2012-02-22

Festa e Presente de Iemanjá








Data: 2 de fevereiro


No dia dois de fevereiro, a Bahia realiza uma das mais bonitas e concorridas festas de largo. A data é para comemorar Iemanjá, a deusa do mar, que também é uma das mais importantes orixás femininas do candomblé. Durante a madrugada, os pescadores fazem a abertura da festa com uma alvorada de fogos, que dá início às homenagens a Iemanjá.


As ialorixás e babalorixás fazem suas “obrigações” dedicadas à orixá, na Casa do Peso, na colônia de pescadores do Rio Vermelho.

A casa conta com a imagem da orixá e é lá onde ficam guardados centenas de cestos com presentes que serão levados ao mar no final da tarde por dezenas de embarcações. As oferendas deixadas pelo povo baiano e por turistas são muitas, normalmente perfumes, fitas, espelhos, sabonetes e flores, dentre outros agrados.


Além de entregar presentes, os fiéis costumam tomar banho de mar e depois participam da animada festa de largo que se estende por todo o dia, no bairro do Rio Vermelho. A festa tem a tradição de receber, além do povo baiano, artistas e muito turistas que não abrem mão de homenagear a Rainha do Mar.


http://verao.bahia.com.br/atracoes-do-verao/festas-populares/festa-e-presente-de-iemanja-22/


 
A VISÃO DE UMA CATÓLICA



2 de fevereiro, festa de Iemanjá em Salvador da Bahia


Fui outra vez na festa maravilhosa do Rio Vermelho aqui em Salvador, sozinha mesmo, eu fui e me diverti, me emocionei, levei a rosa branca no balaio para agradecer à Rainha do Mar, pedi proteção, coloquei os pés no mar, comi acarajé da Dinha, me espremi na multidão, dancei, fiz muitas fotos e alguns filminhos.


Difícil é selecionar só algumas das mais de 200 imagens que captei. Quem disse não dá pra ser feliz sozinho?





aproveito as pequenas felicidades que aparecem...vesti azul e branco, usei meu ilekê de Oxum para ela não ficar enciumada e lá fui eu! Odoya!


Iemanjá é festejada em vários lugares no Brasil inteiro, a festa maior é essa da Bahia, são lindas as demonstrações de carinho pela Orixá a beira-mar em todo o litoral.


Ela recebe vários nomes: Janaína, Inaê, Princesa de Aiocá e Maria.





imagem de Iemanjá no altarzinho na praia dos pescadores antes de sair para o mar em mais um dia de trabalho, o pescador pede proteção


É a única festa baiana que não tem origem no catolicismo e sim no candomblé.


São várias versões da origem dessa festa no 2 de fevereiro na praia dos pescadores do Rio Vermelho, conta-se que ali foi tirada do mar uma sereia, e depois disso houve abundância de peixes, por isso o agradecimento com presentes para Iemanjá, a sereia, rainha do mar, a mãe de todos os orixás.


Os presentes são flores, espelhos, pentes, perfume (água-de-cheiro seiva de alfazema) para a vaidosa Iemanjá.





o presente principal, feito por artistas plásticos, fica no caramanchão ao lado da Casa de Iemanjá, os balaios vão sendo cheios de flores e presentes levados pelas pessoas que enfrentam uma grande fila (eu levei mais de 1 hora na fila debaixo de sol forte), depois os balaios são colocados em barcos e levados a 400 metros da praia





dentro da caixa do presente principal vão as comidas para Iemanjá : manjar branco, bolo de arroz, cuzcuz de peixe, cocada branca, tudo bem arrumado e decorado como é de gosto da orixá





barquinhos com bilhetes, no maior capricho





a frente do presente principal





deixei minha rosa, agradecendo e pedindo proteção





na fila, quase chegando





tanto tempo na fila, fui clicando pra tudo que é lado!





baianas com lindas roupas





na cara que são turistas, é ou não é? com fé Iemanjá protege à todos!





no caramanchão o perfume de seiva de alfazema é forte no ar, todos que entram recebem um banho





esses senhores, na entrada do caramanchão me deram um banho da água-de-cheiro





repórteres fazendo matéria para a tv, ficou bem bacana para ver clique aqui


"Conta que se Iemanjá aceitar a oferta dos filhos marinheiros é que o ano será bom para as pescarias, o mar será bonançoso e os ventos ajudarão aos saveiros; se ela o recusar... ah! as tempestades se soltarão, os ventos romperão as velas dos barvos, o mar será inimigo dos homens e os cadáveres dos afogados boiarão em busca da terra de Aiocá". Se quiser saber sobre a história da festa de Iemanjá, clique aqui.





do caramanchão os balaios são levados à praia para serem embarcados vão para bem longe no mar... que Iemanjá aceite!





durante o dia inteiro os terreiros festejam na areia da praia





ao fundo a Casa de Iemanjá (telhado baixo sobre as pedras)





as 4 da tarde os barcos carregados de flores saem para o mar mas durante o dia todo muitas embarcações levam as pessoas para fazer sua oferta





céu azul, mar azul, tudo perfeito para a rainha do mar





desci para por os pés no mar e me mostrar pra orixá





tem muitas pedras em volta da Casa de Iemanjá, as pessoas vão pelas pedras se molhar no mar





na areia, pais e mães de santo dão bençãos com ervas e cheiros, axé!





no asfalto também tem!





igreja do Largo de Santana, parte central da festa





em frente ao Largo de Santana fica a Casa de Iemanjá sobre as pedras onde acontece a muvuca.





Na festa do Largo de Santana em frente à praia dos pescadores tem de tudo nas festas atualmente, gente de todo jeito, de todas as tribos, variadas comidas e bebidas, música de tudo que é tipo, desde os cantos do candomblé na areia da praia até sertanejo, acreditem! passando inclusive pelo rock, reggae, muita batucada, arrocha, pagode, samba, axé, tem pra todos os gostos, até techno tem!


É uma mistura que deixa tudo bonito, pelo menos aos meus olhos, porque tem quem não goste, eu adoro tudo isso!


Escolhi algumas fotos para tentar dar uma ideia do que é esta festa grandiosa de fé e alegria.


Sou católica, respeito todos os credos e aproveito o que tem de ensinamento em cada um, o candomblé nos ensina muito sobre a convivência, o respeito aos antepassados e à nossa origem, a família é essencial.


Além do mais gosto de ver rituais, sejam eles de que religião for, são sempre emocionantes, e se tem festa, melhor ainda!





a polícia de Salvador está em greve há dias, mas eu vi muito policiamento ostensivo a festa foi tranquila, o agito foi só pela alegria





gente, gente... muita gente!




muitos tipos interessantes que atraem o olhar





uma infinidade de coisinhas coloridas nos são oferecidas aos quatro cantos...





olha, não dá mesmo vontade de ir embora desse lugar! Só que depois de quase 6 horas caminhando ou em pé, meu joelho já estava gritando





então eu tive a brilhante ideia de cortar caminho para ir até onde eu pegaria o ônibus olha só onde me enfiei!


A rua que sai do largo do aracajé da Dinha e vai para a avenida estava apinhada, levei um tempão para atravessar e fui amassada, espremida, até que decidi encostar numa kombi, uma familia de baianos magrinhos teve a mesma ideia, mãe, filha pequena e um casal de velhinhos, alí ficamos nem sei quanto tempo até podermos sair, foi cheiro de tudo que é coisa passando pelo meu nariz!...kkkkk... mas faz parte de festa popular, quem não suportar isso não pode ir num lugar como esse.


Fiz uns videozinhos, a imagem em movimento mostra melhor o clima, apesar de serem sem qualidade, dá para ver como é um pedacinho da festa na areia da praia por volta do meio-dia começando o baile no final da tarde.





Fim da festa para mim e para essas lindas negras nas suas alvas vestes... ano que vem tem mais!
*
Editei esse post para fazer uma observação, eu havia pensado nisso, acabei não escrevendo, mas agora vai: a festa é linda, mas tem o lado feio, bem feio, o lixo que tudo isso faz, embalagens, copos descartáveis, latinhas pelos cantos, e ainda os objetos jogados no mar.


Flores em balaios são da natureza, podem ir para o mar a 400 metros de distância, o problema são os outros objetos que vão junto.


Talvez a religião precise se atualizar conforme as necessidades do nosso tempo, os governantes e administradores precisem tomar mais conta da cidade e as pessoas devem ter consciência para não sujar tanto o lugar onde vivem.


O tempo todo fiquei pensando por que a prefeitura não coloca enormes cestos de lixo, ou containers mesmo por todo o bairro da festa.


Procurei muito por lixeiras e quando encontrava estavam transbordando.


Fiquei pensando que se fosse exigido que a pessoa que for vender alguma coisa na festa, tivesse uma lixeira ao lado, facilitaria muito, porque não adianta a gente não querer jogar lixo na rua se não encontramos onde colocá-lo.


Pois bem, que haja festa, muita festa porque devemos festejar a vida, mas com organização para que não tenha esse lado feio.


Vem ai o carnaval, sabemos que o mar de Salvador sofre com a montanha de lixo jogada nele, principalmente na Barra, alguma medida precisa ser tomada.


http://juju-ano4.blogspot.com/



Revista RAIZ.
09 de fevereiro de 2009





Fotos Rosangela Cordaro


A cidade de Cachoeira, na Bahia, faz festa para Yemanjá no dia 15 de fevereiro


Por Alzira Costa


Para ver imagens da festa de Yemanjá de Rosangela Cordaro, clique aqui


O Povo de Santo de Cachoeira, cidade histórica do Recôncavo baiano, distante 110 km de Salvador, realiza no próximo dia 15 de fevereiro, domingo, a tradicional festa para Yemanjá que reúne devotos do candomblé de dezenas de terreiros de diversas cidades da região.


A manifestação organizada pela ACYO - Associação Cultural Yemanjá Ogunté - mobiliza diretamente cinquenta terreiros, e indiretamente, cerca de 400 na preparação e realização do evento que conta com a parceria da prefeitura por meio da Secretaria de Cultura e Turismo do município.


A programação da festa deste ano terá início às 10h com concentração para a entrega dos presentes no Porto de Cachoeira.


Às 15 horas, terá início o xirê (roda de cânticos e danças em homenagem aos orixás) com a participação de todos os devotos do candomblé presentes, e às 17 horas sai cortejo para a entrega das oferendas na Pedra da Baleia.


Para encerrar a celebração, estão programadas a partir das 19h, apresentações do Samba de Roda de Dona Dalva, Esmola Cantada, Samba de Roda Filhos do Caquende e show com o grupo Gêje Nagô.


TRADIÇÃO


- O presente coletivo para Yemanjá, considerada pelos fiéis do candomblé como a 'deusa das águas' e a 'mãe de todos os seres vivos existente na terra', é uma tradição de mais meio século, que foi retomada em Cachoeira, há três anos, por iniciativa de um grupo de sacerdotes, sacerdotisas e filhos de santo.


Para reverenciar Yemanjá, terreiros de todas as nações se unem nessa festa que atrai turistas de outros estados e também do exterior.


Para os integrantes da ACYO-Associação Cultural Yemanjá Ogunté, a festa "não se traduz simplesmente como um espetáculo cultural, e sim uma ação coletiva para se manter uma tradição que quase desapareceu".


Para celebrar o dia de oferendas para Yemanjá na cidade histórica, se unem à organização da festa grupos culturais de matriz africana de Cachoeira, São Félix, Muritiba, Maragojipe, Santo Amaro, Governador Mangabeira e Cruz das Almas e Conceição da Feira.


No dia da festa, apresentam-se ao ar livre, grupos de samba de roda, afoxés, capoeira e tocadores de atabaques (ogãs alabês) de vários terreiros.





OFERENDAS


- Os presentes para Yemanjá são depositados em balaios, sendo que cada terreiro prepara o seu próprio presente. Todas as pessoas que queiram homenagear a 'deusa das águas' também podem ofertar presentes, depositados em balaios colocados em um local próximo a margem do Rio Paraguaçu.


Após a realização do ritual do xirê (roda de cânticos e danças para todos os orixás), babalorixás, yalorixás e filhos de santo ainda sob o som dos atabaques, seguem com os balaios repletos para as embarcações que os levarão até a Pedra da Baleia, local considerado sagrado para o Povo de Santo do Recôncavo, no Rio Paraguaçu, entre as cidades de Cachoeira e São Félix. Milhares de pessoas se posicionam ao longo do


cais do porto para acompanhar essa grande manifestação de fé e de confraternização do Povo de Santo. Confirmada a aceitação do presente, os devotos retornam à terra firme para apresentações dos grupos culturais e de samba de roda.


Serviço:


Festa de Yemanjá


Dia 15 de fevereiro na cidade de Cachoeira, Bahia
A partir das 10h da manhã no Porto de Cachoeira
Ponto alto da festa: Às 17 horas (entrega dos presentes)


Mais informações: ACYO - Associação Cultural Yemanjá Ogunté
Rua Guarany de Oxossi, 23, Alto do Rosarinho, Cachoeira - BA.
Yalorixá Madalena - Fone: (75) 3425 1089 -
Babalorixá Benício Souza - Fone(71) 9165 6554 - souzabenicio@hotmail.com


Secretaria de Cultura e Turismo de Cachoeira
Rua Ana Nery, 27, Centro Histórico Cachoeira - BA CEP. 44.300-000
Tel. (75) 99327664 / (71) 99423682





NO EXTERIOR





IEMANJÁ
FESTIVAL


Salvador, Bahia
BRAZIL
January 30 - February 6, 2011


DEPARTURE CITIES:
Washington, D.C.
Miami, FL





IEMANJÁ


Iemanjá is the Queen of the Ocean, the patron deity of the fishermen and the survivors of shipwrecks, the feminine principle of creation and the spirit of moonlight.


The Iemanjá Festival is a major festival of the Candomblé religion in the Rio Vermelho district of Salvador, Bahia.


Mães-de-santo and filhas-de-santo (priestess and female followers of the orixás) sing and dance from beginning at daybreak summoning Iemanjá to the festival. Offerings are placed in boats and carried down to the sea, where they are set afloat. Thousands of people flock to the coast for the festivities.


Gifts for Iemanjá usually include flowers and objects of female vanity (perfume, jewelry, combs, lipsticks, mirrors), she is said to be quite vain and therefore rather fond of all manner of products to make herself more beautiful. These are gathered in large baskets and taken out to the sea by local fishermen. There after a huge party takes place on the streets of Rio Vermelho.







SALVADOR DA BAHIA


Bahia is the most African of all Brazilian states. In fact Africa abounds in the capital city of Salvador, also known as the "Black Rome" because of its celebrated church architecture and 80% African population. In this city of over three million, the culture is ruled by visible African ideas. The local cuisine, musical traditions,


dance forms, Bloco Afro carnival groups, acrobatic martial art of capoeira, vibrant visual arts, and even Bahia's ginga, the graceful swing of its people, are all living testaments to this permeating African influence. In addition, Bahia is full of beautiful beaches, and quiet and historically important countryside towns.





CELEBRATIONS, PRESENTATIONS and WORKSHOPS


Iemanjá Festival * Folklore Show and Dinner * Art Exhibitions * Presenters * Dance and Drumming Workshop * Visits to Independent Programs and Schools





INCLUDED FEATURES


Scheduled Round-Trip Air Transportation - USA/Brazil/USA * Accommodations at Luxury


Hotels * Transfers between Airport and Hotel * Brazilian Buffet Breakfast Daily


* Historical African Heritage Tours of Salvador * Trip to Historical Town of Cachoeira, Lunch included * All USA and Brazilian Airport Taxes Included * And much more!









AFRICAN PRESENCE IN BRAZIL


The legacy of Africa permeates all forms of contemporary Brazilian society. Religion, art, and culture continue to reflect the presence of the largest population of African people outside the continent of Africa.


It is the intent of this program to explore the linkages and examine the continuities that exist between Africa and the Americas.


YourWorld is offering an exciting travel experience through Brazil to explore the continuities between Brazil and Africa.


This program will examine the profound contemporary African legacy in Brazil as part of a dynamic living culture.


YourWorld's lectures and presentations will add to this precious occasion a profound knowledge of the people in the African Diaspora and their connections.


These lectures and presentations will expand and guide your unique experience of a vibrant learning process in an incomparably joyous environment.