2011-10-08

As Relações com o Mestre







As relações entre o Mestre e o descípulo não dependem do contato pessoal ou da presença material, nem de uma influência intelectual, mas de uma união espiritual, que pertence a uma região superior à região do intelecto, e é regida pelas Leis do Espírito. 

Se o Mestre apenas transferisse ao discípulo seus pensamentos, este seria apenas seu "médium" ou "eco", e sua livre evolução ficaria parada, porque o verdadeiro conhecimento pode nascer somente da experiência do estudante. 

Por isso, deve o descípulo esforçar-se por encontrar na sua Alma a Luz Espiritual, pois a Luz do Mestre também se encontra na Alma do Mestre. 

Tem que vencer, antes de mais nada, tudo o que pertence à ilusão separatista; há de sentir em si a Vida de todos os seres; há de cumprir as leis da Natureza Superior. 

Tem que saber e nunca se esquecer de que o seu Verdadeiro "Eu" não é o corpo, nem a mente, mas sim, o Espírito, e que o Espírito está no íntimo da Alma, tanto na dele, como na do Mestre.

Só depois de ter-se unido, no interior da Alma, com o Mestre, terá o direito de receber dele instruções necessárias para o Caminho mais adiantado.


Não se confunda, pois, qualquer comunicação mediúnica com as comunicações dos Mestres Espirituais. O Mestre não trata de assuntos que outros podem executar sem sua int ervenção. 


Ele não obriga o discípulo a fazer isto ou aquilo, respeitando sempre a liberdade individual e a livre vontade; não lhe faz promessas, nem elogios, nem repreensões; a sua atividade consiste em aclarar mais Luz que já existe na Alma do discípulo, que conseguiu elevar-se ao plano da Intuição. Pois a verdadeira Intuição é o conhecimento Espiritual.

Porém, deve cuidar que não seja vítima do jogo da sua própria fantasia, porque a Intuição não é fantasia. Uma curiosidade sem objetivo filantrópico, também pode desviar do verdadeiro Caminho


Um verdadeiro discípulo espiritualista sabe que os poderes psíquicos, muito úteis no princípio do desenvolvimento, podem tornar-se-lhe empecilhos na senda progressiva, e que, muitas vezes, é melhor renunciar a tais poderes do que atrasar-se, aplicando-os. 

Ele sabe que, quando encontra o Mestre, de nada mais precisa, porque, seguindo-o, alcançará o Alvo das suas atividades.

Perguntará, talvez, alguém: "Não há outro caminho, mais fácil, para se chegar ao Mestre?" 


Respondemos: "Há muitos caminhos que a Ele conduzem; porém todos exigem a pureza dos pensamentos, palavras e ações; o amor altruísta, manifestado na ausência de todo ódio, seja individual, familiar, social, nacional ou racial; e confirmado por boas obras e filantropia; como também um coração humilde e manso, pacífico."

O Grande Mestre Jesus apontou esse Caminho, dizendo: "Bem-aventurados são os pobres de espírito (isto é, os humildes), porque deles é o Reino dos Céus. Bem-aventurados são os que choram(isto é, os que expiam as suas faltas cármicas), porque serão consolados. 


Bem-aventurados os mansos, porque eles herda rão a terra (compreenda-se: quando a terra se converter em reino de Deus). Bem-aventurados os que têm sêde de justiça, porque eles serão fartos. Bem aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia. 

Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus. Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados Filhos de Deus".



( Desconheço a autoria )