Em meu trabalho profissional e religioso, tenho contato com vários grupos bem diferenciados entre si. Em uns atuo como líder, enquanto que em outros, sou apenas mais um membro. E ao longo de momentos junto à esses grupos, tenho observado de ambos os ângulos, as dificuldades nos relacionamentos que se estabelecem.
Fica muito evidente a grande dificuldade da maioria em aceitar os resultados de qualquer ação. Principalmente se o resultado evidencia a necessidade de uma correção, mesmo que branda.
Contudo, se o resultado é uma carícia no ego, uma exaltação de qualidades, nem sempre reais, a aceitação é imediata e muitas vezes carece de agradecimentos.
Se reagimos com desdém, menosprezo e temos tanta dificuldade de aceitação perante as demonstrações de nossa falhas, abrimos uma possibilidade muito grande de revide, agressões amplas e a criação de situações muito embaraçosas, para dizer o mínimo.
Acabamos engolindo sapos em nossos relacionamentos pessoais, na religião, no trabalho, no trânsito. E nem sempre conseguimos responder à altura, porque nem sempre temos tempo para digerir a situação, então acabamos por reagir intempestiva e raivosamente.
No momento em que recebemos uma correção, uma crítica, ou até uma acusação indevida, precisamos usar a educação, a diplomacia e o bom-senso que são as regras mínimas de convivência. Só então poderemos reagir de forma adequada.
O caminho mais fácil é a troca de informações, de idéias, para tentar esclarecer o assunto. Infelizmente este é o caminho que as pessoas esquecem.
Quando damos, explicita ou implicitamente, a liberdade para o outro participar de um assunto mais pessoal, íntimo e precioso, estamos considerando-o com deferência, porém, este sempre acaba usando isso como arma, numa situação de desacordo.
Na posição de líderes, devemos estar muito mais atentos para não sermos injustos. É corrente e aceito a idéia de se sacrificar um para salvar o grupo, contudo, um bom líder não sacrifica ninguém, e sim busca a correção e conciliação de todos. Principalmente quando todo um grupo estiver errado e só um membro correto.
Quando um grupo manifesta atitudes contrárias ao que é a norma, das duas uma: ou o líder está falhando por incapacidade, ou é conivente, preferindo ficar com a maioria na tentativa de encobrir sua falha da qual está ciente.
Um líder parcial por incapacidade merece uma segunda chance, agora um líder parcial por covardia, não merece chance alguma e nunca será líder de nada. Poderá até conseguir agrupar pessoas à sua volta, contudo, ele sabe que é embusteiro, isso quando não é louco.
- A história está cheia deles!
VSL
FONTE: A DANÇA DAS SETE ESPADAS
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