2012-10-05

BABA NAM KEVALAM







O mantra universal é BABA NAM KEVALAM. BABA significa o mais querido, ou aquele a quem você mais quer ou mais ama, Pai.


O significado de BABA NAM KEVALAM é: "Tudo é expressão do Ser Supremo".


Ao mesmo tempo, há uma dança que é iniciada com o gesto de "Namaskar" (com as palmas das mãos juntas, os polegares tocando o ponto entre as sobrancelhas, e depois o coração), erguendo-se em seguida os braços acima da cabeça, com as palmas voltadas para cima, num gesto de conexão com o Supremo.


Quando os braços se cansam, volta-se ao gesto inicial de Namaskar, mantendo-se as mãos juntas, com os polegares tocando o coração.


A dança é muito simples: toca-se a ponta do dedão do pé direito detrás do pé esquerdo, enquanto se dobra ligeiramente o joelho esquerdo, e vice versa.


Quando se busca uma sintonia de movimentos, todos juntos se movendo na mesma direção, cria-se uma vibração mais forte.KIIRTAN: significa "cantar o nome do Senhor".


É uma forma de louvar o Senhor através de um cântico espiritual.


O kiirtan realizado antes da meditação cria uma vibração espiritual muito benéfica e coloca a mente num estado espiritual, purificando-a dos pensamentos.


É cantado com um "mantra", que significa "soms que afastam a mente da obscruidade".



Vídeo:

http://www.youtube.com/watch?v=5fVslsti1A0&feature=share


Texto de Renata Mendes Fonseca.


2012-10-04

Conversa com o SER.








Quantas vidas no planeta? Quantas vidas no universo?

Uma

Garantia de uma existência difícil e feliz:

Descubra o que mais ama fazer no mundo
Faça-o não importa o que esteja no seu caminho
Dê os presentes do que aprendeu daquele amor aos que se importam em perguntar

Todo acontecimento é subjetivo: não é o que ele significa que importa, mas o que significa para você.

Todo mundo chegou aqui com um kit de construção especial para seu futuro pessoal. Nem todos se lembram de onde o colocaram.

Alguns dizem "sofra", outros dizem "sirva", outros dizem "distancie-se".


Quem diz "encontre seu maior direito individual"?

Você pode falar muito sobre uma pessoa quando sabe o que lhe conforta.

A única forma de vencer, às vezes, é render-se.

Não ser conhecida não impede a verdade de ser verdadeira.

Por que você se acha anormal e diferente, um estranho, se tudo o que aconteceu foi você não ter encontrado sua família?

Se a culpa nunca é sua, você não pode se responsabilizar. Se você não pode se responsabilizar, será sempre a vítima.

Uma nuvem não sabe por que se move em tal direção e em tal velocidade. Sente um impulso...é para este lugar que devo ir agora.

Mas o céu sabe os motivos e desenhos por trás de todas as nuvens, e você também saberá, quando se erguer o suficiente para ver além dos horizontes.

O Ser é Vida, o Amor é magnífico Ponto no centro do seu ser. O Ser não reconhece as limitações do tempo e do espaço, nem reconhece seus lamentos, medos ou crenças.

Ele não o vê como um bípede ereto na superfície de um terceiro planeta de um pequenino sol na borda de uma pequena galáxia em um universo insignificante espremido por um momento entre múltiplos trilhões de outros universos.

Ele o vê refletindo a ele mesmo, e lhe permite a absoluta liberdade de fazer o que bem desejar, exceto morrer.

Um dos desafios de sua ventura na terra é erguer-se sobre sistemas mortos: guerras, religiões, nações, destruições - recusar-se a fazer parte deles e expressar, no entanto, o maior eu que você sabe ser.

Gostar atrai gostar. Seja quem você é, calmo, claro e inteligente, perguntando a si mesmo a toda hora se isso é o que realmente quer fazer, e fazendo somente quando a resposta for sim.

Isso afasta aqueles que não têm nada a aprender com quem você é e atrai aqueles que têm, e com quem você também tem a aprender.

Quando você oferta economicamente, é recompensado economicamente. Quando dá mundos, recebe em abundância.

Compre mais por segurança do que por felicidade e você a comprará por este preço.

O destino não o empurra para onde você não quer ir. É você quem escolhe. O destino cabe a você.

Não há poucos de vocês espalhados pelo mundo que sejam criaturas de luz e todos os outros são massas de argila. Vocês são todos seres de luz.

Quando o navio do seu espírito se choca com o recife da matéria, é o recife que é destruído.

O que quer que inspire, também guia e protege.

O espaço e o tempo são uma escola um tanto primitiva. Mas muita gente continua acreditando nisso, mesmo quando entediadas, e não querem que a luz se acenda logo.

Uma forma de escolher um futuro é acreditar que ele é inevitável.

Você não precisa lutar para viver como deseja. Viva como deseja e pague o preço exigido.

A raiva é sempre medo, e o medo é sempre o medo da perda.

Finja que você deseja sincera e profundamente saber quem você é, de onde vem e por que está aqui. Finja que nunca ficará em paz até descobrir.

Agora: Você consegue se imaginar sem descobrir?

Se quer encontrar alguém que possa resolver qualquer situação de que não goste, que possa lhe trazer felicidade, apesar do que as outras pessoas dizem ou acreditam, olhe para si mesmo num espelho e diga a palavra mágica: "Oi."

Para todas as perguntas imagine o oposto mais remoto à resposta esperada.

Ele é verdadeiro?

Será que quilômetros podem realmente separar amigos? Se você quer estar com alguém que ama, você já não está lá?


( AD )


2012-10-02





"Lembre-se sempre de que você não pertence a ninguém e que ninguém lhe pertence.


Reflita que algum dia, de repente, você terá que abandonar tudo neste mundo.

Assim, trave agora conhecimento com D'us.

Prepare-se para a futura viagem astral da morte viajando diariamente no balão da percepção de D'us. (...)

Deixe de ser prisioneiro do corpo. Usando a chave secreta da ‘Kriya’ aprenda a fugir para o Espírito.

( Do grupo de San Francisco )
Observação:
Esta é uma tradução não-oficial. Não foi revista nem aprovada pela Sede Central.








Mahavatar Babaji a Lahiri Mahasaya: "Os milhões de seres sobrecarregados por laços familiares e pesados deveres mundanos receberão nova inspiração de você, um chefe de família como eles.

Mesmo levando vida mundana, o iogue que fielmente cumpre suas responsabilidades, sem apego ou motivação pessoal, trilha firmemente o caminho da iluminação. (...)


Novo e doce alento de divina esperança penetrará nos áridos corações dos homens mundanos.


Pelo exemplo de sua vida equilibrada, eles compreenderão que a libertação depende mais de renúncias internas do que externas."


( Mahavatar Babaji, Autobiografia de um Iogue )



2012-09-27

A Mediunidade e o seu Despertar






1. Introdução


Inúmeros irmãos sofrem com o afloramento descontrolado da mediunidade, longe de ser uma doença ou um castigo, ela é uma jóia em estado bruto, que tanto pode ser lapidada para brilhar em resplendor quanto inutilizada, tornando-se um enfeite sem valor, um peso a ser carregado durante toda a vida.


Esse artigo é o primeiro de uma série que busca falar um pouco mais sobre a mediunidade, aqui você não encontrará respostas, somente conselhos e explicações para entender o que deve fazer, pois o controle da mediunidade e seu entendimento é tarefa pessoal e intransferível, só podendo ser alcançado após estudo, prática e perseverança.

Ninguém melhor que Chico Xavier para finalizar a introdução com um trecho retirado do livro Seara dos Médiuns.
"Considerando-se a força mediúnica como recurso inerente à personalidade humana, de vez que, dentro de grau menor ou maior, transparece de todas as criaturas, comparemo-la à visão comum.


Efetuado o confronto, reconheceremos que, em essência, os olhos de um analfabeto, de um preguiçoso, de um malfeitor e de um missionário do bem não exibem qualquer diferença na histologia da retina.

Em todos eles, a mesma estrutura e a mesma destinação.

Imaginemos fosse concedida, aos quatro, determinada máquina com vistas à produção de certos benefícios, acompanhada de respectivas carta de instruções para o necessário aproveitamento.

O analfabeto teria, debalde, o aparelho, por desconhecer como deletrear o processo de utilização.

O preguiçoso conheceria o engenho, mas deixá-lo-ia na poeira da inércia.
O malfeitor aproveitá-lo-ia para explorar os semelhantes ou perpetrar algum crime.

O missionário do bem, contudo, guarda-lo-ia sob a sua responsabilidade, orientando-lhe o funcionamento na utilidade geral.

Força medianímica, desse modo, quanto acontece à capacidade visual, é dom que a vida outorga a todos.

O que difere, em cada pessoa, é o problema de rumo.

Nisso reside a razão pela qual os Mensageiros Divinos insistirão, ainda por muito tempo, pela sublimação das energias psíquicas, a fim de que os frutos do bem se multipliquem por toda a Terra.


Não valem médiuns que apenas produzam fenômenos.

Não valem fenômenos que apenas estabeleçam convicções.

Não valem convicções que criem apenas palavras.



Não valem palavras que apenas articulem pensamentos vazios.


A vida e o tempo exigem trabalho e melhoria, progresso e aprimoramento.

Mediunidade, assim, tanto quanto a visão física, representa, do ponto de vista moral, força neutra em si própria.

A importância e a significação que possa adquirir dependem da orientação que se lhe dê.

Por isso mesmo, os amigos desencarnados, sempre que responsáveis e conscientes dos próprios deveres diante das Leis Divinas, estarão entre os homens exortando-os à bondade e ao serviço, ao estudo e ao discernimento, porquanto a força mediúnica, em verdade, não ajuda e nem edifica quando esteja distante da caridade e ausente da educação."


2. Mediunidade e Médiuns

A definição abaixo foi retirada do Livro dos Médiuns.



"Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium.

Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns.

Todavia, usualmente, assim só se qualificam aqueles em quem a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva.


E de notar-se, além disso, que essa faculdade não se revela, da mesma maneira, em todos. Geralmente, os médiuns têm uma aptidão especial para os fenômenos desta, ou daquela ordem, donde resulta que formam tantas variedades, quantas são as espécies de manifestações."


Dois conceitos muito importantes podem ser extraídos das palavras de Allan Kardec:

O primeiro informa que TODOS são médiuns e recebem conscientes ou não a sua influência.

O segundo fala sobre a REVELAÇÃO da mediunidade, que ocorre de forma diferente em cada médium, envolvendo fatores como tipo de aptidão mediúnica, compromissos e dedicação.

2.1 Todos São Médiuns

Entendamos melhor a quem chamamos por médiuns. Chamamos por médium a pessoa que tem a sensibilidade espiritual aflorada, seja ela descontrolada, em aprimoramento, desenvolvida ou completamente sob controle (mais raro, somente espíritos evoluídos).
Essa distinção de forma alguma elimina a sensibilidade e o contato espiritual que todos os homens, mulheres e crianças possuem. Todos recebem influências benéficas ou não, sejam de espíritos bondosos ou trevosos.
A principal diferença entre a pessoa comum e o médium é que este último sente de forma mais intensa o contato espiritual, podendo até se ligar ao espírito para que ele se comunique (psicofonia, também conhecida como incorporação).
Se o médium optar por aprimorar a sua sensibilidade ele aprenderá a controlá-la, utilizando-a em benefício do próximo e não mais sofrendo os incômodos normais que ocorrem no seu desabrochar.
Podemos comparar o médium ao homem que tem sensibilidade musical e decide estudar música, com o tempo ele desenvolve e aprimora sua faculdade, que já existia latente de nascença, mas que precisou de aprimoramento e esforço para se tornar útil.
Além do contato com outros espíritos, também recebemos as próprias vibrações de nossos veículos superiores, que trazem mensagens, estímulos, pensamentos, emoções, intuições e desejos de nosso "Eu Superior", que também é conhecido como “Centelha Divina” ou “Individualidade”.
A mediunidade independe de religião e muitos encarnados não acreditam ou não a aceitam, porém, pelo seu elevado grau de moralidade e pureza atraem a companhia de espíritos puros, que os inspiram e auxiliam através de sua intuição ou de sua mediunidade.
Tudo depende da tarefa de cada um, os espíritos podem se servir de pessoas com elevada vibração, que captam seus pensamentos para ajudar o próximo, não sendo essa pessoa necessariamente um médium de uma casa espírita.
André Luiz resume o assunto no trecho abaixo, retirado do livro Missionários da Luz:

"Sem titubear, Alexandre explicou:

-Aqui, André, observa você o trabalho simples da transmissão mental e não pode esquecer que o intercâmbio do pensamento é movimento livre no Universo.

Desencarnados e encarnados, em todos os setores de atividade terrestre, vivem na mais ampla permuta de idéias. Cada mente é um verdadeiro mundo de emissão e recepção e cada qual atrai os que se lhe assemelham.

Os tristes agradam aos tristes, os ignorantes se reúnem, os criminosos comungam na mesma esfera, os bons estabelecem laços recíprocos de trabalho e realização.

Aqui temos o fenômeno intuitivo, que, com maior ou menor intensidade, é comum a todas as criaturas, não só no plano construtivo, mas também no círculo de expressões menos elevadas.

Temos, sob nossos olhos, uma velha irmã e seu filho maior completamente ambientados na exploração inferior de amigos desencarnados, presas de ignorância e enfermidade, estabelecendo perfeito comércio de vibrações inferiores.

Falam sob a determinação direta dos vampiros infelizes, transformados em hóspedes efetivos do continente de suas possibilidades fisicopsíquicas. Permanece também sob nossa análise uma jovem que, presentemente, atingiu dezesseis anos de nova existência terrestre. Suas disposições, contudo, são bastante diversas.

Ela consegue receber nossos pensamentos e traduzi-los em linguagem edificante. Não está propriamente em serviço técnico da mediunidade, mas no abençoado trabalho de espiritualização.

E indicando a mocinha, cercada de maravilhoso halo de luz, acrescentou:

-Conserva, ainda, o seu vaso orgânico na mesma pureza com que o recebeu dos benfeitores que lhe prepararam a presente reencarnação. Ainda não foi conduzida ao plano de emoções mais fortes, e as suas possibilidades de recepção, no domínio intuitivo, conservam-se claras e maleáveis.

Suas células ainda se encontram absolutamente livres de influências tóxicas; seus órgãos vocais, por enquanto, não foram viciados pela maledicência, pela revolta, pela hipocrisia; seus centros de sensibilidade não sofreram desvios, até agora; seu sistema nervoso goza de harmonia invejável, e o seu coração, envolvido em bons sentimentos, comunga com a beleza das verdades eternas, através da crença sincera e consoladora.

E, além disso, não tendo débitos muito graves do pretérito, condição que a isenta do contacto com as entidades perversas que se movimentam na sombra, pode refletir com exatidão os nossos pensamentos mais íntimos. Vivendo muito mais pelo espírito, nas atuais condições em que se encontra, basta a permuta magnética para que nos traduza as idéias essenciais.

-Isto significa -perguntei -que esta jovem é bastante pura e que continuará com semelhantes facilidades, em toda a existência?
Alexandre sorriu e observou:

-Não tanto. Ela ainda conserva os benefícios que trouxe do plano espiritual e as cartas da felicidade ainda permanecem nas suas mãos para extrair as melhores vantagens no jogo da vida, mas dependerá dela o ganhar ou perder, futuramente. A consciência é livre.

-Então -continuei perguntando -não seria difícil prepararem-se todas as criaturas para receberem a influenciação superior?

-De modo algum -esclareceu ele -todas as almas retas, dentro do espírito de serviço e de equilíbrio, podem comungar perfeitamente com os mensageiros divinos e receber-lhes os programas de trabalho e iluminação, independentemente da técnica do mediunismo que, presentemente, se desenvolve no mundo. Não há privilegiado na Criação. Existem, sim, os trabalhadores fiéis, compensados com justiça, seja onde for."

2.2 Como Descobrir se Alguém é Médium



Não existem indícios físicos que possam revelar a mediunidade, contudo, alguns médiuns podem ter sua saúde agravada pela mediunidade descontrolada, porém, de forma alguma podemos criar uma regra para estereotipar um médium.

O Corpo Etérico ou Duplo Etérico, composto pelos quatro sub-planos mais sutis do plano físico podem indicar a mediunidade, porém, somente médiuns clarividentes conseguem acessar esse plano.

Ramatís fala no livro "Elucidações do Além" que o Duplo Etérico de um médium é inclinado, permitindo o acesso mais fácil ao plano espiritual. Não conseguimos encontrar outra referência a esse tema, contudo, é possível que isso ocorra, mas acredito que essa inclinação esteja vinculada a determinados tipos de mediunidade, principalmente as que demandam doação de ectoplasma por parte do médium.

Mas vamos ao assunto principal deste tópico - Como descobrir se você é médium?


A mediunidade não aparece de repente, ela vai se manifestando durante um bom tempo de forma suave (na maioria dos casos) e vai se tornando intensa até o ponto em que a pessoa tem que assumir que possui algum tipo de sensibilidade, que não consegue explicar, mas que é extremamente real para ela.

Não temos como criar regras, contudo, podemos dar algumas dicas para avaliar o que está sentindo:

• Procure não sentir medo das sensações que tem, essa é a pior coisa a se fazer. Comece a observar a periodicidade, intensidade e como acontece cada sensação.

• Seja imparcial, ser médium não é sinônimo de salvação ou perdição, é um caminho a ser trilhado, por isso não fique procurando sentir as “coisas”, se você for médium as sensações se repetirão. Tentar forçá-las é tão ruim ou pior do que ter medo, porque você pode atrair espíritos zombeteiros e brincalhões.

• Ver um espírito não é sinônimo de ser médium. Como o próprio Allan Kardec informa no Livro dos Médiuns, a regularidade e repetição do fenômeno indicam a mediunidade.

Existem casos de espíritos recém-mortos que fazem questão de se despedir dos que lhe foram caros e por isso podem aparecer para dar o último adeus. Esse acontecimento não indica que o espírito encarnado recebeu uma hipersenbilização para poder entrar em contato com o plano espiritual.

• Não se preocupe inicialmente em desenvolver a mediunidade, busque estudar, conhecer, freqüentar algum centro, deixe que naturalmente as coisas aconteçam.

• Não procure lugares que "Libertam sua Mediunidade" ou que fazem exercícios ou passes para "Despertar a Mediunidade". A mediunidade aparece naturalmente e está latente no espírito que possui o compromisso de exercê-la.

Na hora certa ela aparecerá e como o próprio Allan Kardec informa no Livro dos Méiduns, ela deve se desenvolver naturalmente através do equilíbrio e burilamento do médium.

Se você está lendo esse artigo porque está preocupado ou por que sente uns "troços", umas "coisas" que não consegue explicar e que deixam você extremamente apavorado, então você é um bom candidato a ser médium.

Quando chega a hora da mediunidade "aflorar" ela aparece e não pode ser negada pelo médium, embora alguns façam um esforço enorme para se enganar. No próximo tópico falaremos mais sobre o afloramento da mediunidade.


3.  O Despertamento da Mediunidade 

Sem dúvida nenhuma o despertar da mediunidade é uma etapa marcante na vida de qualquer médium, a grande maioria não aceita as sensações que percebe, alguns levam meses, a maioria anos e outros terminam sua vida sem aceitar sua sensibilidade mediúnica.

Quanto mais força se faz para controlar a mediunidade, ou melhor dizendo, para abafá-la, mais doloroso é o seu despertamento. Alguns "fingem", mentindo para si mesmo e afirmando copiosamente que não sentem "aquelas coisas". Os motivos que levam o médium a fazer isso são geralmente medo, ansiedade, teimosia ou vergonha.

Segundo Allan Kardec não existem indícios físicos que diferenciem uma pessoa com sensibilidade mediúnica de outra que não a possui em grau avançado, por isso, diferente do que muitos filmes e revistas afirmam, o médium não é aquela pessoa velha, desfigurada ou caolha, os médiuns são pessoas com aparências e hábitos normais. 

Atualmente os médiuns que trabalham em Templos de Umbanda ou Centros Espíritas são pessoas de nossa família ou de nosso ambiente profissional. Ser médium não é ser anormal ou diferente, é ter uma aptidão a ser desenvolvida e dedicada ao próximo.

Quando penso na mediunidade, seu despertamento, aprimoramento, utilização em favor do próximo e continuidade do trabalho me lembro da história que ouvi das tartarugas.

As tartarugas filhotes tem que "quebrar" o ovo que as prende, SOZINHAS. Isso deve ocorrer à noite, no escuro, senão serão alvos fáceis para os predadores, pois seus cascos ainda não as protegem. Elas acabam de nascer e devem caminhar para um foco de luz que desconhecem (o mar é sempre a parte mais clara, é o lugar que estarão a salvo). 
Elas devem correr, porque se não chegarem até a água antes do amanhecer serão café da manhã para seus predadores. Ao chegarem na água elas se tornam mais ágeis, porém, ainda são alvo de inúmeros predadores. Por isso são muito poucas tartarugas que sobrevivem.

No entanto, crescendo elas se tornam belas criaturas, protegidas por um casco duríssimo, ficam enormes.
Bom, voltando para a mediunidade...

Como foi dito por Allan Kardec a manifestação inicial da mediunidade pode ocorrer de várias formas, de acordo com a aptidão do médium e seu compromisso.
Vou explorar alguns aspectos sobre o despertar da mediunidade.

3.1  Idade

Não existe idade para o afloramento da mediunidade, mas é claro que um bebê não poderá se ligar a um espírito e começar a falar, algumas etapas deverão ser alcançadas para que ocorra a ligação espiritual.
Também devemos ter cuidado para não achar que uma criança é médium antes dos sete anos, já que nesse período ela está se ajustando ao mundo físico, sendo por isso mais fácil o contato com espíritos desencarnados.

Em vários livros vemos exemplos de espíritos que se aproximam de crianças para influenciá-las a fazer uma prece ou levantar algum assunto importante. Pela sua pureza, inocência e por ainda não estarem completamente ligadas ao plano físico elas são muitas vezes o canal mais receptivo para influencias espirituais.

Porém existem crianças que desde cedo mantém um contato "mais intenso" com o mundo espiritual, tendo visões, conversando e até brincando com crianças desencarnadas.

O desabrochar da mediunidade pode ocorrer em qualquer idade, criança, jovem, adulto e até pessoas mais velhas.

Não acredito ser uma boa opção o aprimoramento mediúnico para crianças e jovens, na minha humilde opinião elas devem ser preparadas através de estudos espiritualistas e principalmente do Evangelho, para quando se tornarem mais velhas possuírem uma base sólida para a execução de sua tarefa. Muitos podem achar que o afloramento prematuro indica início de trabalho prematuro, porém isso também pode indicar INICIO DE ESTUDO E PREPARAÇÃO PREMATURO.

A tarefa do médium demandará confiança, maturidade, fé, coragem e vontade, atribuitos que muitas crianças ou jovens geralmente ainda não consolidaram em seu caráter, por isso mais vale um trabalho iniciado aos 20 anos e executado durante toda uma existência do que uma explosão aos 15 anos com término aos 19.

Allan Kardec fala sobre o desenvolvimento mediúnico de crianças no Livro dos Médiuns:

" Haverá inconveniente em desenvolver-se a mediunidade nas crianças?

Certamente e sustento mesmo que é muito perigoso, pois que esses organismos
débeis e delicados sofreriam por essa forma grandes abalos, e as respectivas imaginações excessiva sobreexcitação. Assim, os pais prudentes devem afastá-las dessas idéias, ou, quando nada, não lhes falar do assunto, senão do ponto de vista das conseqüências morais.

Há, no entanto, crianças que são médiuns naturalmente, quer de efeitos físicos, quer de escrita e de visões. Apresenta isto o mesmo inconveniente?


Não; quando numa criança a faculdade se mostra espontânea, é que está na sua
natureza e que a sua constituição se presta a isso O mesmo não acontece, quando é provocada e sobreexcitada. Nota que a criança, que tem visões, geralmente não se impressiona com estas, que lhe parecem coisa naturalíssima, a que dá muito pouca atenção e quase sempre esquece. Mais tarde, o fato lhe volta à memória e ela o explica facilmente, se conhece o Espiritismo.

Em que idade se pode ocupar, sem inconvenientes, de mediunidade?


Não há idade precisa, tudo dependendo inteiramente do desenvolvimento físico e, ainda mais, do desenvolvimento moral. Há crianças de doze anos a quem tal coisa afetará menos do que a algumas pessoas já feitas. Falo da mediunidade, em geral; porém, a de efeitos físicos é mais fatigante para o corpo; a da escrita tem outro inconveniente, derivado da inexperiência da criança, dado o caso de ela querer entregar-se a sós ao exercício da sua faculdade e fazer disso um brinquedo.

222. A prática do Espiritismo, como veremos mais adiante, demanda muito tato, para a inutilização das tramas dos Espíritos enganadores. Se estes iludem a homens feitos, claro é que a infância e a juventude mais expostas se acham a ser vítimas deles.

Sabe-se, além disso, que o recolhimento é uma condição sem a qual não se pode lidar com Espíritos sérios. As evocações feitas estouvadamente e por gracejo constituem verdadeira profanação, que facilita o acesso aos Espíritos zombeteiros, ou malfazejos.

Ora, não se podendo esperar de uma criança a gravidade necessária a semelhante ato, muito de temer é que ela faça disso um brinquedo, se ficar entregue a si mesma. Ainda nas condições mais favoráveis, é de desejar que uma criança dotada de faculdade mediúnica não a exercite, senão sob a vigilância de pessoas experientes, que lhe ensinem, pelo exemplo, o respeito devido às almas dos que viveram no mundo.

Por aí se vê que a questão de idade está subordinada às circunstâncias, assim de temperamento, como de caráter. Todavia, o que ressalta com clareza das respostas acima é que não se deve forçar o desenvolvimento dessas faculdades nas crianças, quando não é espontânea, e que, em todos os casos, se deve proceder com grande circunspeção, não convindo nem excitá-las, nem animá-las nas pessoas débeis.

Do seu exercício cumpre afastar, por todos os meios possíveis, as que apresentem sintomas, ainda que mínimos, de excentricidade nas idéias, ou de enfraquecimento das faculdades mentais, porquanto, nessas pessoas, há predisposição evidente para a loucura, que se pode manifestar por efeito de qualquer sobreexcitação. As idéias espíritas não têm, a esse respeito, maior influência do que outras, mas, vindo a loucura a declarar-se, tomará o caráter de preocupação dominante, como tomaria o caráter religioso, se a pessoa se entregasse em excesso às práticas de devoção, e a responsabilidade seria lançada ao Espiritismo.

O que de melhor se tem a fazer com todo indivíduo que mostre tendência à idéia fixa é dar outra diretriz às suas preocupações, a fim de lhe proporcionar repouso aos órgãos enfraquecidos."

A maior parte dos centros possui evangelização infantil, passando os conhecimentos espirituais para os pequenos de forma suave, de acordo com a idade em que se encontra, acredito que essa é uma das melhores formas de prepará-los, além é claro do Evangelho no Lar.

Pessoas em idades avançadas também podem sentir o despertar de suas faculdades mediúnicas, isso não invalida o trabalho, não é mérito ou demérito. Não podemos julgar a vontade de nosso Pai e dos espíritos superiores, que sabem o exato momento que tudo deve acontecer.

Muitos médiuns evitam se dedicar ao trabalho por falarem que não tem tempo, o trabalho, os amigos, tudo tem prioridade e sempre pensão em um dia se dedicarem só que....

Você não sabe o tempo de vida que terá...

Você não sabe ao certo o tempo necessário para o início de sua tarefa mediúnica...

Muitas vezes, quando decidir iniciar o estudo e trabalho não lhe será mais permitido, porque já é época da colheita e você não plantou.

Não é você que escolhe a idade de iniciar o estudo e trabalho espiritual, Deus o chama e esse deve ser o momento de iniciar a preparação, pois quando estiver preparado ele o chamará novamente, só que agora para auxiliar os irmãos necessitados de Luz.


3.2 Intensidade



A intensidade com que a mediunidade se apresenta também varia de acordo com o médium.
Médiuns com aptidão para psicofonia (incorporação) geralmente “sentem” de forma mais agressiva o contato espiritual, porque muitas vezes espíritos inferiores se aproximam quando sua mediunidade aflora.

Isso não quer dizer que o(s) espírito(s) protetor(es) e mentor(es) do médium não estejam próximos, muitas vezes eles tentam de forma suave fazer o médium despertar para sua sensibilidade, porém.... pelo medo (alguns tem pavor) ou vergonha eles não aceitam a aproximação.

Os espíritos superiores então se afastam, não como castigo e sim por afinidade. Os espíritos inferiores se aproximam e acabam "acordando" o médium de forma mais agresssiva.

Não devemos pensar nisso como um castigo, simplesmente o médium tem um canal de contato espiritual, se não existe um espírito superior protegendo esse canal os espíritos inferiores passam a utilizá-lo, é simples, podemos comparar a uma casa abandonada.

O médium se comprometeu antes de encarnar a realizar uma tarefa e para realizá-la ele recebeu uma "hipersensibilização" nos canais de contato com o mundo espiritual (chakras).

O médium tem então uma "porta", que será utilizada pelos instrutores espirituais para auxiliar os encarnados ou espíritos sofredores. Essa porta precisa ser protegida, pois pode também ser utilizada por espíritos inferiores que subjugariam o médium e o fariam de marionete para os seus desejos egoístas e mesquinhos.

Por esse motivo um médium com compromissos espirituais sempre encarna sob a tutela de um ou mais mentores, ou seja, espíritos de luz que se comprometem a protegê-lo e prepará-lo para sua tarefa.

Embora a misericórdia de Deus seja infinita e a dedicação dos guias e mentores seja imensa, o médium precisa fazer sua parte, estudando, moldando seu caráter e atingindo o equilíbrio emocional necessário.

Quando se aproxima o momento da preparação do médium, os guias começam a chamá-lo, de forma suave, encaminhando-o para lugares e pessoas que auxiliarão na formação de sua base espiritual.

Se o médium não aceita os chamados “suaves” do mentor então ele se afasta, porque não lhe é mais permitido interceder pelo médium, já que não mais lhe interessa trabalhar com o plano espiritual QUE ELE MESMO SOLICITOU ANTES DE ENCARNAR.

O médium se torna alvo de espíritos trevosos, mas o mentor não o abandona, embora tenha que esperar que ele “acorde” e que realmente deseje mudar sua conduta para então se reaproximar.

Porém, o médium pode continuar avesso ao contato espiritual, fugindo durante toda sua encarnação das responsabilidades assumidas. É muito improvável que esse irmão consiga ter uma vida tranqüila, pois sua “porta” para o mundo espiritual será povoada de espíritos inferiores que farão de tudo para vampirizá-lo. Ele provavelmente terá muitos desequilíbrios emocionais e contrairá doenças pelo déficit de vitalidade, já que compartilhará sua energia com os obsessores.

Muitos médiuns que estão lendo o artigo pensam assim: - Eu não lembro de que forma suave meu mentor me chamou... Pois bem, as formas suaves podem ser um conselho, um convite de um amigo, uma palestra, um livro espírita ou espiritualista que uma pessoa próxima está lendo e oferece a você, uma conversa sobre mediunidade entre pessoas próximas, você passar em frente ao centro espírita justo na hora que está começando uma palestra e "acidentalmente" encontrar um amigo(a) entrando, e outras inúmeros formas "suaves" de chamar sua atenção.

A intensidade que a mediunidade aflora, bem como o nível de proteção que você recebe do seu mentor estão muitas vezes ligados a comprometimentos com vidas anteriores.

Alguns médiuns já tentaram outras vezes a tarefa mediúnica e falharam, alguns a negaram ou a utilizaram de forma mercenária. Podem também existir comprometimentos por causa de um suicídio (Yvone A. Pereira é um exemplo) e por isso sofrem com a mediunidade, mesmo sendo ela trabalhada para o bem do próximo.

Se você pensar .... Ah... já que vou sofrer mesmo então não vou estudar e me dedicar tanto....

Engano seu... porque se já é difícil para esses médiuns trabalhando, nem imagine como seria se eles negassem a mediunidade. Lembre-se, os médiuns que estão nesse grupo são reincidentes, podemos compará-los a infratores que são levados a julgamento pela segunda vez, o juiz com certeza terá mais rigor ao aplicar a sentença, já que existem agravantes.


3.3 A importância da Tarefa Espiritual do Médium



Se o médium antes de encarnar se compromete com muitos espíritos encarnados e desencarnados então fica muito difícil dele fugir da sua tarefa, porque de forma mais acentuada será chamado pelos mentores. Os espíritos trevosos o perseguirão também, fazendo de tudo para obsediá-lo e subjugá-lo, já que reconhecem nele grande potencial para ajudar os sofredores (para eles ajudar o próximo é igual a atrapalhar).


Alguns médiuns chegam ao fundo do poço, fugindo de qualquer forma da sua mediunidade, seja por causa do orgulho, medo ou vergonha, contudo, quando aceitam a verdade, recebem cedo ou tarde a mensagem de consolo do plano espiritual, informando sobre o seu comprometimento.

Tudo Isso não impede que o médium rejeite o trabalho, os espíritos superiores sempre deixam a seu cargo a decisão final, o livre arbítrio não pode ser ferido. O empenho da espiritualidade é no sentido de INFORMÁR ao médium de forma bem clara sobre o seu potencial e também o compromisso que o acompanha.

O médium não deve ficar pensando na importância do seu trabalho espiritual ou qual será sua notoriedade, porque muitos serão trabalhadores simples e anônimos que formarão a base para divulgação da mensagem de Jesus seja por todo o planeta.

Poucos aparecerão para o mundo, porém todos são importantes para a obra de Deus. Retiramos uma oportuna mensagem de Emmanuel, escrita por Chico Xavier:

“Há diversidade de dons espirituais, mas a Espiritualidade é a mesma.

Há diversidade de ministérios, mas é o mesmo Senhor que a todos administra.

Há diversidade de operações para o bem; todavia, é a mesma Lei de Deus que tudo opera em todos.

A manifestação espiritual, porém, é distribuída a cada um para o que for útil.

Assim é que a um, pelo espírito, é dada a palavra da sabedoria divina e a outro, pelo mesmo espírito, a palavra da ciência humana.

A outro é confiado o serviço da fé e a outro o dom de curar.

A outro é concedida a produção de fenômenos, a outro a profecia, a outro a faculdade de discernir os Espíritos, a outro a variedade das línguas e ainda a outro a interpretação dessas mesmas línguas.

No entanto, o mesmo poder espiritual realiza todas essas coisas, repartindo os seus recursos particularmente a cada um, como julgue necessário."

*


Quem analise despreocupadamente o texto acima, decerto julgará estar lendo moderno autor espírita, definindo o problema da mediunidade; contudo, as afirmações que transcrevemos saíram do punho do apóstolo Paulo, há dezenove séculos, e constam no capítulo doze de sua primeira carta aos coríntios.

Como é fácil de ver, a consonância entre o Espiritismo e o Cristianismo ressalta, perfeita, em cada estudo correto que se efetue, compreendendo-se na mensagem de Allan Kardec a chave de elucidações mais amplas dos ensinos de Jesus e dos seus continuadores.

Cada médium é mobilizado na obra do bem, conforme as possibilidades de que dispõe.

Esse orienta, outro esclarece; esse fala, outro escreve; esse ora, outro alivia.

*


Em mediunidade, portanto, não te dês à preocupação de admirar ou provocar admiração.


Procuremos, acima de tudo, em favor de nós mesmos, o privilégio
de aprender e o lugar de servir."


3.4 Merecimento



Falamos um pouco no item anterior sobre o merecimento.

O merecimento do médium no que se refere ao despertar da sua mediunidade tem relação com:

• Trabalho espiritual realizado na erraticidade (antes de reencarnar) - se o médium enquanto desencarnado conquistou muitas amizades e a muitos auxiliou é bastante lógico que esses irmãos busquem sempre interceder para auxiliar seu querido amigo.

• Desenvolvimento mediúnico em vidas anteriores – se o médium já lidou com a mediunidade em vidas anteriores fica mais fácil o seu aprimoramento. Já para aqueles que a utilizaram para o mal ou a inutilizaram tem maior dificuldades e muitas vezes são perturbados por espíritos sofredores.


• Comprometimento Karmico com espíritos inferiores - nesse caso o médium terá mais dificuldade, pois além de sentir o afloramento da mediunidade ele possui brechas espirituais para contato com espíritos que ele prejudicou no passado.

Inicialmente pode parecer um castigo mas na verdade é uma oportunidade de “pescar” os irmãos que um dia ele afundou na lama das paixões inferiores. O médium nesse caso deve sublimar com todas as suas forças as influências inferiores que receberá e com o tempo acabará vencendo seus opositores, pois ele não estará sozinho.

Vencendo pelo cansaço, seu exemplo acabará levando esses irmãos de volta ao caminho da Luz e ao mesmo tempo saldará sua dívida para com eles.

Ramatís fala sobre esse assunto no livro Mediunismo.


"... O próprio médium é que oferece ensejo para a perturbação ou prsença indesejável no seu trabalho. Algumas vezes a base da mistificação é cármica, e por isso o médium não consegue livrar-se dos adversários pregressos, que o importunam a todo momento, procurando mistificá-lo de qualquer modo e dificultar-lhe a recuperação espiritual na tarefa árdua da mediunidade."



3.5 Obsessores



O contato dos guias e mentores dos médiuns é muito sutil, eles sempre deixam que o seu pupilo escolha o caminho que deve tomar, eles aconselham, tentam encaminhar, intuem irmãos mais sensíveis a chamá-lo para ouvir palestras ou ler um livro, etc... Eles são suaves, até porque não podem ser grosseiros devido o grau de evolução que alcançaram.

A grande maioria dos médiuns fecha seus ouvidos, tampa seus olhos ou se esconde embaixo do cobertor, obstruindo todos os canais disponíveis para o chamado do alto. A conseqüência é o afastamento dos mentores que protegem o médium do contato com os espíritos inferiores e energias mais densas.

Casa desprotegida invasão garantida, os espíritos inferiores que já eram atraídos pelas tendências inferiores agora encontram caminho livre para subjugar e vampirizar o médium.
Os obsessores ADORAM médiuns.

Eles amam médiuns medrosos porque fazem o possível para incutir o medo de entrar em comunicação com o mundo espiritual, mas na verdade o médium acaba entrando em contato com o mundo espiritual, só que através da fascinação criada pelo espírito obsessor.

Eles se divertem com os que fingem que não tem as sensações mediúnicas.

E fazem o possível para envergonhar mais ainda os que têm vergonha de expor a sua sensibilidade.

Os obsessores também sabem que um médium treinado e atuante é um inimigo, porque ajuda muitas pessoas, sejam elas encarnadas ou desencarnadas. Várias vezes são responsáveis pelo enfraquecimento das falanges de espíritos trevosos, porque seu exemplo e fé atuam de forma decisiva nos espíritos que se encontram entediados de praticar o mal.

Por esse motivo as falanges de obsessores perseguem os médiuns e fazem o possível para obsediá-los, buscando afastá-lo de qualquer contato com a oração, centros espíritas ou grupos de estudo.

Mesmo quando o médium busca o aprimoramento mediúnico e o estudo os obsessores continuam próximos, esperando sempre uma brecha, pois sabem que os médiuns são espíritos que podem fraquejar (como qualquer ser humano).

A única forma de proteção para o médium é a elevação de sua vibração, mesmo trabalhando em uma casa espírita ele precisará manter seu coração nas alturas se deseja se isolar do contato espiritual inferior.

Não se enganem achando que os médiuns que trabalham em um centro espírita ou templo de umbanda estão imunizados contra o astral inferior, se eles não estiverem equilibrados serão alvos da obsessão e os mentores não poderão auxiliá-los, porque baixaram demais sua vibração. O médium acaba se tornando surdo ao guia e ligado ao obsessor.

Ramatís fala sobre esse problema no livro Mediunismo, mostrando também como podem os nos imunizar contra os espíritos mistificadores:

"... Não cremos que a vaidade dos médiuns desapareça só porque sejam vítimas da mistificação corretiva. Em geral, quando eles comprovam que foram iludidos pelos desencarnados, sentem-se profundamente feridos no seu amor-próprio e então se revoltam contra a sua própria faculdade mediúnica.

E assim, em muitos casos, o médium mistificado e revoltado pela decepção de ter sido humilhado na mistificação, mais rapidamente desiste da tarefa mediúnica que o ajudava a amortizar a dívida cármica, terminando por corresponder exatamente aos propósitos maquiavélicos dos seus perseguidores do Além. Alguns médiuns já abandonaram a prática mediúnica, alegando que foram traídos na sua boa intenção e não receberam o devido adjutório do Alto, o que eles seria justo esperar.

São raros os médiuns que admitem, sem quaisquer susceptibilidade, que dia mais ou dia menos podem ser mistificados, não por culpa dos seus mentores, mas pela imprudência, pelo descaso, vaidade ou interesse utilitarista com que às vezes são dominados, oferecendo ensejos para a infiltração de espíritos levianos, irresponsáveis e malévolos no exercício da sua mediunidade.

Os desocupados do Além-Túmulo espreitam astutamente qualquer brecha vulnerável que se faça no caráter do médium ou perturbação no seu trato com a família amiga ou ambiente de trabalho, para assim interferirem durante a queda na freqüência vibratória espiritual e lograrem a mistificação que depois desanima, decepciona ou enfraquece a confiança.

A mistificação ainda significa determinada cota de sacrifício na prática mediúnica, assim como acontece em certas profissões humanas, seja a engenharia, a advocacia ou a medicina, em que os seus profissionais, com o decorrer do tempo, vão eliminando gradativamente os equívocos dos primeiros dias...

Muitos médiuns, apesar de bem intencionados, são no entanto vaidosos, ingênuos, ignorantes, fanáticos ou excessivamente personalistas, oferecendo ensejo para os desencarnados perversos os perturbarem no intercâmbio mediúnico....

Qual o meio mais eficiente para o médium livrar-se das mistificações dos desencarnados?


Sem dúvida é a sua conduta moral e integração incondicional aos preceitos sublimes da vida espiritual superior. Se o médium pautar todos os seus atos e subordinar seus pensamentos à diretriz doutrinária do Cristo-Jesus, ele há de se ligar definitivamente às entidades superiores responsáveis pelo desenvolvimento da humanidade terrena... "

http://www.grupopas.com.br/cadastroColuna/mostraArtigoColuna.do?id=158



A CONSCIÊNCIA DE SUA MISSÃO







Freqüentemente, eu me pergunto:
“O que cada um de nós está fazendo neste planeta?”

Se a vida for somente tentar aproveitar o máximo possível as horas e minutos, esse filme é bobo.Tenho certeza de que existe um sentido melhor em tudo o que vivemos.

Para mim, nossa vinda ao planeta Terra tem basicamente dois motivos:
Evoluir espiritualmente e aprender a amar melhor.
Todos os nossos bens na verdade não são nossos.
Somos apenas as nossas almas.

E devemos aproveitar todas as oportunidades que a vida nos dá para nos aprimorarmos como pessoas.

Portanto, lembre sempre que os seus fracassos são sempre os melhores professores e é nos momentos difíceis que as pessoas precisam encontrar uma razão para continuar em frente.

As nossas ações, especialmente quando temos de nos superar, fazem de nós pessoas melhores.

A nossa capacidade de resistir às tentações, aos desânimos para continuar o caminho é que nos torna pessoas especiais.

Ninguém veio a essa vida com a missão de juntar dinheiro e comer do bom e do melhor.

Ganhar dinheiro e alimentar-se faz parte da vida, mas não pode ser a razão da vida.

Tenho certeza de que pessoas como Martin Luther King, Mahatma Ghandi, Nelson Mandela, Madre Tereza de Calcutá, Irmã Dulce e tantas outras anônimas, que lutaram e lutam para melhorar a vida dos mais fracos e dos mais pobres, não estavam motivadas pela idéia de ganhar dinheiro.

O que move essas pessoas generosas a trabalhar diariamente, a não desistir nunca? A resposta é uma só: a consciência de sua missão nesta vida.

Quando você tem a consciência de que através do seu trabalho você está realizando sua missão, você desenvolve uma força extra, capaz de levá-lo ao cume da montanha mais alta do planeta.

Infelizmente, muita gente se perde nesta viagem e distorce o sentido de sua existência pensando que acumular bens materiais é o objetivo da vida.

E quando chega no final do caminho percebe que só vai poder levar daqui o bem que fez às pessoas.

Se você tem estado angustiado sem motivo aparente está aí um aviso para parar e refletir sobre o seu estilo de vida.

Escute a sua alma: ela tem a orientação sobre qual caminho seguir.
Tudo na vida é um convite para o avanço e a conquista de valores na harmonia e na glória do bem.



Roberto Shinyashiki

Fonte: FraternidadeCaminhoDaVerdade




A Natureza Mestre-Discípulo







O mestre nunca faz coisa alguma, e se o discípulo se mantiver separado, nada irá lhe acontecer; o esforço existe do lado do discípulo.


A presença do mestre está aí, assim como a luz: você abre os olhos e a luz está aí, ela não se dirige para eles, especialmente. Se os olhos não são abertos, a luz não é percebida; ela é indiferente, o receptor (no caso, o discípulo) é que deve ser ativo. A partir disto, o receptor poderá perceber o mundo à sua volta. Mesmo sem ação intencional, a luz se faz necessária; da mesma forma, o mestre. O discípulo tem de fazer tudo no processo, ser ativo no processo, senão se torna um marionete nas mãos do mestre; não existindo evolução e sim um esteriótipo. Nenhum mestre verdadeiro aceitaria tal fato.

Segundo Osho, um mestre pode dar todo o seu ser, mas somente como presença, não como uma ação. Um mestre autêntico jamais faz coisa alguma. Ele se disponibiliza de muitas maneiras; ensina como estar disponível, aberto e receptivo.

O mestre está presente e disponível, em sua radiação tudo começa a crescer. Mas ele não toca em você, ele deixa você ser aquilo que você já é; qualquer que seja o seu destino, você não deverá ser levado para fora dele. O mestre pode estar conectado com muitos discípulos, mas a conexão é essencial, não organizacional; cada discípulo está conectado com o mestre por sua capacidade individual.

O espaço e tempo não fazem qualquer diferença na relação mestre- discípulo porem, como os discípulos tem, ainda, muitos desejos e expectativas, tem-se a impressão que espaço e tempo existem. Eles não fazem diferença, mas a expectativa da iluminação é suficiente para dar esta falsa impressão. O segredo do aprendizado é abandonar todas as ambições, pois não há nada para ser alcançado.

Quando Sidarta Gautama morreu foi um grande choque para todos os discípulos, mesmo para o mais próximo, Ananda. Porem, os discípulos Manjushri, Vimal Kirti e Sariputtra permaneceram completamente silenciosos, como se nada estivesse acontecendo. Eles não eram duros nem frios, simplesmente já tinham cruzado a barreira entre mestre e discípulo; eles entraram na consciência do mestre ou permitiram que a consciência do mestre entrasse neles, o que quer dizer a mesma coisa: os dois desapareceram e agora existe apenas um. O problema é: deseje demais a iluminação e você a perderá, retenha em algum lugar do seu inconsciente o desejo de alcançá-la e você não alcançará.

Esquecendo tudo sobre iluminação, vivendo no presente; onde quer que você esteja, o mestre estará com você, a dualidade deixa de existir: as duas chamas se tornarão uma. Na dualidade existe discípulo e existe mestre, na não-dualidade isto desaparece; o que permanece é apenas a pura consciência.

Boa Reflexão.

Oss.


Baseado nos textos de Osho,
em Beyond Enlightenment



2012-09-26

UM CARINHO AOS QUE AQUI VEM






http://www.youtube.com/watch?v=rfKigD3vY8A&feature=related


SER O AMOR QUE SE PREGA







Procure aperfeiçoar sua amizade com umas poucas almas.

Quando for capaz de lhes dar amizade verdadeiramente incondicional, seu coração estará pronto para oferecer amizade perfeita a todos.

E quando conseguir fazer isso, você se tornará divino - como Deus e as grandes almas, que dão amizade a todos os seres, independentemente da personalidade deles.

Amizade que se restringe a apenas uma ou duas almas, excluindo as outras, é como um rio que se perde nas areias...jamais alcança o oceano.

O rio da amizade divina se alarga enquanto flui, para adiante, poderoso e verdadeiro, até desaguar, afinal, na oceânica presença de Deus.


(Paramhansa Yogananda )


(...)


http://www.almasdivinas.com.br/conduta_humana/aperfeicoar_espirito_amizade_incondicional.htm j

2012-09-21

PUNJA






Puja, ou adoração, trata-se de uma série de rituais realizado nos altares das famílias indianas ou nos templos consagrados, podendo ser sofisticados ou simples.

Quando ele é simples adoração de D'us, ele consiste na reunião das pessoas para o canto de musicas devocionais, acompanhado de instrumentos musicais, bem como para escutar sobre a filosofia e discurso dos Puranas, e para distribuir prashada ( ou alimento sagrado no final da sessão ).

Um Kirtana é um misto de cantos, ato de contar histórias e oferecer adoração a deidade com flores e vários tipos de alimentos.

Puja, o ritual de adoração é muito mais sacramental quando feito com longos upaharas, ou serviços que são realizados na adoração da deidade.


Diversos templos tradicionais decidem o número de upacharas para serem realizados, mas, quase em todos os lugares da Índia há uma certa base que constitui a adoração.

Entre eles está Prabodha, ou o despertar da deidade; Snana, a cerimônia de banho da deidade, Avahana, convocação da deidade; Arcaka, ou as boas vindas; Pradaskhina, a circum-ambulação; Naivedya, oferenda de alimento; Aarti, a lâmpada de adoração; Prarthana, a prece e Visarjana, a despedida.

Nestes Upacharas básicos, a deidade é " desperta " com música e hinos de louvor.

O Nirmalya, ou as flores e folhas que foram usadas cedo, são descartadas e o santuário é limpo.

A cerimônia de banho é feita para um pequeno ídolo 'representativo', usando materiais aromáticos como o açafrão e o sândalo. Então a deidade é vestida com paramentos novos, e são decoradas com ornamentos.

Depois, a deidade é convidada pelo toque de sinos e pelo sopro do búzio.

A partir de então, a deidade recebe as boas vindas mediante o presente de guirlandas, oferecendo-se um assento e ofertando-se água para lavar Seus pés e para depois aspergir nos rituais.

Puja é uma oferta com a mente concentrada e os sentidos energizados para honrar a D'us.

O Puja inclui a recepção e um convite para D'us como sendo nosso convidado de honra em nossa casa.

Para realizar a adoração, vários vasos tradicionais são utilizados nas casas e templos Hindus. Eles são feitos de metais preciosos, cobre ou latão.

Seus formatos, apesar de ser o mesmo ao redor de toda a Índia, variam de forma marginal, de região para região.

Os itens utilizados para a adoração são:


Samai

Samai_2


É uma lamparina de óleo amplamente adornada com flores numa tigela. A lamparina possui vários canais onde são colocados os dip, os pavios de algodão embebido em ghee.

Há um suporte para sustentar a lamparina para evitar que pingue. Os tipos de Samai diferem de região para região. Dip-Lakshmi, a lâmpada da deusa está associada com a prosperidade.


Arati



é arranjado numa bandeja de metal circular, com cinco lâmpadas de ghi, chamadas de nirañjanas, dispostas ao redor e untadas com ghi ou óleo.



arati


Quando acesas estas lâmpadas são usadas em movimentos circulares, da esquerda para a direita, diante da deidade enquanto são realizados sons ou cantos devocionais.

Aarti é um ato de veneração e amor. Eles são feitos para as crianças nos dias dos seus aniversários, para um casal recém casado, ou como sinal de boas vindas para os convidados, e para os membros da família em ocasiões especiais.


Achamani

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É uma pequena colher utilizada para banhar os ícones. Há uma pequena tigela ligada ao seu cabo, usualmente no formato de um capelo de serpentes.


Pañchapatri



É como um pequeno tambor no qual é colocado água ou leite e é usado como achamani. Ele é decorado com vários motivos, em cobre ou prata.

Tanto o panchapatri como o achamani podem ser feitos de prata.


Gantha


É uma sineta feita de metal, cobre ou prata, e é usada durante os rituais, ou enquanto é cantado os aartis (adoração à deidade).

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Os sinos são considerados sagrados na cultura indiana. Eles são de vários desenhos e estilos, e de diferentes metais, incluindo os de cinco metais, chamados de pañchaloha.

Encontram-se muitos sinos na Índia, nos templos e igrejas antigos, e eles tocam pela manhã e ao anoitecer, para celebrar um elo entre o homem e a divindade.


Kalash

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É um pote cheio com um coco e adornado com folhas de manga, sendo uma representação popular Deus.


Tamhan


Tamhan


É um pote cheio com um coco e adornado com folhas de manga, sendo uma representação popular Deus.


Shankh


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É uma grande concha que é adorada como um símbolo de Vishnu. Ela é assoprada em rituais para acalmar Deus.


Pañcamrita


(Cinco néctares) são usado nos rituais de banho das deidades, sendo feito de uma mistura em partes iguais de água, leite, iogurte, açúcar, mel e ghi.

Frutas frescas e secas, ou alimentos cozidos, são oferecidos para D'us, sendo conhecidos com o nome de Naivedya e quando são distribuídos aos devotos são chamados de Prashada (restos do Senhor).

A água sagrada é distribuída como puja, é chamada de tirth.


Phull



Cada deidade tem a sua flor favorita. Nos rituais, as flores são escolhidas pelos suas cores, flagrância e beleza.

A folhas de várias árvores e plantas, as quais são consideradas sagradas, são utilizadas.

Guirlandas são feitas em inumeráveis desenhos e feitios, decorando as portas das casas ou dos templos nos dias de festival. 


Narayani Puja
Narayani Puja Dhup

Essências aromáticas, varetinhas de incenso ou agarbattis, cânfora, pasta de sândalo e açafrão são extensivamente usados na adoração, e são oferecidos, também, para criar uma atmosfera agradável.

Outros materiais de puja
– pós coloridos como o kumkum (cúrcuma vermelho forte), haldi (turmeric), sindur (ocre), abir e gulal são utilizados para untar as deidades.

30 01 Interior do Mercado de Mysore

Arroz sagrado ou akshata, é feito pela mistura de arroz, kumkum e um pouco de água. Cocos, folhas de betel e nozes são oferecidas, tanto para Deus como para honrar convidados em festivais de adoração.

Rañgoli é predeterminadamente desenhado num padrão de cores e desenhos para pujas específicos, e sua arte segue princípios matemáticos c omplexos.


Prasada



Entre os alimentos oferecidos para Deus encontra-se uma grande variedade de frutas secas, açúcar e arroz descascado.

Cada um dos alimentos é igualmente aprazível para Deus, como tudo oferecido a divindade origina-se do Seu poder criativo. Todos os alimentos eventualmente são chamados prashada ou bênção.

Seguindo-se a isso vem a circum-ambulação, ou caminhada ao redor da deidade com as mãos postas, então se oferecendo alimento e água perfumada suavemente, tudo isso meio a aromas de flores e incenso.

O alimento assim oferecido é mais tarde distribuído para os devotos como prashada, e crê-se que neles há grande poder de bênçãos.

Aarti, e o acompanhamento de prarthana formam um pedido coletivo para a deidade conferir saúde, riqueza e sabedoria.

Os rituais de adoração terminam quando a deidade despede-se pelo canto de mantras.

Fonte do artigo: www.hinduismo.prg.br



2012-09-19








Uma humilde homenagem e um breve resumo


*Para muitos pode ser incompreensível a existência de um ser tão magnifíco, mas aqueles que abrem o coração ao grande mistério, recebem seu toque sublime e em algum momento de suas vidas, sentem sua presença amorosa.*


Transcrição do livro
Autobiografia de um Yogue:

"Os penhascos do Himalaia ao norte, perto de Badrinarayan, ainda são abençoados pela presença viva de Bábají, guru de Láhiri Mahásaya. O recluso mestre conserva sua forma imortal há séculos, talvez milênios. O imortal Bábají é um avatára, que em sânscrito significa a descida da Divindade.

Um avatar não está sujeito à economia universal; seu corpo puro, visível como imagem de luz, acha-se livre de qualquer dívida com a natureza.

O olhar casual talvez não veja nada de extraordinário na forma de um avatar, mas este não projeta sombra nem deixa qualquer pegada no chão. Estas são provas externas, simbólicas, de se haver liberado interiormente da treva e da escravidão à matéria.

A falta de referência histórica a Bábají não nos deve surpreender.

O grande guru jamais apareceu ostensivamente em qualquer século; o equívoco brilho da publicidade não tem lugar em seus planos milenares.

Semelhante ao Criador, único mas silencioso poder, Bábají opera em humilde anonimato.

Grandes seres como Cristo e Krishna vêm ao mundo com um objetivo específico e espetacular; e partem assim que o realizam.

Outros avatares, como Bábají, incumbem-se de obras relacionadas com o lento progresso evolutivo do homem através dos séculos.

Tais mestres sempre se ocultam ao olhar grosseiro do público e têm o poder de se tornar invisíveis à vontade. Por estas razões, e porque geralmente instruem seus discípulos para que mantenham silêncio a respeito de si, algumas figuras espirituais do mais alto porte permanecem desconhecidas para o mundo.

Este avatar usa geralmente o idioma hindu, mas conversa facilmente em qualquer língua.

O imperecível guru não mostra sinais de idade em seu corpo. Parece um jovem de 25 anos, não mais. De epiderme clara, o belo e vigoroso corpo de Bábají irradia um brilho perceptível. Seus olhos são pretos, serenos e ternos; seu longo e lustroso cabelo é cor de cobre.

Bábají pode ser visto ou reconhecido somente quando assim o deseja.

Sabe-se que ele aparece sob formas pouco diferentes, a vários devotos.

Seu corpo incorruptível não requer alimento; o Mestre por isso raramente come.

Ao visitar discípulos, num gesto de cortesia, aceita ocasionalmente frutas ou arroz cozido em leite e manteiga.

Um ávatar vive no espírito onipresente; para ele não existe distância ao inverso quadrado. Portanto, só um motivo existe para que Bábají conserve sua forma física de século para século: o desejo de dar a humanidade o exemplo concreto de suas próprias possibilidades.

Desde o início Jesus conhecia a sequência de sua vida; percorreu cada etapa não em proveito próprio, devido a qualquer compulsão cármica, mas unicamente para soerguer e alentar os seres dotados de reflexão.

Também para Bábají não há passado, presente e futuro - categorias relativas- pois desde o princípio ele conhecia todas as fases da sua vida.

Bábají foi escolhido por Deus para permanecer em seu corpo, enquanto durar este ciclo do mundo. As eras hão de vir e de findar. O mestre imortal porém, contemplando o drama dos séculos, sempre estará presente no palco terrestre.

Láhiri Mahásaya afirmou, que sempre que se pronuncie com veneração o nome de Bábají, o devoto atrai uma benção espiritual instântanea.

* No primeiro encontro entre Bábají e Láhiri, Bábají prometera que apareceria sempre que Láhiri o chamasse, entretanto, após alguns chamados inesperados, (narrados com humor adorável no livro de Yogananda), Bábají alterou o tom da promessa: "doravante não virei mais sempre que me chamar, mas sempre que "precisar" de mim...."*

Assim foi que pouco depois, numa viagem curta de férias profissionais, Láhiri foi a uma Kumbha Mela (festa espiritual nas ruas; comum na India). Ao vagar entre a multidão de monges e sádhus,notou um asceta coberto de cinza, que segurava uma escudela de mendingo. Em sua mente surgiu o pensamento de que o homem era hipócrita, por usar símbolos exteriores de renúncia, sem a graça interna correspondente.

De repente, seu olhar surpreendido caiu em Bábají, ajoelhado diante de um anacoreta de cabelos emaranhados.

"Senhor, que faz aqui?"

"Estou lavando os pés deste homem de renúncia, e depois lavarei seus utensílios de cozinha. - Respondeu Bábají com um sorriso de criança".

"Compreendi então que me indicava sua vontade de que eu a ninguém criticasse, porém visse o Senhor residindo igualmente em todos os templos-corpos, fossem de homens superiores ou inferiores.

"E acrescentou Bábají, o grande guru: servindo a sádhus ignorantes e sábios, estou aprendendo a maior das virtudes, a que agrada a Deus acima de todas as outras - a humildade".

* Naturalmente que transcrevi aqui apenas um minúsculo resumo, pois na autobiografia encontramos relatos muito mais ricos de cenas esplêndidas sobre Bábají e ainda assim, apenas alguns fatos que ele próprio permitiu - conforme afirma Yogananda - por serem convenientes e úteis à divulgação pública. Mais dados sobre Bábaji voce encontra no próximo link e em "A chave de Kriya".








II

(Trechos transcritos da Autobiografia de um Iogue Paramahansa Yogananda)


O estado espiritual de Bábají está além da compreensão humana. A raquítica visão do homem não pode penetrar através de sua estrela transcendental.

Procura-se em vão imaginar o alcance de um avatar. É inconcebível.

A missão de Bábají na India tem sido a de dar assistência aos profetas na execução das tarefas específicas que a vontade divina lhes atribui.

Qualifica-se assim, como aquele que as Escrituras chamam de Mahávatár (Grande Avatar). Ele afirmou ter dado a iniciação iogue a Shânkara,reorganizador da Ordem dos Swâmis, e a Kabir, famoso mestre medieval.

Seu principal discípulo no século 19, como sabemos, foi Láhiri Mahásaya,que infundiu vida nova à perdida arte de Krya.

Bábají vive em comunhão com Cristo; juntos enviam vibrações redentoras e juntos planejaram a técnica espiritual de salvação para esta época.

O trabalho destes dois mestres completamente iluminados - um com corpo, e o outro sem - é inspirar as nações a renunciarem às guerras, aos ódios de raça, ao sectarismo religioso e ao materialismo, cujos males atuam como bumerangues.

Swâmi Kebalananda, meu santo instrutor de sânscrito, passou algum tempo com Bábají no Himalaia.

" O incomparável mestre move-se com seu grupo, de um lugar a outro nas montanhas - disse-me Kebalananda. - Seu pequeno séquito conta com dois discípulos americanos sumamente adiantados.

Depois de permanecer em certa localidade por algum tempo, Bábají diz: "Dera danda uthao" (levantemos nosso báculo e acampamento).

Ele carrega um danda (báculo de bambu). Suas palavras são o sinal para o grupo mover-se instantaneamente a outro lugar. Nem sempre ele emprega o método de viagem astral; às vezes vai a pé, de cume a cume."




"Conheço dois assombrosos incidentes da vida de Bábají - prosseguiu Kebalananda.

Estavam seus discípulos sentados, certa noite, em torno de uma enorme fogueira que ardia para uma cerimônia védica sagrada. O guru, de súbito, agarrou uma acha incandescente e golpeou de leve o ombro de um chela, próximo ao fogo."

"- Senhor, que crueldade! - Láhiri Mahásaya ali presente, fez esta censura."

"- Voce preferia ve-lo arder até ficar em cinzas, segundo o decreto de seu carma passado?"

"-Com estas palavras, Bábají colocou sua mão curadora sobre o ombro desfigurado do chela:" - Livrei-o esta noite, de uma dolorosa morte. A lei cármica cumpriu-se satisfatóriamente com seu leve sofrimento pelo fogo."

"Em outra ocasião, o santo grupo de Bábají foi perturbado pela chegada de um estranho. Com admirável habilidade, ele escalara os penhascos até a plataforma quase inacessível, próxima ao acampamento do guru."

"- O senhor deve ser o grande Bábají. - O rosto do homem iluminara-se com inexprimível veneração. - Estou à sua procura, sem desistir, durante meses, entre esses rochedos proibitivos. Suplico-lhe, aceite-me como discípulo."

"Como o grande guru não desse resposta, o homem apontou para o abismo revestido de rochas, abaixo da plataforma. - Se recusar, eu me atirarei desta montanha.

A vida não terá mais valor para mim, se não puder obter sua direção espiritual em minha busca de Deus.

"- Então salte - disse Bábají sem emoção. - Não posso aceitá-lo em seu atual estado de desenvolvimento."

"O homem arremessou-se do penhasco imediatamente. Bábají deu instruções aos díscipulos surpresos para trazerem o corpo do desconhecido.

Quando regressaram com a forma destroçada, o mestre colocou a mão sobre o morto. Milagre! ele abriu os olhos e prostrou-se com humildade ante o guru onipotente."

"- Agora voce está pronto para o discipulado. - Bábají sorriu com afeto para o ressucitado chela. - Voce passou corajosamente a difícil prova. (era um teste de obediência. Quando o mestre iluminado ordenou: "salte", o homem obedeceu. Se hesitasse, renegaria sua afirmação de que considerava a vida destituída de valor sem a orientação de Bábají. Por isso, apesar de drástico e invulgar, o teste foi perfeito naquelas circunstâncias.)"

"- A morte não voltará a tocá-lo; agora voce é um dos imortais de nosso rebanho."

" A seguir, pronunciou a costumeira ordem de partida:"Dera danda uthao"; o grupo inteiro sumiu da montanha."



 

Um avatar vive no Espírito onipresente; para ele não existe distância inversa ao quadrado. Portanto, só um motivo existe para que Bábají conserve sua forma física, de século para século: o desejo de dar à humanidade o exemplo concreto de suas próprias possibilidades. Se ao homem jamais fosse concedido vislumbrar a Divindade revestida de carne, ele permaneceria oprimido pela pesada ilusão (máya) de que não pode transcender sua condição mortal.







(Do Livro Autobiografia de um Iogue)


Aos 33 anos, Láhiri Mahásaya viu cumprir-se o designio para o qual se reencarnara na terra. Encontrou seu grande guru, Bábaji, perto de Ranikhet, no Himalaya e foi por ele iniciado em Kriya Yoga.
O rio celestial de Kriya Yoga começou a fluir das secretas fortalezas do Himalaia para as ressequidas moradas dos homens.


( Nota: Láhiri Mahásaya era funcionário do Departamento de Engenharia Militar do governo inglês em Danapur e recebeu um telegrama da matriz com inesperada transferência para Ranikhet, no Himalaia, distante 800 quilômetros, onde era instalada nova base militar.  )

"Meu trabalho burocrático não era absorvente; eu podia passar horas perambulando pelas montanhas.

Durante um passeio a esmo nas primeiras horas da tarde, fiquei assombrado ao ouvir uma voz longínqua chamar pelo meu nome.

Continuei com vivacidade e vigor, minha ascensão ao Monte Drongiri.

Cheguei por fim, a uma pequena clareira, em cujos limites se abria uma pequena fileira de cavernas. Num dos bordos rochosos encontrava-se um rapaz sorridente, com a mão estendida para cima, em gesto de boas-vindas. Notei com espanto que, excetuando seu cabelo cor de cobre, ele mostrava notável semelhança comigo.

-Láhiri, voce chegou!

- O santo dirigia-se a mim afetuosamente em hindi.

- Descanse aqui, nesta caverna. Fui eu quem o chamou.

-Entrei na pequena gruta limpa, contendo diversas mantas de lã e algumas escudelas para água.

- Láhiri, lembra-se deste assento? O iogue apontou para um cobertor dobrado no canto da gruta.

- Não, senhor. - Algo confuso pela estranheza de minha aventura, acrescentei: - Devo ir-me agora, antes do crepúsculo. Tenho o que fazer pela manhã no escritório.

O misterioso santo respondeu em inglês: - O escritório foi trazido para voce e não voce para o escritório.

Emudeci, aturdido por este asceta da floresta não só falar inglês mas também parafresear as palavras de Cristo.

-Vejo que meu telegrama surtiu efeito.

- O comentário do iogue era incompreensível para mim; indaguei o que significava.

- Refiro-me ao telegrama que o trouxe a estas regiões isoladas. Fui eu quem silenciosamente sugeriu à mente de seu chefe esta transferência para Ranikhet. Quando alguém sente a sua unidade com os homens, todas as mentes se convertem em estações transmissoras, através das quais se é possível operar à vontade.

- Ele acrescentou: Láhiri, esta caverna lhe parece familiar, não é?

Enquanto eu permanecia em desnorteado silêncio, o santo aproximou-se e delicadamente golpeou minha testa. Sob esse toque mágico, uma corrente maravilhosa atravessou-me o cérebro, revivendo as doces recordações latentes de minha vida anterior.

- Recordo-me! Minha voz se afogava em soluços de alegria. - O senhor é meu guru Bábaji, que sempre me pertenceu!

Enquanto inefáveis reminiscências me subjugavam, eu, em lágrimas, abraçava os pés de meu mestre.

- Durante mais de tres décadas esperei que voce regressasse a mim!

A voz de Bábaji vibrava de amor celestial.

-Voce deslizou para longe, desaparecendo nas ondas tumultuosas da vida-pós morte. Mas embora voce me perdesse de vista, eu nunca o perdi! Através da escuridão, tempestades, marés e luz eu o segui, como ave materna escoltando o seu filhote. Quando sob a forma de um menino, voce chegou ao término de sua existência intra-uterina, e nasceu para este mundo, meu olhar o acompanhava ainda, sempre.

Quando, em sua infância, voce cobriu com as areias seu diminuto corpo em posição de lotus, eu estava invisível, mas presente. Mes após mes, ano após ano, cheio de paciência zelei por voce, aguardando este dia perfeito. Agora voce está aqui comigo!

- Meu guru, que posso dizer? Onde alguém já soube de semelhante amor imperecível? Extasiado contemplei longamente meu perpétuo tesouro, meu guru na vida e na morte.

- Láhiri, voce necessita de purificação. Beba o óleo desta escudela e deite-se à margem do rio.

Pensei com rápido sorriso de reminiscência, que a sabedoria prática de Bábaji se adiantava sempre, como mastro de proa.

Obedeci às instruções. Embora a fria noite do Himalaia viesse descendo, uma quentura, uma radiação confortadora, começou a pulsar dentro de mim. Maravilhei-me.

Estaria o óleo desconhecido impregnado de calor cósmico?

Muitas horas passaram rapidamente; memórias desvanecidas de uma existência anterior entrelaçavam-se ao atual e brilhante paradigma de reunião com meu divino guru.

Minhas solitárias cismas foram interropidas pelo som de pisadas que se aproximavam. Na treva, gentilmente, a mão de um homem me ajudou a levantar e deu-me alguma roupa seca.

-Venha irmão - disse meu companheiro. - O mestre o espera.

Ao chegar a uma volta do caminho, a noite sombria foi repentinamente iluminada por um esplendor estável na distância.

Será o nascer do sol? - perguntei. - Uma noite inteira já se passou?

- É meia noite. - Meu guia riu suavemente.


- Aquela luminosidade é a cintilação de um palácio de ouro, materializado aqui, esta noite, pelo incomparável Bábaji.

No obscuro passado, voce uma vez expressou o desejo de desfrutar as belezas de um palácio. Nosso mestre está agora satisfazendo esse desejo seu e livrando-o assim do último laço de seu carma. O magnifíco palácio será o cenário de sua iniciação esta noite, em Kriya Yoga. Todos os seus irmãos aqui, se reunem num hino de júbilo pelo fim de seu exílio. Contemple-o!

Erguia-se diante de nós, um vasto palácio de ouro rutilante. Com adornos de incontáveis jóias, situado entre jardins paisagísticos, refletidos em lagoas tranquilas - um espetáculo de beleza ímpar!

Segui meu companheiro até um espaçoso vestíbulo de recepção. Aroma de incenso e rosas flutuava no ar; lâmpadas veladas esparziam um brilho multicolorido. Pequenos grupos de devoltos, alguns de pele clara, outros de epiderme escura, cantavam ou sentavam em silêncio, imersos em íntima paz. Uma alegria vibrante impregnava a atmosfera.

- Olhe e regale-se; desfrute os esplendores artísticos do palácio, pois foi criado exclusivamente em sua honra - comentou meu guia, sorrindo com simpatia às minhas exclamações de assombro.

Irmão - disse eu, a beleza desta estrutura ultrapassa os limites da imaginação humana. Por favor, explique-me o mistério de sua origem.

Os negros olhos de meu companheiro brilhavam de sabedoria.


- Nada existe de inexplicavel acerca desta materialização. O cosmo inteiro é uma projeção do pensamento do Criador. Este pesado torrão de terra, flutuando no espaço, é um sonho de Deus.

Ele extraiu de Sua mente todas as coisas, assim como o homem, durante o sonho, reproduz e infunde vida a um mundo povoado de criaturas. Primeiramente, o Senhor criou a terra no plano da idéia. Insuflou-lhe vida; a energia atômica e depois a matéria passaram a existir. Ele coordenou os átomos da terra de modo a formar uma esfera sólida. A vontade de Deus mantém a coesão de todas as moléculas. Quando Ele retirar Sua vontade, todos os átomos da terra se transformarão em energia. A energia atômica regressará à sua fonte: a Consciência.

A idéia "terra"não mais terá existência objetiva.

A substância de um sonho se mantém materializada graças ao pensamento subsconsciente do sonhador. Quando este pensamento coesivo se retira, porque o homem despertou,o sonho e seus elementos se dissolvem. Um homem dorme e erige uma criação-de sonho que ele desmaterializa sem esforço ao despertar. Imita o exemplo arquetípico de Deus. Assim também, quando acorda para a Consciência Cósmica, ele desmaterializa sem esforço a ilusão que é o universo, sonho-cósmico.

Sintonizado com a infinita Vontade onipotente, Bábaji pode ordenar aos átomos elementares que se combinem e assumam qualquer forma.

Este palácio de ouro, instantaneamente criado, é real - no mesmo sentido em que o nosso planeta é real. Bábaji tirou de sua própria mente esta bela mansão e está mantendo unidos os átomos pelo poder de sua vontade, assim como o pensamento de Deus criou o nosso planeta e Sua vontade o mantém. Quando esta estrutura tiver servido a seu objetivo, Bábaji a desmaterializará.

Quem quer que alcance a consciência e a experiência de filho de Deus, como Bábaji, pode atingir qualquer objetivo com os infinitos poderes dentro de si. Uma pedra contém secretas e estupendas energias atômicas; assim também o mais ínfimo dos mortais é uma central elétrica de divindade.

Nosso grande guru criou este palácio, solidificando miríades de raios cósmicos livres.

Apalpe este vaso e seus diamantes; eles suportam com êxito qualquer teste da experiência sensorial.

Examinei o vaso. Suas jóias eram dignas da coleção de um rei. Deslizei minhas mãos pelas paredes da sala, espessas de ouro reluzente. Grande satisfação mental empolgou-me.

Um desejo, oculto em minha subconsciência desde vidas pretéritas, parecia, simultaneamente, saciar-se e extinguir-se.

Meu sábio companheiro guiou-me, através de arcos e corredores ornamentados, até uma série de câmaras ricamente mobiliadas em estilo de palácio imperial. Penetramos num salão imenso. No centro achava-se um trono de ouro, incrustrado de jóias que emitiam faiscante mistura de cores. Ali, em posição de lótus, sentava-se o supremo Bábaji.

Ajoelhei-me a seus pés, no soalho lustroso.

- Láhiri, voce ainda se regala com seu desejado palácio de ouro?

Os olhos de meu guru cintilavam como suas próprias safiras.

- Acorde! Todos os seus anseios terrenos estão a ponto de extinguir-se para sempre!.

Ele murmurou algumas palavras místicas de benção.

- Levante-se meu filho. Receba sua iniciação no reino de Deus, por meio de Kriya Yoga.

Bábaji estendeu a mão, um fogo de homa (sacrifício) surgiu, cercado de flores e frutas.

Recebi a libertária técnica de ioga em frente a este altar flamejante.

O ritual acabou ao despontar a aurora. Em meu estado de êxtase, não sentia necessidade de dormir.
Vaguei pelas salas do palácio, repleto de tesouros e de requintados objetos de arte, e visitei os jardins.

Entrando de novo no palácio, busquei a presença de meu mestre. Ele ainda achava-se sentado no trono, rodeado de muitos discípulos quietos.

- Láhiri, voce está com fome. Feche os olhos.

Quando os reabri, o palácio encantado e seus jardins haviam desaparecido. Os corpos de Bábaji e de seus discípulos, e o meu próprio, encontravam-se agora todos sentados na terra nua, no lugar exato do palácio esvanecido, não muito longe das aberturas ensolaradas das grutas rochosas.

- O palácio já serviu ao propósito para o qual foi criado. E ergueu do chão um recipiente de barro. - Ponha sua mão aqui e receberá o alimento que desejar.

Toquei a tigela; surgiram pães quentes fritos em manteiga, caril e frustas cristalizadas.

Ao come-los, notei que a tigela continuava sempre cheia. No fim da refeição, olhei em volta, procurando água.
Meu guru apontou para a tigela diante de mim. O alimento sumira; em seu lugar havia água.

- Poucos sabem que o reino de Deus inclui o reino das satisfações mundanas. - observou Bábaji - O reino divino estende-se ao terrestre, mas este, ilusório por natureza, não contém a essência da Realidade.

Bem amado guru, ontem à noite, recebi a prova do vínculo de beleza entre o céu e a terra!

Sorri à recordação do palácio desaparecido. "




*Continuação de O Grande Encontro - narrativa de Láhiri Máhásaya, descrita no livro Autobiografia de um Iogue *


" Serenamente fitei o atual cenário, em absoluto constraste com o anterior.
*materialização do palácio de ouro*


O solo árido, o céu por teto, as cavernas oferecendo abrigo primitivo - tudo parecia formar uma graciosa paisagem natural para os santos seráficos que me rodeavam.

À tarde, estava sentado em minha manta, santificada pelo acúmulo de realizações de existências anteriores, quando meu divino guru aproximou-se e passou a mão sobre minha cabeça.

Entrei no estado de nirbikalpa samádhi, permanecendo ininterruptamente em beatitude durante sete dias.

Cruzando os estratos sucessivos do autoconhecimento, penetrei nos reinos imortais da realidade.

Transcedidas todas as limitações ilusórias, minha alma estabeleceu-se inteiramente no altar do Espírito Cósmico.

No oitavo dia caí aos pés de meu guru e supliquei-lhe que me conservasse sempre junto a si naquele ermo sagrado.

- Meu filho - disse Bábaji abraçando - me - seu papel nesta encarnação deve ser representado aos olhos das multidões.

Abençoado desde antes de seu nascimento, por muitas vidas de meditação solitária, voce deve misturar-se agora ao mundo dos homens.
O fato de voce só me ter encontrado, nesta encarnação, quando já era um homem casado, com família modesta e responsabilidades profissionais, tem um sentido profundo.

Voce deve por de lado essa idéia de reunir-se a nosso grupo secreto no Himalaia.

Voce viverá entre a multidão da cidade para servir de exemplo: símbolo do iogue que é também chefe de família.


Os gritos de muitos homens e mulheres desnorteados neste mundo sensibilizaram os ouvidos das Grandes Almas - prosseguiu ele.
 
Voce foi o escolhido para brindar consolo espiritual através de Kriya Yoga a numerosas criaturas que buscam Deus sinceramente. A milhões de seres sobrecarregados por laços familiares e pesados deveres mundanos, voce inspirará nova coragem, quando virem em voce um chefe de família como eles.

Nenhuma necessidade o obriga a abandonar o mundo, pois internamente voce já desatou os laços karmicos.

Não sendo deste mundo, nele, entretanto, voce deve permanecer.

Muitos anos ainda decorrerão, em que haverá de cumprir conscienciosamente seus deveres domésticos, profissionais, cívicos e espirituais. Novo e doce alento de divina esperança penetrará nos áridos corações dos homens mundanos.

Eles compreenderão, pelo exemplo de seu equilibrio, que a liberação depende mais de renúncias internas do que externas.


A Kriya Yoga que estou oferecendo ao mundo, por seu intermédio neste século, é um renascimento da mesma ciência que Krishna deu a Arjuna, há milênios; e a que foi posteriormente conhecida por Patânjali e Cristo, e por São João, São Paulo e outros discípulos.

Conceda a chave de Kriya somente a chelas (aprendizes)qualificados - disse Bábaji. - Quem promete sacrificar tudo na busca do Divino, está apto a desvelar os mistérios finais da vida através da ciência da meditação.

- Guru angélico, o senhor já prestou um benefício a humanidade com a ressureição da perdida arte de kriya, não o aumentará abrandando as severas exigências para a aceitação do díscipulo?

Peço-lhe, permita instruir em kriya a todos os que buscam a Deus com sinceridade, mesmo que a princípio, não sejam capazes de devotar-se à completa renúncia interna.
Homens e mulheres do mundo, torturados, perseguidos pelo tríplice sofrimento ( *físico, mental, espiritual ) precisam de encorajamento especial.

Talvez nunca tentem caminhar para a liberdade se a iniciação em kriya lhes for vedada.


- Assim seja -respondeu Bábaji. A vontade divina se expressou por seus lábios. Dê Kriya livremente a todos os que humildemente solicitarem auxílio."
 
Após um silêncio, Bábaji acrescentou: - Repita a cada um de seus discípulos esta soberana promessa do Bhágavad Gíta - até uma pequena prática deste rito, o salvará de um grande temor (os colossais sofrimentos inerentes aos ciclos de nascimento e morte)

* Ainda - segundo narrado por Paramahansa Yogananda - "Bábaji, compassivo, prometeu assumir responsabilidade, vida após vida, pelo bem-estar espiritual de todos os kriya yogis devotos e leais que fôssem iniciados por instrutores devidamente autorizados."

Láhiri Máhasaya multiplicou essa promessa de Bábaji, com amor, afinco e dedicação. E através de Yogananda a Kriya foi trazida ao ocidente, possibilitando seu acesso a inúmeras pessoas de todos os credos e nacionalidades .


- OM BABAJI OM! OM LAHIRI OM!








"Quando eu abandonar o mundo, este livro mudará a vida de milhões"



Após a primeira publicação de sua Autobiografia em 1946, Paramahansa Yogananda a revisou por inteiro e publicou uma versão final e completa em 1951, pouco antes de seu mahasamadhi em março de 1952. Em suas revisões finais, ele acrescentou incontáveis novos relatos, incluindo um último capítulo, como se estivesse a despedir-se do palco terrestre. E de fato, como previra, desde então este clássico espiritual vem mudando a vida de milhões, sendo permanentemente reimpresso pela Self-Realization Fellowship com tradução para 26 idiomas.


Best-seller consecutivo atravessando as décadas, a Autobiografia de um Iogue foi considerada com toda justiça, uma das obras espirituais mais influentes do século XX, e, ao que tudo indica, repetirá o feito no século XXI.


Pessoas de todos os credos, profissões e raças, testemunham ao longo dos anos, o quanto ampliaram suas percepções da vida e do universo espiritual, após o contato com este livro de Paramahansa Yogananda. Filiando-se ou não, à sua organização monástica, (SRF), praticando ou não, as técnicas de meditação ensinadas por ele, a unanimidade é geral : todos são tocados de uma maneira impactante desde as primeiras páginas do livro, que desperta um sentimento de amorosidade, entendimento, esperança e fé singulares. Mesmo céticos e ateus ao concluirem a leitura, sentem-se motivados a reverem conceitos, tamanha a surpresa diante de tanta sabedoria que descortina os mais complexos mistérios, em tom espirituoso, alegre e de fácil compreensão.


Um Divisor de Águas


Mais do que uma obra de raro teor espiritual, a Autobiografia de um Iogue torna-se um livro querido e considerado sagrado para muitos, o divisor de águas, o marco para transformações irreversíveis.


A partir daí um hábito se desenvolve: o livro passa a ser presenteado ou recomendado à todos que cruzam o caminho de seus leitores, sejam familiares, amigos ou simples conhecidos. E estes por sua vez, repetem o processo gerando uma reação em cadeia. Conserva-se o primeiro exemplar quase como uma relíquia, se emprestamos logo queremos de volta, até que para não mais emprestá-lo, (sob o risco de não ser devolvido), passamos a comprar vários exemplares para presentear.


Aos que se perguntam o que leva esta obra a ser tão amada, é simples explicar. Próximo ao fim de sua jornada terrena, quando perguntaram à Paramahansa Yogananda porque sua autobiografia tocava tanto as pessoas, ele respondeu :


" Porque meu espírito está neste livro "


É seu espírito apaixonado por Deus, vivo e luminoso, que sentimos nos conduzir de mãos dadas ao passeio por sua vida repleta de narrações inusitadas desde a infância, até seus dias finais em 1951, pouco antes de abandonar o templo físico.


Você está convidado a conhecer nas páginas seguintes, um pouco sobre a história deste best-seller, onde esperamos que sua alma possa sentir o toque amoroso do iluminado mestre.


Jai Yoganandaji!



FONTE: http://www.almasdivinas.com.br/autobiografia_de_um_iogue.htm