2011-07-30

CANÇÃO DA TERRA








O que aconteceu com o nascer do sol?
O que aconteceu com a chuva?
O que aconteceu com todas as coisas,
Que você disse que iríamos ganhar?
O que aconteceu com os campos de extermínio?
Essa é a hora.
O que aconteceu com todas as coisas,
Que você disse que eram nossas?
Você já parou para pensar em
Todo o sangue derramado antes de nós?
Você já parou para pensar que
A Terra e os mares estão chorando?
Aaaaaaaaah Oooooooooh
Aaaaaaaaah Oooooooooh
O que fizemos para o mundo?
Olhe o que fizemos.
O que aconteceu com toda a paz?
Que você prometeu a seu único filho?
O que aconteceu com os campos floridos?
Essa é a hora.
O que aconteceu com todos os sonhos
Que você disse serem nossos?
Você já parou pra pensar,
Sobre todas as crianças mortas pela a guerra?
Você já parou para pensar que
A Terra e os mares estão chorando?
Aaaaaaaaah Oooooooooh
Aaaaaaaaah Oooooooooh
Eu costumava sonhar
Costumava viajar além das estrelas
Agora já não sei onde estamos
Embora saiba que fomos muitos longe
Aaaaaaaaah Oooooooooh
Aaaaaaaaah Oooooooooh
Aaaaaaaaah Oooooooooh
Aaaaaaaaah Oooooooooh
O que aconteceu com o passado?
(O que aconteceu conosco?)
O que aconteceu com os mares?
(O que aconteceu conosco?)
O céu está caindo
(O que aconteceu conosco?)
Não consigo nem respirar
(O que aconteceu conosco?)
E a apatia?
(O que aconteceu conosco?)
Eu preciso de você.
(O que aconteceu conosco?)
E o valor da natureza?
(ooo, ooo)
É o ventre do nosso planeta.
(O que aconteceu conosco?)
E os animais?
(O que aconteceu conosco?)
Fizemos de reinados, poeira.
(O que aconteceu conosco?)
E os elefantes?
(O que aconteceu conosco?)
Perdemos a confiança deles?
(O que aconteceu conosco?)
E as baleias chorando?
(O que aconteceu conosco?)
Estamos destruindo os mares
(O que aconteceu conosco?)
E as florestas?
(ooo, ooo)
Queimadas, apesar dos apelos
(O que aconteceu conosco?)
E a terra prometida?
(O que aconteceu conosco?)
Dilacerada pela ganância
(O que aconteceu conosco?)
E o homem comum?
(O que aconteceu conosco?)
Não podemos libertá-lo?
(O que aconteceu conosco?)
E as crianças morrendo?
(O que aconteceu conosco?)
Não consegue ouvi-las chorar?
(O que aconteceu conosco?)
O que fizemos de errado?
(ooo, ooo)
Alguém me fale o porquê
(O que aconteceu conosco?)
E os bebês?
(O que aconteceu conosco?)
E os dias?
(O que aconteceu conosco?)
E toda a alegria?
(O que aconteceu conosco?)
E o homem?
(O que aconteceu conosco?)
O homem chorando?
(O que aconteceu conosco?)
E Abraão?
(O que aconteceu conosco?)
E a morte de novo?
(ooo, ooo)
A gente se importa?
Aaaaaaaaah Oooooooooh
Aaaaaaaaah Oooooooooh






VÍDEO:
http://www.youtube.com/watch?v=XAi3VTSdTxU&feature=player_embedded




2011-07-28

A MORTE NÃO É NADA








"A morte não é nada.
Eu somente passei
para o outro lado do Caminho.
Eu sou eu, vocês são vocês.
O que eu era para vocês,
eu continuarei sendo.
Me dêem o nome
que vocês sempre me deram,
falem comigo
como vocês sempre fizeram.
Vocês continuam vivendo
no mundo das criaturas,
eu estou vivendo
no mundo do Criador.
Não utilizem um tom solene
ou triste, continuem a rir
daquilo que nos fazia rir juntos.
Rezem, sorriam, pensem em mim.
Rezem por mim.
Que meu nome seja pronunciado
como sempre foi,
sem ênfase de nenhum tipo.
Sem nenhum traço de sombra
ou tristeza.
A vida significa tudo
o que ela sempre significou,
o fio não foi cortado.
Porque eu estaria fora
de seus pensamentos,
agora que estou apenas fora
de suas vistas?
Eu não estou longe,
apenas estou
do outro lado do Caminho...
Você que aí ficou, siga em frente,
a vida continua, linda e bela
como sempre foi."

(" Santo Agostinho ")

2011-07-27

A MENINA DAS ESTRELAS








Era uma vez uma menina. Esta menina veio das estrelas e toda a sua vida se perguntou porque estava aqui na Terra em vez de voltar para casa para entre os planetas e os raios lunares. Um dia ela estava no auge do seu desespero.

“Porque é que me deixaram aqui?”, ela chorou. “Porque não podeis vir e levar-me para casa?”

Ela olhou para o céu e implorou que alguém viesse e a ajudasse, a levasse para fora deste lugar a que ela sentia que não pertencia. Nesse momento, um grande clarão de luz apareceu diante dela e lá de pé na frente dela estava um anjo.

“Olá, disse a menina. “Quem és tu?”

“Eu sou o teu anjo, David”, disse o anjo. “Vim para te levar para casa.”

A menina animou-se e saltou aos seus pés. “Vieste para me levar para casa! Não posso acreditar, eu pedi e rezei por este momento! Estava a começar a pensar que nunca virias. Pensei que me tinhas abandonado.”

“Tu nunca podes ser abandonada”, disse David, “pois “nós somos todos uma parte de ti e tu és uma parte de nós, e assim nunca podes estar separada daquilo de que fazes parte.”

A menina encolheu os ombros e disse, “Como quer que seja. Separados, juntos, não me importo. Eu só quero ir para casa.”

David pôs os seus braços de fora e disse, “Vem aqui, pequenina.”

A menina chegou-se para ele. Ele alcançou-a e levou-a nos seus braços e segurou-a.

“Como é que te sentes?”, perguntou ele.

“Bem, sinto-me muito bem. Sinto-me quente e segura.”

“Que mais sentes?”

“Sinto-me amada e protegida e cuidada.”

“Sentes-te em casa?”

“Claro, sinto-me exatamente como em casa!”

Com isto, David olhou para baixo para ela. “Porque pensas isso?”

A menina olhou para ele com um ar confuso. “Bem, porque tu és de lá.”

“Tenta outra vez.”

A menina olhou para ele ainda mais confusa. “Bem, não sei porquê. Diz-me tu.”

“Sentes-te em casa porque é casa. Tu és a casa. Nunca deixaste a casa. Escolheste simplesmente esconder partes de casa da tua vista, dos teus sentidos. Casa é tudo à tua volta. Está dentro de ti. Nós estamos aqui todos contigo, tal como tu estás connosco.”

A menina piscou os olhos. “Mas as estrelas, eu sinto que sou das estrelas?”

“E és, mas também és daqui. Tu és de todo o lado, é tudo parte do mesmo. Apenas sentes saudades das estrelas porque estás a recordar essa parte de ti que foi escolhida para manter essa parte da casa escondida. Agora que se está a tornar visível para ti novamente não chores a parte da casa de que sentiste falta, celebra a parte dela que estás a re-descobrir.”

“Mas quando é que eu te vou ver de novo? Quando vou estar com a minha família de novo?”

“Podes estar connosco o tempo todo sempre. Tu estás sempre connosco. Olha, simplesmente. Escuta, simplesmente. Pede, simplesmente. Nós estamos aqui.”

Com isto, outro clarão de luz e David desapareceu da vista da menina. “Mas ele ainda está aqui” pensou ela, “ele deve estar, ele disse que estava.”

Com isso, a menina deitou-se na sua cama e fechou os olhos.

Ela teve muitos sonhos nessa noite. Ela sonhou com pessoas distantes e lugares e estrelas e planetas e galáxias em que não estava há muito tempo. Ela sonhou com o passado e com o futuro e depois de todos os sonhos ela acordou a lembrar-se de uma coisa. Está tudo aqui agora, está tudo a acontecer agora. Ainda não o podemos perceber, ainda não o podemos ver. Mas está. Agora, o que fazer com essa lembrança?

-o--=-oo000oo-=--o-


© Dana Mrkich 2010. É concedida permissão para partilhar este artigo livremente na condição de que o autor seja creditado, e o URL www.danamrkick.com incluído.
Tradução: Ana Belo – anatbelo@hotmail.com



2011-07-24

SER E PARECER ...





 



A essência, o ser em si mesmo, constitui a individualidade, que avança mediante o processo reencarnatório, adquirindo experiências e desenvolvendo as aptidões que lhes jazem inatas, heranças que são da sua origem divina...

 

A expressão temporária, adquirida em cada existência corporal, com as suas imposições e necessidades, torna-se a personalidade de que se reveste o espírito, a fim de atingir a destinação que o aguarda...

A primeira tem o sabor da eternidade, enquanto a outra é transitória...


No âmago do ser encontra-se a vida pulsante, imorredoura, embora, na superfície, a aparência, o revestimento, quase sempre difere da estrutura que envolve...


A individualidade resulta da soma das conquistas, através do êxito como do insucesso, logrados ao largo das lutas que lhe são impostas...


A personalidade varia conforme a ocasião e as circunstâncias, os interesses e as ambições...


Esta passa, enquanto aquela permanece...

Máscara, forma de aparecer, a personalidade se adquire sem transformação substancial, profunda, ocultando, na maioria das vezes, o que se é, o que se pensa, o que se aspira...

Legítima, a individualidade se aprimora, qual diamante que fulge ao atrito abençoado do cinzel...

A personalidade extravasa, formaliza, apresenta...

A individualidade aprimora, realiza, afirma...

À medida que o ser evolui, mergulha no mundo íntimo, introspectivamente, desenvolvendo os valores que dormem em embrião e se agigantam...

O exterior desgasta-se e desaparece...

O interior esplende e agiganta-se...

A semente que morre semente, não viveu, não realizou a missão que lhe estava reservada: multiplicar e produzir vida...

A gema, sem lapidação, jamais fulgura...

Faze a tua indagação à vida, em torno da tua destinação...

Quem és hoje e o que pretendes alcançar...???

Cansado da aparência, realiza-te intimamente e desata as aptidões superiores que aguardam oportunidade e cresce para as finalidades elevadas da Vida...

Tenta ser, por fora, conforme evoluis por dentro, sendo a pessoa gentil, mas nobre, fulgurante e abnegado, afável todavia leal...

Tua aparência, seja também tua realidade, esforçando-te, cada vez mais, para conseguir a harmonia entre a individualidade e a personalidade, refletindo os ideais de beleza e amor que te vitalizam...



- Joanna de Ângelis / Divaldo Pereira Franco






2011-07-19

MÉDIUM - O COMEÇO







Início da Mediunidade

– Por que ficamos ansiosos?

 


A maioria dos médiuns tem sua iniciação mediúnica – momento em que suas faculdades mediúnicas já despertadas passam a ser utilizadas de modo sistemático e mais intenso, dentro dos rituais e trabalhos existentes numa casa umbandista – marcada pela difícil fase da ansiedade e da adaptabilidade que esse começo representa.

Ansiedade no médium iniciante pode trazer algumas situações desconcertantes como:

• Ficar pensando de modo intenso nas coisas ligadas à espiritualidade ;
• Ficar com os pontos cantados ecoando na mente;
• Ficar cantando a qualquer momento e lugar os pontos cantados;
• Conversar somente sobre o assunto espiritualidade a qualquer oportunidade em que hajam mais pessoas que pertençam à mesma religião ou casa;
• Ler muitos livros sobre o assunto, querendo esgotar todos os pontos de dúvidas;
• Querer conhecer tudo sobre a Umbanda num espaço de tempo curto;
• Ter sonhos constantes com rituais, entidades, trabalhos;
• Ficar vendo em qualquer situação algum tipo de ligação com a
espiritualidade;
• Não parar de preocupar-se em manter-se dentro das condutas que sua casa pede;
• Querer incorporar logo;
• Ficar muito preocupado se está mesmo incorporando uma entidade ou se está apenas imitando uma entidade;
• Desejar ardentemente que tenha a inconsciência durante as incorporações;
• Querer aprender tudo sobre os rituais que sua casa pratica, chegando ao
ponto de perguntar de tudo a todos os demais médiuns mais experimentados;
• Querer saber tudo, através de relatos de outros médiuns, o que ele fez quando estava incorporado, o que a entidade falou, deixou de fazer;
• Passar a realizar em seu próprio lar, uma verdadeira transformação de hábitos, querendo que todos tomem banhos de defesa, defumem-se, orem, cantem, entre outras coisas;
• Querer erigir algum tipo de altar ou espaço sagrado em seu lar, tentando imitar o mais perfeito possível a quantidade de imagens, a disposição dos santos que há em seu templo umbandista;
• Querer que suas entidades receitem rapidamente a confecção ou aquisição das guias (colares) e quanto maior o número de guias melhor;
• Desejar ardentemente que tenha incorporações “fortes”, isto é, que as entidades já venham de modo com que não gerem dúvida a ninguém;
• Que suas entidades já risquem seus pontos e que seja algo bem
impressionável;
• Que suas entidades deêm logo seus nomes e torce para que sejam nomes “fortes” e conhecidos;
• Querem decifrar todos os símbolos que suas entidades desenharam em pontos riscados;
• Querem saber da história, vida, ponto cantado e tudo o mais sobre suas entidades;

Essas situações e mais outras não citadas são consideradas até normais e encaradas por aqueles outros médiuns mais tarimbandos como coisa comum de se acontecer. E de fato é. 
O que o dirigente e os médiuns mais experientes devem fazer é aconselhar esses neófitos, direcioná-los em atividades que os tirarão um pouco desta fixação, é ouví-los e explicar cada uma das dúvidas e dificuldades existentes.

Toda essa ansiedade é temporária e assim que o novo médium for tendo mais e mais experiências, ele passa a lidar de modo mais natural, menos ansioso e aflito com essas situações.

O tema deve ser abordado de modo atencioso, respeitoso, prático e esclarecedor para poder dar melhor formação espiritual e criar uma estrutura mediúnica mais eficaz à própria casa, uma vez que estes novos médiuns passam a compor o já formado corpo mediúnico da casa, fazendo número e qualidade na força da corrente da casa umbandista.
Disperdiçar a chance de esclarecimento quando esses médiuns estão ávidos por conhecimento e abertos para serem direcionados é deixar ao acaso a responsabilidade da formação destes médiuns, podendo levá-los a vícios, “cacoetes” e maus hábitos mediúnicos que nunca mais poderão ser retirados.

E o velho adágio popular é verdadeiro : “Pau que nasce torto, morre torto”...

Fonte:
Edu Gomes – quarup.geo@yahoo.com

 

2011-07-16

QUE É O GRANDE REINO CELESTE








Trigueirinho responde:


É a manifestação da sétima dimensão de consciência, descrita por Shimani no livro Mensajes del Gran Reino Celeste*


Dessa dimensão vêm os impulsos de luz para a transformação da raça humana atual, e para o surgimento da próxima.

O que chamamos de dimensões são os desdobramentos de um nível de consciência; nós, aqui na superfície da Terra, vivemos na terceira dimensão: a física.

As várias dimensões de um mesmo nível compõem mundos de existência paralelos, cada qual com suas leis, seus habitantes e sua evolução.


O ser humano pode atuar em mais de uma dimensão ao mesmo tempo, bem como trasladar-se de uma para outra. Todavia, o homem em geral polariza-se em dimensões de menor potencial e com isso sua faixa de ação torna-se restrita.

Para atingir nível mais elevado, deve mudar a polarização dos seus interesses; por exemplo, do nível emocional para o mental, do mental para o intuitivo, do intuitivo para o espiritual e assim por diante.

A entrada em diferentes dimensões do mesmo nível ocorre com frequência, às vezes sem que o indivíduo o perceba, e isso se relaciona basicamente com a atitude do seu eu consciente ou personalidade. 


Mas a mudança de polarização demanda trabalho prolongado e coliga-se com o desenvolvimento de núcleos internos e profundos do ser.

Mensajes del Gran Teino Celeste procura estimular-nos a partir da sétima dimensão, para que sejamos tocados na sexta, quinta ou quarta e, assim, sejamos atraídos para além do nosso estado atual. 


Da mesma forma que os quadros de Nicholas Roerich dimensões do plano físico desconhecidas da humanidade em geral, levando-nos a admirá-las e amá-las, o livro de Shimani procura nos estimular a nos aproximarmos delas – porém, através das nossas decisões na vida.

Da energia do Reino Celeste presente no livro chegamos à compreensão do que chamamos “tempos finais”, o processo de purificação, transformação e redenção que nosso mundo e nossa civilização estão vivendo para darem passos na direção de um “novo tempo” e de uma “nova ordem”.


Do Grande Reino, chega-nos a “redenção”, que é a possibilidade de nos encontrarmos no ponto de consciência “antes” de termos cometido certos erros, podendo assim prosseguirmos no caminho e nos reabilitando diante do equilíbrio do universo. 

Desse reino vem também o “resgate”, que o livro explica como sendo a ação de Seres Cósmicos que acompanham a evolução da humanidade na elevação da sua consciência. Se resgatados, os seres humanos não são mais atingidos pelas forças involutivas do caos atual.

Assim, começamos a reconhecer energias presentes na órbita da Terra, que nos elevam e nos oferecem ajuda para superar sofrimentos e vazio interior.

Mainhdra, a protagonista do Grande Reino Celeste, no simbolismo da sétima dimensão representa um dos aspectos da energia da Mãe do Mundo, consciência que no âmbito deste planeta é a expressão da polaridade feminina de toda a Criação.


Essa grande Força traz do Reino Celeste a possibilidade de elevação da raça humana, mas para que isso aconteça nos chama à oração – a forma de pressionarmos para que níveis superiores de consciência tornem-se cada vez mais próximos da humanidade.

“Recordai”, diz-nos Mainhdra, “que a oração tem direção e resposta nos espíritos simples.

Por isso devemos propagar a simplicidade da oração nos seres que não reconhecem ou não têm em seu interior o Meu Imaculado Coração. Ajudai-Me com a força da oração para que mais seres sejam resgatados, perdoados e redimidos.”

Mainhdra prossegue: “Ide às criaturas que necessitam sentir e ver o verbo orante como sua fortaleza. Sigamos o caminho da transformação e preenchamos com nossas orações os lugares escuros destes tempos.”

O encontro com o Grande Reino Celeste é o contato contínuo com os diferentes estados trazidos pela prática orante, que se desenvolvem para sustentar e proteger os movimentos operativos universais das civilizações e dos mundos. 


É com o coração abnegado que vamos nos aproximando do Grande Reino Celeste, e com ele vamos nos sintonizando através da oração. Assim, energias celestes nos levarão à harmonia com as Leis que regem o universo, e isso equivale a conhecermos a Paz.

...............................................


- ( Trigueirinho é filósofo espiritualista, autor de 77 livros e de mais de 1.600 palestras gravadas ao vivo.


É coordenador do Conselho de Figueira e membro do Conselho de Guiança Permanente da Ordem Graça Misericórdia.)

...............................................
 
* Publicado pela Irdin Editora – www.irdin.org.br






2011-07-15

PERISPÍRITO - Algumas Considerações

A palavra “perispírito”, cunhada por Allan Kardec, designa o “corpo espiritual”, ou um dos corpos do espírito.

Existem corpos espirituais mais grosseiros e corpos espirituais mais sutis.

Dos homens na Terra, três são os envoltórios do espírito mais conhecidos, na atualidade: o corpo físico, o perispírito e o chamado corpo mental.

O que é perispírito para vocês, os encarnados, para nós ainda é corpo físico – o nosso perispírito é ainda mais etéreo!

Neste sentido, o chamado corpo mental também não deixa de ser perispírito, de vez que é um envoltório que “contém” o espírito.

Aliás, o próprio corpo físico é um perispírito.

Um corpo espiritual sempre procede do outro, ou seja, é matriz para que o outro se estruture.

Para baixo, se ganha corpo; para cima, como é natural, se perde!

Quanto mais matéria, menos espírito; quanto mais es pírito, menos matéria.

Assim como o corpo espiritual constituído de matéria mais densa pode se reproduzir, o corpo espiritual, ou perispírito, constituído de matéria mais rarefeita, também pode se reproduzir.

Corpo gera corpo; espírito não gera espírito – a não ser, óbvio, o Espírito Criador!

Quanto mais se desce, mais grosseiro é o modo de reprodução; quanto mais se sobe, menos grosseiro ele é.

Se, nos tempos atuais, é possível sobre a Terra a chamada reprodução in vitro, ou seja, sem contato sexual direto, imaginemos como a reprodução pode se dar nas Dimensões Espirituais...

O Espiritismo ainda não disse tudo o que podia dizer sobre a Reencarnação e os seus mecanismos.

O termo “reencarnação”, de fato, talvez seja inapropriado para que se possa referir ao mesmo fenômeno de “transposição perispiritual”.

Compreendamos, no entanto, que a pa lavra “reencarnação”, expressando o fenômeno do renascimento, ou da palingenesia, não limita o processo ao corpo propriamente carnal.

O perispírito, se assim podemos nos expressar, é uma carne de natureza mais plástica, porque, em essência, o corpo de carne não passa de aglutinação de moléculas químicas.

O perispírito também é composto de moléculas químicas, ou seja, de átomos.

O perispírito ainda é corpo perecível e sujeito a vicissitudes.

O espírito, quando vai reencarnar no orbe terrestre, deixa o seu perispírito grosseiro para trás – trata-se de um fenômeno semelhante ao da desencarnação. É o que ocorre no chamado restringimento do corpo espiritual.

O corpo mental está para além da forma humana e suas limitações – com maior transcendência está o que denominamos de corpo supra mental!

No corpo mental, os chakras, ou vórtices de força, estão e m processo de recolhimento, ou de absorção, ao chakra coronário.

Do chakra dito “genésico” ao “coronário”, o espírito revela a existência de sete corpos espirituais básicos.

Evoluir, portanto, é perder corpo, atingindo o “peso da luz”, na mais completa leveza do ser.

O Cristo para descer a Terra, necessitou ganhar o que Ele já havia perdido em absoluto – corpo!

O Espírito Puro é puro espírito. (deste assunto, já tratamos em várias de nossas obras psicografadas).

Puro espírito é o espírito que, após ser criado simples e ignorante, realiza a sua jornada de volta à Casa Paterna, transfigurado em amor e sabedoria.

A Parábola do Filho Pródigo, contada por Jesus, é uma síntese metafísica da Evolução.

Portanto, conclusão: a Terra igualmente não deixa de ser um Plano Espiritual! É uma simples questão de palavras, na qual, infelizmente, muitos t� �m se perdido, assumindo posturas excessivamente retrógradas e dogmáticas, incompatíveis com os tempos modernos.

INÁCIO FERREIRA

Fonte: www.inacioferreira-baccelli.zip.net

MÉDIUNS







O Poder dos Médiuns A ciência comprova que o cérebro deles é diferente
O poder dos médiuns

Como a ciência justifica as manifestações de contato com espíritos e por que algumas pessoas desenvolvem o dom


O espiritismo é seguido por 30 milhões de pessoas no mundo. O Brasil é a maior nação espírita do planeta. São 20 milhões de adeptos e simpatizantes, segundo a Federação Espírita Brasileira – no último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 2,3 milhões declararam seguir os preceitos do francês Allan Kardec, o fundador da doutrina. 

A mediunidade, popularizada pelas psicografias de Chico Xavier, em Uberaba (MG), ganhou visibilidade nos últimos anos na mesma proporção em que cresceu o espiritismo.

Mas nada se compara ao poder da mídia atual, que permite debater os ensinamentos da religião por meio de livros, programa s de tevê e rádio. 

Os romances com temática espiritualista de Zíbia Gasparetto, por exemplo, são presença constante nas listas de mais vendidos.

Embora não haja estatísticas de quantos entre os praticantes são médiuns, o que se observa é uma quantidade maior de pessoas que afirmam possuir o dom.

O interesse pela religião codificada por Kardec é confirmado pelo recorde de público do filme Bezerra de Menezes – o diário de um espírito, do cineasta Glauber Filho: 250 mil espectadores, desde o lançamento nos cinemas, em 29 de agosto. 

Um número alto para uma produção nacional. O longa, com o ator Carlos Vereza (também praticante do espiritismo) no papel-título, conta a história do cearense que ficou conhecido como "médico dos pobres", se tornou ícone da doutrina e orienta médiuns em centenas de centros a se dedicar ao bem e à caridade.



PSICOGRAFIA





 


 Instrumento por meio dos livros

A psicóloga Marilusa Vasconcelos, 65 anos, 
de São Paulo, é conhecida no espiritismo
pela sua vasta literatura psicografada. 
Em 40 anos de dedicação à mediunidade, 
publicou 61 livros. Seu orientador é o espírito 
do poeta Tomás Antonio Gonzaga, que 
participou da Inconfidência Mineira. 

A dedicação à psicografia levou Marilusa a 
fundar em 1985 a Editora Espírita Radhu, 
sigla para renúnc ia, abnegação, desprendimento
e humildade, a base dos ensinamentos na doutrina. 

Ela reúne outros dons, como ouvir, falar 
e enxergar espíritos e ser instrumento deles
na pintura mediúnica. "Os vários tipos surgiram 
desde a infância", conta Marilusa, que nasceu
numa família espírita. 

"O controle da mediunidade é indispensável.
O médium não é joguete do espírito. 
Eles interagem, num acordo mútuo de tarefa."

Os espíritas dizem que todas as pessoas têm 

algum grau de mediunidade. Qualquer um 
seria capaz de emitir pensamentos em forma 
de ondas eletromagnéticas que chegariam 
a outros planos.

O que torna algumas pessoas especiais, segundo 

os praticantes, a ponto de se transformarem 
em canais de comunicação com os mortos, 
é uma missão – designada antes mesmo de 
nascerem, determinada por ações em vidas 
anteriores e que tem na caridade o objetivo final.

"É uma tarefa em favor da evolução de si mesmo 

e da ajuda ao próximo", diz Julia Nesu, diretora 
do departamento de doutrina da União das 
Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo.

Fenômenos relacionados a pessoas que falavam 

com mortos e envolvendo objetos que se mexiam 
são relatados desde o século XVII, tanto na Europa 
quanto nas Américas, mas hoje cientistas tentam
compreender o fenômeno.

- Algumas linhas de pesquisa mostram que o cérebro 

dos médiuns é diferente dos demais.


São cinco os meios de expressão da mediunidade

A psicografia, que consagrou Chico Xavier,
é a mais conhecida. Nela, o médium escreve 
mensagens e histórias que recebe de espíritos.
Estaria sob o controle deles o que as mãos 
transcrevem.  


A vidência permite enxergar os mortos que
não conseguiram se desvencilhar da Terra 
ao não aceitarem a morte ou que aparecem 
para enviar recados a entes queridos. 


 Na psicofonia, o sensitivo é capaz de ouvir e 
reproduzir o que os espíritos dizem e pedem. 


 A psicopictografia, ou pintura mediúnica, 
permite ao médium ser instrumento de artistas 
desencarnados (termo usado pela doutrina 
para designar mortos).


A mediunidade da cura é responsável pelas 
chamadas cirurgias espirituais. 
Não é incomum um mesmo indivíduo reunir 
mais de um tipo de dom.


O poder dos médiuns 


 
VIDENCIA

 
Ver e auxiliar aqueles que estão em outro plano

Aos cinco anos, o chefe de faturamento

hospitalar Ivanildo Protázio, de São Paulo,
49 anos, pegava no sono com o carinho 
nos cabelos que uma senhora lhe fazia
todas as noites. 
Descobriu tempos depois que era a avó, 
morta anos antes. 

Aos 19 anos, os espíritos já se materializavam
para ele."Nunca tive medo. Sempre me pareceu
natural." A mãe, que trabalhava na Federação 
Espírita, o encaminhou para as aulas em que 
aprenderia a lidar com o dom. 

Hoje, Protázio é professor de educação mediúnica.
Essa é uma parte da sua missão. A outra é orientar 
os espíritos que lhe pedem auxílio para entender 
o que aconteceu com eles. A oração é o remédio.
"Os espíritos superiores me ensinaram a 
importância da caridade para nossa própria evolução."

A reportagem de ISTOÉ presenciou uma manifestação mediúnica em Indaiatuba, interior de São Paulo. O tom de voz baixo e os gestos delicados de Solange Giro, 46 anos, sugeriam que ela carrega certa timidez ao expor a própria vida numa conversa com um estranho. 

Cerca de duas horas depois, porém, é difícil acreditar no que os olhos vêem. Diante de uma tela em branco, sobre uma mesa improvisada com dezenas de tubos de tinta, a mulher começa a pintar um quadro na seqüência de outro.

O tempo gasto em cada um não passa de nove minutos. As obras são coloridas e harmoniosas. "Nunca fiz aula de artes. Mal conseguia ajudar meus filhos com os desenhos da escola", diz, minutos antes da apresentação.

A discreta Solange dá lugar a uma pessoa que fala alto, canta e encara os interlocutores nos olhos , com ar desafiador. A assinatura nas telas não leva seu nome, mas de artistas famosos – e já mortos –, como Monet, Mondrian e Tarsila do Amaral. Seria uma interpretação digna de uma atriz? Talvez. 

O que difere o momento de uma encenação é subjetivo e dá margem a dezenas de explicações – convincentes ou não. Talvez seja possível encontrar respostas no que a artista diz a cada uma das pessoas da platéia presenteadas com um dos dez quadros produzidos na noite. 

Enquanto entregava a obra, ela desferia características e situações de vida de cada um absolutamente desconhecidas dela. O mentor que a guia é o médico holandês Ernst, que viveu no século XVII. A sensitiva garante que era ele, não ela, quem estava presente na pintura dos quadros.
 
Nem sempre é fácil aceitar a mediunidade, que pode causar medo quando começa a se manifestar.
"Ainda hoje não gosto quando vejo o possível desencarne de alguém. Nestas horas, preferia não saber", conta a psicóloga Marilusa Moreira Vasconcelos, 65 anos, de São Paulo, que psicografa. 

O médium de cura Wagner Fiengo, analista fiscal paulistano, 37 anos, chegou a se afastar da doutrina. "Aos 13 anos não entendia por que presenciava aquilo." Para manter a sanidade e o equilíbrio, as pessoas que possuem dons e querem fazer parte da religião espírita precisam se dedicar à educação mediúnica

O curso leva cinco anos. Inclui os ensinamentos que Allan Kardec compilou no Livro dos Espíritos – a obra que deu base ao entendimento da doutrina – e no Livro dos Médiuns – que explica quais são os tipos de mediunidade, como eles se manifestam e os cuidados a serem tomados. Entre eles, o combate a falhas de comportamento, como vaidade, orgulho e egoísmo.

O Espiritismo prega que as imperfeições da personalidade atraem espíritos com a mesma vibração. "O pensa mento é tudo. Aqueles que pensam positivo atrairão o que é semelhante. O mesmo acontece com o pensamento negativo e os vícios

Quem gosta de beber, por exemplo, chama a companhia de espíritos alcoólatras", afirma o professor de educação mediúnica Ivanildo Protázio, 49 anos, de São Paulo, que tem o dom da vidência.

PSICOFONIA
 
Falar o que os espíritos querem dizer

 
A intuição do servidor público Geraldo Campetti, 42 anos, de Brasília,começou na infância. Ele tinha percepções inexplicáveis, das quais mais ninguém se dava conta.

Era como se absorvesse sentimentos que não eram seus. Apenas identificava que existia algo além do que seus olhos enxergavam. Até que as sensações começaram a tomar forma. Campetti passou a ouvir súplicas de ajuda. De espíritos, inconformados com a morte. 

Aos 29 anos, não se assustou. De família espírita, conhecia a mediunidade. "Mas sabia que precisava estudar para manter o equilíbrio", diz. Hoje diretor da Federação Espírita Brasileira, afirma ter controle sobre o dom de ouvir e transmitir recados dos mortos

Eventualmente, um espírito pede uma mensagem à pessoa com quem ele conversa. "Isso é espontâneo, não da minha vontade."
Imaginar que convivemos no cotidiano com pessoas que estão mortas vai além da compreensão sobre a vida – pelo menos para quem não acredita em reencarnação. Mas até na ciência já existem aqueles que conseguem casar racionalidade com dons espirituais.

Esses especialistas afirmam que a mediunidade é um fenômeno natural, não sobrenatural. E que o mérito de Allan Kardec foi explicar de maneira didática o que sempre esteve presente – e registrado – desde a criação do mundo em todas as religiões. O que seria, dizem os defensores da doutrina, a anunciação do Anjo Gabriel a Maria, mãe de Jesus, se não um espírito se comunicando com uma sensitiva?
 
Apesar desse contato constante, os mortos, ou desencarnados, como preferem os espíritas, não aparecem em "carne e osso". A ligação com o mundo dos vivos seria possível graças ao perispírito, explica Geraldo Campetti, diretor da Federação Espírita Brasileira. "Ele é o intermediário entre o corpo e o espírito. 

A polpa da fruta que fica entre a casca e o caroço." O perispírito seria formado por substâncias químicas ainda desconhecidas pelos pesquisadores terrenos, garantem os adeptos do espiritismo. "É a condensação do que Kardec batizou como fluido cósmico universal", afirma o neurocirurgião Nubor Orlando Facure, diretor do Instituto do Cérebro de Campinas. 

 Nas quatro décadas em que estuda a manifestação da mediunidade no cérebro, Facure mapeou áreas cerebrais que seriam ativadas pelo fluido.


CURA 

Cirurgias sem dor nem sangue

 
O primeiro espírito a se materializar para o analista fiscal
Wagner Fiengo, 37 anos, de São Paulo, foi de um primo. Ele tinha dez anos, teve medo e se afastou. Mas, na juventude, um tio, se guidor da doutrina, avisou que era hora de ele se preparar para a missão que lhe fora reservada. 

Por meio da psicografia, seu guia espiritual, o médico Ângelo, informou que teriam um compromisso: curar pessoas. Ele não foi adiante. Uma pancreatite surgiu sem que os médicos diagnosticassem os motivos.

Há quatro anos, seu guia explicou que as doenças eram ajustes a erros que Fiengo havia cometido numa vida passada. A missão era a forma de equilibrar a saúde e a alma. Em 2004, iniciou as cirurgias espirituais. Ele diz que não é uma substituição ao tratamento convencional. "É um auxílio na cura de fatores emocionais e físicos."
Comprovar cientificamente a mediunidade também é objetivo do psiquiatra Sérgio Felipe Oliveira, professor de medicina e espiritualidade da Faculdade de Medicina da USP e membro da Associação Médica-Espírita de São Paulo. 

Com exames de tomografia, ele analisou a glândula pineal (uma parte do cérebro do tamanho de um feijão) de cerca de mil pessoas. "Os testes mostraram que aqueles com facilidade para manifestar a psicografia e a psicofonia apresentam uma quantidade maior do mineral cristal de apatita na pineal", afirma Oliveira. 

Ele também atende, no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, casos de pacientes de doenças como dores crônicas e epilepsia que receberam todos os tipos de tratamento, não tiveram melhora e relatam experiências ligadas à mediunidade. 

"Somamos aos cuidados convencionais, como o remédio e a psicoterapia, a espiritualidade, que vai desde criar o hábito de orar até a meditação. E os resultados têm sido positivos.

" Uma pesquisa de especialistas da USP e da Universidade Federal de Juiz de Fora, publicada em maio no periódicoThe Journal of Nervous and Mental Disease, comparou médiuns brasileiros com pacientes americanos de transtorno de múltiplas personalidades (caracterizado por alucinações e comportamento duplo).

 Eles concluíram que os médiuns apresentam prevalência s inferiores de distúrbios mentais, do uso de antipsicóticos e melhor interação social.
 
A maior parte dos cientistas acredita que a mediunidade nada mais é do que a manifestação de circuitos cerebrais. Alguns já seriam explicáveis, como os estados de transe. 

Pesquisas da Universidade de Montreal, no Canadá, e da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, comprovaram que, durante a oraç ão de freiras e monges católicos, a área do cérebro relacionada à orientação corporal é quase toda desativada, o que justificaria a sensação de desligamento do corpo. Os testes usaram imagens de ressonâncias magnéticas e tomografias feitas no momento do transe.
 
A teoria seria aplicável ao transe mediúnico, quando o médium diz incorporar o espírito e não se lembra do que aconteceu. 

Pesquisadores da Universidade de Southampton, na Inglaterra, estudaram pessoas que estiveram entre a vida e a morte e relataram se ver fora do próprio corpo durante uma operação ou entrando em contato com pessoas mortas.

Os estudiosos concluíram se trat ar de um fenômeno fisiológico produzido pela privação de oxigênio no cérebro. Trabalhando sob stress, o órgão seria também inundado de substâncias alucinógenas. 

As imagens criadas pela mente seriam apenas a retomada de percepções do cotidiano guardadas no inconsciente.

PSICOPICTOGRAFIA

Milhares de quadros pintados


Criada numa família católica, Solange Giro, 46 anos, de Parapuã, interior de São Paulo, teve o primeiro contato com o espiritismo aos 20 anos, ao conhecer o marido. 

Ele, que perdera uma noiva, buscava o entendimento da morte. Já casada e com dois filhos, passou a sofrer de depressão. Encontrou alívio na desobsessão (trabalho que libertaria a pessoa de um espírito que a domina). 

A mediunidade dava os primeiros sinais. Logo passou a ouvir e ver espíritos. O dom da psicografia veio em seguida. 

Era um trei no para ser iniciada na pintura mediúnica. "Pintei cinco mil quadros no primeiro ano. 

Estão guardados. Não tive autorização para mostrálos", conta Solange, que diz nunca ter estudado artes. Nos últimos 13 anos, ela recebeu aval de seu mentor para vender os quadros. 

O dinheiro é revertido para a caridade.
O psiquiatra Sérgio Felipe Oliveira rebate a incredulidade. "Se uma pessoa está em cirurgia numa sala e consegue descrever em detalhes o que ocorreu em um ambiente do outro lado da parede, é possível ser apenas uma sensação?"  

Essa é uma pergunta que nenhuma das frentes de pesquisa se arrisca – ou consegue – a responder com exatidão. 

Da mesma maneira que todos os presentes à sessão de pintura em Indaiatuba saíram atônicos, sem conseguir explicar como alguém que conheceram numa noite foi capaz de decifrar suas angústias mais inconfessáveis.


- por Suzane Frutuoso fotos Murillo Constantino





2011-07-12

PARA REFLETIRMOS





"Ler apenas não é o suficiente; vocês podem dominar todos os comentários sobre as Escrituras e podem estar aptos a argumentar e discutir com grandes eruditos sobre estes textos; mas sem colocar em prática o que eles ensinam, isto é uma perda de tempo". 


( Sai Baba )