2013-11-21

A FORÇA CURATIVA DO SILÊNCIO INTERIOR








A negação e a recusa de um desenvolvimento necessário, ou ainda a hostilidade contra outrem, reforçam os padrões neuronais e levam a um endurecimento de nossas construções mentais.

Uma forte obstinação bloqueia nosso crescimento espiritual. Por isso, os grandes em espírito sempre se ativeram a essas palavras: “Tornai-vos silenciosos, interiormente silenciosos, abri-vos, e o Outro fará seu trabalho em vós”.

No processo de “tornar-se silencioso”, a “verdadeira resignação” como a chama Jacob Boehme, na calma interior e na aceitação, vemos com acuidade cada vez que nosso “eu” quer manter-se ou persistir.

Quando nossa mente alcança a quietude e o silêncio, então a ignorância, o apego e a recusa, assim como todos os outros obstáculos espirituais, se desintegrarão gradual e seguramente, e a compaixão, a lucidez e o espaço ilimitado da verdadeira natureza do espírito se revelarão.

Nesse momento, as forças curativas do amor podem fluir, pois da fonte criadora de nossa alma emana, de modo espontâneo, uma compaixão ilimitada por todas as criaturas que sofrem na prisão de suas ilusões.

A verdadeira alma não conhece a separação. O ser humano – pelo menos o buscador que está ganhando força de alma – começa a aplicar a regra áurea do evangelho: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo.

Tudo aquilo que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles”. E para a pergunta hesitante “Quando, onde?”, há apenas uma resposta: “Sempre e em qualquer lugar”.


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