2010-09-25

Obsessões e Possessões





Pululam em torno da Terra os maus Espíritos, em conseqüência da inferioridade moral de seus habitantes.

A ação malfazeja desses Espíritos é parte integrante dos flagelos com que a Humanidade se vê a braços neste mundo.

A obsessão que é um dos efeitos de semelhante ação, como as enfermidades e todas as atribulações da vida, deve, pois, ser considerada como provação ou expiação e aceita com esse caráter.

Chama-se obsessão à ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracteres muito diferentes, que vão desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais.

Ela oblitera todas as faculdades mediúnicas.

Na mediunidade audiente e psicográfica, traduz-se pela obstinação de um Espírito em querer manifestar-se, com exclusão de qualquer outro.

Assim como as enfermidades resultam das imperfeições físicas que tornam o corpo acessível às perniciosas influências exteriores, a obsessão decorre sempre de uma imperfeição moral, que dá ascendência a um Espírito mau.

A uma causa física, opõe-se uma força física; a uma causa moral preciso é se contraponha uma força moral. Para preservá-lo das enfermidades, fortifica-se o corpo; para garanti-la contra a obsessão, tem-se que fortalecer a alma; donde, para o obsediado, a necessidade de trabalhar por se melhorar a si próprio, o que as mais das vezes basta para livrá-lo do obsessor, sem o socorro de terceiros.

Necessário se torna este socorro, quando a obsessão degenera em subjugação e em possessão, porque nesse caso o paciente não raro perde a vontade e o livre-arbítrio.

Quase sempre a obsessão exprime vingança tomada por um Espírito e cuja origem frequentemente se encontra nas relações que o obsediado manteve com o obsessor, em precedente existência.

Nos casos de obsessão grave, o obsediado fica envolto e impregnado de um fluido pernicioso, que neutraliza a ação dos fluidos salutares e os repele. É daquele fluido que importa desembaraçá-lo. Ora, um fluido mau não pode ser eliminado por outro igualmente mau. Por meio de ação idêntica à do médium curador, nos casos de enfermidade, preciso se faz expelir um fluido mau com o auxílio de um fluido melhor.

Nem sempre, porém, basta esta ação mecânica; cumpre, sobretudo, atuar sobre o ser inteligente, ao qual é preciso se possua o direito de falar com autoridade, que entretanto, falece a quem não tenha superioridade moral. Quanto maior esta for, tanto maior também será aquela.

Mas, ainda não é tudo: para assegurar a libertação da vítima, indispensável se torna que o espírito perverso seja levado a renunciar aos seus maus desígnios; que se faça que o arrependimento desponte nele, assim como o desejo do bem, por meio de instruções habilmente ministradas, em evocações particularmente feitas com o objetivo de dar-lhe educação moral. 

Pode-se então ter a grata satisfação de libertar um encarnado e de converter um Espírito imperfeito.

O trabalho se torna mais fácil quando o obsediado, compreendendo a sua situação, para ele concorre com a vontade e a prece.

Outro tanto não sucede quando, seduzido por um espírito que o domina, se ilude com ralação às qualidades deste último e se compraz no erro a que é conduzido, porque, então, longe de a secundar, o obsediado repele toda assistência. É o caso da fascinação, infinitamente mais rebelde sempre, do que a mais violenta subjugação.

Em todos os casos de obsessão, a prece é o mais poderoso meio de que se dispõe para demover de seus propósitos maléficos o obsessor.




Allan Kardec

OS ERÊS NA UMBANDA


 

AS CRIANÇAS NA UMBANDA

 
A linha das crianças, cujos membros baixam nos centros de Umbanda, é de todas a mais misteriosa.
Esses espíritos infantis nos surpre­en­dem pela ternura, inocência, argúcia, carinho e amor que vibram quando baixam em seus médiuns.
O arquétipo não foi fornecido pelo lado material da vida, pois uma criança com seus 7, 8 ou 9 anos de idade, por mais inteligente que seja, não está apta intelectualmente a orientar adultos ator­mentados por profundos desequi­líbrios no espírito ou na vida material.
Quem forneceu o arquétipo foram os seres que de­nominamos "encanta­dos da natureza".
Não foi baseado em espíritos de crian­ças que desencarnaram que essa linha foi fundamentada, e sim nas cri­an­­ças encan­tadas da natureza, que os aco­lhem em seus vastos reinos na na­tureza em seu lado espiritual e os am­param até que cresçam e alcancem um novo estágio evo­lu­tivo, já como espí­ri­tos naturais.
Os espíritos que se manifestam na li­nha das crianças atendem pessoas e auxiliam-nas com seus passes, seus ben­zi­mentos e suas magias elementais, tudo isso feito com alegria e simpli­cidade enquanto brincam com seus carrinhos, apitos, bonecas e outros brin­­quedos bem caracterizadores do seu arqué­tipo.  Ele é tão forte que adul­tos encar­na­dos sisudos se transfiguram e se tornam irreconhecíveis quando incor­poram sua criança.
A presença desses espíritos infantis é tão marcante que mudam o ambiente em pouco tempo, descontraindo todos os que estiverem à volta deles.
Todo arquétipo só é verdadeiro se for fundamentado em algo pré-exis­tente. O arquétipo "Caboclo" funda­men­­tou-se no índio brasileiro e no sertanejo mestiço. O arquétipo "Preto-Velho" funda­men­tou-se no negro já an­cião, rezador, mandingueiro e curador.
O arquétipo "Criança" fundamen­tou-se na inocência, na franqueza e na ingenuidade dos seres encantados ainda na primeira idade: a infantil.
E, caso não saibam, há dimensões inteiras habitadas só por espíritos nesse estagio evolutivo conhecido, no lado ocul­to da vida, como "estágio encan­tado". Nessas dimensões da vida há eles e suas mães encantadas, todas elas devotadas à educação moral, cons­ciencial e emocional, contendo seus excessos e direcionando-os à senda evolucionista natu­ral, pois eles não serão en­viados à dimensão hu­mana para encar­na­rem.
A elas compe­te supri-los com o indis­pensável para que não entrem em de­pressão e caiam no autismo ou regres­são emocional, muito comum nessas dimensões.
Nelas há reinos encantados muito mais belos do que os "contos de fadas" do imaginário popular foi capaz de des­crever ou criar.
Cada reino tem uma senhora, uma mãe encantada a regê-lo. E há toda uma hierarquia a auxiliá-la na manu­tenção do equilíbrio para que os milha­res de espíritos infantis sob suas guar­das não regridam, e sim, amadureçam lentamente até que possam ser condu­zidos ao estágio evolutivo posterior.
O arquétipo é forte e poderoso porque por trás dele estão as mães Orixás, sustentando-o, e também es­tão os pais Orixás, guardando-o e ze­lan­do pela integridade desses espíritos infantis.
A literatura existen­te sobre esse estágio se restringe a alguns livros de nossa auto­ria que abordam o está­gio encantado da evolução dos espíritos.
Mas que ninguém duvide da exis­tên­cia dele porque ele realmente existe e não seriam "crianças" humanas recém-desencarnadas e que nada sabiam da magia que iriam realizar os prodígios que os "Erês" realizam em benefício dos freqüentadores das suas sessões de trabalhos ou com forças da natureza quando oferendados em jardins, à beira-mar, nas cachoeiras ou em bosques frutíferos.
Há algo muito forte por trás do arquétipo e esse algo são os Orixás encantados, os regentes da evolução dos espíritos ainda na "primeira idade".
Para conhecerem melhor o estágio encantado da evolução, recomenda­mos a leitura do livro de nossa autoria A Evolução dos Espíritos, editado pela Madras.
 

Pai Rubens Saraceni


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2010-09-23

O EGOÍSMO








“A estes doze enviou Jesus, dando-lhes as seguintes ordens: Não vos desvieis para a estrada das nações, e não entreis em cidade samaritana; mas ide antes continuamente às ovelhas perdidas da casa de Israel” - Mateus, cap. 10, vs. 5 e 6

Chama a atenção o fato de Jesus recomendar aos discípulos “não pegarem a estrada das nações”, em outras versões consta a instrução “para não irem aos gentios”. Acrescenta - “não entreis em cidade samaritana”. Por que a preferência para “as ovelhas perdidas da casa de Israel?”


Há quem entenda que Israel era o povo escolhido e por isso tinha a preferência.

Mas se Jesus, em outra parte do evangelho afirma que “das ovelhas que o Pai Lhe confiou nenhuma se perderá”, e sabemos que essas “ovelhas” são a humanidade inteira; e ainda Ele prevê que haverá “um só rebanho e um só pastor”, como entender o texto citado de início?

Certamente, no início da tarefa dos apóstolos eles ainda não estavam preparados para divulgar os ensinos em outras nações, onde, por certo, as dificuldades seriam maiores.

Era necessário um preparo, um treinamento, e para isso era preciso começar “pelas ovelhas perdidas da casa de Israel”, ou seja, em suas próprias cidades, onde havia melhores possibilidades de êxito.

Mais tarde, Jesus chama Paulo de Tarso, na estrada de Damasco. Paulo recebe a tarefa de ir aos gentios, tarefa difícil, mas ele estava preparado. Conhecia bem a Lei, sabia falar vários idiomas, estava preparado para a missão.

Isto nos leva a refletir que, para realizar tarefas importantes, precisamos nos preparar devidamente, Se não estamos em condições de realizar trabalhos de maior vulto, devemos realizar os encargos menores, mais compatíveis com nossas possibilidades, enquanto vamos nos exercitando para, um dia, desenvolver trabalhos de mais significado.

Se estou com minha caneca vazia, não consigo dar de beber ao meu próximo.

Se ainda não consegui certo equilíbrio, harmonia interior, convicção no que creio e falo, como passar uma mensagem de esperança, de confiança e de bom ânimo ao meu semelhante?

As pessoas demonstram dificuldades para os trabalhos pequenos, os chamados “servicinhos”, e que são muito importantes.

E todos temos uma tarefa importante, difícil, que é vencer a nós mesmos. Nossas paixões inferiores, o melindre, a dificuldade de relacionamento, o orgulho, o egoísmo.

Na verdade, nossa tarefa mais importante, e mais difícil, é nossa própria transformação para melhor. Mudar a nós mesmos, afeiçoando-nos aos ensinos que já aceitamos teoricamente, esse o trabalho difícil. Primeiro requer humildade para reconhecer que precisamos mudar. Se o doente não se reconhece como tal, não procura o médico. Conseqüente, não se trata, e a enfermidade não é debelada.

Ensinamento muito claro do Espiritismo é este: Todos necessitamos de evolução espiritual, subir os degraus da escada do progresso. Estamos num mundo pouco evoluído, e somos Espíritos que estamos muito longe dos patamares mais elevados da escala espiritual.

Entretanto, mesmo com a clareza dos ensinamentos, muitos, ao que parece, se julgam sábios e bons, senão perfeitos, pelo menos quase.

Ouvíamos há poucos dias uma irmã, espírita, que conhece a Doutrina, mas não participa de nenhum grupo de trabalho, não freqüenta centro espírita, porque os dirigentes, os expositores, os que militam na Doutrina, no entender dela, não estão em condições de divulgarem os ensinamentos, A pessoa exige perfeição dos outros, mas não reflete que ela também carrega imperfeições.

Se quero chegar a um determinado ponto de uma cidade que não conheço, e se peço informação a alguém, por telefone, para que ela possa me orientar, necessito dizer a ela onde me encontro. Se eu não sei onde estou, fica difícil o outro me ensinar o caminho. Se não reconheço minhas necessidades evolutivas, fica difícil realizar mudanças no meu íntimo.

A subida da escada evolutiva é difícil porque além de nossas limitações, da bagagem que trazemos do passado (o inconsciente?), recebemos as influências do meio em que atuamos, influências negativas porque a maioria também é pouco espiritualizada.

Essa influência, como sabemos, vem não só dos companheiros de jornada terrena, mas também do plano espiritual. Para vencermos os leões do orgulho e do egoísmo temos que travar verdadeira batalha conosco mesmo.

Certa feita alguém perguntou ao Francisco C. Xavier se ele temia alguma coisa e ele respondeu que sim. Temia os monstros que temos de vencer e que estão em nós mesmos: são as paixões inferiores. As tentações do mundo existem porque encontram ressonância em nós.

Na pergunta 913 de O Livro dos Espíritos, Kardec indaga qual o vício mais radical, isto é, que tem mais raízes, e conseqüentemente mais difícil de ser erradicado.

Resposta: o egoísmo.

E como combater o egoísmo?

Atacando os filhos dele, ou seja, a impaciência, o desejo de privilégios, o melindre, a intolerância, a dificuldade de aceitar as outras pessoas como são.

Devemos entrar na fila como todos, sem disputar tratamentos especiais, não nos consideramos melhores, nem mais sábios do que os outros.

“Saber que não sabemos”, conforme falou o sábio da antigüidade. Se sabemos um pouquinho, isto é quase nada face ao muito que ainda precisamos saber.

Os instrutores espirituais ensinam que, para combater o egoísmo, devemos cultivar as virtudes opostas a ele, ou seja, o altruísmo, o desapego, a humildade, a tolerância.

Aprendendo a amar estaremos combatendo o egoísmo. Necessário perseverança, continuidade do esforço, paulatinamente, como uma escada que se sobre degrau a degrau.

Façamos como ensina Santo Agostinho: levantamentos diários, para verificar se estamos melhorando.

Lembra André Luiz: “O dever do espírita é tornar-se progressivamente melhor. Útil, assim, verificar, de quando em quando, com rigoroso exame pessoal, a nossa verdadeira situação íntima. Espírita que não progride durante três anos sucessivos permanece estacionário”


(Opinião Espírita, cap. 1)
(Por José Argemiro da Silveira - Jornal Verdade e Luz Nº 192 Janeiro de 2002)



O MISTÉRIO POMBAGIRA MIRIM





 
COLÉGIO DE UMBANDA SAGRADA PAI BENEDITO DE ARUANDA

 
Devido o pedido de muitas pessoas que receberam os textos sobre os eres e exu mirim, vou discorrer de forma livre sobre a linha das pombagiras mirins, seres encantados tão desconhecidos quanto os exus mirins.
 
Todos os mistérios da Criação divina sempre mostram-se aos pares ainda que nem sempre isso nos seja visível porque desconhecemos quase tudo sobre eles.
No caso de algumas linhas isso já esta se mostrando e nem nos damos conta do que esta tão visível. 

Se não, então vejamos: 

Exu do Lodo- Pombagira do Lodo
Exu Veludo- Pombagira Veludo
Exu co Cemiterio- Pombagira do Cemiterio
Exu Sete Encruzilhadas- Pombagira Sete Encruzilhadas
Exu Sete Capas- Pombagira Sete Véus
Exu Cigano- Pombagira Cigana
Exu das Matas- Pombagira das Matas
Exu das Sete Praias- Pombagira das Sete Praias
Exu Navalha- Pombagira Navalha
Exu João Caveira- Pombagira Rosa Caveira, etc..
 
Nas linhas da direita acontece a mesma bipolarização mas são menos visíveis, até porque quando o caboclo é ativo e (incorporante) a cabocla é passiva (não incorporante) ou seu nome simbólico é diferente do dele, fato esse que dificulta a identificação dos pares de guias da direita.
Pai João do Congo forma par com Mãe ou Vovó Maria Conga.
Pai João do Cruzeiro forma par com Mãe Maria das Almas.
Pai João de Angola forma par com Vovó Maria do Rosario. Etc..
Caboclo das Matas-Cabocla Jurema.
Caboclo Pena Branca-Cabocla Guaraciara.
Caboclo Sete Ondas-Cabocla Yara. Etc..
 
Bom paremos por aqui senão iremos revelar algo ainda fechado no tocante às linhas da direita, certo?
 
O fato é que existe toda uma Dimensão da Vida localizada a sete graus à esquerda da Dimensão Humana da Vida, escala essa que é horizontal e cada um dos seus graus contem todo um universo em si mesmo, dentro do qual desemboca toda uma Realidade Divina que começa no interior de Deus, dentro de uma de suas Matrizes Geradoras de Vidas, vidas essas que são geradas aos pares (masculino e feminino).
Portanto, existem 77 dessas Dimensões da Vida que desembocam nesse nosso abençoado planeta e a humana é a de número 21 na escala magnética divina horizontal.
A de n. 20 é a habitada pelos seres naturais regidos pelo orixá Exu e a de n.22 e habitada pelos seres naturais regidos pelo orixá Ogum, só para que entendam essa escala divina, certo?
Todos os graus abaixo de 21 são classificadas como negativas e as acima são classificadas como positivas.
A partir da compreesão desse mistério intra-planetário então podemos discorrer sobre o mistério Pombagira Mirim pois assim como essa Matriz Divina gera Exu Mirim, também gera um ser feminino em tudo análogo a ele (em poderes e mistérios) e que também se manifesta na Umbanda quando lhe é possível ou permitido, sendo muito comum elas se apresentarem como Pombagiras Meninas.
Em outros casos, apresentam- se como Pombagira Mariazinha (diminutivo de Maria Molambo ou Padilha), etc..
É claro que em um médium só se apresentará um Exu Mirim e a Pombagira Mirim será passiva ( não incorporante). Já em uma médium tanto pode incorporar o Exu Mirim quanto a Pombagira Mirim, mas nunca os dois serão ativos e, ou será ele ou será ela que sempre incorporará e trabalhará nas giras de atendimento ao público.
Mas isso não quer dizer que não possa incorporar esporadicamente tanto o exu quanto a Pombagira Mirim em uma gira fechada ( não aberta ao publico).
E antes que alguém pergunte qual é a oferenda para elas, saibam que é igual às das Pombagiras adultas.
É claro que aqui só comentei um pouco sobre as Pombagiras Mirins e há muito mais sobre elas, mas vou parar por aqui senão terei que escrever um livro só sobre esse mistério da Umbanda, certo?
    
  Pai Rubens Saraceni.
 
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2010-09-22

EXU MIRIM





Escrever sobre Exú Mirim se faz necessário nesse mo­mento porque, desde que psicografei o livro Lendas da Criação - A Saga dos Orixás, sua importância na Criação e na Umbanda mostraram-se maior do que imaginava-se.
Não temos escritos abundantes a nossa disposição que ensinem-nos sobre esse Orixá ou que fundamente-o com Mistério Religioso.
 
Essa falta de textos esclarecedores e funda­mentais das suas manifestações religiosas nesse primeiro século de existência da Umbanda deixou Exú Mirim à própria sorte, ou seja: a vagos comen­tários sobre seus manifestadores que pouco ou nada esclareceram sobre eles e ao que vieram! Inclusive, por terem sido descritos como "espíritos de moleques de rua", cada um incorporava-o com os  típicos procedimentos de crianças mal-edu­cadas, encrenqueiras, bocudas, chulas, etc.
 
Foram tantos os disparates cometidos que é melhor esquecê-los e reconstruir todo um novo conhecimento sobre o Orixá Exú Mirim, antes que ele deixe de ser incorporado e relegado ao esque­cimento, como já foi feito com muitos dos Orixás que, por falta de informações corretas e funda­mentadoras, deixaram de ser cultuados aqui no Brasil.
 
Nas Lendas da Criação, Exú Mirim assumiu uma função e importância que antes nos eram des­conhecidas. A função é a de fazer regredir todos os espíritos que atentam contra os princípios da vida e contra a paz e a harmonia entre os seres. A importância e a de que, sem Exú Mirim nada se pode ser feito na Criação sem sua concordância. Com Exú, dizia-se que "sem ele não se faz nada". Já, com Exú Mirim, "sem ele nem fazer nada é possível".
 
Vamos por partes para entendermos sua importância e fundamentá-lo, justificando sua presença na Umbanda.
 
1) Cada Orixá é um dos estados da Criação. Um é a Fé, outro é a Lei, outro é o Amor, e assim por diante, independente de suas interpretações religiosas.
 
2) Por serem estados, são indispensáveis, insubstituíveis e imprescindíveis á harmonia e ao equilíbrio do todo. O Estado da matéria considerado "frio" só é possível por causa da existência do estado "quente" e ambos na escala celsus indica os dois estados das temperaturas. Sem um não seria possível dizer se algo está frio ou quente; se algo é doce ou amargo, se algo é bom ou ruim, etc. É a esse tipo de "estado" que nos referimos e não a um território geográfico, certo?
 
3) Muitos são os estados da Criação e cada um é regido por um Orixá e é guardado e mantido por todos os outros, pois se um desaparecer (recolher-se em Deus), tal como numa escada, ficará faltando um degrau, e tal como numa escala de valores, estará faltando um grau que separe o seu anterior do seu posterior.
 
4) Quando a Umbanda iniciou-se no plano material, logo surgiu uma linha espiritual ocupada por espíritos infantis amáveis, bonzinhos, humil­des, respeitosos e que chamavam todos(as) de titios e titias ao se dirigirem às pessoas ou aos Ori­xás e guias espirituais. Também chamavam os pretos(as) velhos(as) de vovô e de vovó. Até aí tudo bem!
 
5) Mas logo começaram a "baixar" uns espíritos infantis briguentos, encren­quei­ros, mal-educados, intrometidos, chulos e que dirigiam -se às pessoas com desrespeito chamando-os disso e daquilo, tais como: seu pu.., sua p..., seu v...., seu isso e sua aquilo, certo? E quando inquiridos, se apresentavam como "exús" mirins, os exús infantis da Umbanda numa equivalência com um exú infantil ou um erê da esquerda existente no Candomblé de raiz nigeriana.
 
6) Exú Mirim assumiu o arquétipo que foi construído para ele: o de menino mal! E tudo ficou por aí com ninguém se questio­nando sobre tão controvertida entidade incorporadora em seus médiuns, pois ele diziam que todo médium tem na sua esquerda um Exú Mirim além de um e Exú e uma Pomba Gira.
 
7) De meninos mal educados, como tudo que "começa mal" tende a piorar, eis que as incor­porações de entidades Exús Mirins começaram a ser proibidas nos centros de Umbanda devido a vazão de desvios íntimos dos médiuns que eles extravasavam quando incorporavam nos seus.
 
8) De mal vistos, para pior, essa linha de trabalhos espirituais, (onde cada médium tem o seu Exú Mirim), quase desapareceu e só restaram as incorporações e os atendimentos de um ou outro Exu Mirim "muito bom" mesmo no ato de ajudar pessoas.
 
9) Então ficou assim decidido, mais ou menos, por muitos:
 
       a) Exú Mirim existe, é mal educado e incontrolável e de difícil doutrinação.
 
       b) Vamos deixar Exú Mirim quieto e vamos trabalhar só com linhas espirituais doutrináveis e possíveis de serem controladas dentro de limites aceitáveis.
 
10) Exú Mirim praticamente desapareceu das manifestações Umbandistas porque suas incorporações fugiam do controle dos dirigentes e seus gestos e palavrões envergonhavam a todos.
 
11) Como é característica humana negar tudo o que não pode controlar e ocultar tudo o que "envergonha", o mesmo foi feito com Exú Mirim, que existe, mas não é recomendável que incorpore em seus médiuns. Certo?
 
Errado, dizemos nós, porque muitos médiuns já ajudaram a muitas pessoas com seus exús mirins doutrinadíssimos e nem um pouco influenciados pela personalidade "oculta" de quem os incor­poravam.
 
Todos se adaptam a re­gras comportamentais se seus aplicadores forem rigo­rosos tanto com os médiuns quanto com quem incorporar neles.
 
O melhor exemplo come­ça com as incorporações com­por­tadas de quem dirige os trabalhos espirituais. E uma boa orientação sobre as enti­dades ajuda muito porque, o que os médiuns internaliza­rem sobre elas será o regula­ri­zador das entidades.
  Agora se, por acaso, o di­ri­gente adota um comporta­men­to discutível, aí seus mé­diuns o seguirão intuitiva­men­te, pois o tomam como exem­plo a ser seguido.
 
Em inúmeras observa­ções, vimos os médiuns repe­tindo seus dirigentes e, inclusive, com as incor­porações e danças dos guias incorporados neles. Essa assimilação natural ou intuitiva é um indicador de que o exemplo que vem "de cima" ainda é um dos melhores reguladores comporta­mentais.
Agora, quando o dirigente incorpora seu Exú Mirim e este, por ser do "chefe", faz micagens, caretas, gestos obscenos, atira coisas nas pes­soas, xinga-as e fala palavrões, aí tudo se degene­ra e seus médiuns procederão da mesma forma porque, em suas mentes e inconscientes é assim que seus Exús Mirins devem comportar-se quando incorporados.
 
Essa foi uma das razões para o ostracismo e que foi relegada a linha dos Exus Mirins. E isto, sem falarmos em supostos Exús Mirins que quando incorporavam ou ainda incorporam por aí afora, pegam ou lhe são dados saquinhos de papel que ficam cheirando, como se fossem as infelizes crianças de rua viciadas em cheira "cola de sapateiro".
Certos comportamentos, devemos debitar ao arquétipo errôneo construído por pessoas desin­formadas sobre essa linha de trabalhos espirituais Umbandistas.
 
1) Não são espíritos humanos, em hipótese alguma.
 
2) Exús Mirins são seres encantados da natu­reza provenientes da sétima dimensão à esquerda da que nós vivemos.
 
3) A irreverência ou má educação compo­r­tamental não é típico deles na dimensão onde vivem.
 
4) São naturalmente irrequietos e curiosos, mas nunca intrometidos ou desrespeitadores.
 
5) Por um processo osmótico espiritual, refle­tem o inconsciente de seus médiuns, tal como acontece com Exú e Pomba Gira. Logo, são nossos refletores naturais.
 
6) Gostam de beber as bebidas mais agradá­veis ao paladar dos seus médiuns, sejam elas alcoólicas ou não.
 
7) Apreciam frutas ácidas e doces "duros", tais como: rapadura, pé de moleque, quebra queixo, cocadas secas e balas "ardidas" (de menta ou hortelã).
 
8) Se bem doutrinados prestam inestimáveis trabalhos de auxilio aos freqüentadores dos centros de Umbanda.
 
9) Não aprovam ser invocados e oferendados em trabalhos de demandas e magias negativas contra pessoas.
 
10) Toda vez que seus médiuns os ativam pa­ra prejudicar os seus desafetos seus Exus Mirins se enfraquecem automaticamente já acon­teceram inúmeros casos de médiuns que ficaram sem seus verdadeiros Exus Mirins porque os usaram tanto contra seus desafetos que eles ficaram tão fracos que foram aprisionados e kiumbas oportunistas tomaram seus lugares junto aos seus médiuns, passando daí em diante a criar problemas para suas vítimas que ainda acredi­tavam que estavam incorporando seus verda­deiros Exús Mirins.
 
11) Eles raramente pedem seus assentamen­tos ou firmezas permanentes e preferem ser ofe­rendados periodicamente na natureza, tal co­mo as crianças da direita.
 
12) Se bem doutrinados e colocados a serviço dos freqüentadores dos centros umbandis­tas, realizam um trabalho caritativo único e insu­bs­tituível.

  
Vamos resgatar os Exus Mirins da Umbanda e libertá-los do falso arquétipo que mentes e consciências distorcidas criaram para eles?
Não deixe de ler o mais novo lançamento da Editora Madras: "Orixá Exu Mirim - Fundamentação do Mistério na Umbanda" de Rubens Saraceni.

 
 Pai Rubens Saraceni.
  
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2010-09-09

NOSSOS PERTENCES






Um homem morreu intempestivamente…

Ao dar-se conta viu que se aproximava um ser muito especial que não se parecia com nenhum ser humano. Levava uma maleta consigo… E disse-lhe:

- Bem, amigo, é hora de irmos… Sou a morte…

O homem, assombrado, perguntou à morte…
 
- Já?… tinha muitos planos para breve…
 
- Sinto muito, amigo… Mas é o momento da tua partida
 
- Que trazes nessa maleta? E a morte respondeu-lhe:
- Os teus pertences. 
- Os meus pertences? São as minhas coisas, as minhas roupas, o meu dinheiro?
 
- Não amigo, as coisas materiais que tinhas, nunca te pertenceram… Eram da terra.
 
 - Trazes as minhas recordações?
 
- Não amigo, essas já não vêm contigo. Nunca te pertenceram, eram do tempo…
 
- Trazes os meus talentos?
 
- Não amigo, esses nunca te pertenceram, eram das circunstâncias.
 
- Trazes os meus amigos, os meus familiares?
 
- Não amigo, eles nunca te pertenceram, eram do caminho.
 
- Trazes a minha mulher e os meus filhos?
 
- Não amigo, eles nunca te pertenceram, eram do coração.
 
- Trazes o meu corpo?
 
- Não amigo… Esse nunca te pertenceu, é propriedade da terra.
 
- Então, trazes a minha alma?
 
- Não amigo, ela nunca te pertenceu… era do Universo.
 
Então o homem, cheio de medo, arrebatou à morte a maleta e abriu-a, e deu-se conta de que estava vazia…
Com uma lágrima de desamparo a brotar dos seus olhos, o homem disse à morte:
 
- Nunca tive nada?
 
- Tiveste, sim… meu amigo… Cada um dos momentos que viveste foram só teus…
 
A vida é só um momento… Um momento todo teu. Desfruta-o na sua totalidade….
Vive o agora. Vive a tua vida.
E não te esqueças de ser feliz.
( Autor desconhecido)

BAND-AID PARA A GROSSERIA

Garimpando na net encontrei este texto e achei muito interessante:


Todo mundo já teve um joelho ou cotovelo ralado, roxo na perna, cortes, enfim, quem nunca se machucou e precisou de um band-aid? Têm casos em que ele não é suficiente, necessitando-se de um curativo maior, sim. Entretanto, tem em praticamente todas as casas, qualquer estabelecimento, muito vendido e procurado em farmácias, etc.
Acho que não é necessário explicar tudo sobre band-aids , pois todo mundo já usou e conhece suas vantagens e desvantagens, para que serve e seu porquê.
Hoje, o band-aid será muito falado aqui, porque com ele podemos tampar e curar muitos ferimentos; até um que pouco utilizamos curativos, o que faz, muitas vezes, deixarmos à mostra: não sai sangue, não dá bolha, nem roxão ; porém machuca, dói e pode até deixar cicatrizes.
A resposta está ali acima no título, a grosseria.
Ser grosso é tão feio, minha gente. Responder de forma mal educada, sem vontade, com palavrões, xingamentos e cara feira de brinde, tá fora de moda. E nunquinha esteve.
É claro que entendo que tem dias em que não nos sentimos bem, e respondemos de forma chata para as pessoas, mesmo sabendo que elas não têm culpa. Isso é humano, ninguém é obrigado a ser feliz todo o tempo e até dormir sorrindo. Uma hora, o que queremos anda para a direção errada e que não planejávamos, e certamente ficamos tristes. Em alguns casos, tão cabisbaixos, que nos esquecemos de ser educados. E o pior de tudo nisso, é que as pessoas não conseguem enxergar, porque geralmente respondemos feio quando alguém está sendo bem querido conosco. E acredite: ser grosso é uma das piores ofensas.
Precisamos cuidar muito mesmo para não ofendermos alguém com a grosseria. Como sabemos, respeito começa em nós mesmos, e sempre devemos tratar as pessoas como gostaríamos de ser tratados. Quando agirmos mal com alguém, o importante é mais tarde se desculpar e explicar os motivos que lhe fez agir assim.
Ah, e claro, o que band-aids tem a ver com tudo isso?
Quem é ofendido por grosseria, se gosta da pessoa, se fere e dói. Quem pode curar apenas quem deixou a ferida. Mas quem fere também deixa uma marca em si bem visível para todo mundo ver. Verá o quão grosso pode ser.
Por isso, é mais que necessário pôr um band-aid, e cuidar muito. Se não cuidar, a ferida vem de volta, provavelmente maior ainda, e daí não haverá nem band-aid nem curativo para tapar tudo. E tomara que não vire uma cicatriz!


( Autor desconhecido) 


2010-09-07

QUE ACONTECE COM O ESPÍRITO, QUANDO MORRE O CORPO?








PERGUNTA FREQÜENTE 



O que fazer quando se suspeita da presença de “espíritos sofredores”?
Quando se suspeita da presença de “espíritos sofredores” a freqüência a um centro espírita é muito importante, porque, além dos esclarecimentos e orientações que ali são ministrados, eles são também devidamente assistidos e encaminhados.
Também é importante fazer-se preces por eles, pedindo a Deus para aliviar suas dores e aflições, e aos benfeitores espirituais para que os assistam e os conduzam a alguma instituição socorrista no mundo espiritual.


PERGUNTA FREQÜENTE  

 

E os planos superiores, como são?
Há muitos relatos dos espíritos sobre essas regiões vibratórias mais elevadas e mesmo um dos Apóstolos disse que fora até o terceiro céu.
Como a matéria astral é muito plástica e os ambientes espirituais refletem a beleza ou feiúra do que vai no íntimo dos seus habitantes, podemos imaginar quão maravilhosas devem ser as regiões onde habitam seres como Francisco de Assis, madre Tereza de Calcutá, Ghandi e outros espíritos de escol. E não se trata apenas dos aspectos de beleza, mas da elevada vibração que ali é uma constante. Muitos médiuns e pessoas de grande sensibilidade percebem a presença de espíritos mais evoluídos com tanta intensidade e numa forma tão divinal, que não conseguem reter as lágrimas. São presenças maravilhosas, irradiando tanto amor, júbilo e paz, que as palavras não conseguem registrar.
Mas não se pense que nas zonas superiores se desfruta de repouso. Conforme informações dos espíritos, quanto mais evoluídos, mais eles trabalham e nesse trabalho está o seu prazer, a sua realização.
Nos relatos de espíritos que narram seu retorno ao mundo espiritual, há sempre o componente do trabalho. Logo que tenham se recuperado dos traumas da desencarnação, começam a sentir necessidade de atividades. Muitos voltam a estudar, porque lá também há escolas, universidades, etc.. Outros pedem trabalho que lhes é fornecido de acordo com suas capacidades e aptidões. Mas por lá também há lazeres os mais variados, dependendo também dos gostos e projetos evolutivos dos habitantes.
Assim, aquela idéia de um céu de inativos, cantando glórias a Deus pela eternidade afora... ou sentados no beiral de uma nuvem, tocando harpa... não condiz com a realidade.
A lógica nos diz que uma natureza dinâmica, realizadora, como a do ser humano não iria suportar uma existência de inatividade pela eternidade afora.
Mesmo que o céu fosse como de certas crenças, com rios de leite e mel, e com todos os prazeres possíveis... chegaria um dia em que tudo isso iria cansar. A natureza humana não suportaria por muito tempo a estagnação.
Deus sabe o que faz. A reencarnação e as infinitas possibilidades de crescimento, aprendizado e realização refletem a lei universal da evolução contínua.

Os problemas da vida podem ser comparados a um barbante cheio

de nós que é preciso desmanchar, deixando-o liso.
Se você começar a dar puxões nesse barbante só vai apertar
cada vez mais esses nós, não é verdade?
Mas, se munir-se de paciência e começar a desmanchar os nós um por um,
logo terá todos eles desatados e o barbante liso.
Com os problemas é a mesma coisa, se ficamos nervosos, irritados,
agressivos, só conseguimos piorar a situação. Mas, se nos munimos de paciência e começamos a trabalhar
com fé, sabedoria e equilíbrio logo teremos
conseguido solucioná-los.


Do blog
Doutrina Espírita, espiritualidade, estudos e mensagens espíritas
http://conscienciaevida.blogspot.com/


2010-09-05

QUE ACONTECE COM O ESPÍRITO, QUANDO MORRE SEU CORPO?





QUESTIONAMENTO FREQÜENTE
  

É muito difícil assimilar a idéia da existência de um mundo espiritual.


É muito difícil, enquanto nos manifestamos através do cérebro físico, aceitar a idéia de um mundo espiritual invisível e intangível aos nossos sentidos, no qual são desenvolvidas inúmeras atividades, onde há instituições como hospitais, postos de socorro, residências, governadorias, etc.
Talvez essa dificuldade seja ainda maior porque não nos acostumamos a questionar. As religiões nos falam em céu e inferno, em Deus, em anjos, arcanjos e outros seres que não vemos e cuja presença não percebemos, mas em cuja existência acreditamos. Se eles existem, mas são invisíveis e intangíveis a nós, por que não podem existir outras tantas coisas e seres que não vemos, nem percebemos?
Quando adormecemos, “saímos” do corpo carnal, embora permaneçamos ligados a ele por filamentos fluídicos, conhecidos como o “cordão prateado”. E nessa condição de espíritos fora da matéria, nos manifestamos e vivenciamos inúmeras andanças e experiências no mundo espiritual, durante o sono.

 

PERGUNTA FREQÜENTE 

 
Como (de que forma) estaremos nesse mundo espiritual, depois que retornarmos para lá? Seremos assim como um ser flutuante, transparente... ou teremos um corpo... e como será esse corpo?
Os espíritos superiores, na codificação do Espiritismo, explicaram que os seres humanos são constituídos de um princípio espiritual, ou Espírito; de um corpo espiritual, ou perispírito, e do corpo carnal. Somos, portanto, um ser bem mais complexo do que comumente se supõe.
O Espírito seria assim como uma centelha do Espírito divino, que ninguém teria como ver. O perispírito é um corpo intermediário, que permite ao espírito manifestar-se na matéria. Ao que se sabe, há ainda outros corpos como o mental e o etérico, ou energético, mas vamos falar apenas dos três principais: espírito, perispírito (ou corpo espiritual) e corpo carnal.
Centenas de espíritos que têm contado, através da psicografia dos mais diversos médiuns, as suas experiências no retorno ao mundo espiritual, dizem que, para eles, seus corpos e também os novos ambientes lhes parecem tão consistentes e tangíveis quanto antes, aqui na Terra, embora se sintam bem mais leves.
Também as pessoas que se desdobram, ou fazem “viagens astrais”, falam sobre os ambientes que encontram no mundo espiritual, nas faixas mais próximas de nós. Elas dizem que esses ambientes são bastante semelhantes aos nossos, tanto que, por vezes ficam em dúvida se estão na Terra ou na dimensão espiritual.
No livro Devassando o Invisível a médium Ivone Pereira narra inúmeros episódios e fatos que ocorreram com ela em incursões ao mundo espiritual, com explicações sobre vários aspectos dessas dimensões. É um livro que vale a pena ser não apenas lido, mas também estudado.


PERGUNTAS FREQÜENTES 



Existe Céu? Existe Inferno? Se existem, como são? 
 
A idéia de um Inferno eterno é absolutamente incompatível com o mais raquítico senso de justiça.
Você atiraria um filho no inferno, pela eternidade afora, para castigá-lo por sua desobediência?
Então, como pode alguém crer que Deus daria tão horrendo castigo a seres criados por Ele próprio?
Explicam os espíritos que céu e inferno não existem, na forma como têm sido mostrados pelas religiões. Existe, sim, o mundo espiritual, com as suas diversas faixas ou dimensões vibratórias. Quanto mais elevadas, mais luminosas e felizes. Quanto mais baixas, mais escuras e tenebrosas.
Mas não foi Deus quem as criou. Elas, na verdade, refletem o íntimo dos seus habitantes.
Dizem os espíritos que a matéria na dimensão espiritual é muito plástica e facilmente influenciável pelos pensamentos e emoções dos que nela habitam. Assim, é fácil entender que os ambientes espirituais onde se reúnem seres da mais baixa condição moral, cruéis e perversos, portadores das mais indignas paixões e vícios, sejam locais desagradáveis e mesmo horríveis, onde os mais fortes dominam os mais fracos, impingindo-lhes sofrimentos sem conta; onde não há justiça; onde a própria natureza se amolda ao horror que ali se vivencia.
Então, vemos que não é Deus o responsável pela existência dessas zonas vibratórias, que o espírito André Luiz chama de Umbral e Trevas.
O Umbral, ou os umbrais, abrigam espíritos endividados com a lei maior, mas mesmo eles não estão condenados a permanecer ali eternamente. Sempre que algum deles pede ajuda a Deus através da prece, sinceramente arrependido dos maus atos que praticou, essa ajuda lhe chega pelas mãos dos bons espíritos que trabalham em nome do amor nessas zonas de sofrimento.
Nessas circunstâncias ele é conduzido para alguma das muitas instituições assistenciais que existem na dimensão espiritual. Ali, ele aprende a dignificar a vida através do estudo e do trabalho, engajando-se em alguma das muitas atividades que são exercidas pelos espíritos. Alguns são logo encaminhados para a reencarnação.
Nas colônias espirituais como Nosso Lar, tão bem descrita pelo espírito André Luiz, através da psicografia de Chico Xavier (no livro do mesmo nome), existem instituições responsáveis pelas reencarnações, onde são estudados e analisados os processos de retorno à matéria, assim como também é feito o acompanhamento dos casos.
Os planos superiores se multiplicam em infinitas graduações, desde as mais próximas à nossa condição, até aqueles muito elevados que escapam ao nosso entendimento, por sua harmonia e profunda beleza. Também eles refletem os valores espirituais já alcançados por seus habitantes.
Talvez essa dificuldade seja ainda maior porque não nos acostumamos a questionar. As religiões nos falam em céu e inferno, em Deus, em anjos, arcanjos e outros seres que não vemos e cuja presença não percebemos, mas em cuja existência acreditamos. Se eles existem, mas são invisíveis e intangíveis a nós, por que não podem existir outras tantas coisas e seres que não vemos, nem percebemos?
Quando adormecemos, “saímos” do corpo carnal, embora permaneçamos ligados a ele por filamentos fluídicos, conhecidos como o “cordão prateado”. E nessa condição de espíritos fora da matéria, nos manifestamos e vivenciamos inúmeras andanças e experiências no mundo espiritual, durante o sono. 

 

PERGUNTA FREQÜENTE


 
Que são os sonhos?


Há vários tipos de sonhos. Há aqueles em que ficamos flutuando sobre o corpo físico, mergulhados nas imagens do subconsciente ou do inconsciente, revendo acontecimentos recentes e até mesmo cenas de vidas passadas.
Essas imagens nos aparecem como sonhos.
Há os sonhos produzidos pelas andanças no mundo espiritual. Nessas andanças a nossa ligação com a matéria não nos permite muita lucidez. Por isso, muito do que vemos, a nossa mente ligada ao cérebro carnal, pelo “cordão prateado” (ligação feita por filamentos fluídicos entre o corpo carnal e o espiritual), interpreta de forma distorcida.
Também, ao acordarmos, quando o cérebro do corpo espiritual se justapõe ao carnal, as imagens de nossa memória são re-codificadas pelos arquivos do cérebro do corpo físico. Isto porque as condições espirituais são dimensionalmente diferentes das materiais. Por isso os sonhos de que lembramos, são quase sempre estranhos e até mesmo absurdos.
Mas há também aqueles sonhos produzidos pelos espíritos, bons ou maus, que nos querem passar alguma idéia, avisos, orientações ou nos desejam perturbar.
Muitas pessoas igualmente são levadas a participarem de encontros, cursos, palestras e atividades assistenciais no mundo espiritual, durante o sono. Na maioria dos casos, nenhuma lembrança guardam ao acordar.
Como se pode perceber, essa outra dimensão não é um lugar de repouso eterno, mas um universo paralelo ao nosso, onde a vida se desenvolve com infinitas possibilidades de aprendizado e progresso, muito além dos limites do nosso entendimento.



- Cena do filme Nosso Lar.


A morte, ou desencarnação, conduz cadaespírito para a situação ou faixa vibratória apropriada e merecida. Isto funciona de forma irreversível, pelaforça da lei das afinidades vibratórias.




PERGUNTA NATURAL

 

 

Para que tipo de plano espiritual iremos nós, seres de mediana evolução, depois de nossa desencarnação?
Toda a nossa existência é regida por leis muito sábias, perfeitas e justas, que sempre nos levam a colher exatamente aquilo que semeamos. Foi por isso que Jesus afirmou: “A cada um será dado de acordo com suas obras”.
Essas leis geram os mecanismos de causa e efeito, pelos quais toda ação provoca uma reação semelhante. Assim, ao desencarnarmos, vamos encontrar na dimensão espiritual condições boas ou más, de acordo com o uso que fizemos dos bens que a vida nos concedeu, com as ações que praticamos e também com as nossas indevidas omissões.
Há um velho e sábio ditado que diz: “Quem semeia ventos, colhe tempestades”. Esta é uma verdade cósmica. Portanto, quando passarmos para o mundo espiritual através da morte, vamos colher exatamente o resultado de tudo que aqui plantamos. De nada valerão os “pistolões” espirituais, tais como missas, orações, novenas, remissões e outros atos semelhantes, porque toda pessoa responde por suas ações e não há como burlar essa lei; não há como enganar a Deus.
A morte, na verdade, conduz cada espírito para a situação ou faixa vibratória apropriada e merecida. Isto funciona de forma irreversível, pela força da lei das afinidades vibratórias.
As pessoas muito apegadas aos bens terrenos, à casa, aos móveis, ao trabalho, às amizades e curtições geralmente permanecem imantadas aos ambientes onde viveram. Isto lhes gera sofrimento e é prejudicial à sua evolução. O espírito liberto da carne deve libertar-se também de todas as condições materiais e reiniciar suas experiências, atividades e aprendizados no mundo espiritual, visando sempre seu crescimento, sua evolução como ser cósmico que é.
Os espíritos que não conseguem afastar-se dos ambientes em que viveram, também são conhecidos como “sofredores”. As mazelas, problemas e doenças que os perturbaram antes de sua desencarnação permanecem vivos em suas mentes, projetando-se em seus corpos espirituais. Com isso, eles continuam sentindo as mesmas dores e angústias de seus últimos tempos na Terra, e seus sofrimentos repercutem também nas pessoas sensíveis das quais se aproximam, podendo causar-lhes inúmeros transtornos e até mesmo doenças que os médicos não conseguem diagnosticar nem tratar de forma correta.
Da mesma forma, aqueles que praticam suicídio sofrem muito no mundo espiritual. Há inúmeros relatos de espíritos de ex-suicidas narrando seus sofrimentos verdadeiramente atrozes e, regra geral, de longa duração. É claro que as situações variam de um caso para outro, mas sempre o suicídio representa terríveis sofrimentos a quem o pratica, refletindo-se em suas futuras encarnações. Os espíritos de suicidas geram uma vibração tão pesada e hipnótica que a sua simples presença pode até induzir uma pessoa reencarnada a praticar ato idêntico, desde, é claro, que essa pessoa tenha tais tendências e se deixe influenciar por aquela presença. Talvez por isso os espíritos falam sobre zonas espirituais, como o Vale dos Suicidas, onde esses espíritos pe rmanecem, por períodos mais ou menos longos, distantes das comunidades terrenas.
Também as pessoas que vivem em desacordo com as leis de Deus, praticando a violência, a ganância, prejudicando o próximo, vivenciando o orgulho, a prepotência e outros valores negativos assim como vícios e maldades os mais diversos, depois da morte irão situar-se em zonas vibratórias compatíveis com seu próprio estado espiritual.
Depois da morte cada qual recebe exatamente o que fez por merecer durante sua vida na Terra. As posições que ocupou não têm qualquer valor no mundo espiritual. Ninguém chega aos planos mais elevados sem antes aprender aqui mesmo na Terra a perdoar, a ser pacífico, humilde, fraterno, honesto, justo, desprendido dos bens materiais, agir com ética e, acima de tudo, amar. Da mesma forma, ninguém ascenciona espiritualmente sem adquirir os valores da inteligência e da sabedoria, através do estudo, do trabalho e das lutas e dificuldades do cotidiano.


( este texto é continuação do post anterior e, continua. )




VSL