2017-09-03

A PRÁTICA DA GRATIDÃO






"A gratidão pode transformar dias comuns em ações de graças, vire trabalhos de rotina em alegria e alterar oportunidades comuns em bênçãos." William Arthur Ward

Estamos bem versado nos méritos de gratidão. Ele altera nossos obstáculos transformando em oportunidades e perspectivas de perda nas aulas.

Gratidão cria um ponto de vista espiritual, que nos permite montar as ondas da experiência humana com equanimidade, suavizando as bordas duras com graça. Gratidão atrai como um ímã mais do que temos em apreciação na nossa vida.

Como acontece com qualquer prática, as virtudes são apenas concedido, uma vez que incorporam os ensinamentos. A fim de gratidão para abençoar a vida que estamos vivendo, devemos primeiro tecê-las em nossa alma.

Como garantir a gratidão não existe apenas como um conceito ou uma boa idéia? Como podemos fundamentar gratidão em nossos corpos para que a bondade de gratidão informa nossas ações?

Um lugar para iniciar uma prática de gratidão é trazer valorização ao corpo em que você mora. Você conhece alguém que iria trabalhar 24 horas por dia, 7 dias por semana, sem interrupção ou férias e nunca receber um agradecimento por seus esforços incansáveis?

Pense em todos os trabalhos de seu corpo executa todos os dias. Seu coração não parou de bombear desde o seu tempo no útero.Seus pulmões regulam continuamente o fluxo de oxigênio essencial para a sua sobrevivência.

Como um motor a vapor em constante funcionamento, o seu sistema digestivo converte o que você come em combustível, fornecendo energia para funcionar.
Os postos de trabalho necessários para sustentar a sua vida a cada dia são infinitas. Tratar o seu corpo com apreciação ajuda a curar e restaurar a relação correta entre você e seu corpo.

Segurando seu corpo sagrado ajuda a trazer a sensação de sagrado para tudo em sua vida.

No espírito de dar graças, eu ofereço atitude de gratidão , uma meditação guiada, para nos ajudar a encarnar as bênçãos de gratidão, não apenas como um conceito, mas como a vida e ensinamento respiração dentro de nós.

Esta prática desperta a consciência de seu templo sagrado corpo. Ele oferece uma oportunidade para dar graças por todo o serviço de seu corpo oferece de bom grado.

Deite-se confortavelmente no chão, ou o mais próximo da Terra como você pode.

Se você está distraído com algum desconforto em seu corpo, tente colocar um travesseiro sob os joelhos ou abaixo de sua cabeça para o apoio.

Tome um momento para refletir sobre sua experiência durante esta prática.

O que se destacaram ou parecia importante para você? O que, se alguma coisa, alterado ou mudado em sua consciência? Pergunte ao seu corpo o que ele precisa para se sentir alimentado e suportado?

Pode precisar de mais descanso, mais água ou mais verdes. Talvez precise de mais movimento ou ar fresco. Ouça a sabedoria dentro e esperar por uma resposta.

O que é uma coisa que você pode fazer hoje para demonstrar esse apreço pelo seu corpo e honrar suas necessidades? O que é uma coisa que você pode fazer hoje para encarnar a bondade de gratidão?


AHO meus amigos! AHO!


Karen Chrappa
Autor do livro Estrutura do Espírito



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Fábula Antiga






No princípio do mundo o Amor não era cego;
Via mesmo através da escuridão cerrada
Com pupilas de Lince em olhos de Morcego.

Mas um dia, brincando, a Demência, irritada,
Num ímpeto de fúria os seus olhos vazou;
Foi a Demência logo às feras condenada,

Mas Júpiter, sorrindo, a pena comutou.
A Demência ficou apenas obrigada
A acompanhar o Amor, visto que ela o cegou,

Como um pobre que leva um cego pela estrada.
Unidos desde então por invisíveis laços
Quando a Amor empreende a mais simples jornada,
Vai a Demência adiante a conduzir-lhe os passos


António Feijó, Sol de Inverno, 1922

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RECADO DE AMOR






Chama-se Aurora a nobre companheira,
Uma das que encontrei na hora derradeira
Do corpo cujo laço me prendia;
Mensageira da paz e da alegria,

É um misto de menina, flor e estrela...
Depois de longa convivência,
Em meu novo processo de existência,
Pude efetivamente conhecê-la.

Para logo notei que Aurora onde estivesse,
Ante os amigos de qualquer idade,
Lembrava um coração que, de todo, se desse
A tecer fios de felicidade

Para quem lhe escutasse as palavras de luz;
No entanto, aos poucos, vi que ela trazia
Extenso traço de melancolia,
Obscuro pesar, escondido e profundo.

Sem que eu nada indagasse, certa feita,
Ela me disse: - "Irmã Dolores,
Devo tornar ao mundo
Numa jornada estreita.
Irmã, onde estiveres, onde fores,

Roga ao Céu abençoe a luta que me leva
A socorrer um ente amado,
Para mim, tal qual filho desgarrado,
Nas veredas da treva..."

"Mas não podes, irmã, - perguntei, com cuidado, -
Ampará-lo daqui, sem renascer na Terra?"
- "Não, não posso, - ela disse, é na volta que insisto,
Já que em cinco existências, lado a lado,
Esse filho que eu amo é um homem transtornado
Que fugiu por orgulho à presença do Cristo."

Depois de semelhante entendimento,
Acompanhei-a, certa vez,
A fim de conhecer-lhe o ente amado
A quem se afeiçoara noutras eras...
Nele encontrei um cidadão prendado,
Esbanjando poder, nome e talento.

Conquanto homem de bem, de maneiras sinceras,
Casado, pai de um filho
Que ainda não chegara a contar quatro anos,
Professor e eminente cientista,
Emitia conceitos desumanos,
Se alguém falava em fé, expondo-se-lhe à vista.
Logo após, muitas vezes,
Ateu maior, entre os grandes ateus,

Dele escutei opiniões como estas:
- "Santos e religiões nessa história de Deus
São lendas de pessoas desonestas,
O espírito é ilusão da mente alucinada,
Quando a morte aparece, a vida é cinza e nada."

Mas Aurora voltou, - afeição renascida, -
Tomando dele próprio a sua nova vida.
A mãezinha querida, excelente senhora,
Por sugestão do Plano Superior,
Deu-lhe o nome de Aurora...

Tenra criança ainda, ela exprimia amor,
Impressionando ao pai com o luminoso olhar...
No regaço materno, era uma flor no lar.
Crescendo um tanto mais, era-lhe a companhia,
O pai achara nela a fonte da alegria...

Cinco anos apenas e a criança
Endereçava a ele assuntos tais,
Que o genitor se via em profunda mudança,
Nos seus próprios anelos paternais.
Assim que os dois se punham mais sozinhos,
Fosse em casa, nas praias, nos caminhos,

A pequena fazia indagações:
- "Papai, quem fez o mar assim tão grande?
Quem cultiva estas plantas que nós vemos?
Quem criou nossos pés para que a gente ande?
Quem segura no chão a casa em que vivemos?
Papai, quem dá comida aos pássaros na serra?
Quem fez o Sol?
Será que o Sol assim, tão brilhante e tão quente,
É uma vela de Deus, iluminando a Terra?"
O pai ouvia a filha, enternecidamente,
E respondia, admirado:
- "Filhinha, vais crescer ao nosso lado,
Tudo compreenderás no momento preciso..."
E parava a pensar, sob longo sorriso.

Após algum silêncio, a expressar alegria,
Vendo as aves saltando, ramo em ramo,
Sempre agarrada ao pai, a pequena dizia:
- "Papai, de tudo o que já sei,
Sabe o que já falei?
Já falei à Mãezinha que eu te amo...

Mas, um dia surgiu... Há sempre um "mas"
Quando a vida feliz perde o gosto da paz.
A menina adoeceu, inesperadamente
E, após longa pesquisa, o médico anuncia
A presença de estranha leucemia...
Os pais lutaram quais leões, à frente
De um perigo mortal, no entanto, hora por hora,

Notam a pequenina e terna Aurora
A definhar e a definhar...
Até que, em certa noite, unidos a chorar,
Sem qualquer esperança que os conforte,
Viram-na repousar no silêncio da morte.

Lembrando um anjo lindo estruturado em cera,
A filhinha querida adormecera.
Dois meses sobre os traços da ocorrência,
A pedido de Aurora,
Fui visitar-lhe a residência.
Não mais achei ali a beleza de outrora...

Tentei buscar-lhe o pai que soube ausente
E encontrei-o num quadro comovente;
Estava triste e só num campo santo,
Tateando na lousa o nome da filhinha
E, demonstrando a mágoa que o retinha,
Falava em alta voz, encharcada de pranto:

- "Filha do coração, embora eu viva triste,
A verdade me diz que a morte não existe.
Anjo de paz e amor, é impossível morrer,
Vives hoje no Além, tanto quanto em meu ser...
Perder-te a companhia é toda a minha dor,
Não olvides teu pai, cansado e sofredor!...

Nunca te esquecerei, filha dos sonhos meus,
A saudade de ti trouxe-me a luz de Deus..."
Então, pude anotar
Naquela inteligência em supremo pesar,
Mostrando o coração sem disfarce e sem véus,
Que toda vida curta, ao brilhar e morrer,
Para quem ama e fica, ante o mundo a sofrer,
É um recado de amor no correio dos Céus!...


(Do livro "A Vida Conta",
pelo Espírito Maria Dolores,
Francisco Cândido Xavier)



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2017-09-02

SEU ANJO SABE






Quando você está cansado e desencorajado
Por esforços que não deram frutos
Seu Anjo sabe o quanto você tentou..

Quando você chorou por longo tempo
Com o coração cheio de angústia
Ele contou suas lágrimas...

Se você sente que sua vida está perdida
E que muito tempo também se perdeu,
Ele está confortando você...

Quando você está solitário
E seus amigos estão muito ocupados
Para um simples telefonema,
Ele acompanha você..

Quando você sente que já tentou de tudo
E não sabe por onde recomeçar,
Ele tem a solução...

Quando nada mais faz sentido
E você se sente frustrado e deprimido,
Ele tenta lhe mostrar respostas...

Se de repente Tudo lhe parece mais brilhante
E você percebe uma luz de esperança,
Nesse momento,
Ele soprou nos seus ouvidos...

Quando as coisas vão bem
E você tem muito para agradecer,
Ele está festejando com você..

Quando algo lhe traz muita alegria
E você se sente refortalecido,
Ele está sorrindo para você...

Quando você tem um propósito a cumprir
E um sonho para seguir,
Ele abre seus olhos e o chama pelo nome...

Lembre-se de que onde você estiver
Seja na tristeza ou na felicidade,
Mesmo que ninguém mais saiba,
Seu Anjo sabe.."


AD


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No Santuário da Alma






"Tudo no mundo dos fenômenos exibe atividade e transformação, mas a tranquilidade é a natureza de Deus.

O homem, sendo uma alma, tem no seu próprio interior essa mesma natureza de tranquilidade.

Quando ele pode nivelar e silenciar em sua consciência os três estados de agitação mental – as ondulações da tristeza e da felicidade e o intervalo de indiferença entre elas – ele percebe, em seu próprio interior, o plácido oceano da tranquilidade espiritual da alma expandindo-se para tornar-se o mar infinito da tranquilidade no Espírito."


Paramahansa Yogananda, No Santuário da Alma
http://goo.gl/2pmJ4Y



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2017-09-01

SUA VIDA É SUA






O Sonho Do Osho*

Minha confiança na existência é absoluta.

Se houver alguma verdade naquilo que estou dizendo,isso irá sobreviver...

As pessoas que permanecerem interessadas no meu trabalho irão simplismente carregar a tocha,mas sem imporem nada a ninguém...

"Permanecerei uma fonte de inspiração para o meu povo,e é isso que a maioria dos Saniásins sentirá.

Quero que eles desenvolvam por si mesmos qualidades com o Amor, à volta do qual nenhuma igreja pode ser criada; como consciência, que não é o monopólio de ninguém; como celebração, deleite; e que se mantenham rejuvenescidos, com os olhos de uma criança..."

"Quero que as pessoas conheçam a si mesmos, que não sigam as expectativas dos outros. E a maneira é indo para dentro."

"Deixo a vocês o meu sonho."

A SUA VIDA É SUA

A vida é sua. Ela não pertence a mais ninguém. Nenhum político, nenhum sacerdote tem alguma coisa à ver com ela. Não permita que ninguém se meta com sua vida.

È TOTALMENTE SUA.

Não há necessidade de saber para onde está indo. Tudo o que você precisa saber é que está indo alegremente, pois se você está indo alegremente, você não pode estar errado...

Não deixe que o medo domine você. Permita que o amor tome conta de você.

Meu esforço é mostrar-lhe as estrelas e ajudá- lo a saber que você tem asas. Não há maior êxtase, não há maior felicidade que saber quem você é.

A vida não é um problema a ser resolvido, mas um mistério a ser vivido. Abra a janela e deixe novos ventos entrarem.

Simplesmente aceite a si mesmo como você é, nada deve ser condenado, nada deve ser julgado. Não há como julgar, como comparar, porque cada pessoa é única.

Nunca existiu uma pessoa como você e nunca existirá novamente;
assim, você está sozinho e a comparação não é possível. E essa é a maneira que a existência deseja que você seja, e esse é o motivo de você ser dessa maneira.

Não brigue com a existência. A maior liberdade é ser livre de nossa própria mente.


Osho

*Osho = Mohan Chandra Rajneesh


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Rede de Indra






"Bem distante, na morada celestial do grande deus Indra, há uma rede maravilhosa que foi pendurada por algum artífice habilidoso de tal maneira que ela se extende infinitamente em todas as direções.

De acordo com o gosto extravagante das deidades, o artífice pendurou uma única jóia brilhante em cada intersecção da rede, e já que a rede é infinita em tamanho, as jóias são infinitas em número.

Lá estão as jóias, brilhando como estrelas de primeira magnitude, uma visão maravilhosa de testemunhar.

Se agora olharmos de perto cada uma das jóias para inspeção, nós iremos descobrir que em sua superfície polida estão refletidas todas as outras jóias da rede, infinitas em número.

Não apenas isso, mas cada uma das jóias refletida nessa única jóia também esta refletindo todas as outras jóias, de modo que há um processo de reflexão infinito acontecendo.

Isso simboliza o nosso mundo onde cada ser senciente (e coisa) está inter-relacionado um com o outro."


Avatamsaka Sutra





Extinguindo completamente o nascimento e a morte,
A mente profunda entra no princípio.
Abrindo seus olhos e vendo formas,
A mente surge de acordo com o ambiente."


- A Canção da Mente 
- Hsin-ming por Niu-t'ou Fa-jung (594-657)

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NÃO CRER EM NADA






Na vida corrente, noventa e nove por cento dos nossos pensamentos são egocêntricos. “Porque sofro? Porque tenho inimigos?”.

Descobri que é necessário, absolutamente necessário, não crer em nada. Quer dizer, devemos crer em algo que não tem forma nem cor – algo que existia antes do aparecimento de todas as formas e de todas as coisas. Isso é muito importante.

Mas quaisquer que sejam o deus ou a doutrina nas quais vocês creiam, se vocês se apegam, suas crenças serão mais ou menos fundadas sobre uma idéia egocêntrica.

Vocês se esforçam para ter uma fé perfeita a fim de se salvarem. Ora, atingir esta fé perfeita tomará um certo tempo. Vocês se engajarão em uma pratica idealista.

Como procuram continuamente realizar vosso ideal, não terão mais tempo livre para a serenidade.

Mas se estão sempre prontos a aceitar tudo o que vemos como um fenômeno procedente do vazio, vocês terão nesse momento a serenidade perfeita.

É, pois indispensável a todos não crer em nada. Mas nada não quer dizer o nada. Há qualquer coisa, mas esta qualquer coisa esta sempre pronta a tomar uma forma particular, e sua atividade segue certas regras, uma teoria, ou uma verdade.

É isso que chamo Natureza-Buda, ou Buda mesmo.

Quando essa existência é personificada, nós a chamamos Buda; quando nós a compreendemos como verdade última, nós a chamamos Dharma; e quando aceitamos a verdade e agimos quase como Buda, ou segundo a doutrina, nós nos chamamos Sangha.

Há três formas de Buda, mas é na realidade uma única existência que não tem nem forma nem cor, e que esta sempre pronta a tomar forma e cor.

Isso não é apenas uma teoria. Isso é o ensinamento do budismo. É a compreensão da vida que nos é indispensável.

Sem esta compreensão, nossa religião não nos ajudará. Ficaremos imobilizados por nossa religião, e teremos por causa dela ainda mais inimigos.

Eu ficaria muito feliz se vocês se tornassem vítimas do budismo – mas vocês não o serão a tal ponto. Esta compreensão é, pois muito, muito importante.

Durante zazen, escutarão talvez a chuva tombar do telhado na escuridão. Mais tarde, a bruma maravilhosa atravessará as grandes árvores, e mais tarde ainda, quando as pessoas começarem o seu trabalho, eles verão a beleza das montanhas.

Mas alguns ficarão enjoados se de manhã em seus leitos ouvem a chuva, porque eles não sabem que mais tarde verão o belo sol se levantar ao leste.

Se nossa mente se concentra sobre nós-mesmos, teremos preocupações desse gênero. Mas se nós nos aceitamos como a materialização da verdade, ou Natureza- Buda, não teremos preocupações. Pensaremos: “Agora, chove; mas não sabemos o que se passará daqui a um instante.

Na hora de sair, talvez esteja muito bom, ou tempestuoso. Pois nós não sabemos nada, apreciamos agora o ruído da chuva”. Essa é a boa atitude.

Se vocês se compreendem como uma temporária materialização da verdade, não terão jamais nenhuma dificuldade. Apreciarão o que vos cerca, e se apreciarão como uma maravilhosa parte da grande atividade de Buda, mesmo no meio das dificuldades.

É essa nossa maneira de viver. Segundo a expressão budista, deveríamos começar pela iluminação, continuar pela prática, e em seguida pelo pensamento.

O pensamento é geralmente bastante egocêntrico. Na vida cotidiana 99% de nossos pensamentos são egocêntricos: “Porque será que sofro? Porque tenho inimigos?”.

Essa espécie de reflexão forma 99% de nossos pensamentos.

Quando estudamos uma obra científica ou lemos um sutra difícil, somos bem rapidamente envolvidos pela sonolência e o desejo de dormir.

Ao contrário, estamos sempre bem despertos e muito interessados desde que o assunto for nós mesmos.

Mas se a iluminação vier primeiro, antes do pensamento, antes da prática, nosso pensamento e nossa prática não serão egocêntricas.

Por iluminação, quero dizer não crer em nada, crer em alguma coisa que não tem nem forma nem cor, que está pronta para tomar forma e cor.

Esta iluminação é a verdade imutável. É sobre esta verdade original que deveria se fundar nossa atividade, nosso pensamento e nossa prática.


Do livro: “Esprit Zen, esprit neuf” – pag. 146 – de Shunryu Suzuki

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[ AQUELE QUE É O ALVO ]






[ Quantos estão prontos para compreenderem essa mensagem?]


Um dia, um grupo de jovens viu Rabi'a, que corria apressadamente, com fogo numa das mãos e água na outra.

Eles perguntaram:

"Para onde você vai desse jeito, Mestra? O que você busca?"

Ela respondeu:

"Estou indo para o Céu, respondeu. Estou levando o fogo para o paraíso e a água para derramar no inferno.

Assim, o paraíso desaparecerá, e o inferno desaparecerá, e só permanecerá Aquele que é o alvo.

Então os homens considerarão Deus sem esperança e sem temor, e assim o adorarão.

Porque se já não houvesse esperança num paraíso nem medo do inferno, será que já não adorariam o Verdadeiro e não lhe seguiriam?"


(Rabi'a foi uma mestra sufi do século VIII)


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