O fato de algo estar acima de suas possibilidades financeiras não quer dizer que seja caro. Apenas quer dizer que você não pode pagar por aquilo.
Preço é algo que nem de sempre garante uma referência justa de valor de um bem ou de um serviço.
Você sai e gasta quase R$ 200,00 para comer uma comida excelente com sua namorada. É um momento gostoso, justo e você usa seu dinheiro como convém.
Mas ai aparece a insensatez. Você contrata uma faxineira para cuidar da sua casa semanalmente. Ela cobra R$ 80,00 para fazer um serviço que você não tem a mínima disposição.
Ela fica o dia inteiro trabalhando, muitas vezes sem comer, vai chegar em casa de noite para cuidar de filhos e da vida dela. Sem forças, ela vai dormir e com dores pelo corpo, para no dia seguinte começar a tarefa em outra casa. E você acha isso caro...
Você acha caro o preço da faxineira e sai ao shopping e, sem perceber, compra uma bolsa por R$ 300,00 para pagar de três vezes, algo em torno de R$ 100,00 por mês.
A bolsa vai te deixar com a casa limpa? Pois é! Seriam três meses da faxineira. O que caro? A bolsa ou faxineira? Preço tem muito a ver também com necessidade.
Caro é uma palavra que a gente usa por mania. Não significa nada ou quase nada.
Até nesse assunto, as pessoas que se valorizam são mais aptas a colocar o preço justo no seu trabalho e, igualmente, sabem valorizar o trabalho alheio.
Pessoas que se amam e sabem melhor sobre seu valor pessoal, sabem dar melhores medidas à sua profissão e, por efeito, ao seu dinheiro.
Tornam-se criaturas que tem critérios que vão muito além de simplesmente medir valor de uma coisa pelo que ela custa, seja um bem ou um serviço.
Flávio Augusto em Geração de Valores
