpatias e, muito menos, de converter quem quer que seja, uma vez que a proposta espírita jamais incentiva conversões ou qualquer atitude que venha a violentar as consciências das criaturas.


Vejam bem alguns dos equívocos cometidos pelos jornalistas e comunicadores em seus respectivos veículos de comunicação.

Vincular o Espiritismo apenas como religião

Na cabeça dos profissionais de imprensa existe Catolicismo, Protestantismo, Budismo, Islamismo, Espiritismo... da mesma forma que existe Flamengo, Vasco, Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Botafogo...

A expressão Espiritismo, para eles, identifica uma religião, nada mais que uma religião, concorrente das demais, que se comporta como as outras, apenas com visões diferentes em algumas questões, mas sendo apenas uma religião.

Os times de futebol, de fato, todos fazem exatamente a mesma coisa e têm os mesmos objetivos, que são os de ganhar os jogos em busca dos títulos. São divididos em facções, chamadas torcidas, onde sempre os “fiéis” de um vêem o outro como rival e chegam a odiá-los.

Em religião não é diferente disto. Todas têm o mesmo objetivo, têm as suas facções, que neste caso aqui são os adeptos, onde normalmente o adepto de uma não gosta das outras, as vêem como rivais, até mesmo inimigas, contrárias ao “Deus” da sua concepção, chegando até a promover guerras para destruir os seus seguidores, conforme está registrado na história da humanidade.

Religião obriga, proíbe, impõe, cerceia o direito de opinião das criaturas, não costuma respeitar a Liberdade das pessoas, diz o que elas devem e que não devem ler e em grande maioria não suportam que os seus adeptos estudem demais, pesquisem, façam suas buscas, questionem e muito menos discordem. Quanto mais desinformado o seu adepto, melhor.

O Espiritismo não admite nada disto.

Ele não veio ao mundo com objetivo de ser religião, muito menos para competir com nenhuma delas. Pelo contrário, veio para que os seus postulados servissem a todas as religiões.

Terminou “virando religião” na cabeça de muita gente, por vários motivos:

Primeiro por causa da intolerância dos religiosos da Europa, na época do seu surgimento, em meados do século XIX, que cismaram em vê-lo como religião, já que em sua obra básica é sugerido que o maior modelo que o homem deve seguir é Jesus, Ser este que as religiões normalmente o tem como propriedade suas.

Segundo porque, pela necessidade que muitas pessoas têm em, necessariamente terem uma religião, muitos espíritas também acharam por bem concebê-lo desta forma, e assim vão praticando-o com suas rezações, obrigações, rituais e até mesmo proibições e obrigações, defendendo também essa sua “qualificação”.

A proposta do Espiritismo é de Educação, sobretudo no aspecto moral, objetivando fazer do homem hoje melhor que ontem, amanhã melhor que hoje, progredindo sempre com dignidade, fazendo às criaturas o que gostaria que fosse feito com ele, ao mesmo tempo em que não deve fazer o que não quer que façam com ele.


Quem será o sucessor de Chico Xavier?

Assim que o Chico Xavier desencarnou (morreu), vários comunicadores, matérias de jornais e revistas falavam e questionavam sobre sucessores dele.

Vejam bem como a imprensa vê o Espiritismo como religião, apenas como religião, achando que ele é como outras religiões são.

Ao questionarem sobre sucessor do Chico, implicitamente alimentam a idéia de vê-lo como uma espécie de “chefe” do Espiritismo, líder maior dos espíritas, uma espécie de Papa que, quando morre, imediatamente providenciam um sucessor.

Não existe nada disso em Espiritismo. Não há sucessores, chefes, líderes a quem os espíritas devem obediência e reverência.

Chico Xavier foi e é, para os Espíritas, apenas uma criatura boa, exemplar quanto a sua conduta moral, espiritual e humana, da mesma maneira como foram Mahatma Gandhi, Madre Tereza de Calcutá, Irmã Dulce e vários outros inúmeros exemplares de Amor que existiram e continuam a existir na Terra.

Pelo fato de ter vivido como espírita, ter utilizado a sua mediunidade (que é uma faculdade humana e não uma “coisa” de espíritas) com dignidade em notável contribuição no processo de educação humana, conforme os postulados espíritas, teve obviamente mais proximidade com os espíritas, gerando daí um carinho especial.

Fez a parte dele aqui na Terra, mereceu e continua merecendo todo o carinho de todos nós.


Os espíritas não o vêem como santo, não acendem velas pra ele, não fazem promessas a ele, não se colocam como devotos dele e muito menos alimentam qualquer expectativa de receberem mensagens dele. Se estas mensagens vierem, tudo bem, serão aceitas com muita alegria, porém sem qualquer alarde.


É bom lembrar, também, que o médium baiano Divaldo Pereira Franco, o espírita mais conhecido entre os espíritas no mundo, nunca alimentou qualquer idéia de ser sucessor do Chico pelas duas razões básicas: primeiro porque, como foi dito, em Espiritismo não existe essa conversa de sucessor, segundo porque o próprio Divaldo jamais ver-se-ia em tal condição, porque nunca teve pretensão de ser líder de ninguém e muito menos chefe de segmento religioso filosófico algum.


Espiritismo Kardecista

Isto nunca existiu.


Os comunicadores sempre utilizam essa expressão, “Kardecista”, para identificar o que eles chamam, também equivocadamente, espiritismo “mesa branca”, “linha branca”, “alto espiritismo” etc... numa concepção absurda de que existem várias vertentes do Espiritismo, dentre elas a Umbanda, o Candomblé, a Cartomancia, a Quimbanda e outras práticas espiritualistas que, embora merecedoras do respeito de todos nós, têm suas identidades próprias, suas práticas, seus princípios e seus rituais que nem sempre tem a ver com práticas espíritas.

Manifestamos aqui, por exemplo, o respeito especial pelos praticantes da Umbanda autêntica, onde se vê o maior nível de humildade, também autêntica, entre os segmentos espiritualistas.

É importante que os comunicadores e formadores de opiniões saibam que a palavraEspiritismo foi “inventada” exatamente na época em que esta nova proposta filosófica foi sugerida ao mundo no meado do século XIX, exatamente para identificar esta doutrina conforme os seus postulados, que não tem velas, rituais, altares, defumações, obrigações, proibições, cerceamento do direito de expressão e nem da liberdade das pessoas.

Usar a palavra Espiritismo para denominar qualquer outra prática, mesmo respeitável, que faz coisas que nada tem a ver com ele, é o mesmo que chamar a mistura de limão, açúcar e água de LARANJADA, quando o nome correto seria LIMONADA, uma vez que laranjada só pode ser laranja, açúcar e água.

Da mesma forma a palavra espírita foi também inventada apenas para identificar o seguidor dessa proposta, conforme os seus postulados.

Portanto, a palavra Espiritismo só deve ser utilizada para isto que vocês chamam de Kardecismo. A palavra “Kardecismo”, portanto, fica sem sentido, uma vez que o senhor Allan Kardec não inventou doutrina nenhuma.



Mas o Allan Kardec não é o inventor do Espiritismo?


Não. É outro equívoco cometido pelos comunicadores.

Embora você possa ver na definição da palavra Espiritismo em alguns dicionários ou enciclopédias, que “o Espiritismo foi inventado pelo francês Allan Kardec”, posso garantir que se trata de um registro irresponsável, acontecendo apenas porque muitos autores ou editores dos dicionários e enciclopédias muitas vezes são, também, adeptos de religiões comuns que formaram nas suas culturas conceitos equivocados sobre isto, daí vir a ocorrer este mesmo equívoco que há no universo dos jornalistas, motivo pelo qual estou escrevendo isto aqui.

Não é que fossem desonestos ou simplesmente irresponsáveis os editores dos dicionários e enciclopédias, é que eles passaram a vida inteira “ouvindo dizer” que Espiritismo e macumba é a mesma coisa, que cartomante é espírita, que espiritismo é macumba, nunca tendo a preocupação em saber a “verdade verdadeira” acerca da coisa, terminaram formando a sua cultura com esse conceito, que terminam passando em frente.

O Espiritismo foi criado por Espíritos, que começaram a se manifestar através de jovens adolescentes, absolutamente ingênuas, trazendo informações e conceitos que chamaram a atenção de adultos e pessoas esclarecidas, pelo fato de serem idéias muito além da concepção e da cultura normal de jovens daquela faixa de idade.

Seria como um adolescente de 14 anos de idade, hoje, começar a falar sobre Voltaire, Goethe, Descartes, Mikhailovitch Dostoievski... ou tocar as músicas de Mozart, Bach, Chopin, Beethoven... o que, certamente, chamaria a atenção de todo mundo, já que não é comum.

Pessoas adultas, muito sérias, curiozíssimas diante daqueles “fenômenos” começaram a realizar o que poderíamos chamar de “sessões espíritas”, onde viram, também, mesas se moverem sem ação do homem e uma série de manifestações extra humana.

Foi daí que convidaram um homem considerado muito culto, sensato, íntegro, sério, honesto, digno e educador para assistir toda aquela “coisa”, a fim de obterem a opinião dele, que era muito respeitada, por ser ilustre na França. Esse homem era o Professor Denizar Hypollite Leon Rivail, este que mais tarde passou a usar o pseudônimo de Allan Kardec.

Rivail não tinha nada a ver com aquilo. Muito pelo contrário, quando participou várias vezes das reuniões, já que não era bobo, comportou-se como o cara mais chato do mundo, cético ao extremo, já que não era bobo, com os dois olhos bem abertos, olhando embaixo da mesa, passando a mão pra ver se não tinha nenhum espertinho puxando a mesa com algum fio fino, para enganar os outros, questionando e duvidando de tudo, como devem fazer todas as pessoas sensatas.

Numa dessas reuniões ele foi convidado pelos espíritos que se comunicavam para ser ocodificador de uma proposta de vida que eles teriam a passar para os homens, através de livros que precisariam ser escritos, para que todos lessem.

Houve muita conversa pra ele poder aceitar o desafio. Recusou várias vezes, questionou muito “Por que eu?”, “E seu eu falhar, como é que vai ficar?”. Até que se convenceu de que a idéia era sensata e que estava ao encontro dos seus pontos de vistas.

Foi escolhido porque, além de ser um homem de elevadíssimo nível moral, era um pedagogo, escritor, professor e mestre. Ninguém melhor que um homem com esses requisitos para organizar uma proposta em livros.

Portanto, não inventou coisa alguma, não criou absolutamente nada e não tem porque chamarem a doutrina de Kardecismo.

Por que usou pseudônimo e não assumiu com o seu próprio nome?


Pois é. Ele teria vergonha de usar o seu próprio nome? Não queria envolver o seu nome naquilo que poderia não dar certo? Ficou com receio de assumir a tarefa, comprometendo-se junto ao público?

Não. Nada disso.

As razões para ele adotar o pseudônimo foram nobres, em vez de covardes.

Acontece que ele já era famoso demais não somente na França como na Europa inteira. Todos os livros que ele escrevia, (o mestre Rivail) na área didática, eram sucessos garantidos assim que chegavam às livrarias.

Era com se fossem no Brasil, por exemplo, os autores Paulo Coelho, dona Zíbia Gasparetto, Lair Ribeiro e outros que já possuem públicos enormes garantidos, que já possibilitam que os seus livros saiam das gráficas, com mais de cem mil exemplares vendidos, em todos os lançamentos.

Agindo de forma honesta, o professor Rivail achou por bem não colocar o seu nome nas obras espíritas porque, certamente, o público compraria pelo seu nome e não pelo conteúdo que era apresentado.

Ele preferia que o Espiritismo chegasse às pessoas por força do seu conteúdo e não pela força do nome de um autor famoso, por isto adotou o pseudônimo de Allan Kardec.

Estamos aqui para sofrer, para pagar débitos de encarnações passadas?

Mentira. O Espiritismo não ensina nada disto.


É muito comum lermos isto em matérias que jornalistas escrevem. Sabemos que não são eles que inventam isto, são espíritas que dizem estas bobagens, já que de fato há muitos espíritas que têm este entendimento maluco acerca do que estamos fazendo na Terra.

O Espiritismo não é doutrina da masoquistas, jamais seria insensato em dizer pra ninguém que sofrer é bom.

A grande verdade é que para o Espiritismo a Terra é uma escola, uma universidade e não uma penitenciária.

Nós estamos aqui para aprender, para adquirir experiências, para crescer, evoluir e não para sofrer.

Como em toda escola há alunos que levam os estudos mais a sério, outros que não querem nada, outros que faltam demais e até os que abandonam. Há os que são aprovados e os que são reprovados.

O processo evolutivo do espírito aqui é a mesma coisa.

E de onde vem essa conversa de que estamos aqui para sofrer, de conformação com o sofrimento e todo esse masoquismo?

Tem duas explicações para isto:

A primeira delas é que, de fato, muita gente só conseguiu aprender, a tomar juízo e vergonha na cara depois de passar por sofrimentos pesados. Há muitos exemplos disto, muitas histórias e depoimentos acerca disto.

Porque alguns só conseguiram a reforma moral depois de muito sofrimento, outros acham que o sofrimento é o único caminho para isto.

A segunda é que, seguindo conceitos impostos por religiões que continuam fazendo apologia ao sofrimento de Jesus, retratando sempre o Cristo crucificado, definindo o assassinato covarde que ele foi vítima como uma opção dele, reforçam a idéia de que sofrer é bom.

Mas o Espiritismo não ensina nada disso, não recomenda ninguém a sofrer, não admite conformações e, muito pelo contrário, estimula as pessoas a lutarem contra todos os males, a vencerem e a fazerem de tudo em busca da felicidade, desde que trilhando por caminhos morais.


CODIFICAÇÃO ESPÍRITA!!ESTUDE-A ANTES DE FALAR SOBRE O ESPIRITISMO!!!!




O Espiritismo e as superstições

Encontramos pessoas inconseqüentes, como o padre Quevedo, sempre vinculando superstições e crendices aos espíritas que, muito pelo contrário, estão muito distantes disso. Espírita nenhum tem medo ou dá qualquer importância a sexta-feira 13, passar debaixo de escadas, vestir-se ou deixar de vestir-se com determinadas cores, discriminar gatos por causa da cor, seja preto, branco ou qualquer outra... enfim, não tem crendice nenhuma no Espiritismo e muito menos medos.


Sobre a reencarnação

Não é coisa inventada pelo Espiritismo, é conhecimento milenar, admitido por mais de dois terços da humanidade. Há espíritas que se limitam a serem apenas religiosos, os quais, sobre este assunto, apenas crêem na reencarnação, já que crer é um verbo muito conjugado pelo universo religioso.

Mas há também espíritas de um outro nível, que não se admitem apenas crendo por crer, aceitando só porque tem que aceitar coisa alguma, que nesta questão de reencarnação não se limitam a dizer “eu acredito” na reencarnação e sim eu sei a reencarnação, porque testaram, estudaram, comprovaram, checaram, pesquisaram, concluíram sem qualquer vinculação a aspecto religioso nenhum.

Não tem nada a ver como crer ou não crer.

Infelizmente nem todos os espíritas têm condições de dizer eu sei, limitando-se apenas ao “eu acredito”, exatamente por causa daquela opção excessivamente religiosa que falei, sem maiores preocupações com comprovações lógicas e sensatas.

A hiper-valorização do padre Quevedo pela imprensa brasileira

Com todo o respeito que esse cidadão merece, embora ele não tenha respeito por ninguém, impressiona-me a forma como a nossa imprensa, principalmente a televisão, o valoriza, tendo-o eleito como a única criatura no Brasil “capaz” de falar sobre os assuntos relacionados a paranormalidade, e ainda o chama como sendo ele a Parapsicologia.

Isto demonstra uma ignorância total e absoluta dos nossos veículos de comunicação acerca do que seja realmente a Parapsicologia.

Porque ele se auto proclama a maior autoridade em Parapsicologia do Brasil, a imprensa aceita sem questionar. Porque ele se auto-qualifica, afirmando presunçosamente que os seus livros são considerados os melhores livros de Parapsicologia do mundo, a imprensa aceita sem questionar e sem, ao menos, pedir aos seus repórteres que vivem na Europa, nos Estados Unidos e no Oriente a checarem lá, juntos àqueles que de fato são os maiores Parapsicólogos do mundo o que eles acham da citada criatura.

A Globo tem repórter no mundo inteiro, que consegue descobrir onde os “PCs Farias” se escondem, onde os corruptos guardam dinheiro, conseguem se meter em guerras no Iraque e no Afeganistão e outras tarefas mais difíceis;´por que não procuram saber maiores informações sobre esta questão, que é bem mais fácil?

O principal indício de tudo isto é óbvio demais:

O referido sacerdote, nos cursos que ministra em seu próprio instituto, sobre o que ele chama de Parapsicologia, indica para as pessoas os seus próprios livros, quando, caso optasse pela coerência, deveria indicar os livros do Joseph Banks Rhine, o pai da Parapsicologia, que tem uma vasta literatura, onde realmente estão os corretos princípios da verdadeira Parapsicologia.

O que o Quevedo ensina é Quevedologia, porque é a sua visão, a sua ótica, o que ele quer que as pessoas admitam e conceituem.

Assim com as nossas emissoras de televisão, repetidamente, chamam o Quevedo para debater e questionar com o “Inri Cristo”, com médiuns, com pessoas que se apresentam como paranormais, por que não convidam outros Parapsicólogos para debaterem com ele?

Existem outros padres que são Parapsicólogos, dentre eles posso indicar o Padre José Linhares Pontes, brasileiro e cearense, que não é um padrecozinho qualquer que ostenta a sua formação apenas com um “doutorado” em Teologia, porque cada igreja tem Teologia à sua moda e conforme as suas conveniências, mas trata-se de um padre que simplesmente tem oito cursos superiores, com mais de um Doutorado e Mestrado, é um poliglota que fala nove idiomas, conferencista internacional respeitadíssimo (este sim) no mundo inteiro e que discorda totalmente da visão da Quevedologia.

Vejam bem: não estou indicando nem Parapsicólogos que são espíritas, mesmo sabendo que há diversos, com a mais alta competência e conhecimento afim com o Rhine, estou indicando um que também é padre, para ficar bem claro que o objetivo aqui não é defender o Espiritismo de coisa alguma muito menos manifestar-me contra o Quevedo, pelo fato dele ser da Igreja Católica.

O padre José Linhares é conceituadíssimo na Igreja, respeitadíssimo pela CNBB que, por sua vez, não dispensa a mesma consideração ao Quevedo; é disciplinado, respeitado pelo Vaticano e que nunca foi punido com silêncio obsequioso, por insubordinação à sua igreja.

Vejam a presunção do padre Quevedo:

Ele faz questão de afirmar, repetidas vezes, que é Doutor. Todos sabem que para alguém ostentar o título de doutor, deve ter doutorado em alguma coisa.

Perguntemos: O padre Quevedo tem doutorado em quê

Em Teologia.


Você tem idéia do que significa Teologia? Será que você pensa que é uma formação como Medicina, Engenharia, Psicologia, Advocacia, Economia, Odontologia ou algum curso desses?

Nada disso! É apenas um cursinho, cujo conteúdo é feito conforme a rotulação religiosa a que pertence quem faz. A Teologia da Igreja Católica é feita conforme a maneira como ela concebe Deus, com histórias de Adão, Eva e a Cobra, castigos, destruições, vinganças e iras divinas e tudo aquilo que você pode ver no Velho Testamento da Bíblia.

A Igreja Batista tem o seu curso de Teologia, conforme a sua convicção; a Igreja Presbiteriana tem a sua Teologia, a Adventista tem a sua, a Ortodoxa Grega tem a sua e até a Igreja Universal do Reino do Edir Macedo tem a sua, tudo conforme as suas conveniências.

Então, se o Quevedo tem doutorado, é doutorado nisso.

E com esses seus conceitos, ele se acha cientista, com conhecimentos superiores a quem de fato tem doutorados em Física, em Química, Biologia, Matemática, Astronomia, Medicina, Psicologia, Engenharia e conhecimentos universais.

No movimento espírita existem inúmeras pessoas estudiosas, pesquisadoras, experimentadoras e cientistas de fato que possuem não apenas um curso superior, mas vários cursos superiores, inclusive mais de um doutorado de fato.

Há experimentações onde são colocados eletroencefalógrafos nas cabeças de médiuns, para observações das ondas cerebrais, no momento do transe, com muita responsabilidade onde vários médicos participam dos testes.

De repente vem um “sabichão” desse, diante de populares programas de televisão, se apresentar ao público para falar sobre Espiritismo, como se os espíritas fossem apenas alguns idiotas, rezando, em volta de uma mesa branca?

É subestimar demais a inteligência do povo brasileiro e também a dos produtores destes programas de televisão.


Espíritas obedecem ordens de espíritos?


Não. De forma alguma.

É comum ouvirmos pastores protestantes e padres também, ao criticarem o Espiritismo, afirmarem bobagens como estas, imaginando que o Espiritismo resume-se apenas em mediunidade, limitando-se a reuniões em torno de uma mesa forrada com toalha branca, onde alguns idiotas ficam esperando o espírito “baixar”, para dar-lhes ordens, que sempre serão obedecidas cegamente, já que as tais “entidades” são concebidas como santos, donos de verdades e com poderes para impor.

Não existe nada disso no Espiritismo.

Em princípio as reuniões mediúnicas não representam nem 5% das atividades espíritas. A grande maioria das pessoas que freqüentam um centro espírita não participa dessas reuniões. Quando elas acontecem, espírito nenhum se atreve a dar ordens e muito menos impor coisa alguma, porque sabe muito bem que está diante de pessoas que estão com os “olhos bem abertos” pra eles, preparadíssimas para identificar as suas naturezas, os seus objetivos e, sobretudo, o conteúdo das mensagens que trazem.

Nem mesmo os espíritos considerados “de Luz”, mais evoluídos e até mais conhecidos por quase todo mundo, como o Dr. Bezerra de Menezes, por exemplo, dá ordem alguma. No máximo, quando trazem alguma mensagem, o fazem em nível de sugestão e sempre recomendam que analisem bem, com muita profundidade, o conteúdo, para depois concluírem se vale alguma coisa.

Quando um Crente qualquer diz que os espíritas são enganados pelo tal Satanás, que se mascara de espírito de Luz, para ludibriar e enganar até os “escolhidos”, com objetivos de jogá-los contra Jesus, por exemplo, estão dizendo coisas tão imbecis e ridículas, partindo do princípio que os espíritas são também irracionais.

O dia em que um espírito qualquer se atrever a abrir a boca, em qualquer reunião mediúnica espírita, tentando convencer idéias contrárias as que foram ensinadas por Jesus, só não receberá um pé no traseiro primeiro porque não se pode chutar as nádegas de um desencarnado, segundo por uma questão de educação, já que não se coaduna com o comportamento espírita tratar com violência, mesmo as criaturas equivocadas.


Coisas que o povo imagina, mas os espíritas não fazem

Acender velas e defumadores. Não existe isto no Espiritismo, nunca existiu. Outras práticas espiritualistas admitem, o que é respeitável, mas o Espiritismo não.

Uma senhora entra em desespero, pela morte do seu marido, “ouviu dizer” que o Chico Xavier recebia cartas de pessoas falecidas, de repente resolve mandar E-mail para um espírita ou pedir para que espíritas a levem a um centro para receber uma mensagem do seu ente falecido ou para ter notícia de como ele está.

O Espiritismo não se presta para isto. Centro espírita nenhum é agência de uma possível EECT (Empresa Espiritual de Correios e Telégrafos).

Se alguma pessoa, que se diz espírita, incentiva isto, está fraudando. As reuniões mediúnicas dos centros espíritas não têm esse objetivo, os espíritos não estão a nossa disposição conforme as nossas conveniências e nem as comunicações de entes desencarnados acontecem por causa do desespero e da saudade dos seus entes que ficaram.

Quando ocorre esse tipo de comunicação, o que de fato ocorre, vem espontaneamente, na maioria das vezes quando as pessoas menos esperam. Poucos, pouquíssimos médiuns, tem a capacidade de um Chico Xavier.

O padre Quevedo, por exemplo, acha que os espíritas são bobos, ingênuos, fanáticos e facilmente enganáveis por qualquer espertalhão. Na cabeça dele e dos seus discípulos, qualquer truquezinho de mágica, é suficiente para enganar os espíritas e qualquer atorzinho que faça aquilo que recentemente a Globo mostrou no Fantástico é suficiente para impressionar os espíritas.


Todo centro espírita é coerente com o Espiritismo?


Também não.


Uma jornalista de uma conceituadíssima revista deste país, me fez esta pergunta por E-mail, citando exemplos do que ela viu em um centro espírita, próximo à sua casa, onde uma sua tia freqüenta.
É bom deixar claro isto aqui, já que estamos falando em bom senso e coerência.

Pelo fato do Espiritismo não ter Papa, não ter Cardeais que determinem como cada centro espírita deve se comportar e não ter qualquer tipo de punição a quem não obedece normas estabelecidas a partir de algum órgão centralizador, encontramos centros espíritas aí funcionando conforme a cabeça dos seus dirigentes, nem sempre compatíveis com a essência espírita.

O dirigente de um centro que tem uma cabeça muito religiosa, vai fazer um espiritismo que chamamos de igrejeiro, ou seja, aquela prática em que as pessoas têm obrigação em freqüentar, rotinas e rituais religiosos e, pra variar, tudo aquilo que historicamente faz parte das religiões tradicionais: proibições, obrigações, censuras, patrulhamento da vida de pessoas, elemento centralizador que impõe a todos pensarem conforme a sua cabeça, “index librorum prohibitorum”; fogueiras e guilhotinas “fraternas” aos considerados rebeldes(ereges, na linguagem católica) que insistem em questionar, em contraditar e em exigirem respeito a liberdade de pensar e ler o que quiser... enfim, este quadro existe também no universo do movimento espírita.

Mas existe o centro espírita que, embora também laborando numa prática bem religiosa, trabalha muito nas tarefas da Caridade, assistência aos necessitados, creches, albergues, auxílio mesmo, não se preocupam em ostentar autoridade de dirigente nenhum e fazem mais ou menos o que fez a Irmã Dulce, na Igreja Católica, que é o servir por servir, amar por amar, colocando os ideais do Cristo acima do rótulo religioso. Chico Xavier foi um destes.

Por causa da liberdade de ação mal interpretada, nem todo centro espírita age conforme os postulados da doutrina, daí a existência do “espiritismo à moda da casa”.

Só que os excessos e absurdos ocorrem por deliberação dos dirigentes das instituições, não pela doutrina.

Não comparemos, por exemplo, com o Catolicismo onde a própria doutrina trás postulados do tipo “fora da igreja católica não há salvação”, não se pode questionar diante dos “porque sim” e do “porque não”, a freqüência a missa é obrigação, batizar os filhos é obrigação, casar na igreja é obrigação, muitas coisas são obrigadas, da mesma forma que muitas coisas são também proibidas, como o sexo fora do casamento e da procriação, a separação de casais que não se entendem mais e uma série de outras.

Neste caso não é a cabeça de alguns padres que obriga e proíbe, é a própria doutrina católica que obriga, proíbe, censura e até pune com rigor os desobedientes.

Já no bojo dos postulados espíritas não há proibição nem obrigação nenhuma. Há ensinamentos e sugestões de conduta para os seus profitentes, deixando-os absolutamente livres para aceitarem ou não, apenas alertando para que assumam as conseqüências por tudo o que fizerem, no exercício do seu livre arbítrio.

É totalmente diferente.

Os excessos, as arbitrariedades, os autoritarismos, as presunções, as iniciativas de proibições e obrigações são dos homens, não da doutrina.


Conclusão
Este relato aqui não visa convencer a jornalista e comunicador nenhum a entender que o Espiritismo seja o “dono exclusivo da verdade”, porque essa conversa de dono de verdade é outro absurdo lamentável que vemos no mundo das religiões, que beira ao ridículo, ainda mais quando se fala em exclusivo.

Apenas se propõe a dizer o que é e o que não é o Espiritismo, procurando deixar claro que os excessos e abusos acontecem por deliberação de homens, não da doutrina.



- Alamar Régis Carvalho (SP)
www.ipepe.com.br


Fonte: http://rumoslibertadores.blogspot.com.br/

2012-06-26

Oportunidades aproveitadas








A arte de educar requer muita dedicação e, principalmente, medidas eficientes e bem definidas.

Uma mãe interessada em bem conduzir os espíritos que Deus lhe confiou como filhos, nos dá exemplos de grande sabedoria na formação de seus caracteres.

Ela encontrou uma maneira simples e eficaz para fazê-los refletir e ter responsabilidade sobre as próprias ações.

Ao invés de ditar normas e cobrar boas maneiras sem que os filhos tenham ensejo de pensar sobre os seus atos, ela faz com que cada um veja a vida como uma grande oportunidade de crescimento.

Assim, quando um fica irritado e impaciente com alguma coisa que, segundo ele, não deu certo, ela lhe chama a atenção dizendo em linguagem própria:

"Filho, você perdeu uma excelente oportunidade de exercitar a paciência. Pessoas irritadas não conseguem raciocinar direito. Perdem o controle e são presas fáceis de confusões e brigas. Já as pessoas inteligentes sabem que a impaciência não é boa conselheira e por essa razão não nos permite solucionar os problemas com facilidade e bom senso."

Quando outro filho nega-se a emprestar seu brinquedo a um amigo, logo que a mãe tem um momento a sós com ele, faz com que perceba que perdeu uma ótima chance de ser gentil e desprendido.

Lembra-o sempre do quanto ele fica felizes quando brinca com os brinquedos diferentes dos amigos e fala sobre fazer aos outros o que gostaríamos que os outros nos fizessem.

Sempre que alguém deixa brinquedos e roupas espalhados pela casa, ela conclama: "filho, eis uma excelente oportunidade para você exercitar a sua capacidade de organização e ordem.

Quando um dos filhos chega atrasado para algum compromisso, ela adverte: "meu filho, você deixou escapar uma ótima oportunidade de ser disciplinado e respeitar as pessoas que marcaram hora com você."

Quando outro grita sem necessidade, ela fala sobre a importância de disciplinar o verbo tornando-o útil e agradável a quem nos ouve.

Essa mãe não se permite a superproteção fazendo a parte que cabe a cada um, nem sobrecarrega os filhos com tarefas maiores que as suas forças.

Fala sempre com voz suave e gestos moderados porque sabe que o exemplo é a melhor e a mais eficiente das pedagogias.

Ouve sempre com atenção as idéias e opiniões dos filhos para valorizá-los como seres em crescimento, despertando-lhes a auto-confiança e a auto-estima.

Se um dos filhos se decepciona com alguma coisa ou situação, a mãe entra com a sua proposta edificante dizendo que é importante aprender a tolerar e superar as frustrações, pois ninguém está livre delas na jornada terrena.

E é assim que essa mãe vai educando com paciência e perseverança e, acima de tudo, com muito amor e dedicação à arte de formar os caracteres dos espíritos confiados à sua guarda pelo grande pai de todos nós, que é Deus.

Pense nisso!

Você, como pai ou educador, está aproveitando as oportunidades que lhe são oferecidas a cada instante?

Está ensinando a disciplina no falar, no agir, nos gestos, nas atitudes mais variadas?

Será que não está perdendo as oportunidades de ensinar, pela vivência, a dignidade, a simplicidade, os valores reais da vida?

Todos nós temos missões a desempenhar na face da Terra, e uma das mais importantes é a da pater-maternidade.

Estaremos desempenhando essa missão com carinho e dedicação, ou temos deixado que as oportunidades se escoem?

Pensemos nisso!

Redação do Momento Espírita

LUTO






Agora que você se foi
O silêncio em minha alma
Calou o mundo todo...
Faz sentido
Todos os sons adormeceram com sua partida
Prometi não mais chorar em despedidas
Mas, escuta
Eu preciso saber se aí onde está
Se aí, para onde foi
O clima está quente ou frio
E como não posso saber
Envio-lhe o meu amor
Ele se amolda e toma forma do que é preciso
Em qualquer situação
Seja como for
Ele tomará a minha forma quando você cantar
E dançará, seja de alegria ou tristeza
Escuta...
Onde você estiver, não se esqueça
Eu lhe amo, você sabe
E preciso muito dizer-lhe atá breve
Para poder continuar




Ahora te has ido
El silencio de mi alma
Silenciado el mundo ...
tiene sentido
Todo el sonido dormido con su partida
Prometí no llorar en las despedidas
Pero escucha
Lo que necesito saber es donde hay
Si no, donde fue
El clima es frío o caliente
Y ya no puedo saber
Te envío mi amor
Se moldea y se toma la forma de lo que se necesita
En todo caso
De todos modos
Él va a tomar mi camino al cantar
Y la danza, ya sea de alegría o tristeza
Escucha ...
Estés donde estés, no te olvides
Te amo,
usted sabe
Se necesita mucho para decir te atan pronto
A fin de continuar!





2012-06-24








Filhos, irmãos, homens da Terra a procura do Reino de Deus dentro de vós e do caminho para a verdadeira felicidade e libertação. Todos vós, ao empreenderdes semelhante jornada, ireis perceber, em vossas vidas, uma grande transformação interior. Essa transformação se fará graças ao profundo processo alquímico que começa a acontecer dentro de vós. Todos os vossos átomos, células, enfim, todo o vosso ser físico e espiritual passam por uma aceleração renovadora que vos ofertará, alem de íntimo bem-estar, alegria e paz.

A Minha passagem pela Terra, semeando ensinamentos de Amor, só terá alcançado o seu objetivo quando todos, sem exceção, vivenciarem a plenitude do Amor Divino, só possível ao homem que atingiu a união Crística. Amor que se revelará através das ações desse homem em favor de seus semelhantes.

Sabemos que para muitos na Terra, em seus pensamentos e atos tão humanos, esse encontro está, ainda, longe de acontecer e alguns desses filhos de Deus, em suas consciências analisam essa união como um acontecimento impossível. Porém, Meus amados, asseguro-vos que essa é a missão mais importante que tendes por realizar e o êxito dela é que qualificará as vossas existências em felizes ou não.

Quando vos falo em felicidade, não vos falo de uma existência sem problemas, mas sim, de uma felicidade que transcende a compreensão humana para essa palavra. Falo-vos de uma paz Interna e de uma felicidade interior, vivenciada por todo aquele que atingiu o Centro Sagrado. Caminhará esse homem, na Terra, com a segurança daquele que sabe que tem junto de si um amigo a lhe indicar o rumo certo para a sua vida. Um Farol em sua peregrinação e o Consolador nos momentos de tribulação.

Consolador sim, filhos e irmãos na Luz, já que a certeza dessa Presença Sagrada traz alívio aos corações sofridos, solitários, amargurados pelos embates dolorosos que a vida impõe, muitas vezes. É essa convivência íntima com a Presença Crística, a Luz do Eu Sou em vossos corações que fortalecera as vossas vontades, vos doará animo para continuardes a perseverar em todos os vossos intentos e vos renovará pelo Amor que deixará espargir de vossos corações.

Para vivenciar esse momento de intensa comunhão com Pai em vós, começai a preparar-vos agora, porque não sabeis quando Ele irá vos responder. Começai a reformular-vos interiormente e a deixar que essa mudança em vossos atos diários aflore. Não temais, amados do Meu coração, deixai que essa catarse, tão necessária para a vossa evolução espiritual, aconteça em vossas vidas. Cada vez que dominardes comportamentos arraigados, por mais que vos pareçam insignificantes, estareis obtendo uma vitória sobre a vossa vontade humana. Mesmo que haja, ainda, reincidência naquela “antivirtude” ou naquele comportamento indesejável, se estiverdes atentos, ele já não encontrara forças para instalar-se em vossas vidas como em tempos passados.

Se estiverdes atentos para esses altos e baixos em vossas existências e empenhados no trabalho de religação com o vosso Ser Divino, encontrareis, sem duvida, esses momentos de recaída tão normais na vida do homem. No entanto, não esmoreçais. Toda essa experiência vos deve fortalecer o animo e servir, principalmente, como uma advertência de que nesse caminho não existe espaço para acomodação. "Orai e vigiai sempre". Colocai a vossa atenção em tudo o que fizerdes de modo a evitar a prática repetida das mesmas falhas que tanto vos fazem sofrer e aos vossos companheiros de jornada, também.

Praticai as Bem-aventuranças do Sermão da Montanha. AIí, naquelas lições, encontrareis o caminho para a auto-realização. Em cada bem-aventurança está a seta orientadora para todos aqueles que almejam a União com o Pai em seus corações.

Meus queridos, hoje venho trazer a benção do Meu Momentum de Paz, essa virtude tão necessária e tão carente nos corações dos homens. Procurai alicerçá-la em vossas vidas compreendendo, em primeiro lugar, o que ela vos doará, se realmente trabalhardes por ela e para ela. Vivenciai-a em toda a sua amplitude e levai-a em vossos corações para onde fordes, e assim, como arautos da Paz, ela fluirá de vós e por vós, em vossas vidas e nas vidas de vossos irmãos de jornada.

Cubro-vos com a Minha Luz e deixo-vos a Minha Paz.

Eu Sou vosso Mestre

Jesus

Trechos e idéias retiradas Livro Aprendendo Com Os Mestres VIII



BEM-AVENTURANÇAS


Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos Céus!

Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados!
Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra!
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados!
Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia!
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus!
Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus!
Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus!
Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de Mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós. (Mateus, 5:3-12)


GUIAS ESPIRITUAIS - OS ESPÍRITOS TUTELARES







Depois de entendermos o que são os Sagrados Orixás, podemos fazer uma breve dissertação sobre a apresentação dos Espíritos militantes na Umbanda, os Espíritos Tutelares, a fim de entendermos seus trabalhos e podermos clamá-los e honrá-los e solicitar suas intercessões.

Os Espíritos militantes na Umbanda trabalham ligados a uma ou mais das hierarquias Orixás. Estão ligados particularmente, por afinidade fluídica, em uma ou mais das vibrações/Orixás, pelo fato de terem seus corpos humanos físicos/astrais formados com predominância de algum elemento da Natureza bem como por afinidade fluídica/espiritual. Não é pelo fato de ser Espírito que deixa de ser humano, ou mesmo, deixe de fazer parte da Natureza que nos cerca.

Antes de falarmos sobre os Guias Espirituais na Umbanda, vamos entender a visão umbandista sobre o Espírito Santo, pois está intimamente ligado aos Guias Espirituais. Observem, que os dons enumerados pelo apóstolo Paulo para quem “recebe” o Espírito Santo, e mesmo suas atuações nos diversos trechos do Evangelho, nos remetem a dizer certeiramente, que é a presença de Guias Espirituais atuantes na mediunidade redentora.

Na Bíblia hebraica (Velho Testamento), o termo hebraico “Ruach HaKodesh” é usado muitas vezes; ele é traduzido literalmente como Espírito Santo. Na Bíblia Hebraica ele se refere à presença de Deus na forma experimentada por um ser humano. A maioria dos cristãos considera o Espírito Santo como o próprio Deus, parte da Trindade.





DONS DO ESPÍRITO SANTO

Dons do Espírito Santo, segundo a Carta de São Paulo, são atributos proporcionados sobrenaturalmente aos cristãos pelo Espírito Santo. Segundo o texto bíblico da 1ª carta de Paulo aos Coríntios, existem sete diferentes e principais dons possíveis de serem alcançados pelo cristão. Estes dons são postos em prática em comunidades cristãs, independentemente de sua razão confessional, por pessoas reconhecidamente cristãs em sua fé e prática. Foram bastante importantes na igreja cristã primitiva para a evangelização do mundo então conhecido. Dons do Espírito Santo são as benesses entregues aos cristãos para o trabalho caritativo e redentor (fora da caridade não há salvação). É uma expressão estudada na teologia cristã. Segundo o autor da Primeira Epístola aos Coríntios, seria doado para o que fosse útil (12:7), e repartido a cada um segundo a vontade do Espírito Santo (12:11); existindo diferentes tipos de dons. A Primeira Epístola aos Coríntios enumera alguns dons (I Co 12:8-10):

Palavra da sabedoria.
Palavra do conhecimento.
Fé.
Dons de curar.
Operação de maravilhas.
Profecia.
Interpretação de línguas.

Os sete dons principais se entrecruzam, surgindo outros. Paulo enumera alguns outros dons na Epístola aos Romanos, fazendo aqui uma relação entre um dom e outro dom, relação de dom e o exercício individual do dom, relação entre dom e a sua dedicação, relação do dom e a liberalidade de alguns em exercerem seus dons.

“... tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja segundo a proporção da fé; se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina esmere-se no fazê-lo; ou o que exorta faça-o com dedicação; o que contribui, com liberalidade; o que preside, com diligência; quem exerce misericórdia, com alegria”. (Romanos 12.6-8).

O Espírito Santo, a terceira Pessoa da Trindade, é nas Sagradas Escrituras, denominado “o Espírito”, “o Santo Espírito”, “o Espírito de Deus”, “o Espírito do Filho de Deus”, e o “Consolador”. Por várias vezes é citado nos Evangelhos:

No Novo Testamento: O Espírito Santo se manifesta no batismo de Jesus (Mt 3.16; Mc 1.10), e na tentação (Mt 4.1; Mc 1.12; Lc 4.1); imediatamente depois da tentação (Lc 4.14); e na ocasião em que Jesus, falando em Nazaré, recorda a promessa messiânica de Is 61.1,2 (cp. com 42.1-4). Do mesmo modo fala o Santo Espírito ao velho Simeão dirigindo-o nos seus passos e pensamentos (Lc 2.25-27). O dom do Espírito Santo é de uma maneira determinada, prometido pelo nosso Salvador (Lc 11.13).

No Evangelho de João: O ensino de Jesus quanto à obra do Espírito é mais preciso. “Deus é Espírito”, com respeito à Sua natureza. A não ser que o homem novamente nasça “da água e do Espírito”, ele não pode entrar no Reino de Deus (Jo 3.5). O Espírito é dado sem medidas ao Messias (3.34). Referindo-se Jesus às promessas messiânicas (Is 44.3; Jl 2.28) falou do Espírito que haviam de receber os que nele cressem (7.39); porquanto, ainda não tinha sido dado (7.39); mas, na qualidade de consolador, Paracleto, Advogado (14.16,26; 15.26; 16.7; Jo 2.1); Espírito da verdade, por quem a verdade se expressa e é trazida ao homem (15.26; 16.13). Ele havia de ser dado aos crentes pelo Pai (14.16), habitando neles e glorificando o Filho (16.14), pelo conhecimento que Dele dava. Em 1Jo 3.24 a 4.13 esta presença íntima do Espírito é um dos dois sinais ou característicos da união com Cristo; e o Espírito, que é a verdade, dá testemunho do Filho (1Jo 5.6).

Nos Atos: A manifestação do Espírito é feita no dia de Pentecostes, e o fato acha-se identificado com o que foi anunciado pelo profeta (2,4,17,18); Ananias e Safira “tentam” o Espírito, pondo à prova a Sua presença na igreja (5.9); o Espírito expressamente dirige a ação dos apóstolos e evangelistas (1.2; 8.29,39; 10.19; 11.12; 16.7; 21.4); e inspira Ágabo (11.28).

Nas epistolas de Paulo: A presença do Espírito Santo está claramente determinada (Rm 8.11; 1Co 3.16; 6.17-19). É ele o autor da fé (1Co 12.3; cp. com 2Co 4.13); no Espírito vivem os homens (Gl 5.25), por Ele são ajudados nas suas fraquezas (Rm 8.26,27), fortalecidos por Ele (Ef 3.16), recebendo Dele dons espirituais (1Co 12), e produzindo frutos como resultado da Sua presença (Gl 5.22). Por meio Dele há a ressurreição dos que crêem em Cristo (Rm 8.11).

Pedro: (1Pe 1.2) escreve acerca da santificação, como sendo obra do Espírito Santo.

No apocalipse: Se vê que João conscientemente é influenciado pelo Espírito (1.10; 4.2); e a mensagem dirigida a sete igrejas é a mensagem do Espírito (2.7,11,17,29). O Espírito Santo é uma pessoa da Santíssima Trindade, e não simplesmente um método de ação Divina (vejam-se especialmente as palavras de Jesus: Jo 14.16,17; 15.26; 16.7,8; Mt 12.31,32; At 5.3,9; 7.51; Rm 8.14; 1Co 2.10; Hb 3.7). O Espírito procede do Pai e do Filho (Gl 4.6; 1Pe 1.11). É Ele tanto “o Espírito de Deus” como “o Espírito de Cristo” (Rm 8.9). E assim nos mistérios da redenção, e de uma nova vida, na regeneração, na santificação, e na união com Cristo, é uma Pessoa que, na Sua operação, como auxiliador do homem, é ainda Aquele que pode ser negado, entristecido e apagado (Ef 4.30; 1Ts 5.19).





VISÃO UMBANDISTA SOBRE O ESPÍRITO SANTO

No mundo antigo, a pomba era conhecida entre outras coisas como o pássaro dos deuses, especialmente a fêmea.

Características da pomba usadas para representar o Espírito Santo:

1ª) Simboliza a simplicidade – pode ser traduzido como não misturado, puro, sem mistura com o mal. (Mat. 10:16).

2ª) Universalmente, a pomba é frequentemente representada como a paz.

3ª) Outros aspectos que a pomba pode representar apropriadamente são gentileza e amor.

4ª) A pomba vive em monogamia estrita e nunca abandona seu companheiro (a). Esta característica de constância identifica-a como um exemplo a ser seguido.

5ª) A pomba não se perde e possui um senso de orientação aliado a uma memória geográfica muito desenvolvida, o que lhe proporciona a capacidade de sempre achar o caminho de volta para um local que já esteve. Descobriram que essas aves possuem pequenos ímãs intracelulares no bico, e lhes orienta com o norte magnético, orientando-os de forma geral. Uma ave que não se perde deve ter suscitado curiosidade e admiração por parte dos homens que a observavam durante a antiguidade. A associação foi feita então a partir dessa capacidade de sentido e orientação, uma espécie de mensageiro do Céu, algo que sempre se encontra ou encontra o seu destino, o verdadeiro Espírito Santo.

Vamos elucidar o porquê a Umbanda não usa qualquer tipo de pássaro, aqui em especifico a pomba, como símbolo da religião, mas somente como símbolo designativo do que explanamos anteriormente.





DORISMO E IONISMO

Para elucidar o simbolismo da pomba, vamos dar uma breve explicação das Ordens Esotéricas “Dórica” e “Iônica”. O primeiro termo é derivado de uma região da antiga Grécia, ao sul da Thessália, chamado Dorida. É desse lugar que teve origem, no Oriente, a Ordem arquitetônica chamada Dórica, implantada pelo patriarca Rama que, sem dúvida, a recebera por tradição, dos Atlantes, pois os Templos desenterrados ali, no México, no Peru, na Oceania e na Caldéia, confirmam, exuberantemente, a existência dessa primitiva Ordem.

Mas, como uma Ordem arquitetônica não se cria como cogumelo, da noite para o dia, segue-se que, nessa época, deviam existir sérias academias. A prova é que os doutos modernos, apesar da evolução da arte das casas e arranha céus, ainda não conseguiram criar mais outra, além das cinco clássicas. O próprio módulo, por exemplo, cuja origem científica ainda é desconhecida pelas academias, era tirado de regras musicais... e de acordo com essas regras é que se construíam os Templos, seus vasos, seus vitrais, etc., e baseavam sua liturgia. Essas regras estão claramente indicadas na Bíblia por Moisés, Ezequiel e outros, quando, por ordem de Jheováh, tiveram de construir o Templo. Cada medida ali indicada corresponde exatamente a nota musical de acordo tomado por base. Cada nota possui um número certo de vibrações facilmente verificável com as placas vibrantes dos nossos laboratórios de física, e estas é que estabeleciam o desenho da ordem, do estilo, o formato dos vasos, dos vitrais, etc. Esta descoberta foi feita por Saint Yves e magistralmente descrita por Ch. Gougy, arquiteto de Paris.

Séculos depois de instituída a Ordem Dórica, isto é, cerca de 8.500 anos antes da nossa era, é que se deu na Índia o citado Schisma (Cisma) de Irschu. (Nota do Autor: Novo Dicionário Aurélio – 1ª edição – 9ª impressão.... Cisma: 1. Separação do corpo e da comunhão de uma religião. 2. Dissidência de opiniões).

Tendo este revolucionário (príncipe Irschu, na Índia), ambicioso por uma coroa, constituído suas hostes para propaganda das idéias naturalistas e feministas (Ordem Iônica), compôs um estandarte com fundo vermelho, tendo ao centro uma pomba branca, símbolo da mulher. A pomba, em sânscrito, traduz-se por Ionah. Daí o Ionismo. O estandarte de Semírames, rainha da Babilônia, tinha como emblema a pomba vermelha, em fundo branco, tendo-se essa rainha passado para o Ionismo, tal como seu falecido marido – Ninus – o terrível e sanguinário imperador da Assíria.

Deste termo Ionah é que se originou, por inversão, o de João, o Batista, Io-han-lo-nah. Lucas 1, 13, 60 a 63, esclarece bastante a respeito. É a pomba que João diz ter visto descer sobre Jesus, por ocasião do seu batismo. Puro simbolismo, como simbólico também é o sol que Jesus teria encarado nessa ocasião, figurando a dinastia solar, a Ordem Dórica, a religião de Rama

... Dorismo e Ionismo representam, igualmente, a fonte do patriarcado e do matriarcado, largamente desenvolvido por Saint Yves. O patriarcado tinha relação com o sacerdócio do Deus masculino, simbolizado no disco solar, e o matriarcado com o deus feminino, simbolizado pela lua. A Ordem Dórica, a patriarcal de Rama, foi a Ordem teocrática, a Ordem Arbitral. A Ordem Iônica, filha de um Schisma, foi a Ordem Militar, a Ordem Arbitrária.

(Jesus e Sua Doutrina – A. Leterre – Livraria da Federação Espírita Brasileira – 1934). 


(...)






O SÍMBOLO DA UMBANDA


O símbolo que verdadeiramente representa a Religião de Umbanda é:
Fé: Representada pela cruz: Formada pela intersecção de dois segmentos retos, um vertical e o outro horizontal, a cruz representa o quaternário espiritual e neutro. Aqui, o Princípio Divino e a Terra estão combinados em harmonia. A cruz representa os 04 principais elementos: Terra, Ar, Fogo e Água. É o centro do mundo e por isso o ponto de comunicação entre o Céu e a Terra. É também um símbolo do homem universal, arquetípico, capaz de harmoniosas e infinitas expansões tanto no plano vertical quanto no horizontal; a linha vertical é celestial, espiritual e intelectual, positiva, ativa e masculina enquanto a horizontal é o mundano, racional, passivo, e negativo e feminino culminando na cruz inteira que forma o andrógino primordial. Em termos cristãos, é a salvação através do sacrifício de Cristo; redenção; expiação, renovação, perdão e fé. A cruz também representa a aceitação da morte ou sofrimento e sacrifício. A cruz simboliza o Crucificado, o Cristo, o Salvador, o Verbo. Ela é mais do que uma figura de Jesus, ela se identifica com sua história humana, com a sua pessoa. Apontando para os quatro pontos cardeais, a cruz é a base de todos os símbolos de orientação, nos diversos níveis de existência do homem. A cruz é o mais totalizante dos símbolos. A cruz é, então, o símbolo da glória eterna, da glória conquistada pelo sacrifício e culminando em uma felicidade extática.
Esperança: Representando pela âncora. A âncora é considerada um símbolo de firmeza, esperança, tranqüilidade, salvação, estabilidade, boa sorte, segurança e fidelidade. Representa a parte estável do nosso ser, aquela que, em meio a tempestades, é capaz de manter a firmeza.
Caridade: Representando pelo coração. O coração é o lugar do ser físico e espiritual e representa a “sabedoria central do sentimento” em oposição à “sabedoria-cabeça da razão”. É compaixão e compreensão, dádiva e complexo. É o símbolo para o amor, conhecido como a assento das emoções e sinônimo das afeições.

Todos os umbandistas deveriam ter esse símbolo bordado em seus uniformes, pois caracteriza o que é a Umbanda em sua essência e na realidade do seu dia-a-dia.





É O ESPÍRITO SANTO O CONSOLADOR?

Se o Espírito Santo é Deus, é também eterno. Por que será, então, que não se fala Nele como “Deus” no Velho Testamento? E por que, também, somente a partir do Século III, é que Ele começa a ser conhecido (como na feição atual) entre os cristãos? Quando se iniciou a divinização de Jesus, a partir do Concílio de Nicéia (ano de 325), Ele também surgiu juntamente com a Santíssima Trindade. No Velho Testamento, Ele é um Espírito Santo de alguém: “O Senhor suscitou o Espírito Santo de um moço chamado Daniel” (Daniel 13, 45).


... Os gregos sempre estudaram a Bíblia em Grego, enquanto que a Igreja Romana adotava-a em Latim, ou seja, a Vulgata. Isso pode ser um dos fatores causadores das constantes divergências teológicas entre os teólogos de Roma e os gregos, e que culminaram com a fundação da Igreja Ortodoxa Grega, em 1054.

Uma das polêmicas mais conhecidas entre ambas as Igrejas é a do “Filioque” (e do Filho). Isso, em síntese, quer dizer o seguinte: Para a Igreja Romana, o Espírito Santo procede do Pai e do Filho. Para a Igreja Ortodoxa Grega, procede só do Pai, o que diminui a importância de Jesus.

Se o Espírito Santo fosse Deus mesmo, falaria por si mesmo, não precisando dizer o que ouvira de Jesus, como lemos em São João 16, 13 e 14, pois Deus já sabe tudo, desde todas as eternidades. E quem envia é superior ao enviado. Como poderia Jesus nos enviar Deus? E Santo significa universal (nota do autor: no cristianismo primitivo, “Santo” era o designativo para todo cristão; posteriormente, “Santo” foi adotado somente para designar todos os cristãos que fossem martirizados; e, hoje, Santo é designativo de religiosos justos e virtuosos). Podemos dizer, então, que o Espírito Santo é uma espécie de coletivo de todos os Espíritos encarnados e desencarnados, o que nos coloca fazendo parte da Santíssima Trindade. E de fato, a frase “o Verbo se encarnou entre nós” deve ser como está nos originais, “o Verbo se encarnou em nós – em hemin (em Grego) e in nobis (em Latim).

Se fosse sempre o tal de Espírito Santo que se manifestasse, para que São Paulo e São João nos falam em discernimento dos Espíritos que se manifestam em profecias, como acontece com o tipo de profeta Nabi, em Hebraico, do Velho Testamento?

São Paulo nos diz, igualmente, que somos templos de “um” Espírito Santo. Ora, se um Espírito for evoluído, sendo, portanto, um Espírito da verdade, por que ele não nos poderia ser enviado, depois que deixa o corpo, transmitindo-nos o que ouviu e aprendeu do nosso Maior Mestre, se temos exemplos disso na Bíblia, e se o Espírito de Santa Mônica comunicou-se com seu filho Santo Agostinho, como lemos na sua monumental obra “Confissões”? Esse assunto é como um iceberg, e vimos apenas a sua ponta!

(José Reis Chaves) Segundo a Doutrina Umbandista, o termo “Espírito Santo” apresenta uma conotação bastante diferente da apresentada por outras religiões. Para algumas Igrejas, o Espírito Santo faz parte da Trindade Divina, sendo uma “entidade à parte” de Deus.

Para compreender, é necessária uma análise dos textos evangélicos originais (Novo Testamento), os quais foram escritos em um tipo de grego denominado Koiné, ou seja, popular, diferentemente do grego clássico. Esta língua não possuía artigos indefinidos (UM, UMA, UNS, UMAS). Logo, quando a palavra era determinada, sempre se usava artigos definidos (O, A, OS, AS), e sendo indeterminada, pressupunha-se sempre o uso dos artigos indefinidos. Segundo Carlos Torres Pastorino, estudioso do Novo Testamento que traduziu o texto evangélico do original em grego, não há a expressão “O Espírito Santo”, mas em todas as ocasiões lê-se “Um Espírito Santo”, como nos trechos abaixo:

No caso do filho de Zacarias e Isabel (João Batista): “Luc.1:15 ...porque ele será grande diante do Senhor e não beberá vinho nem bebida forte; já desde o ventre de sua mãe será cheio de um Espírito Santo,...” No caso de Jesus, filho de Maria: “Luc.1:35 Respondeu-lhe o Anjo: “Um Espírito Santo virá sobre ti e o poder do Altíssimo te envolverá com sua sombra; e por isso o nascituro será chamado Santo, Filho de Deus”.

Em ambos os casos, Isabel e Maria receberam por via mediúnica a revelação de que dariam à luz filhos que eram Espíritos já santificados, ou seja, com um grau evolutivo moral acima da média (João) ou pleno (Jesus, por isto chamado de Filho de Deus). Logo, o ato de receber um Espírito Santo, significaria dar condições para a reencarnação de um Espírito bom, missionário, nestes casos de gravidez/nascimento. Nas ocasiões em que homens ou outras pessoas “recebessem” ou “ficassem cheios” de um Espírito Santo, a Umbanda interpreta como a “mediunismo” de um Espírito mensageiro cuja elevação moral e boas intenções emprestariam a ele o título de Santo. O Pai é o nosso Deus Criador, O Filho é nosso Mestre Jesus Cristo que constitui para a Terra a mais perfeita personificação de um Espírito e o Espírito Santo que é a legião de Espíritos redimidos e santificados que cooperam com o Divino Mestre, desde os tempos iniciais da formação da Terra, na elevação espiritual deste nosso orbe.

Portanto, na Umbanda, temos o Espírito Santo com designativo dos Guias Espirituais, que atuam na prática do bem e da caridade, em nome da Espiritualidade Superior. Portanto, quando clamamos pelo Espírito Santo, estamos invocando os Guias Espirituais, as Santas Almas Benditas.

“Segundo alguns historiadores o topo culminante que assinala, o ponto de partida do cristianismo é o Monte das Oliveiras. Foi ali que Jesus Cristo o Nazareno, cerca do ano 30 da nossa era, ministrou seus últimos ensinamentos a cerca de 500 discípulos, antes de ascender ao Céu, dos quais 120 permaneceram até o dia dos pentecostes. No dia de Pentecostes o Espírito Santo desceu sobre aqueles 120 irmãos reunidos, estando ali também os 12 apóstolos, os quais sendo cheio do Espírito Santo, proclamaram oficialmente as boas nova do Cristianismo e deram impulso a este movimento começado por Cristo”.

(www.jamespinheiro.com.br/historiacristianismo.html
)

“Quando chegou o dia de Pentecostes, todos os seguidores de Jesus estavam reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um barulho que parecia o de um vento soprando muito forte e esse barulho encheu toda a casa onde estavam sentados. Então todos viram umas coisas parecidas com chamas, que se espalharam como línguas de fogo; e cada pessoa foi tocada por uma dessas línguas. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, de acordo com o poder que o Espírito dava a cada pessoa.” (Atos 2.1-4). “Foi às nove da manhã que, pela primeira vez, o Espírito Santo foi derramado sobre os discípulos reunidos” (cf. At 2,1-4).

Os apóstolos em Pentecostes receberam “um Espírito Santo” em forma de labaredas de fogo em suas cabeças, e a partir daí, passaram a falar línguas estranhas (xenoglassia), e a efetuar diversas curas e conversões. Não estaria ali, sendo efetuada uma “Gira Mediúnica” com a presença de Guias Espirituais?





O ESPÍRITO SANTO TEM TODOS OS ATRIBUTOS DE UMA PESSOA

A) Ele pensa - I Coríntios 2:10-11; Atos 15:28.


B) Ele sente
1. Ele pode ser entristecido – Efésios 4:30
2. Ele pode ser contristado – Isaías 63:10
3. Ele ama – Romanos 15:30 (podemos mencionar aqui que é impossível entristecermos a uma pessoa que não nos ama).

C) Ele exercita volição - I Coríntios 12:11.

D) Ele age
Ele inspirou as Escrituras – II Pedro 1:21
Ele ensina – João 14:26
Ele guia – Romanos 8:4
Ele fala – Atos 8:29; 13:2
Ele convence – João 16:8-11
Ele regenera – João 3:5
Ele conforta – João 14:16
Ele testifica – João 15:26
Ele intercede – Romanos 8:26
Ele chama para o ministério – Atos 13:2; 20:28
Ele cria – Jô 33:4

(www.guia.heu.nom.br/espirito_santo.htm)

Por ventura não são os atributos dos Guias Espirituais???

Portanto, reafirmando, os Guias Espirituais, são as Santas Almas Benditas, os Espíritos Santos de Deus.

(Trecho extraído do livro:
Umbanda – A Manifestação do Espírito para a Caridade
– autoria: Pai Juruá)



AS UMBANDAS DENTRO DA UMBANDA - O PLURALISMO







Ramificações – Subgrupos

Vamos elucidar sobre essa questão delicada e necessária, pois o leigo fica confuso com tantos tipos de rituais, liturgias e doutrinas, todas usando a denominação “Umbanda”.

Para quem não conhece a fundo, isso torna-se estranho e acabam por dizerem: Seu Terreiro é de Umbanda Branca? De Umbandomblé? De Umbanda de Mesa? Etc. Então, para dirimir essas dúvidas, vamos sucintamente esclarecer o pluralismo umbandista, ou seja, os vários “segmentos” de Umbandas conhecidas por nós, existentes em solo brasileiro, para que cada um possa agora entender e respeitar as práticas das mais variadas umbandas existentes.

Desde a sua iniciação, a Umbanda tem sofrido modificações em seu modo de ser e operar, onde muitos se distanciaram grandemente da Umbanda original (do Senhor Caboclo das Sete Encruzilhadas). Dessas modificações, cada um deu uma roupagem e deviam dar uma nomenclatura própria para se situarem perante a comunidade.

Cremos que tudo isso não se deu pelo simples fato de cada um querer impor a sua verdade, mas simplesmente estavam realizando aquilo que aprenderam, e o que suas mentes achavam estar correto.

Cada um, com certeza deu tudo de si, para o que estava fazendo frutificasse, e no fim, todos estavam envidando esforços para praticarem o que entendiam como Religião de Umbanda. Hoje temos várias ramificações da Umbanda que guardam raízes muito fortes com as bases iniciais, e algumas que absorveram características de outros cultos, mas que mantém a mesma essência nos objetivos de prestar a caridade, com humildade, respeito e fé.

Antes do advento do Caboclo das Sete Encruzilhadas, o que existia era conhecido como “Macumba”; onde podemos encontrar uma forte influência de práticas do Catimbó, bem como da magia africana praticada por alguns, pois o Candomblé estruturado surgiu no Rio de Janeiro muito tempo depois da Umbanda (segundo informações do antropólogo Reginaldo Prandi).

Ainda não se conhecia o termo “Umbanda”. João do Rio, em sua obra “Religiões do Rio” de 1904, onde pesquisou toda a religiosidade existente na antiga Capital Federal, não citou em nenhum momento o nome Umbanda; portanto, poderiam existir manifestações de Índios, Pretos-Velhos, etc., aqui e acolá, remanescentes do Catimbó, ou mesmo os primeiros bruxuleios da nova modalidade religiosa, mas ainda não se tinha iniciado a religiosidade de Umbanda, coisa que viria mais tarde, em 1908, pelo Senhor Caboclo das Sete Encruzilhadas, através do médium Zélio Fernandino de Morais.

Vamos disponibilizar um texto muito interessante e inteligentemente escrito pelo senhor Cláudio Zeus, em seu livro: UMBANDA SEM MEDO:



UMBANDA – UMA SEITA AFRO?

Por que é importante sabermos que o termo Umbanda, como culto ou religião, pertence ao Caboclo das Sete Encruzilhadas.


A importância da divulgação desse tema se prende a fatores que, embora possam parecer fúteis, a uma primeira vista, (e apenas a uma primeira vista) na verdade coloca freios em muita gente que insiste que faz Umbanda e que, além de não conhecer suas origens, nada faz de Umbanda – é isso que incomoda e faz com que muitos tentem minimizar ou até mesmo desqualificar a importância que Zélio e o Caboclo das Sete Encruzilhadas têm para o que ele chamou Umbanda. Vou tentar explicar os meandros e as segundas intenções desse tema de debate que muito se vê pelas comunidades do Orkut, MSN e outros.

  • 1º Ponto: Nunca, ninguém havia chamado de Umbanda a nenhum tipo de culto anteriormente. O que tentam fazer hoje é aproximar o termo embanda (afro) que quer dizer curandeiro para uns (e chefe de culto para outros) e não algum tipo de culto como esse que o Caboclo chamou: “Umbanda – o culto”.
  • 2º Ponto: O Caboclo deixou algumas informações precisas sobre o que seria Umbanda, e isso é o que incomoda mais porque, se observarmos essas diretrizes, aí sim, veremos que alguns grupamentos não poderiam se chamar de Umbanda, o que leva alguns outros a “desconhecerem”, muito propositalmente, o texto que será apresentado abaixo e chegarem a dizer que o que o Caboclo fez foi apenas uma “socialização” do que já havia antes, o que, para qualquer um que saiba ler (e nem precisa interpretar) vai perceber que não poderia ser.
Vamos ver o que o Caboclo nos deixou de informações sobre o culto que ele mesmo diria – “iniciar-se naquele dia”. Preste atenção porque aqui se define o que é a Umbanda do Caboclo das Sete Encruzilhadas (palavras do Caboclo): Aqui inicia-se um novo culto em que os Espíritos de Pretos-Velhos africanos, que haviam sido escravos e que desencarnaram não encontram campo de ação nos remanescentes das seitas negras, já deturpadas e dirigidas quase que exclusivamente para os trabalhos de feitiçaria e os índios nativos da nossa terra, poderão trabalhar em benefícios dos seus irmãos encarnados, qualquer que seja a cor, raça, credo ou posição social. A prática da caridade no sentido do amor fraterno, será a característica principal deste culto, que tem base no Evangelho de Jesus e como Mestre Supremo, o Cristo”.

Percebemos então, nestes 03 trechos que:

  1. 1) Esse era um novo culto – O Caboclo afirmou ser um novo culto e não uma corruptela de algo já existente;
  1. 2) Que esse novo culto se distanciava das seitas negras deturpadas e dirigidas para a feitiçaria, porque os próprios Pretos-Velhos africanos e os índios nativos de nossa terra (os chamados Caboclos) não encontravam campo de ação (possibilidade de trabalharem) nesses grupamentos – Isso era o que existia antes e era disso que a Umbanda, então criada, deveria se distanciar.
  1. 3) Esse seria um culto embasado no Evangelho de Jesus, reconhecendo-o, inclusive, como “MESTRE SUPREMO”.
Por que eu lhe afirmo que divulgar isso, inclusive até mesmo a existência de Zélio e do Caboclo, não se torna interessante para uma grande parte?

Porque, após a criação e não socialização ou codificação do que já existia, muitos dos inúmeros grupamentos já existentes, (como acontece até hoje), passaram a se autodenominar Umbanda, mesmo passando por cima desses preceitos deixados pelo Caboclo, criando-se então, a confusão que encontramos hoje, inclusive com alguns afirmando que a Umbanda tem que se afastar dos ensinamentos cristãos e abraçar mais os fundamentos afro.... Mas como isso poderia ser, se a Umbanda foi criada em cima de bases cristãs?


O que se percebe então? Percebe-se que há um movimento deturpatório do que foi deixado pelo CDSE (Caboclo das Sete Encruzilhadas), em função das “vontades” daqueles que resolveram ir fazer cabeça no Candomblé e depois vieram “bater Umbanda”, como gostam de dizer.

Ora... bater Umbanda, como se Umbanda fosse Candomblé? Em Candomblé sim, “se bate para os Orixás” porque os Xirês são nada mais do que festividades, toques, como também chamam em louvor aos Orixás e nunca foram Giras de Caridade.

Todos os atendimentos em Candomblés de raiz só são feitos pelo Babalorixá ou Yalorixá e através dos jogos de búzios, opelês (em menor quantidade) e obís. Não há consultas dentro dos Xirês e, nos que hoje há, é porque já se modificaram e se distanciaram de suas raízes, até porque, quem bate papo e dá consultas são os eguns ou catiços, como são chamados alguns tipos de Caboclos e entidades intermediárias.

E vejam que até hoje, os Pretos-Velhos, que seriam remanescentes dessa mesma crença, por “terem sido escravos, negros e africanos” ainda não são aceitos na maioria dos Candomblés. Alguns aceitaram alguns Caboclos porque muitos ainda crêem que eles também são encantados.

Minimizar, ou não divulgar o que era a verdadeira Umbanda, a de raiz, a do Caboclo das Sete Encruzilhadas é, e sempre será importante para os que têm medo da verdade e pretendem abrir Terreiros com fundamentos estranhos, de matanças, feitiçarias, amarrações, etc., e se anunciarem como Umbanda.

No meu entender, o mais honesto seria que cada grupamento que hoje se diz apenas de Umbanda, se intitulasse, como outros que já o fazem, por exemplo: Umbanda Omolokô, Umbanda Cabula, Esotérica, de Angola e outras mais, já que fogem às Regras básicas que o Caboclo deixou para o seu novo culto (ou seja: não são de bases cristãs), para não deixarem aqueles que nada entendem disso sem saberem, afinal, a que tipo de Umbanda estão adentrando.

O que essas pessoas têm que colocar na cabeça é que o nome Umbanda, como culto, pertence ao CDSE* (ainda que ele não a tenha registrado) e mesmo eu ou você, que praticamos a Umbanda Traçada (que é diferente do Umbandomblé embora muitos confundam), temos que reconhecer que não seguimos a linha doutrinária determinada pelo CDSE – Umbanda com base totalmente cristã – o que não nos tira qualquer valor ou mérito, já que os objetivos finais – Caridade e Amor Fraterno – também são buscados, apenas por caminhos diferentes.


* [ Caboclo das Sete Encruzilhadas. ( Nota de MÉDIUM. )]


O que essas pessoas têm que pôr na cabeça é que devem assumir o tipo ou subgrupo de Umbanda que seguem e, jamais quererem mudar o principal da Umbanda que é a fé, a caridade, o amor ao próximo e, principalmente, também devem assumir que, se estão ligados a Espíritos e encarnados que só sabem fazer feitiçarias, mandingas, amarrações, intrigas, então, nem o nome Umbanda deveria ser usado em seus cultos, já que, desde a criação, isso foi contrariado pelo Caboclo.


Escrevi acima que Umbanda Traçada é diferente de Umbandomblé e, para muitos, isso pode parecer estranho, mas não é. Acontece que existem, generalizando, três tipos de Umbanda e as explico abaixo:

  • Umbanda: A que foi criada pelo CDSE, com bases claramente cristãs – até os Terreiros que foram criados pelo Caboclo tinham nomes de Santos católicos. Os praticantes dessa Umbanda não admitiam (e acho que ainda não admitem) bebidas ou atabaques em seus rituais. Quando muito, o fumo das entidades;

Nota do autor: Essa Umbanda também conhecida como: LINHA BRANCA DE UMBANDA OU UMBANDA TRADICIONAL – UMBANDA DE RAIZ. Oriunda do Caboclo das Sete Encruzilhadas manifestado no médium Zélio Fernandino de Moraes que lançou as bases da Religião de Umbanda, com doutrina baseada na caridade cristã sem fins pecuniários e na doutrina dos Evangelhos. Tem muita proximidade com o kardecismo e com o catolicismo. Não tinha sujeição a Orixás, atabaques, feituras de santo, adereços e nenhuma influência dos culto-afros.

Todas as outras ramificações guardam vínculos com a Linha Branca de Umbanda do Senhor Caboclo das Sete Encruzilhadas.

Leal de Souza dirigia a Tenda Espírita Nossa Senhora da Conceição, uma das filiais que formam o septo de casas fundadas pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, relatou ao Jornal de Umbanda, na edição de Outubro de 1952, que coubera ao Caboclo das Sete Encruzilhadas a incumbência de organizar a “Linha Branca de Umbanda”, seguindo as determinações dos “Guias Superiores” que regem o planeta.

Leal de Souza, em seu livro escreveu:


“A Linha Branca de Umbanda e Demanda tem o seu fundamento no exemplo de Jesus...”

“O objetivo da Linha Branca de Umbanda e Demanda é a prática da caridade, libertando de obsessões, curando as moléstias de origem ou ligação espiritual, desmanchando os trabalhos de magia negra, e preparando um ambiente favorável a operosidade de seus adeptos...”

“Para dar desempenho a sua missão na Terra, o Caboclo das Sete Encruzilhadas fundou quatro Tendas em Niterói e nesta cidade, e outras fora das duas capitais, e todas da Linha Branca de Umbanda e Demanda...”

“A Linha Branca de Umbanda e Demanda está perfeitamente enquadrada na doutrina de Allan Kardec e nos livros do grande codificador, nada se encontra susceptível de condená-la...”

“E o amor de Deus e a prática do bem são a divisa da Linha Branca de Umbanda e Demanda”.

(Trecho extraído do livro: “O Espiritismo, a Magia e as Sete Linhas de Umbanda” – 1933)


Este termo foi realçado no 1º Congresso Nacional de Umbanda sob o título: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA LINHA BRANCA DE UMBANDA – Memória apresentada pela Cabana de Pai Thomé do Senhor do Bonfim, na sessão de 26 de Outubro de 1941, pelo seu Delegado Sr. Josué Mendes.


Visava o estudo aprofundado da temática mediúnica, bem como diferenciar as práticas umbandistas tradicionais das práticas emergentes onde a mistura de culto-afros com a Umbanda já se fazia presente.

Com isso, a partir daí, toda prática umbandista distanciada de ritualísticas afros, de magias negras, de despachos para o mal, etc., e aproximada das práticas cristãs, vestuário branco, orações, desobsessões, etc., era rotulada pelo povo de “Umbanda Branca”.

Com tudo isso, a partir daí, diferenciando as práticas de baixo espiritismo, fetichismo, totemismo, feitiçarias, macumbarias e qualquer sorte de malefícios, o povo passou a classificar as práticas de Umbanda voltadas a caridade, evangelização, desobsessão, bênçãos, desmanches de magias negras, etc., como práticas da “Umbanda Branca”. 


Esse termo ficou plantado na mente do povo como designativo de Umbanda voltada ao amor e a Espiritualidade Superior. Até hoje, quando muitos assistidos entram num Templo Umbandista, imediatamente perguntam: Aqui é Umbanda Branca?


Hoje, observamos muito irmãos umbandistas se apegarem ao fato de quem se intitular praticante da “Umbanda Branca” está sendo preconceituoso, pois, jocosamente, dizem não existir também Umbanda vermelha, Umbanda verde, etc.. Esqueceram-se o fato importante, de muitos indivíduos abrirem suas casas com o nome de Umbanda, mas praticam cultos estranhos, distanciados no Evangelho Redentor.

Por isso, para diferenciar a Umbanda original das práticas estranhas, com doutrinas, magias, crenças e rituais que nada aproximavam no preconizado por Nosso Senhor Jesus Cristo, defendido pelo Senhor Caboclo das Sete Encruzilhadas e seus seguidores, se intitulavam de: “Linha Branca de Umbanda”. 


Não adianta querermos tapar o Sol com a peneira; somos sabedores da existência de muito Terreiros que se denominam de Umbanda, mas estão largamente distanciados da linha mestra umbandista.


Portanto o termo “Umbanda Branca” foi e é usado pelo povo, para saberem se o local que estão entrando, prática Magia Branca. É só isso.

  • Umbanda Traçada: A que admitiu (a princípio ou posteriormente) a presença (como trabalhadores) dos Exus e Pomba Giras, personagens da Quimbanda que eram até temidos no início e hoje já viraram Guardiões, e outras entidades intermediárias, trabalhadores de excelente performance, sempre visando a caridade, porque, se assim não for, não podem se considerar Umbanda. É chamada de Traçada ou Cruzada porque nela existe o cruzamento (ou entrelaçamento) de dois tipos de trabalhadores: os de Umbanda (Caboclos – índios nativos – e Pretos Velhos) e os de Quimbanda (Exus, Pomba Giras, Bugres, malandros, etc.);

Nota do autor: Essa Umbanda nós conhecemos como: Umbanda Traçada, Mista ou Cruzada – Tem influência do Catimbó, do sincretismo e suas práticas. Faz uso indiscriminado de oferendas, despachos e algumas casas, de bebidas alcoólicas. Sem cunho e estudo doutrinário próprio. Tem o uso de atabaques e/ou tambores. Largo uso de roupagens coloridas, adereços, danças e festas (internas e externas). Tem muita proximidade com os trabalhos da Umbanda Popular.

  • Umbandomblé: Todas as Umbandas que praticam em seus cultos, os ritos absorvidos dos Candomblés, sejam de que nações forem. Nessas Umbandas há “toques” para Orixás, costumam usar brajás ao invés de guias, recolhem “filhos de santo”, usam quelês, sacrificam e colocam “oxu” nos oris de seus adeptos... e por aí vai. O que as assemelha à Umbanda original e as afasta do Candomblé de raiz é o trabalho com entidades tipo Pretos-Velhos e Caboclos e mesmo Exus infiltrados (porque esses não são os Orixás-Exu das nações) que vêm,... aí sim, trabalhar para a caridade



    Nota do autor: Essa Umbanda nós conhecemos como Umbanda Omolokô (também conhecida como Umbanda Primitiva, de Almas e Angola): Iniciada pelo Tatá Tancredo da Silva em 1950, onde encontramos um misto entre os cultos, liturgias, rituais africanos (bantu) e o trabalho direcionado por Guias Espirituais.
    Faz uso de camarinhas, sacrifícios de animais, ebós, raspagens, catulagem, etc.


    Usando a Umbanda como fonte matricial, para esta via alternativa, Tancredo organizou o que vulgarmente é denominado de Umbandomblé. Influenciou grandemente as práticas da conhecida Umbanda Popular.
        
    As Umbandas Traçadas ou Cruzadas não absorveram, necessariamente, ritos e práticas afro, e essa é a grande diferença delas para a Umbandomblé.
    Algumas até absorveram mais algumas entidades de Catimbó e outros grupamentos de raízes nordestinas e outras ainda, preferiram “cruzar” seus ensinamentos com os dos “Mestres Orientais”.
    Eu colocaria ainda, como subgrupo das Umbandas Traçadas ou Cruzadas, as Umbandas Esotéricas e mesmo as Iniciáticas, já que nelas, além dos trabalhos com as entidades já citadas, existe a adaptação de ensinamentos e até mesmo de entidades tidas como “orientais” e sábios de outras nações que não as africanas.
    E diria mais ainda: Em termos de abertura para novas aprendizagens, a Umbanda Traçada é a que mais se encontra nessa posição, já que as outras duas tendem a se prender muito em suas raízes (ou cristã, ou afro) e desmerecerem alguns dos conhecimentos mais modernos que nos chegam através de outras correntes de Espíritos e mesmo da ciência.
    Que isso não seja tomado como desmerecimento para qualquer tipo de Umbanda, pois, guardadas as devidas proporções e se o culto visa à caridade, o amor fraterno e a fé, então todas têm em si a semente de Umbanda, ainda que não seja exatamente a que o CDSE criou.

    Agora, se alguém cria um agrupamento para misturarem cultos “ao deus dará”, explorar a caridade, impingir medos aos seus seguidores, sair matando cães e gatos pra saciar suas sedes de sangue e de impressionismo... aí, pelo amor de Deus, ....... isso não pode ser chamado de Umbanda!!!

    Custa muito às diversas Umbandas se identificarem por suas raízes ou suas doutrinas para que nem tudo seja apenas Umbanda? Vão ficar menos Umbanda por causa disto? Vamos a um raciocínio? Imaginemos que você que agora me lê, através de uma entidade ou não, venha a criar amanhã, um novo culto espiritualista, digamos... ALABANDA, e nos diz que este será um novo culto que só fará trabalhos através dos Ciganos e Boiadeiros, por exemplo, e também será voltado exclusivamente para as práticas Ciganas e a Magia dos Boiadeiros. Depois de alguns anos você vê que alguns outros grupos passaram a se autodenominar ALABANDA, trabalham com mineiros, com Orixás de Nação e suas “obrigações”, com Exus, Caboclos, Pretos-Velhos, Baianos, malandros, tentam decifrar o que seria ALABANDA, mas não ousam perguntar a você, que foi o (a) criador (a), o que seria, e ainda por cima, depois disso tudo ainda começam a discutir porque acham que Alabanda deveria “voltar às raízes afro” já que os “Orixás” são afro.
    O que você diria, honestamente? Foi isso o que aconteceu com a Umbanda criada pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas. Não seria melhor que cada Alabanda dessas que se formou após, se identificasse convenientemente? Eis aí o porquê de, desde muitos anos atrás (isso não é de hoje), já se falar de codificação de Umbanda e até hoje, ninguém saber exatamente qual das Umbandas se vai codificar – todas, não dá mesmo!
    De minha parte posso lhes dizer que a Umbanda que eu pratico é totalmente Cruzada e praticamente nada nela existe de Ritual de Nação Afro, embora tenha que conhecer alguns fundamentos para casos em que certos problemas mediúnicos tenham origem em entidades específicas. Talvez a melhor descrição para ela seria de Umbanda Aberta. Sempre aberta para melhores conhecimentos e aprimoramentos ritualísticos que realmente possam ter fundamento, venham de onde vierem.

    (Trecho extraído de: http://umbandasemmedo.blogspot.com)


    Vamos apontar outras ramificações e/ou sub-grupos da Umbanda do nosso conhecimento:


    Obs. Consideramos “ramificações”, as umbandas que criam grupos e/ou escolas.



    Umbanda de Mesa Branca: De expressiva influência da chamada “Doutrina Espírita Kardecista”. Nesse tipo de Umbanda, em grande parte, não encontramos elementos africanos (Orixás), nem o trabalho dos Exus e Pombas-Gira, ou a utilização de elementos como atabaques, fumo, imagens e bebidas. Essa linha doutrinária se prende mais ao trabalho de Guias como Caboclos, Pretos Velhos, Crianças e Linha do Oriente somente.

    Umbanda Esotérica: “É a vertente fundamentada pelo médium Woodrow Wilson da Matta e Silva, também conhecido com mestre Yapacani (28/06/1917 – 17/04/1988), surgida no Rio de Janeiro/RJ, em 1956, com a publicação do livro “Umbanda de Todos Nós”. Sua doutrina é fortemente influenciada pela Teosofia, pela Astrologia, pela Cabala e por outras escolas ocultistas mundiais e baseada no instrumento esotérico conhecido como Arqueômetro, criado por Saint Yves D’Alveydre e com o qual se acredita ser possível conhecer uma linguagem oculta universal que relaciona os símbolos astrológicos, as combinações numerológicas, as relações da cabala e o uso das cores”.
    (http://registrosdeumbanda.wordpress.com)
    Apregoa que a Umbanda é milenar, e possui um código doutrinário próprio, com rituais, liturgias e sacramentos diferenciados.
        

    Umbanda Iniciática: É derivada da Umbanda Esotérica e foi fundamentada por Francisco Rivas Neto em São Paulo/SP (Mestre Yamunisiddha Arhapiagha), filho espiritual de W. W. da Matta e Silva, e seu continuador, onde há à busca de uma convergência doutrinária (sete ritos), e o alcance do Aumbhandan, o Ponto de Convergência e Síntese. Também possui um código doutrinário próprio, com rituais, liturgias e sacramentos diferenciados.


    Umbandaime: Em 1989, quando se iniciaram as Giras de Umbanda no Céu do Mapiá/Amazonas (Igreja Daimista), seu iniciador, o Padrinho Sebastião Mota de Mello, seguidor e discípulo do Mestre Raimundo Irineu Serra, intitulou-a de Umbandaime. Tem muita proximidade com os trabalhos da Umbanda Popular, mais a ingestão do Ayahuaska (Santo Daime). Apesar do avanço dessa linha dentro da linha daimista do CEFLURIS (Centro Eclético da Fluente Luz Universal Raimundo Irineu Serra), tal estudo não é incorporado ao calendário oficial de trabalhos da instituição.




    Umbantimbó: Esse termo foi introduzido por nós, para classificar as muitas práticas de umbandas pelo nordeste, onde, antigamente praticava-se Catimbó, e com o tempo, transformaram-se em Umbanda. Mas a mistura prevalece inclusive alguns adotando ritualísticas do Candomblé, com sacrifício de animais.
    Atualmente, em São Paulo, devido a surgirem “cursos” de Catimbó, muitos Terreiros estão aderindo à suas práticas, introduzindo-a no seu calendário ritualístico e litúrgico, inclusive, abrindo dias específicos para práticas do Catimbó e manifestações de seus Mestres.

    Umbanda Mirim: Assim nominamos o subgrupo que teve e tem uma grande influência em muitos Terreiros.
     Iniciado pelo Caboclo Mirim através de seu médium – Benjamim Figueiredo no Rio de Janeiro/RJ. Tem doutrina e característica própria. Não utilizam imagens de Santos e nem sincretismo; não fazem uso das guias (colares) no pescoço e nem trabalhos com Exus e Pombas-Gira.
    Faz uso de tambores em Giras festivas (1 vez por mês), roupagens somente brancas; não utiliza bebidas alcoólicas e abomina a matança de animais. 
    Desvinculou-se totalmente da doutrina, ritualística e liturgias católica e dos cultos afros.




    Umbanda Eclética Maior: É a vertente fundamentada por Oceano de Sá (23/02/1911 – 21/04/1985), mais conhecido como mestre Yokaanam, surgida no Rio de Janeiro/RJ, em 27/03/1946, com a fundação da Fraternidade Eclética Espiritualista Universal. Diz que: “A verdadeira Umbanda fundada nos planos espirituais por Mestre Lanuh e, no plano físico por Mestre Yokaanam como obra complementar da codificação do Mestre Allan Kardec. Umbanda Eclética!... Umbanda Superior... Umbanda Maior... Umbanda Simbólica!... Direita Total!”
    Têm fundamentos, doutrinas e rituais próprios e independentes.



    Umbanda Guaracyana: É a vertente fundamentada pelo médium Sebastião Gomes de Souza (1950  – ), mais conhecido como Carlos Buby, surgida em São Paulo/SP, em 02/08/1973, com a fundação da Templo Guaracy do Brasil, e em várias países. Têm fundamentos, doutrinas e rituais muito próximos a Umbanda Popular.



    Umbanda dos Sete Raios: É a vertente fundamentada por Ney Nery do Reis (Itabuna, (26/09/1929 – ), mais conhecido como Omolubá, e por Israel Cysneiros, surgida no Rio de Janeiro/RJ, em novembro de 1978, com a publicação do livro “Fundamentos de Umbanda – Revelação Religiosa”. Têm rituais e liturgias muito próximos a Umbanda Popular.     

    Umbanda Popular: Tem forte influência de ritualísticas do Candomblé, do Catimbó, do catolicismo, do sincretismo e suas práticas. 
    Faz uso indiscriminado de oferendas, despachos e algumas casas, de bebidas alcoólicas. Sem cunho e estudo doutrinário próprio. 
    Faz  uso de atabaques e/ou tambores. Largo uso de roupagens coloridas, adereços, danças e festas (internas e externas). Embora com influência do Candomblé, não realizam ritualísticas com sacrifícios de animais, a não ser em alguns casos particulares, onde alguns dirigentes, às escondidas, praticam tal ato numa ritualística solitária e pessoal, mas não como prática religiosa de Terreiro.
     Arregimenta a maioria esmagadora dos Terreiros ditos de Umbanda.
     “É uma das mais antigas vertentes, fruto da umbandização de antigas casas de Macumbas, porém não existe registro da data e do local inicial em que começou a ser praticada. É a vertente mais aberta a novidades, podendo ser comparada, guardada as devidas proporções, com o que alguns estudiosos da religião identificam como uma característica própria da religiosidade das grandes cidades do mundo ocidental na atualidade, onde os indivíduos escolhem, como se estivessem em um supermercado, e adotam as práticas místicas e religiosas que mais lhe convêm, podendo, inclusive, associar aquelas de duas ou mais religiões”.
     (http://registrosdeumbanda.wordpress.com)

    Umbanda Aumpram: É a vertente fundamentada pelo médium Roger Feraudy (1923 – 22/03/2006), surgida no Rio de Janeiro/RJ, em 1986, com a publicação do livro Umbanda, Essa Desconhecida.
     Esta vertente é uma derivação da Umbanda Esotérica, das quais foi se distanciando ao adotar os trabalhos de apometria e ao desenvolver a sua doutrina da origem da Umbanda, a qual prega que a mesma surgiu a 700.000 anos em dois continentes míticos perdidos, Lemúria e Atlântida, que teriam afundado no oceano em um cataclismo planetário, os quais teriam sido os locais em que terráqueos e seres extraterrestres teriam vividos juntos e onde estes teriam ensinado àqueles sobre o Aumpram, a verdadeira Lei Divina.
    (http://registrosdeumbanda.wordpress.com) 



     Umbanda Sagrada: É a vertente fundamentada pelo médium Rubens Saraceni, surgida em São Caetano do Sul/SP, em 1996, com a criação do Curso de Teologia de Umbanda.
     Sua doutrina procura ser totalmente independente das doutrinas africanistas, kardecista, católica, orientalista e esotérica, pois considera que a Umbanda possui fundamentos próprios e independentes dessas tradições, embora reconheça a influências das mesmas na religião. 
    É calcada em doutrina própria, dando ênfase ao culto aos Orixás como divindades, às práticas de magias, despachos e oferendas. Tem muita proximidade com os trabalhos da Umbanda Popular.


    Entre outras pouco conhecidas e/ou divulgadas....
    Os segmentos Omolokô e/ou Umbandomblé, saíram totalmente das diretrizes básicas da Umbanda, pois, particularmente, fazem uso do sacrifício de animais em rituais, prática abominável em ritualísticas umbandistas; recolhem “filhos de santo”, fazem camarinhas, raspagem, catulagem, usam quelês, realizam festas e longos cultos a Orixás; algumas casas cobram por trabalhos realizados, etc.
    A Umbanda não foi e nem será codificada, pois tem como uma das principais missões, o atendimento primário, ou seja, face-a-face. Os entendimentos e vivências humanas são múltiplos; como atendê-los com orientações programadas? A Umbanda adapta-se ao local em que está. Utiliza recursos e arquétipos fluídicos regionais de apresentação, conforme a localidade em que está sediada.
    A Umbanda é criada e moldada de acordo com o local que é praticada. Por isso os vários tipos de Umbanda. Portanto, quanto à diversidade (ramificações e/ou sub-grupos), está tudo certo, sendo esse o caminho da Umbanda, pois se assim não for, não servirá para atender o povo.
    O que não pode ser feito, é descaracterizar uma ramificação umbandista a bel prazer, dando-lhe cunho particular, dizendo posteriormente que “segue” àquele sub-grupo, só que de maneira diferente, porque os tempos são outros.
    Diz Pai Joaquim de Aruanda: “... Umbanda é centro a centro; é trabalho a trabalho; porque de um trabalho para outro pode mudar a diretriz da casa. Hoje o povo pode fazer isso, amanhã não pode.

    A Umbanda é criada para quem está sentado naquele dia, naquela hora. E o Espírito não precisa defender o Preto-Velho ou o índio; ele tem que buscar aquilo que precisa às pessoas que estão sentadas.
    A Umbanda é dos Espíritos, mas não é feita para os Espíritos; é feita para a matéria. Então, quando você me pede para fazer uma codificação, para falar cada nome que é, impossível; porque cada coisa aqui é uma coisa e num outro centro desta cidade vai outra”.
    “... Tudo está perfeito. Tudo. Tudo o que acontece é obra de Deus, e Deus é a perfeição. Então, mais do que certo ou errado, tudo está perfeito. Nada acontece fora da hora. Nada tem uma repercussão maior ou menor do que deveria ter. Não nos cabe julgar nada. Nos cabe viver a coisa com perfeição”.

    Todas as formas de Umbanda estão corretas. Só devemos escoimar da Umbanda o supérfluo, as superstições, os totemismo, os fetichismos, as idolatrias, os cultos desgastantes e primaristas, os despachos e oferendas disparatados, as magias estranhas e descabidas, e procurar seguir os ensinamentos de Jesus, o trabalho edificante de reforma íntima, a caridade desmedida todos pautados na razão e no bom senso.

    (Trecho extraído do livro:

    Umbanda – A Manifestação do Espírito para a Caridade 
    – autoria de Pai Juruá)