2012-02-27

MENSAGEM DUM PRETO VELHO DA CALUNGA GRANDE







Ih, fia, vosmiceis só fica bem quandu istá na paiz dentru di vosmiceis mesmu.
Sim, i issu qué dizê qui num si devi achá nada di si.
Nada nesti mundu traiz paiz, fia!
A paiz é u'a condição originar, intrínseca ( ô palavrinha difíci, né! ) du ser.
É qui vismiceis ficam oscilanu da emoção p'ra mente e da mente p'ra emoção, ora pensanu, ora sintinu. I pensam qui a paiz tem qui vim di fora, até vosmiceis, das otras pessoas, dus objetus materiar , por uma atitude pessoar di vosmiceis.
Mais issu é mintira, issu é egu, i u egu é mintira, i a mintira jamais poderá trazê a verdadi. Relacionar-si num é iscambu!
Ih, fia, 99% dus fius acham, qué dizê, us egus acham, qui podi incontrá fora di si u qui cada um já é di verdadi dentru du seu interiô.
I issu, fia, é loucura. Issu é coisa di gente qui tá duenti espirituarmente.
Vão p'ra dentru, vão p'ra dentru di vosmiceis e sintam a paiz di D'us, nosso Sinhô!
D'us abençoi vosmiceis tudinhu!

Desti Pretu Véiu da Calunga Grandi


Médium VSL em, 02/02/12)


2012-02-24

Agefis fecha 10 terreiros de umbanda e candomblé sem documentos no DF







Sem alvará de funcionamento, eles foram fiscalizados por causa do barulho.Presidente de entidade afirmou que locais não fazem atividade econômica

A Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) fechou 10 terreiros de umbanda e candomblé em Planaltina nos últimos dias. Eles não tinham alvará de funcionamento e, segundo o órgão, foram fiscalizados porque vizinhos reclamaram do barulho.

Após ser notificado duas vezes, o terreiro de Mãe Noeli de Ossanhi, em Planaltina, foi interditado em fevereiro. Os atabaques estão cobertos e não podem ser tocados.

O documento entregue pela Agefis diz que o local exerce atividade econômica sem alvará de funcionamento.

Segundo a Central das Religiões de Matriz Africana do DF, a Afrocom, existem em Planaltina mais de cem terreiros de candomblé e umbanda e pelo menos dez foram notificados.

A presidente, Mãe Neuza de Souza, ficou incomodada com a classificação dos templos como locais de atividade econômica.

“Não fazem atividade econômica, são filantrópicos”, afirmou.

A Agefis informou que a lei distrital de licença de funcionamento, de 2009, classifica os templos religiosos como exercício de atividade econômica. Por isso, eles também precisam de alvará de funcionamento.

Terreiros que não apresentarem o documento serão fechados. Pais e mães de santo reclamam da dificuldade para conseguir a documentação.

A Administração Regional de Planaltina não estaria mais expedindo o alvará.

O administrador diz que o documento só é emitido se for apresentado também o habite-se, que muitos imóveis não têm.


Fonte: G1 DF, com informações do DFTV





COMENTÁRIO DO BLOG CAMINHEIROS


Cumprimento do dever ou intolerância velada?

Será que a mesma providência será tomada em relação às igrejas que funcionam em quadras residenciais no Plano Piloto e, principalmente, nas regiões administrativas?


Hoje, a cidade está tomada por templos instalados em casas ou em áreas comerciais e não é preciso nenhum grande esforço para constatar essa nova realidade que conspira contra o projeto urbanistico as cidades e distorce a finalidade dos espaços destinados à moradia.

Será que haverá uma caça aos terreiros de umbanda e candomblé do Distrito Federal, levando em conta a grande influência dos evangélicos na administração pública?

Se a ação da fiscalização se sustentou no barulho, o que não dizer dos hinos entoados e transmitidos em potentes caixas de som em área residencial? Não se constitui, igualmente, poluição sonora?
 

FONTE:
http://oscaminheiros.blogspot.com/2012/02/agefis-fecha-10-terreiros-de-umbanda-e.html




Hierarquias




 

Chamamos Hierarquia a um conjunto de consciências que transcenderam a evolução material e se integraram no serviço em seu sentido universal e cósmico. Essas consciências realizam tarefas do Plano Evolutivo e respondem à lei regente dos universos em que actuam. São interuniversais e intimamente conhecem a essência da Vida.

Os seres humanos podem contactar as Hierarquias quando despertam para padrões de conduta condizentes com a evolução espiritual. Elas formam e instruem todos os que buscam o desen volvimento interior. Iluminam-lhe o caminho e estimulam o núcleo profundo da sua consciência segundo as possibilidades individuais. Criam condições para que antigas ligações se desfaçam, mas para isso os próprios seres humanos têm de dar permissão e deixar de gerar vínculos que agravem o obscurantismo em que se encontram.


As Hierarquias diferem-se em grau evolutivo, mas não em essência; diferem-se também quanto às vibrações que exprimem, tarefas que desempenham, leis a que obedecem. Podem manifestar-se para revelar sua existência e para trabalhar pelo bem geral. Mas há Hierarquias que nunca se manifestam e se mantêm nos níveis imateriais.


Para a humanidade aproximar-se de maneira mais consciente às Hierarquias, no princípio foi necessário personificar seus componentes, que na realidade são entidades impessoais e imateriais. Porém, decorrida essa etapa preparatória e tendo o homem ampliado sua compreensão, torna-s e possível para ele estar diante das Hierarquias sem tantas personificações.


À humanidade terrestre, neste ciclo do seu desenvolvimento, cabe reconhecer a energia das Hierarquias com as quais possa entrar em contato, o que lhe faculta relacionar-se de maneira mais profunda com elas. Os grupos que hoje respondem ao chamado para tarefas evolutivas e atuam como canais para fluência de energias de centros planetários, planetas ou constelações podem começar a ser introduzidos na aura de Hierarquia e a participar de suas tarefas.


O que tem sido revelado à humanidade a respeito das Hierarquias é uma mínima parte de sua ampla existência. Conhecimentos mais abrangente sobre a vastidão da Irmandade cósmica advém com o aprofundamento de cada ser em seu mundo interno, supramental.


Nesta época, as entidades da Hierarquia crística que actuam na órbita da Terra dedicam-se ao aperfeiçoamento da alma nos seres humanos e à su a conexão com núcleos mais profundos. Fazem-se presentes onde haja receptividade aos impulsos que emitem, e regulam sua intensidade e potência ao que cada alma pode acolher. Ajudam as pessoas a perceber que a tarefa evolutiva precisa ser reconhecida, redescoberta, aprofundada, e expandida. Quando essas entidades tocam o interior de um ser, aumentam a sua aspiração à luz a ponto de levá-lo a estar sempre voltado para ela.


Alguns trabalhos dessa Hierarquia, antes ocultos, vão sendo revelados e passarão a fazer parte da vida humana terrestre. Uma meta da Hierarquia crística é semear o amor supra-humano, o amor impessoal. A irradiação desses seres compassivos ergue a consciência humana e desperta nela a fé em que a vida è conduzida do Alto.



Excertos do texto de Trigueirinho
"Hierarquias"
(A Mónada)



2012-02-23

"Convite à liberdade de Expressão e Religiosa”





"Convite à liberdade de Expressão e Religiosa”

Não somos uma organização. Não somos um partido. Não somos e não queremos ser dono de nada e de ninguém. Não somos virtuais. Somos REAIS. Estamos trabalhando para viabilizar a criação de uma corrente feita por gente de carne e osso, que orgulhosamente vive , luta, trabalha, gosta, ama e se ampara e vive a culturas ou faz parte das Religiões de Matriz Africana, Afro Brasileira e indígena.

Que tem na sua historia o seqüestro e cárcere privado, realizado contra Negros e Indígenas, que através de mais de 500 anos de resistência, ajudaram de forma desciva na construção da cultura e na formatação da NAÇÃO BRASILEIRA.

Estamos nos organizando de forma horizontal, autônoma, livre.Temos poucas certezas. Muitos questionamentos. E uma crença: de que a Liberdade é uma obra em eterna construção. Acreditamos que a liberdade de expressão seja a base de todas as outras: de credo, de assembléia, de posições políticas, de orientação sexual, de ir e vir. De resistir.

Nossa luta não é contra pessoas ou instituições, mas sim contra tudo e todos que queira impor ou privar as pessoas da sua liberdade e religiosidade.

 A Marcha do AXÉ, que vai acontecer no dia 28 de Abril de 2012 (com organização, participação e apoio dos vários grupos culturais, lideranças religiosas e administrativas de vários Municípios e Regiões do Estado de São Paulo e de varias outras Unidades Federativas) Além da principal bandeira de luta - "Liberdade de Expressão e Religiosa" - os (as) articuladores (as) e os (as) organizadores (as) estão levantando a bandeiras contra injustiça e exclusão social promovida pela intolerância, racismo e preconceito e por uma sociedade mais justa e com igualdade de direito para nossas famílias.

 Se você é da Umbanda, Candomblé, Catimbó, Jurema, Capoeira, Afoxé, Samba, Maculele, Espirita e espiritualista em geral, ou de qualquer grupo que se sente "interditado", excluído, marginalizado, silenciado, perseguido, vilipendiado, assustado, receoso e desamparado nos seus direitos sociais tem muitas razões para participar e nos apoiar na mobilização e estar presente.

Vista-se de Branco ou com suas roupas religiosas em conformidade a sua tradição e some forças com todas as vozes! Que darão seu grito de Axé e irão manifestar sua religiosidade sua fé e dar um exemplo de respeito as diferenças e de unidade, ainda que exista divergências Politicas e ideológica.

Vamos louvar, homenagear,e nos reverenciar aos Orixás, Voduns e Inkisi com apresentações culturais e religiosas nas mais diversas formas e formato existente na cultura de Matriz africana, Afro brasileira e Indígena. Nosso objetivo é realizar a maior manifestação publica já vista pela sociedade. Será um momento histórico e de confraternização.


Vamos juntos criar um momento histórico para todos. 

UM DIA DE UNIDADE, RELIGIOSIDADE, FÉ E FRATERNINDADE.

Veja aqui a Convocação publica.


Princípios do MARCHA DO AXÉ:
- Liberdade de expressão religiosa e cultural;
- Contra a repressão e a violência que as comunidades de terreiro sofrem;
- Contra o conservadorismo que pauta o judiciário e o Estado.
- Por um mundo de paz e de respeito as diferenças
- Pela construção de uma UNIDADE
- Um momento de confraternização da Cultura Afro Descendente e Indígena.
FAÇA JÁ SUA ADESÃO MARCHA DO AXÉ : CLIQUE AQUI

http://www.fenorixa.com.br/

Iemanjá







Iemanjá é o Trono feminino da Geração e seu campo preferencial de atuação é no amparo à maternidade.
...Iemanjá é por demais conhecida e não nos alongaremos ao comentá-la.

...O fato é que o Trono Essencial da Geração assentado na Coroa Divina projeta-se e faz surgir, na Umbanda, a linha da Geração, em cujo pólo magnético positivo está assentada a Orixá Natural Iemanjá, e em cujo pólo magnético negativo está assentado o Orixá Omulu.

Iemanjá é o Trono feminino da Geração e seu campo preferencial de atuação é no amparo à maternidade.

Iemanjá é por demais conhecida e não nos alongaremos ao comentá-la.

O fato é que o Trono Essencial da Geração assentado na Coroa Divina projeta-se e faz surgir, na Umbanda, a linha da Geração, em cujo pólo magnético positivo está assentada a Orixá Natural Iemanjá, e em cujo pólo magnético negativo está assentado o Orixá Omulu.

Iemanjá, a nossa amada Mãe da Vida é a água que vivifica e o nosso amado pai Omulu é a terra que amolda os viventes.

Como dedicamos um comentário extenso ao Orixá Omulu, vamos nos concentrar em Iemanjá.
...Iemanjá rege sobre a geração e simboliza a maternidade, o amparo materno, a mãe propriamente.

Ela se projeta e faz surgir sete pólos magnéticos ocupados por sete Iemanjás intermediárias, que são as regentes dos níveis vibratórios positivos e são as aplicadoras de seus aspectos, todos positivos, pois Iemanjá não possui aspectos negativos.

...Estas sete Iemanjás são intermediárias e comandam incontáveis linhas de trabalho dentro da Umbanda. Suas Orixás intermediadoras estão espalhadas por todos os níveis vibratórios positivos, onde atuam como mães da "criação", sempre estimulando nos seres os sentimentos maternais ou paternais.

Todas atuam a nível multidimensional e projetam-se também para a dimensão humana, onde têm muitas de suas filhas estagiando.

Todas têm suas hierarquias de Orixás Iemanjás intermediadoras, que regem hierarquias de espíritos religados às hierarquias naturais.

Iemanjá é a Senhora da Geração e suas irradiações estimulam os seres a ampararem as criaturas.

Ela é maternidade pura que envolve os seres, os ampara e os encaminha diligentemente, protegendo-os até que estejam aptos a se guiar.

Simbolicamente representamos Iemanjá com a estrela do mar. Ela é a estrela da geração.
Oferenda à mãe Iemanjá:

Velas brancas, azuis e rosas, champagne, calda de ameixa ou de pêssego, manjar, arroz-doce e melão, rosas e palmas brancas, tudo depositado à beira-mar.


Excerto retirado do Livro:
“O CÓDIGO DE UMBANDA”
Obra psicografada
por Rubens Saraceni.



NOTA:

Toda essa série de postagem sobre as festas para a Mãe Iemanjá, é uma forma de desagravo pela incompreensão de quem não para para pensar que ofender seus irmãos humanos já é em si reprovável, ofender uma Divindade é inconcebivel e revela uma imensa ignorância, intolerência e preconceitos.

Que a Sagrada Mãe predoe-nos a todos, por sermos tão primários e brutos.

Pelas postagens , que representam menos de 1/8 do contigente de fiéis e devotos, é possível perceber o tamanho do Amor que nossa amada Mãe Iemanjá gera em nosso íntimo.

-ODOYÁ, MINHA MÃE1
 A Vossa benção!




MÉDIUM


Salve O Barco de Iemanjá Rainha de Copacabana





Yemaya- foto de Shakti Womyn



Nossa Srª dos Navegantes. Salve Iemanjá. Odoyá Iemanjá

Mais um fim de ano chegou e, com ele, a festa religiosa tão tradicional para fiéis de vários segmentos: Os Umbandistas e simpatizantes realizam todos os anos o o Barco de Iemanjá. um presente à Rainha do Mar, na Praia de Copacabana. Esta ano o barco sai com um pedido especial dos povos de terreiros um basta à Intolerância Religiosa um pedido de Paz e respeito.



Uemanja - Foto: Dora Araujo

“O Barco de Iemanjá é uma tradição não só para umbandistas. Pessoas de várias religiões me perguntam sobre os preparativos durante todo o ano e costumam parabenizar pela beleza de todos os festejos.

É um trabalho que fazemos com muita dedicação e esperamos sempre levar paz, equilíbrio e muito amor a todos, pois são princípios fundamentais da Umbanda”, declara a presidente da Ceub, Fátima Damas.

 

Devoto - foto: Roberto Tumminelli

Com a chegada da imagem do orixá mais popular do Brasil a Copacabana, sacerdotes de diversas religiões declaram seus respeitos com o segmento umbandista e por que da participação na festa.

“Iemanjá também é sagrada para o Candomblé e, apesar de reverenciarmos de formas diferentes, é importante mostrarmos união com os umbandistas.

O Barco de Iemanjá é acompanhado por milhares de pessoas todos os anos, faz parte da cultura brasileira.”, ressalta o babalawo e interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, Ivanir dos Santos.

“O cristão católico, desde o Concílio Vaticano II, é convocado, a partir da fé em Jesus Cristo, a conhecer, valorizar e afirmar os valores positivos das diversas tradições religiosas.

Nessa perspectiva, encontramos em cada barco ofertado tesouros imateriais da fé, de afirmação ecológica e de diálogo sincero”, ressalta padre Gegê, da Paróquia Santa Bernadete.

Para a diretora de Diálogo Inter-religioso da Federação Israelita do Rio de Janeiro (Fierj), Diane Kupermam, a participação compõe a força do trabalho pela paz entre as religiões e também se faz importante por celebrar uma entidade feminina.

“Participar do Barco de Iemanjá representa, antes de mais nada, o profundo engajamento no diálogo inter-religioso que requer participação respeitosa nas celebrações religiosas de outros credos.

No meu caso particular, como ativista de movimentos feministas que lutou em prol da igualdade de gêneros, e como judia liberal, que conquistou o direito de participação nos cultos e rituais judaicos antes exclusivamente masculinos, significa ainda tomar parte de uma festividade que celebra uma entidade feminina.

Iemanjá representa a maternidade, a compaixão, o amor e o perdão, mas encarna, também, o poder sobre as forças da natureza e a capacidade de domar todas as paixões.

A Iemanja do Mercadão de Madureira

Durante todo o mês de dezembro, as lojas de artigos religiosos do Mercadão de Madureira envolvidas na Festa, mantêm um barco de 1 metro de cumprimento enfeitado para Iemanjá onde os clientes e visitantes colocam pedidos e oferendas para esse Orixá.

 

Iemanja no Mercadão de Madureira 
recebendo os pedidos 
- Foto: Jefferson Duarte

A imagem de Iemanjá de 1,80 mt que será levada em cortejo de Madureira até a praia de Copacabana no dia 29 fica sendo exibida ao longo do mês de dezembro nos corredores do Mercadão.

No dia 29, a partir das 12 hs tem início à Festa de Iemanjá propriamente dita, com a concentração do público em frente ao Mercadão, sendo iniciados os cânticos e os toques para iemanjá e os outros orixás, realizados por Zeladores (as) de Santo e Ogans especialmente convidados pela organização do evento.

 

Fiéis e devotos nos corredores 
do Mercadão de Madureira 
- Foto Luiz Alberto Medeiros

Às 14 hs tem início a retirada das lojas dos barcos com as oferendas e pedidos a iemanjá, que são levadas por adeptos da religião até o caminhão especialmente preparado para levá-los até a praia de Copacabana, onde serão lançados ao mar.

Essa retirada é conduzida pelos Filhos de Ghandi que, em cortejo pelos corredores do Mecadão entoam cânticos aos Orixás.

 

Imagem de Iemanja 
pronta para o cortejo até Copacabana 
- Foto: Luis Alberto Mediros 
- Site do Mercadão de Madeureira

As ambulâncias, ônibus e carros enfileirados acompanham o cortejo liderado pelo caminhão que é comboiado por batedores da Guarda Municipal e por veículos da Polícia Militar e da CET Rio.

O Comboio chega a Copacabana em frente à rua Constante Ramos, para a realização dos festejos.

No auge da festa, as areias de Copacabana ficam forradas de branco e Azul os barcos são ofertados ao mar com pedidos, presentes e muitas flores e colocados nos barcos dos pescadores que os levam para entregar à Rainha em local longe da Costa.

 

O barco de Madureira chega a Copacabana Foto:
Luiz Alberto Medeiros


Após o terminos dos canticos são lançados ao ar pombos brancos simbolizando a paz entre os homens e entre todas as religiões do planeta.

Iemanja Basileira

Em quase todo a costa Brasileira,Iemanja é saudada e festejada em várias épocase de diversas formas, na música, na fotografia, nas artes.


DEtalhe da Obra "O Cortejo" de Nelson Leirner

Ela é o símbolo feminino por excelência, com toda sua complexidade e suas contradições.

Compartilhar da festa de Iemanjá é reafirmar nosso compromisso comum – judeus, cristãos, muçulmanos, candomblecistas, umbandistas, kardecistas, ateus, e tantos outros – na construção de um mundo melhor, sem preconceitos, em que cada ser humano poderá exercer sua crença em liberdade.


Iemanja na Bahia
- Foto: Pierre Verger


Dia dois de fevereiro
Dia de festa no mar
Eu quero ser o primeiro
A saudar Iemanjá
Escrevi um bilhete a ela
Pedindo pra ela me ajudar
Ela então me respondeu
Que eu tivesse paciência de esperar
O presente que eu mandei pra ela
De cravos e rosas vingou
Chegou, chegou, chegou
Afinal que o dia dela chegou
“Dois de fevereiro”

– Dorival Caymmi
Odoyá Yemanjá!!!



Obra do artista: João Makray



Iemanja de Menote Cordeiro




Yemonja de Carybé 

do grande Mural 
dos Orixás em Cedro
- Bahia



Yemanja - Xilogravura de J Borges


por jeffcelophane em Cultura POpular

Fontes:
O Barco de Iemanjá volta a encantar Copacabana – JB
Festa de Iemanja do Mercadão de Madureira

YEMANJÁ, A MÃE DOS ORIXÁS








Sem sombra de dúvida, Yemanjá é o orixá mais popular no Brasil e talvez isso valha também para outros países costeiros, ou a beira mar, como Cuba, onde esta é considerada a rainha da ilha pelos santeiros.

Como outros ancestrais nagôs, o culto a tal orixá realizado na cidade de Abeokutá e no rio Ogun sofreu um processo significativo de reinterpretação simbólica no Novo Mundo.

O exemplo mais ilustrativo disso, é a perda de características guerreiras em detrimento da exacerbação de elementos como virgindade, pureza e docilidade, ideais por excelência da figura da Virgem Maria que desde cedo recebeu atributos das deusas africanas, a exemplo de Isis, de quem herdou o título de Mater Dei e de outras deusas gregas e romanas.

Diferente da ideia de humildade e submissão, características esperadas das mulheres pelos gregos como a terra que sustenta o céu, Yemanjá está no começo da criação do Mundo.

Acredita-se que ela forma um par criativo com Oxalá. Isso explica a sua profunda relação com o elemento água, cheio de significados na maioria das civilizações.

Por exemplo, algumas mulheres indígenas do litoral se lavavam na praia, pois acreditavam que a espuma do mar as tornava férteis.

Yemanjá é o princípio criativo da fertilidade. Ela está na terra, nos grãos, nos rios, nos mares, em todas as mulheres e em todos os seus filhos, que coparticipam desse poder graças à força conferida pelas Grandes Mães.

As representações desse Orixá, que desde cedo foi associado às sereias, ao longo da história recebeu elementos que lhe afastam da representação africana.

Em algumas dessas, para se falar da noção de beleza, se fez uso de características não negras.

Desta maneira, a representação da mulher com seios volumosos e formas arredondadas cedeu lugar para a imagem de uma mulher branca, cabelos lisos e corpo magro e esguio.

Não estamos com isso contestando a capacidade de o devoto fazer a sua experiência religiosa nessas representações, mas chamando a atenção para o fato de que as imagens do sagrado vinculam visões de mundo e expressam valores da sociedade que lhe está produzindo o tempo todo. O problema está quando não nos damos conta disso.

Sobre isso, as mulheres do movimento negro iniciaram já há alguns anos uma crítica e tem se avançado muito.

E a sereia? Sempre disse que é o contrário do princípio da Grande Mãe, por tratar-se de seres que carregam a “maldição” de não poderem ter filhos, o contrário de Yemanjá, mãe dos Orixás, a menos daqueles ligados à dinastia de Oyó, como Ogun, Odé, Xangô e Oxun.

Da sereia grega, o símbolo que estabelece melhor diálogo com Yemanjá é a imagem do peixe que como o pássaro, o leque e as águas são considerados “princípios femininos” que não podem ser compreendidos em contraposição a outros.

Dessa maneira, o atributo por excelência da Grande Mãe é a guerra. Segundo um de seus mitos, ela teria ensinado Ogun a forjar as “pencas”, depois transformadas nos famosos balangandãs que, mais do que enfeites, cumprem funções de proteção; depois a espada para defender o seu reino.

Outra história conta como Yemanjá venceu alguns inimigos que marchavam em direção ao seu reino. Ela teria se enfeitado e levantado o seu leque que, em contato com o sol, multiplicou o seu exército.

Sobre a origem dos presentes oferecidos às águas, já explicamos no texto sobre as oferendas. Trata-se de uma prática antiga que pode ser encontrada em várias civilizações.

A sua origem está na concepção do valor da troca de presentes com os ancestrais verdadeiros responsáveis pela manutenção das comunidades.

Nos últimos anos grupos ambientalistas têm aberto a discussão sobre o nível de poluição representado pelos presentes a base de produtos não degradáveis, como plásticos, vidros e outros.

Claro que o povo de Candomblé não pode ser responsabilizado pela poluição dos mares, talvez isso valha para as indústrias e empreendimentos imobiliários que poluem as águas todos os dias a toda hora.

Temos, todavia, que estarmos atentos àquilo que oferecemos. Afinal, nossos antepassados não conheceram alguns presentes que hoje teimamos em colocar nas águas, e se tivessem conhecido, sem sombra de dúvida não colocariam, pois sabiam que o maior presente são os grãos, as flores e a nossa vida.

Nos terreiros de tradição nagô, diz-se que ela cuida de nossas cabeças e de tudo que se relaciona ao equilíbrio. Nas tradições angola-congo, este princípio é evocado com o nome de Kaia, mas há também tradições que o chamam de Aziri Tobossi, como a jeje.

Mais do que a designação, cada comunidade possui estórias próprias para falar desse ancestral da fertilidade que não pode ser encerrado na concepção da maternidade, afinal, há várias maneiras de conceber.

Vale mesmo não se afastar da ideia de que cada ser vivo que nasce é um ancestral que se faz presente através da constituição de longas famílias. Assim, Yemanjá, Kaya, Aziri Tobossi e mesmo Yara estão em tudo.

Talvez no início tal princípio tenha sido associado às águas graças à importância que estas cumpriam nas civilizações responsáveis por tal representação.

O principio de fertilidade está, na verdade, em tudo.

Ele garante o equilíbrio das coisas, as mantendo entrelaçadas como escamas, nos fazendo peixes filhos de uma mãe cujo filhos são peixes. Ye/ Omo/ Ejá.

texto de VILSON CAETANO DE SOUSA JUNIOR






YEMANJÁ – AFINAL QUE O DIA DELA CHEGOU





Foto de LUNAÉ PARRACHO |
 Agência A Tarde - 2.2.2010


Veja esta galeria de fotos arrasadoras, extraídas do site do jornal A Tarde (www.atarde.com.br), de autoria do fantástico repórter fotográfico LUNAÉ PARRACHO, da Agência A Tarde. Lunaé saiu em campo às 4 da manhã de hoje para fazer esta reportagem na Praia da Paciência, bairro do Rio Vermelho, em Salvador, no dia consagrado a Yemanjá, Dois de Fevereiro:





A mesma moça da primeira foto no momento anterior ao lançamento da oferenda. Foto de LUNAÉ PARRACHO | Agência A Tarde - 2.2.2010





Ao amanhecer, barco leva passageiro com seus presentes para a Rainha do Mar. Foto de LUNAÉ PARRACHO | Agência A Tarde - 2.2.2010








Fotos de LUNAÉ PARRACHO |
 Agência A Tarde - 2.2.2010



Foto de LUNAÉ PARRACHO |

 Agência A Tarde - 2.2.2010



Foto de LUNAÉ PARRACHO |
 Agência A Tarde - 2.2.2010


Publicado em Baianidade, Jeito baiano de ser




Ilustração de SIMANCA


FESTA PARA A RAINHA DO MAR


Hoje, todos os caminhos na capital da Bahia levam até Iemanjá, chamada de “a mãe cujos filhos são peixes” e também conhecida como aquela que fez brotar dos seus seios generosos as outras divindades.


Iemanjá costuma sempre ser muito festejada por seus devotos e filhos. É saudada como generosa e protetora, características próprias da maternidade que é uma das suas referências mais conhecidas.


Curioso que é a única das divindades das religiões de matrizes africanas que ganhou uma festa própria sem nenhum tipo de associação com santos católicos.


A festa nasceu de uma devoção dos pescadores da colônia de pesca Z-1, localizada no Rio Vermelho e resiste ano após anos. Se o primeiro presente foi levado numa caixa de sapato, o de agora segue em um barco, acompanhado por uma procissão de outras embarcações.


O agradecimento e pedidos de um grupo de pescadores, portanto, acabou se transformando em apelos coletivos. E Iemanjá parece ouvir e atender, afinal, ano após anos, são mais e mais balaios para receber os presentes dos outros devotos que enfrentam filas quilômetricas para colocar seu agrado desde as primeiras horas da manhã.


E a festa não começa ali. No ínício da madrugada, a zelosa Mãe Aíce, que orienta todo o ritual religioso, vai até o Dique do Tororó levar a oferta de Oxum, senhora das águas doces, que não pode e realmente não fica esquecida.


O ritual às margens do Dique é tranquilo, emocionante e completamente silencioso. O por quê? Como várias coisas em candomblé, a resposta é para quem está autorizado e precisa escutá-la. Aos demais fica a lição que se observa e entende aquilo que está ao seu alcance.


Após o agrado a Oxum é hora de levar a oferenda principal para o Rio Vermelho, que fica guardada na chamada Casa do Peso até o meio da tarde quando parte até o local onde deve ser depositado como agradecimento e prece para que o ano seja farto.


E os pescadores, ano após ano, mostram que estão satisfeitos com a sua rainha e a proteção que ela oferece a quem vive parte significativa da vida em seus domínios.


Missão religiosa cumprida, é hora de aproveitar as várias festividades no entorno da praia que não tem o nome específico, mas é conhecida como “aquela do presente de Iemanjá”. As feijoadas são as concentrações mais procuradas.


Tem desde as oferecidas na simplicidade das barraquinhas até as servidas nos hotéis luxuosos do Rio Vermelho, sem falar nas chamadas “festas de camisa”, aquelas em que precisa adquirir este tipo de vestimenta para participar.


Com sua leveza e zelando pelo equilíbrio, afinal é a protetora da cabeça, Iemanjá do povo ketu, Mamento Dadá, Dandalunda ou Kayala, divindades com características semelhantes nas nações da família bantu, ganhou na Bahia o domínio das águas salgadas.


Portanto, como majestade que é, recebe honrarias especiais dos seus súditos e filhos. Axé!


texto de CLEIDIANA RAMOS
(extraído do blog Mundo Afro)


Publicado em Baianidade
PRA SALVAR YEMANJÁ – BAIANICES




Casa de Yemanjá, no Rio Vermelho, Salvador (BA).
 Foto de IRACEMA CHEQUER | Agência A Tarde 
- 1.2.2010. Seleção de fotos deste post 
por CRISTIANO PARAGUASSU


É dois de fevereiro


Dia de festa no mar


texto de zedejesusbarreto


Escreveu, musicou e cantou o mestre Dorival Caymmi, amado e amante dos mistérios femininos do mar da Bahia (os franceses chamam de La Mer, já que o mar é fêmea):


(Vídeo do YouTube produzido especialmente para o blog SALVADOR NA SOLA DO PÉ – http://salvadornasoladope.blogspot.com/)


Dia Dois de Fevereiro


Dia de festa no mar
Eu quero ser o primeiro
pra salvar Yemanjá
Escrevi um bilhete pra ela
pedindo pra ela me ajudá
Ela então me respondeu
Que eu tivesse paciência de esperar
O presente que eu mandei pra ela
De cravos e rosas, vingou.
Chegou! Chegou! Chegou!
Afinal que o dia dela chegou.




Presentes para Yemanjá 
depositados no Barracão 
ao lado da Casa do Peso, 
no Rio Vermelho.
Foto de FERNANDO AMORIM
 Agência A Tarde - 2.2.2009


Contam os mais velhos que a festa do dia 2 de fevereiro, nos mares da Bahia, teve origem na segunda década do século passado, após um período de pouco peixe nas águas e nas linhas e redes de pesca dos homens do mar.


Daí, pescadores da Colônia do Rio Vermelho, ligados ao culto afrobaiano fizeram promessas à Deusa das Águas, bateram atabaques, dançaram, cantaram e arriaram presentes no mar pedindo proteção e fartura.


Dali em diante, a pesca foi farta e a festa virou tradição, com o povo em romaria fazendo seus pedidos, agradecendo e deixando seus presentes nos balaios para que os pescadores levassem ao alto mar, em homenagem a ela, Iemanjá, Janaína, Princesa de Aiocá…


A Rainha do Mar de tantos nomes cultuada em várias partes do planeta desde as antiguidades.


Minha Sereia, Rainha do Mar


Pierre Fatumbi Verger, em seu livro ‘Orixás’, necessária abordagem sobre a religiosidade afrobaiana, ensina que o nome Yemanjá deriva de Yèyé omo ejá (‘Mãe cujos filhos são peixes’), orixá ou divindade dos Egbá, uma nação de língua iorubá que viveu na região entre Ifé e Ibadan onde fica o rio Yemoja – África sub-saariana, atual Nigéria.


Mas, no início do século XIX, as constantes guerras entre nações iorubás levaram os Egbá a emigrar na direção oeste, para Abeokutá, cidade onde há um templo dedicado a Iemanjá, divindade cultuada no Brasil e em Cuba.


‘Seu axé é assentado sobre pedras marinhas e conchas, guardadas numa porcelana azul. O sábado é o dia da semana que lhe é consagrado, juntamente com outras divindades femininas. Seus adeptos usam colares de contas de vidro transparentes e vestem-se, de preferência, de azul claro’.


Manifestada em suas iaôs, Iemanjá dança imitando as ondas do mar e é saudada aos gritos de ‘Odò Iyá!’. No Brasil é sincretizada com Nossa Senhora da Imaculada Conceição.







Integrantes do afoxé Filhos de Gandhy 
levam os presentes para os barcos. 
Foto de FERNANDO AMORIM |
 Agência A Tarde - 2.2.2009


Festa de Pescador


Sobre a festa popular do Rio Vermelho, Pierre Verger a fotografou nos anos 1950 e também a descreveu, assim:


‘A festa do dia 2 de fevereiro é uma das mais populares do ano, atraindo à praia do Rio Vermelho uma multidão imensa de fiéis e de admiradores da Mãe das Águas.


Iemanjá é frequentemente representada sob a forma latinizada de uma sereia, com longos cabelos soltos ao vento. Chamam-na, também, Dona Janaína ou, mesmo, Princesa ou Rainha do Mar.


Neste dia, longas filas se formam diante da porta da pequena casa construída sobre um promontório, dominando a praia, no local onde, nos outros dias do ano, os pescadores vêm pesar os peixes apanhados durante o dia.


Uma cesta imensa (balaio) foi instalada de manhã, logo cedo, e começa então um longo desfile de pessoas de todas as origens e de todos os meios socais, trazendo ramos de flores frescas ou artificiais, pratos de comida feitas com capricho, frascos de perfumes, sabonetes embrulhados em papel transparente, bonecas, cortes de tecidos e outros presentes agradáveis a uma mulher bonita e vaidosa.


Cartas e súplicas não faltam, nem presentes em dinheiro, assim como colares e pulseiras.


Tudo é arrumado dentro da cesta, até que, no final da tarde, ela está totalmente cheia com as oferendas, as flores colocadas por cima.


O presente para Iemanjá, transformado numa imensa corbelha florida, é retirado com esforço da pequena casa e levado, em alegre procissão, até a praia, onde é colocado num saveiro.


O entusiasmo da multidão chega ao seu máximo; não se escutam senão gritos alegres, saudações a Iemanjá e votos de prosperidade futura.


Uma parte da assistência embarca a bordo dos saveiros, barcos e lanchas a motor. A flotilha dirige-se para o alto-mar, onde as cestas são depositadas sobre as ondas.


Segundo a tradição, para que as oferendas sejam aceitas, elas devem mergulhar até o fundo, sinal de aprovação de Iemanjá. Se elas boiarem e forem devolvidas à praia, é sinal de recusa, para grande tristeza e decepção dos admiradores da divindade’


*
A tradição popular baiana, com todas as manifestações de fé, continuam preservadas, a despeito dos interesses turísticos e das velozes transformações desses tempos digitais.


Muitos terreiros de candomblé fazem alvorada de fogos, cumprem rituais, arriam oferendas para Oxum nas águas doces e, depois, os adeptos vão às praias em romaria para entregar seus presentes e pedidos a entidade que habita as águas do mar.


Na colônia de pescadores do Rio Vermelho os atabaques batem desde o amanhecer. São entoados cantos em iorubá, banto e ijexá, os iniciados dançam e alguns incorporam o Orixá.


Nesse dia de verão, Salvador praticamente para. A multidão, cada ano maior, faz festança nas ruas do bairro repletas de barracas, varando a madrugada.


É festa de rua da Bahia.





Foto de FERNANDO AMORIM |
 Agência A Tarde - 2.2.2009


Re-ouvindo Caymmi:


Minha sereia, rainha do Mar
O canto dela faz admirar
Minha sereia é moça bonita
Nas ondas do mar aonde ela habita
(Oh! Tem dó de ver o meu penar)
- Minha Sereia!
- Rainha do Mar …


Os nomes de Iemanjá


No extraordinário romance ‘Mar Morto’, Jorge Amado assim escreveu:


‘Iemanjá, que é dona do cais, dos saveiros, da vida deles todos, tem cinco nomes.


Cinco nomes doces que todo mundo sabe. Ela se chama Iemanjá, sempre foi chamada assim e esse é seu verdadeiro nome, de dona das águas, de senhora dos oceanos.


No entanto os canoeiros amam chamá-la de Dona Janaína, e os pretos, que são seus filhos mais diletos, que dançam para ela e mais que todos a temem, a chamam de Inaê, com devoção, ou fazem suas súplicas à Princesa de Aiocá, rainha dessas terras misteriosas que se escondem na linha azul que as separa de outras terras.


Porém, as mulheres do cais, que são simples e valentes… as mulheres da vida, as mulheres casadas, as moças que esperam noivos, a tratam de Dona Maria, que Maria é um nome bonito, é mesmo o mais bonito de todos, o mais venerado, e assim dão a Iemanjá como um presente, como se lhe levassem uma caixa de sabonetes à sua pedra no Dique.


Ela é sereia, é a mãe-d’água, a dona do mar, Iemanjá, Dona Janaína, Dona Maria, Inaê, Princesa de Aiocá. Ela domina esses mares, ela adora a lua, que vem ver nas noites sem nuvens, ela ama as músicas dos negros’…



Foto de FERNANDO AMORIM |
 Agência A Tarde - 2.2.2009


Caminhos do Mar


(Essa canção que segue foi tema da novela ‘Porto dos Milagres’, da Tv Globo, inspirada em Mar Morto, romance de Jorge Amado; é uma composição de Dorival Caymmi, de seu filho Danilo e de Dudu Falcão):


Rainha do Mar

Yemanjá, Odoiá,
Odoiá, rainha do mar
Iemanjá, Odoiá
Odoiá, rainha do mar
O canto vinha de longe
De lá do meio do mar
Não era canto de gente
Bonito de admirar
O corpo todo estremece
Muda a cor do céu, do luar
Um dia ela ainda aparece
É a rainha do mar
Iemanjá, odoiá, odoiá, rainha do mar
Iemanjá, odioá, odoiá, rainha do mar
Quem ouve desde menino
Aprende a acreditar
Que o vento sopra o destino
Pelos caminhos do mar
O pescador que conhece
As histórias do lugar
Morre de medo e vontade
De encontrar Iemanjá





Foto de FERNANDO AMORIM |

 Agência A Tarde - 2.2.2009


zedejesusbarreto, jornalista e escrevinhador (autor dos textos dos livros ‘Carybé & Verger – Gente da Bahia’ e do seguinte ‘Carybé, Verger & Caymmi – Mar da Bahia’, da trilogia ‘Entre Amigos’, criada pela Fundação Pierre Varger e pela Solisluna Design Editora, lançados em 2008 e 2009.)
30jan/2010.
http://jeitobaiano.wordpress.com/tag/yemanja/








Iemanjá: de Lenda para entidade venerada em todo o mundo


No dia 02 de fevereiro é comemorado o dia de Iemanjá, figura presente em diversas músicas, telenovelas, livros e cantigas populares. Você sabe, afinal, quem é Iemanjá? Preparamos um especial sobre esse tema. Boa leitura!


Os nomes são diversos, mas referem-se à mesma entidade: Yemanjá, Yemanjá, Yemaya, Iemoja, Yemoja ou, em português, Iemanjá, nomes dados àquela que é um orixá africano, cujo nome deriva da expressão “Yèyé omo ejá”, que significa “mãe cujos filhos são peixes”.


No Brasil, Iemanjá goza de grande popularidade entre os seguidores de religiões afro-brasileiras, e até por membros de religiões distintas.


Todo dia 2 de fevereiro, em Salvador, acontece uma das maiores festas do país em homenagem a essa que é considerada a “Rainha do Mar”.


A celebração envolve milhares de pessoas que, trajadas de branco, saem em procissão até ao templo-mor, localizado próximo à foz do rio Vermelho, onde oferendam uma grande diversidade de coisas, como espelhos, bijuterias, comidas, perfumes e toda sorte de agrados.





A tradicional Festa de Iemanjá na cidade de Salvador, capital da Bahia, tem lugar na praia do Rio Vermelho todo dia 02 de fevereiro.


Na mesma data, Yemanjá também é cultuada em diversas outras praias brasileiras, onde lhe são ofertadas velas e flores, lançadas ao mar em pequenos barcos artesanais.


A festa católica acontece na Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, na Cidade Baixa, enquanto os terreiros de Candomblé e Umbanda fazem divisões cercadas com cordas, fitas e flores nas praias, delimitando espaço para as casas de santo que realizarão seus trabalhos na areia.


Ela é considera a divindade do mar, além de ser a deusa padroeira dos náufragos, mãe de todas as cabeças humanas.


No Brasil, milhares de pessoas realizam alguma forma de culto à Yemanjá também durante as comemorações de passagem de ano, desde apresentadores de TV a esportistas famosos.





De forma mais geral, milhares de pessoas comparecem e depositam no mar oferendas para a divindade na noite de 31 de dezembro.


A celebração também inclui o tradicional “Banho de pipoca” e as sete ondas que os fiéis, ou até mesmo seguidores de outras religiões, pulam como forma de pedir sorte à Orixá.


Até Jorge Amado manifestou: – “Iemanjá, rainha do mar, é também conhecida por dona Janaína, Inaê, Princesa de Aiocá e Maria, no paralelismo com a religião católica.


Aiocá é o reino das terras misteriosas da felicidade e da liberdade, imagem das terras natais da África, saudades dos dias livres na floresta”, afirma o famoso escritor brasileiro.


Existe um sincretismo entre a santa católica Nossa Senhora dos Navegantes e a orixá da Mitologia Africana Yemanjá. Em alguns momentos, inclusive festas em homenagem as duas se fundem.


No Brasil, tanto Nossa Senhora dos Navegantes como Iemanjá tem sua data festiva no dia 02 de fevereiro. Costuma-se festejar o dia que lhe é dedicado, com uma grande procissão fluvial.


Yemanjá possui 7 “qualidades”, que são algumas formas pelas quais ela é reconhecida pelos que crêem. São elas:


Yemowô - que na África é mulher de Oxalá;


Iyamassê - é a mãe de Sàngó;


Yewa - rio africano paralelo ao rio Ògún e que frequentemente é confundido em algumas lendas com Yemanjá;

Olossa -
lagoa africana na qual desaguam os rios Yewa e Ògún;



Iemanjá Ogunté - que casa com Ògún Alagbedé;


Iemanjá Asèssu - muito voluntariosa e respeitável;


Iemanjá Saba ou Assobá - está sempre fiando algodão é a mais jovem.


Abaixo, detalhes sobre cada uma dessas qualidades:


1. Yemanjá AWOYÓ:


A primogênita. A mais velha das Yemanjás e dos mais ricos trajes; usa sete saias para guerrear e defender seus filhos.


Ela vive distante no mar e repousa na lagoa; come carneiro e, quando sai a passeio, usa as jóias de Olokum e coroa-se com Oxumarê, o arco-íris.


2. Yemanjá OKETÉ (OGUTÉ, OKUTÍ ou KUBINI)


É a guardiã de Olokum. A do azul pálido (claro), está nos arrecifes da costa (porteira de Olokum). Encontra-se tanto no mar, no rio, na laguna, quanto na mata.


Yemanjá, nesta qualidade, é mulher do deus da guerra e dos ferros, OGUM. Come (recebe oferendas) em sua companhia e os aceita tanto no mar quanto no matagal.


Quando guerreia leva pendentes da cintura o facão e as demais ferramentas de Ogum. Ela trabalha muito, é severa, rancorosa e violenta. É uma temível amazona.


3. Yemanjá MAYALEO ou MAYELEWO:


Mora nos bosques, em um pequeno poço ou manancial, que sua presença torna inesgotável.


Nesse caminho, assemelha-se à sua irmã Oxum Ikolé, porque é feiticeira.


Tem estreitas ligações com Ogum. Tímida e reservada, incomoda-se quando se toca o rosto de sua iaô e retira-se da festa.


4. Yemanjá AYABÁ ou ACHABÁ


Nesta qualidade, Yemanjá é perigosíssima, sábia e muito voluntariosa.


Usa no tornozelo uma corrente de prata. Seu olhar é irresistível e seu ar é altaneiro.


Foi mulher de Orunmilá, e Ifá sempre acata sua palavra. Para ouvir seus fiéis costuma ficar de costas. Suas ações jamais podem ser desfeitas.


5. Yemanjá KONLÉ ou KONLÁ:


A da espuma. Está na ressaca da maré; enreda e envolta em um mato de algas e limo. Por ser navegante, vive nas hélices dos barcos.


6. Yemanjá AKUARA:


A das duas águas – Yemanjá na confluência de um rio.


Ali encontra-se com sua irmã Oxum. Mora na água doce, gosta de dançar, é alegre e muito correta.
Não pratica malefícios. Cuida dos doentes, prepara remédios, amarra abicus.


7. Yemanjá ASESU:


É a mensageira de Olokum, a da água turva, suja. Muito séria e trabalhadora.; vai no esgoto, nas latrinas e cloacas. Recebe suas oferendas na companhia dos mortos.


É muito lenta em atender seus fiéis, pois conta meticulosamente as penas do pato a ela sacrificado, e caso se engane na conta, começa de novo e essa operação se prolonga indefinidamente.


Para conhecer um pouco mais sobre Yemanjá:


Saudação: O-dô-fe-iaba – O-dô-fe-iaba – O-dô-fe-iaba!


Data: 2 de fevereiro.


Metal: prata e prateados.


Cor: prata transparente, azul, verde água e branco.


Comida: manjar branco, acaçá, peixe de água salgada, bolo de arroz, ebôya, ebô e vários tipos de furá.


Arquétipo dos seus filhos: voluntarioso, fortes, rigorosos, protetores, caridosos, solidários em extremo, ingênuos, amigo, tímido, vaidosos com os cabelos principalmente, altivos, temperamentais, algumas vezes impetuosos e dominadores, e tem um certo medo do mar.


Símbolos: abebé prateado, alfange, agadá, obé, peixe, couraça, adê, braceletes, e pulseiras.


Além da grande diversidade de nomes africanos pelos quais Iemanjá é conhecida, a forma portuguesa Janaína também é utilizada, embora em raras ocasiões.


Publicado por santiagarcia em 02/02/2010
http://patiomoderna.wordpress.com/2010/02/02/122/#more-122






2012-02-22

Festa e Presente de Iemanjá








Data: 2 de fevereiro


No dia dois de fevereiro, a Bahia realiza uma das mais bonitas e concorridas festas de largo. A data é para comemorar Iemanjá, a deusa do mar, que também é uma das mais importantes orixás femininas do candomblé. Durante a madrugada, os pescadores fazem a abertura da festa com uma alvorada de fogos, que dá início às homenagens a Iemanjá.


As ialorixás e babalorixás fazem suas “obrigações” dedicadas à orixá, na Casa do Peso, na colônia de pescadores do Rio Vermelho.

A casa conta com a imagem da orixá e é lá onde ficam guardados centenas de cestos com presentes que serão levados ao mar no final da tarde por dezenas de embarcações. As oferendas deixadas pelo povo baiano e por turistas são muitas, normalmente perfumes, fitas, espelhos, sabonetes e flores, dentre outros agrados.


Além de entregar presentes, os fiéis costumam tomar banho de mar e depois participam da animada festa de largo que se estende por todo o dia, no bairro do Rio Vermelho. A festa tem a tradição de receber, além do povo baiano, artistas e muito turistas que não abrem mão de homenagear a Rainha do Mar.


http://verao.bahia.com.br/atracoes-do-verao/festas-populares/festa-e-presente-de-iemanja-22/


 
A VISÃO DE UMA CATÓLICA



2 de fevereiro, festa de Iemanjá em Salvador da Bahia


Fui outra vez na festa maravilhosa do Rio Vermelho aqui em Salvador, sozinha mesmo, eu fui e me diverti, me emocionei, levei a rosa branca no balaio para agradecer à Rainha do Mar, pedi proteção, coloquei os pés no mar, comi acarajé da Dinha, me espremi na multidão, dancei, fiz muitas fotos e alguns filminhos.


Difícil é selecionar só algumas das mais de 200 imagens que captei. Quem disse não dá pra ser feliz sozinho?





aproveito as pequenas felicidades que aparecem...vesti azul e branco, usei meu ilekê de Oxum para ela não ficar enciumada e lá fui eu! Odoya!


Iemanjá é festejada em vários lugares no Brasil inteiro, a festa maior é essa da Bahia, são lindas as demonstrações de carinho pela Orixá a beira-mar em todo o litoral.


Ela recebe vários nomes: Janaína, Inaê, Princesa de Aiocá e Maria.





imagem de Iemanjá no altarzinho na praia dos pescadores antes de sair para o mar em mais um dia de trabalho, o pescador pede proteção


É a única festa baiana que não tem origem no catolicismo e sim no candomblé.


São várias versões da origem dessa festa no 2 de fevereiro na praia dos pescadores do Rio Vermelho, conta-se que ali foi tirada do mar uma sereia, e depois disso houve abundância de peixes, por isso o agradecimento com presentes para Iemanjá, a sereia, rainha do mar, a mãe de todos os orixás.


Os presentes são flores, espelhos, pentes, perfume (água-de-cheiro seiva de alfazema) para a vaidosa Iemanjá.





o presente principal, feito por artistas plásticos, fica no caramanchão ao lado da Casa de Iemanjá, os balaios vão sendo cheios de flores e presentes levados pelas pessoas que enfrentam uma grande fila (eu levei mais de 1 hora na fila debaixo de sol forte), depois os balaios são colocados em barcos e levados a 400 metros da praia





dentro da caixa do presente principal vão as comidas para Iemanjá : manjar branco, bolo de arroz, cuzcuz de peixe, cocada branca, tudo bem arrumado e decorado como é de gosto da orixá





barquinhos com bilhetes, no maior capricho





a frente do presente principal





deixei minha rosa, agradecendo e pedindo proteção





na fila, quase chegando





tanto tempo na fila, fui clicando pra tudo que é lado!





baianas com lindas roupas





na cara que são turistas, é ou não é? com fé Iemanjá protege à todos!





no caramanchão o perfume de seiva de alfazema é forte no ar, todos que entram recebem um banho





esses senhores, na entrada do caramanchão me deram um banho da água-de-cheiro





repórteres fazendo matéria para a tv, ficou bem bacana para ver clique aqui


"Conta que se Iemanjá aceitar a oferta dos filhos marinheiros é que o ano será bom para as pescarias, o mar será bonançoso e os ventos ajudarão aos saveiros; se ela o recusar... ah! as tempestades se soltarão, os ventos romperão as velas dos barvos, o mar será inimigo dos homens e os cadáveres dos afogados boiarão em busca da terra de Aiocá". Se quiser saber sobre a história da festa de Iemanjá, clique aqui.





do caramanchão os balaios são levados à praia para serem embarcados vão para bem longe no mar... que Iemanjá aceite!





durante o dia inteiro os terreiros festejam na areia da praia





ao fundo a Casa de Iemanjá (telhado baixo sobre as pedras)





as 4 da tarde os barcos carregados de flores saem para o mar mas durante o dia todo muitas embarcações levam as pessoas para fazer sua oferta





céu azul, mar azul, tudo perfeito para a rainha do mar





desci para por os pés no mar e me mostrar pra orixá





tem muitas pedras em volta da Casa de Iemanjá, as pessoas vão pelas pedras se molhar no mar





na areia, pais e mães de santo dão bençãos com ervas e cheiros, axé!





no asfalto também tem!





igreja do Largo de Santana, parte central da festa





em frente ao Largo de Santana fica a Casa de Iemanjá sobre as pedras onde acontece a muvuca.





Na festa do Largo de Santana em frente à praia dos pescadores tem de tudo nas festas atualmente, gente de todo jeito, de todas as tribos, variadas comidas e bebidas, música de tudo que é tipo, desde os cantos do candomblé na areia da praia até sertanejo, acreditem! passando inclusive pelo rock, reggae, muita batucada, arrocha, pagode, samba, axé, tem pra todos os gostos, até techno tem!


É uma mistura que deixa tudo bonito, pelo menos aos meus olhos, porque tem quem não goste, eu adoro tudo isso!


Escolhi algumas fotos para tentar dar uma ideia do que é esta festa grandiosa de fé e alegria.


Sou católica, respeito todos os credos e aproveito o que tem de ensinamento em cada um, o candomblé nos ensina muito sobre a convivência, o respeito aos antepassados e à nossa origem, a família é essencial.


Além do mais gosto de ver rituais, sejam eles de que religião for, são sempre emocionantes, e se tem festa, melhor ainda!





a polícia de Salvador está em greve há dias, mas eu vi muito policiamento ostensivo a festa foi tranquila, o agito foi só pela alegria





gente, gente... muita gente!




muitos tipos interessantes que atraem o olhar





uma infinidade de coisinhas coloridas nos são oferecidas aos quatro cantos...





olha, não dá mesmo vontade de ir embora desse lugar! Só que depois de quase 6 horas caminhando ou em pé, meu joelho já estava gritando





então eu tive a brilhante ideia de cortar caminho para ir até onde eu pegaria o ônibus olha só onde me enfiei!


A rua que sai do largo do aracajé da Dinha e vai para a avenida estava apinhada, levei um tempão para atravessar e fui amassada, espremida, até que decidi encostar numa kombi, uma familia de baianos magrinhos teve a mesma ideia, mãe, filha pequena e um casal de velhinhos, alí ficamos nem sei quanto tempo até podermos sair, foi cheiro de tudo que é coisa passando pelo meu nariz!...kkkkk... mas faz parte de festa popular, quem não suportar isso não pode ir num lugar como esse.


Fiz uns videozinhos, a imagem em movimento mostra melhor o clima, apesar de serem sem qualidade, dá para ver como é um pedacinho da festa na areia da praia por volta do meio-dia começando o baile no final da tarde.





Fim da festa para mim e para essas lindas negras nas suas alvas vestes... ano que vem tem mais!
*
Editei esse post para fazer uma observação, eu havia pensado nisso, acabei não escrevendo, mas agora vai: a festa é linda, mas tem o lado feio, bem feio, o lixo que tudo isso faz, embalagens, copos descartáveis, latinhas pelos cantos, e ainda os objetos jogados no mar.


Flores em balaios são da natureza, podem ir para o mar a 400 metros de distância, o problema são os outros objetos que vão junto.


Talvez a religião precise se atualizar conforme as necessidades do nosso tempo, os governantes e administradores precisem tomar mais conta da cidade e as pessoas devem ter consciência para não sujar tanto o lugar onde vivem.


O tempo todo fiquei pensando por que a prefeitura não coloca enormes cestos de lixo, ou containers mesmo por todo o bairro da festa.


Procurei muito por lixeiras e quando encontrava estavam transbordando.


Fiquei pensando que se fosse exigido que a pessoa que for vender alguma coisa na festa, tivesse uma lixeira ao lado, facilitaria muito, porque não adianta a gente não querer jogar lixo na rua se não encontramos onde colocá-lo.


Pois bem, que haja festa, muita festa porque devemos festejar a vida, mas com organização para que não tenha esse lado feio.


Vem ai o carnaval, sabemos que o mar de Salvador sofre com a montanha de lixo jogada nele, principalmente na Barra, alguma medida precisa ser tomada.


http://juju-ano4.blogspot.com/



Revista RAIZ.
09 de fevereiro de 2009





Fotos Rosangela Cordaro


A cidade de Cachoeira, na Bahia, faz festa para Yemanjá no dia 15 de fevereiro


Por Alzira Costa


Para ver imagens da festa de Yemanjá de Rosangela Cordaro, clique aqui


O Povo de Santo de Cachoeira, cidade histórica do Recôncavo baiano, distante 110 km de Salvador, realiza no próximo dia 15 de fevereiro, domingo, a tradicional festa para Yemanjá que reúne devotos do candomblé de dezenas de terreiros de diversas cidades da região.


A manifestação organizada pela ACYO - Associação Cultural Yemanjá Ogunté - mobiliza diretamente cinquenta terreiros, e indiretamente, cerca de 400 na preparação e realização do evento que conta com a parceria da prefeitura por meio da Secretaria de Cultura e Turismo do município.


A programação da festa deste ano terá início às 10h com concentração para a entrega dos presentes no Porto de Cachoeira.


Às 15 horas, terá início o xirê (roda de cânticos e danças em homenagem aos orixás) com a participação de todos os devotos do candomblé presentes, e às 17 horas sai cortejo para a entrega das oferendas na Pedra da Baleia.


Para encerrar a celebração, estão programadas a partir das 19h, apresentações do Samba de Roda de Dona Dalva, Esmola Cantada, Samba de Roda Filhos do Caquende e show com o grupo Gêje Nagô.


TRADIÇÃO


- O presente coletivo para Yemanjá, considerada pelos fiéis do candomblé como a 'deusa das águas' e a 'mãe de todos os seres vivos existente na terra', é uma tradição de mais meio século, que foi retomada em Cachoeira, há três anos, por iniciativa de um grupo de sacerdotes, sacerdotisas e filhos de santo.


Para reverenciar Yemanjá, terreiros de todas as nações se unem nessa festa que atrai turistas de outros estados e também do exterior.


Para os integrantes da ACYO-Associação Cultural Yemanjá Ogunté, a festa "não se traduz simplesmente como um espetáculo cultural, e sim uma ação coletiva para se manter uma tradição que quase desapareceu".


Para celebrar o dia de oferendas para Yemanjá na cidade histórica, se unem à organização da festa grupos culturais de matriz africana de Cachoeira, São Félix, Muritiba, Maragojipe, Santo Amaro, Governador Mangabeira e Cruz das Almas e Conceição da Feira.


No dia da festa, apresentam-se ao ar livre, grupos de samba de roda, afoxés, capoeira e tocadores de atabaques (ogãs alabês) de vários terreiros.





OFERENDAS


- Os presentes para Yemanjá são depositados em balaios, sendo que cada terreiro prepara o seu próprio presente. Todas as pessoas que queiram homenagear a 'deusa das águas' também podem ofertar presentes, depositados em balaios colocados em um local próximo a margem do Rio Paraguaçu.


Após a realização do ritual do xirê (roda de cânticos e danças para todos os orixás), babalorixás, yalorixás e filhos de santo ainda sob o som dos atabaques, seguem com os balaios repletos para as embarcações que os levarão até a Pedra da Baleia, local considerado sagrado para o Povo de Santo do Recôncavo, no Rio Paraguaçu, entre as cidades de Cachoeira e São Félix. Milhares de pessoas se posicionam ao longo do


cais do porto para acompanhar essa grande manifestação de fé e de confraternização do Povo de Santo. Confirmada a aceitação do presente, os devotos retornam à terra firme para apresentações dos grupos culturais e de samba de roda.


Serviço:


Festa de Yemanjá


Dia 15 de fevereiro na cidade de Cachoeira, Bahia
A partir das 10h da manhã no Porto de Cachoeira
Ponto alto da festa: Às 17 horas (entrega dos presentes)


Mais informações: ACYO - Associação Cultural Yemanjá Ogunté
Rua Guarany de Oxossi, 23, Alto do Rosarinho, Cachoeira - BA.
Yalorixá Madalena - Fone: (75) 3425 1089 -
Babalorixá Benício Souza - Fone(71) 9165 6554 - souzabenicio@hotmail.com


Secretaria de Cultura e Turismo de Cachoeira
Rua Ana Nery, 27, Centro Histórico Cachoeira - BA CEP. 44.300-000
Tel. (75) 99327664 / (71) 99423682





NO EXTERIOR





IEMANJÁ
FESTIVAL


Salvador, Bahia
BRAZIL
January 30 - February 6, 2011


DEPARTURE CITIES:
Washington, D.C.
Miami, FL





IEMANJÁ


Iemanjá is the Queen of the Ocean, the patron deity of the fishermen and the survivors of shipwrecks, the feminine principle of creation and the spirit of moonlight.


The Iemanjá Festival is a major festival of the Candomblé religion in the Rio Vermelho district of Salvador, Bahia.


Mães-de-santo and filhas-de-santo (priestess and female followers of the orixás) sing and dance from beginning at daybreak summoning Iemanjá to the festival. Offerings are placed in boats and carried down to the sea, where they are set afloat. Thousands of people flock to the coast for the festivities.


Gifts for Iemanjá usually include flowers and objects of female vanity (perfume, jewelry, combs, lipsticks, mirrors), she is said to be quite vain and therefore rather fond of all manner of products to make herself more beautiful. These are gathered in large baskets and taken out to the sea by local fishermen. There after a huge party takes place on the streets of Rio Vermelho.







SALVADOR DA BAHIA


Bahia is the most African of all Brazilian states. In fact Africa abounds in the capital city of Salvador, also known as the "Black Rome" because of its celebrated church architecture and 80% African population. In this city of over three million, the culture is ruled by visible African ideas. The local cuisine, musical traditions,


dance forms, Bloco Afro carnival groups, acrobatic martial art of capoeira, vibrant visual arts, and even Bahia's ginga, the graceful swing of its people, are all living testaments to this permeating African influence. In addition, Bahia is full of beautiful beaches, and quiet and historically important countryside towns.





CELEBRATIONS, PRESENTATIONS and WORKSHOPS


Iemanjá Festival * Folklore Show and Dinner * Art Exhibitions * Presenters * Dance and Drumming Workshop * Visits to Independent Programs and Schools





INCLUDED FEATURES


Scheduled Round-Trip Air Transportation - USA/Brazil/USA * Accommodations at Luxury


Hotels * Transfers between Airport and Hotel * Brazilian Buffet Breakfast Daily


* Historical African Heritage Tours of Salvador * Trip to Historical Town of Cachoeira, Lunch included * All USA and Brazilian Airport Taxes Included * And much more!









AFRICAN PRESENCE IN BRAZIL


The legacy of Africa permeates all forms of contemporary Brazilian society. Religion, art, and culture continue to reflect the presence of the largest population of African people outside the continent of Africa.


It is the intent of this program to explore the linkages and examine the continuities that exist between Africa and the Americas.


YourWorld is offering an exciting travel experience through Brazil to explore the continuities between Brazil and Africa.


This program will examine the profound contemporary African legacy in Brazil as part of a dynamic living culture.


YourWorld's lectures and presentations will add to this precious occasion a profound knowledge of the people in the African Diaspora and their connections.


These lectures and presentations will expand and guide your unique experience of a vibrant learning process in an incomparably joyous environment.