2011-07-04

A MORTE DE UMA ANDORINHA


 ~Uma LIÇÃO para pensarmos... – A Dor de uma Perda.



As fotos dizem quanta verdade existiu naquele momento de dor e respeito por uma ave de quem se despediram antes de partirem.


A Morte – A Dor de uma Perda.

Aconteceu numa praça, no Japão.
Não se sabe como o pássaro morreu.
Ele estava ali no asfalto, inerte, sem vida.
Seria um fato corriqueiro, mas o fotógrafo fez a grande diferença.


 
 
A Solidariedade.
 
Segundo o relato do fotógrafo, uma outra ave permanecia próxima àquele corpo sem vida e ficara ali durante horas. Chamando pelo companheiro, ela pulava de galho em galho, sem temer os que se aproximavam, inclusive sem temer ao fotógrafo que se colocava bem próximo.


 
 
A Solicitação.

Ela cantou num tom triste. Ela voou até o corpinho inerte, posou como querendo levantá-lo e alçou voo até um jardim próximo. O fotógrafo entendeu o que ela pedia e, assim, foi até o meio da rua, retirou a ave morta e a colocou no canteiro indicado.
Só então a ave solidária levantou voo e, atrás dela, todo o bando.


 
 
A Despedida.

As fotos traduzem a sequência dos factos e a beleza de sentimentos no reino animal.


 
 
Uma Questão de Amor e Carinho.

Segundo o relato de testemunhas, dezenas de aves, antes de partirem, sobrevoaram o corpinho do companheiro morto. As fotos mostram quanta verdade existiu naquele momento de dor e respeito.


 
 
Um grito de dor e lamento.

Aquela ave que fez toda a cerimónia de despedida, quando o bando já ia alto, inesperadamente voltou ao corpo inerte no chão e, num grito de não-aceitação da morte, tenta novamente chamar o companheiro à vida. Desesperada, mas com amor e carinho, ela se despede do companheiro, revelando o seu sentimento de dor.



Os animais não são insensíveis!







 -  E ainda dizem que os animais não têm alma?   O homem dito racional é que já perdeu a sua pela forma como  trata a Natureza e dizima com desdém e sem coração milhões de seres da Criação.

Pausa para reflexão


Rui Palmela





Já não voa a andorinha pequenina
Que os ares alegrava com graça
Quebraram-lhe a asa franzina,
Jaz ferida de morte na praça.

Seu encantador trinado e chilreio
Morreu estrangulado pela dor
E as belas tardes de enleio
Desventuradas perderam brilho e cor.

No voo cheio de grácil melodia,
Cortando o primaveril aguaceiro
Cantava enamorada de alegria
Na construção do seu lar primeiro.

Já não geme a guitarra afã
Seu trinado também se perdeu,
Calou-se uma voz amiga e irmã
E com saudade da andorinha morreu.

Mais pobre ficou a primavera
Por ter perdido algum encanto
Morreu a andorinha que era
O arauto que alegrava com canto
Os campos cheios de quimera
Que no silêncio calaram o pranto.