2011-12-11

O ESPIRITISMO CRUCIFICADO











Desculpem-me os bons religiosos cristãos, que também cristão assim me considero. Quisera esses bons homens e mulheres, honestamente operosos nas religiões, não lessem essas minhas palavras.

Ou se as lerem, procurassem entender que não falo a eles, pois a religião cristã veio dos mestres do saber, da Grande Hierarquia Planetária vigente nesse mundo por milênios, para almas desejosas de se orientar e compreender.

Cristo e Jesus são os responsáveis pela sua aparição num momento importante de um novo ciclo evolucionário para a humanidade, como foi a Era de Peixes.

Sempre defendi a instituição da religião e a defendo, principalmente porque os grandes baluartes fundadores dos movimentos espirituais seguidos das massas ansiosas por um caminho, sabiam da necessidade dos povos de exercitarem suas devoções.

Milhões atravessavam esses momentos cármicos em seguidos ciclos históricos e os enviados pela Hierarquia Planetária foram incumbidos justamente de ancorar na Terra diferentes bases de um mesmo edifício, cujas construções variavam de arquitetura, mas não de infra-estrutura, pois atenderiam às diversas idiossincrasias raciais.

Desnecessária uma retrospectiva minuciosa de um passado mais que distante, anterior até aos arianos, que nos iria remeter aos povos atlantes cujos ensinamentos espirituais recebidos começariam por consagrações de forças e outras práticas embrionárias - sementes de algo futuro como religiões.

Os diversos avanços no tempo, segundo os ciclos astrológicos, seguem um organograma adrede montado pelos sábios espirituais para a evolução da humanidade, ao que sequer se pode mensurar o tempo transcorrido uma vez que nem as raças ainda existiam.

Os ciclos das devoções adviriam independentemente de todas as vicissitudes, transtornos e desvios verificados na meta traçada.

Deste modo, chegaria o momento de se implantar na Terra as mitologias, que no íntimo de muitos povos viriam se transformar em religiões raciais.

Com isso, gerações inteiras em diversas civilizações, grandes ou pequenas, encontrariam casas onde conversar com os deuses, expor-lhes suas misérias, seus problemas e dúvidas, ou desenvolver a necessária fé que elevaria suas almas sobre os abismos, as tentações e armadilhas das trevas espirituais ou encarnadas.

Entretanto, nem tudo novamente correu como deveria por conta da pequenez dos homens, das ambições sacerdotais e inferências de reis e autoridades governamentais.

Assim, o planejamento para o ciclo das mitologias traria sucessos e insucessos, realizações e fanatismos destrutivos.

Mais tarde, novas religiões surgiriam cercadas por mitologias e politeísmos, chegando finalmente ao monoteísmo de Akhenaton no Egito e ao de Moisés com os semitas.

Por conta da ortodoxia dogmática petrificada pelas mentes dos mais avessos ao progresso, ocorreriam sempre estagnações e retrocessos nas religiões e seus segmentos.

E mediante as ações hipnóticas superpostas pelos malignos, as mentes de homens reacionários conseguiriam, em muitas instâncias até a atualidade, materializar o imponderável, aprisionar a fé e manter em cativeiros a criatividade das almas, ameaçando-as ou exercendo-lhes as ameaças através de instrumentos punitivos.

Mas houve e há o lado bom. Na religião cristã, diferente de todas as anteriores, existiram e existem aqueles que pela fé imorredoura em Jesus – O Cristo - aprendem de seus evangelhos, exercitam os ensinamentos e aliviam-se da dor da materialidade, conseguindo através de atos e pensamentos construtivos e de abnegação ao objetivo maior, livrar-se do carma de retorno, da incômoda obrigação alheia para consigo em encarnações futuras.

Pois aos que lhes afligiram e despotizaram, caberia servir-lhes para anular os débitos. Isto não lhes foi dito.

Deste modo, revestiram seus atos cristãos com fé e amor espontâneos transformando-os em virtudes inteligentes da alma - uma espécie de magia dissolutiva sob o imperativo das leis de ascensão.

E os mártires que sacrificaram suas vidas em favor do próximo, excluindo-se e isentando-se de quaisquer prêmios materiais, mas bem ao contrário, em muitas ocasiões sendo perseguidos até ao absurdo do sacrifício de suas vidas.

E aqueles que se afastando do mundo e por meio de orações e clausuras em celas escolhidas, em cavernas, poços ou vales distantes da civilização, viveram para se purificar, comendo unicamente do pão que os caridosos se lhes ofereciam – ou a partir de um tempo jejuavam até que seus corpos se dissolvessem.

E em momento algum perderam a fé em Cristo, em Jesus, no Deus Todo Poderoso.

Aqueles foram, dentre tantos, os que renasceram pela prática extremada do que a religião instituíra.

Aos santos legítimos, verdadeiros iniciados na religião, os reverencio, admiro-os e os invejo, mas aos falsos santos não!
Aos fabricados pela corrupta casta sacerdotal lamento por suas memórias profanadas.

Hoje existe na internet um movimento simplesmente inacreditável entre aqueles céticos que depreciam, odeiam e desejam destruir o espiritismo e todos os movimentos esotéricos.

Necessitam também, estes formadores de opiniões e de uma corrente negativista, dessas críticas punitivas para seus ganhos monetários ou para suas ambiciosas aspirações à fama.

Reporto-me nesse momento, especificamente, à campanha insidiosa movida contra o espiritismo de Kardec, tendo Chico Xavier na principal mira, com o reforço da crítica arrebanhada da religião católica.

Não consigo calar-me diante de tanta perseguição e montagem de um circo dos horrores contra uma religião que somente faz o bem.

E ainda lançam imprecações ou vergastam moralmente aos seus representantes mais honrados com a chibata truculenta dos empedernidos e insensatos.


Prezado irmão católico ou sacerdote convicto, se você não está contaminado com o vírus da discriminação religiosa e compreende que nenhuma religião é infalível, o texto a seguir não lhe diz respeito, como a nenhum outro religioso eclético não conservador nem inimigo de seu irmão de outras lides espirituais (que são numerosos esses verdadeiros, graças a Deus!).

A igreja não é de forma alguma perfeita, pelo contrário, seus arcabouços apelam por modernizações e racionalismo segundo os novos tempos, por isso peço-lhe também me desculpar pelas críticas às incongruências de suas organizações ministeriais:





O ESPIRITISMO CRUCIFICADO





“Os espíritas vivem às suas próprias custas, sejam pobres ou ricos, e defendem suas idéias com a mais absoluta isenção.
Diferem radicalmente dos eclesiásticos e de toda uma romaria de agregados e anexos que vivem sob a tutela do Vaticano e congregações, ao seio da generosa mãe igreja.

Esses não precisam se preocupar com o pão de cada dia, pois os fiéis, por mais necessitados que sejam, ajudam e dão-no. E por séculos acumulam-se os tesouros materiais!

Eis um dos motivos do grande ódio que se entranha em muitos daqueles que vêm atacar gratuitamente o espiritismo a fim de destruí-lo, por que os espíritas absolutamente não precisam se apoiar na igreja quer católica protestante ou em nenhuma outra religião; possuem seus próprios ideais, sua doutrina e desenvolvem o autoconhecimento, isentando-se dos dogmas milenares ou de cabrestos.

E nas suas generosas entregas e caridosas ações ainda saem, os espíritas leais a Jesus, em direção ao povo, como Jesus verdadeiramente fazia com o pão aos necessitados, e oferecem uma face e outra face, não permanecendo indiferentes ao diálogo moderno, aos sofrimentos humanos, às misérias, à fome e necessidades, aos erros e desvios das verdades.

E nem vivem a alavancar o comércio empresarial com o único fito das divisas monetárias.

A própria corrente de força traz-lhes, pelos guias espirituais, as soluções controladas que se façam necessárias para a divulgação da doutrina e suas obras.

A doutrina é transparente, não engana nem incentiva a qualquer sensação punitiva no subconsciente de quem não consegue aceitá-la, não acredita ou ainda detem dúvidas.

Muito pelo contrário: prioriza a liberdade em todos os sentidos. Não há demônios com tridentes, não há infernos a arder e imolar os perjuradores e infiéis.

Cada um é responsável por suas obras e recebe segundo suas ações. Há erros sim, entre os seguidores, claro, mas onde não os há nesse mundo?

E será preciso um dia, nesses tempos atuais ou futuros, muitas reformulações, ajustes na doutrina, nos métodos, nos ideais e práticas; a aceitação completa de uma nova realidade material e espiritual a permear o mundo, hoje de valores antigos e cansados, internados na UTI planetária em estados terminais.

E nada deve mesmo permanecer intocado; a incontida força do progresso, sobretudo, não o permite, uma vez que a injunção inercial tornará cristalizados quaisquer padrões, sejam eles religiosos ou não.

Ou quem sabe, o futuro nos reservará a extinção de todas as religiões, que não mais serão necessárias, pois uma só verdade bem mais clara e nítida a todos alicerçará.

Mas enquanto isso não acontece, os difamadores, os esquadrinhadores oficiais das vírgulas, das ortografias, das concordâncias, dos capítulos longínquos de mofadas resenhas da história, ainda estão por aqui em eterna prontidão.


Passam horas no desgastante labor diário de encontrar uma desdita, uma palha, uma frase dúbia, ou uma fraqueza humana dos servidores escolhidos pelos sábios espirituais para serem simples divulgadores de esclarecedoras mensagens.

Esses pretensos demolidores da fé espírita, disfarçados de investigadores racionalistas, tomam os maus e escandalosos exemplos como regras, ou torcem as situações acontecidas quando lá não estiveram, reportando-se décadas depois aos mais duros e perversos críticos, cegos mentalmente, homens sem Deus e divulgadores das campanhas interesseiras em favor do sensacionalismo.

Intencionalmente, segundo seus frios planejamentos, negam-se a aceitar as explicações dos espíritas, dizendo-as mirabolantes, endereçando-lhes ironias e escárnios, postando-se sempre ao lado dos difamadores, sejam eles quais forem.

Com isso, com esse esforço até sobre-humano da pesquisa tendenciosa e nefasta, da teoria invertida, alimentam suas almas com os sumos de um elaborado plano para estraçalhar suas presas.

São lobos famintos que vagueiam pelos desertos da mente, sem a luz do entendimento e caridade.

E como lobos espertos, muitas vezes se fingem de bonzinhos e compreensivos, mas opostamente trabalham com determinação acreditando que a retórica, o conhecimento das obras de autores comprometidos, a cultura mundana e citações da ciência atéia e cética - que nessas horas servem até mesmo aos religiosos determinados a solapar e destruir - sejam suficientes para trazer os definitivos subsídios e respaldos para desmascarar a todos os espíritas.

Se para religiosos sectários Jesus é somente deles e para céticos Jesus nunca existiu, não fará qualquer mal.

Porquanto religiosos deste cunho e o falangeado anti espírita, nessa hora, prazerosamente se dão as mãos e fazem uma santa corrente em prol de um lídimo motivo que salvará a humanidade dos perigos do espiritismo.
E sem nenhum outro principal interesse!

O que aqui apresento não é nenhum libelo por que esse filme já passou em Jerusalém!”

Rayom Ra


[ Os textos do Arca de Ouro, de autoria de Rayom Ra, podem ser reproduzidos parcial ou totalmente, desde que citada a origem ]

http://arcadeouro.blogspot.com/search?updated-min=2010-01-01T00:00:00-08:00&updated-max=2011-01-01T00:00:00-08:00&max-results=15