2015-06-10

DEFINITIVAMENTE, NÃO JULGAR






Os encarnados na Terra, por enquanto, não podem ver senão o ato presente do drama multissecular de cada um. Não devemos, desse modo, formular julgamento prematuro em nenhum caso, porquanto, com a visão circunscrita apenas às lembranças e experiências da vida presente, nos é quase impossível identificar a verdadeira vítima.

Nem sempre a nossa visão incompleta nos deixa perceber a altura da dívida que nos é própria. E, na dúvida, é licita a abstenção. Ora, acaso Jesus teria algum débito para merecer a sentença condenatória?



Ele conhecia o crime que se praticava, possuía sólidas razões para reclamar o socorro das leis; no entanto, preferiu silenciar e passar, esperando-nos no campo da compreensão legítima. Acima do “olho por olho” das antigas disposições da lei, ensinou-nos o “amai-vos uns aos outros”, praticando-o invariavelmente. Confirmou a legalidade da justiça, mas proclamou a divindade do amor.

O Divino Mestre demonstrou que será sempre heroísmo o ato de defender os que merecem, mas se absteve de fazer justiça a si mesmo, para que os aprendizes da sua doutrina estimassem a prudência humana e a fidelidade divina, nos problemas graves da personalidade, fugindo aos desvarios que as paixões do “eu” podem desencadear nos caminhos do mundo.


(Trechos do livro "Missionários da Luz, cap XVIII")

A quem desejar aprofundar-se, segue link de excelente estudo sobre este capítulo:

https://www.youtube.com/watch?v=Mdy8C0ytTKE



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