2011-06-24

LIBERDADE EXISTÊNCIAL



 




Quero convidar  você para um pequeno exercício, mas profundo, se você nele mergulhar com toda a entrega que um exercício requer.

Pense em algo que considera fabuloso na natureza. Pode ser uma pedra um animal uma árvore, etc., ou até mesmo outro humano.  Agora pense que você foi chamado a ser esse algo fabuloso, não seria bem interessante? Dadas as circunstâncias, é claro. 


Pense mais, veja-se como esse algo em três momentos distintos:
1- O que seria o seu cotidiano;
2- Um momento de extrema glória e;
3- Outro de extremo suplício. 

Toda a Criação passa por esses três estágio, são partes do mesmo movimento evolutivo.

É lógico que quando você fosse chamado a ser “humano”, novamente, seria humano, mas, uma vez explorado o estado de ser desse algo, todas as dimensões estariam totalmente abertas para você. Você estaria com o tráfego livre em todas as dimensões do conhecido. Nada limitaria você.

O que quero dizer? Este é um convite para que você assuma uma identidade que é sinônimo de liberdade, não de aprisionamento como muitos pensam. Uma identidade não exclui as outras, porque tudo depende de você. 


Você pode a partir da identidade escolhida, na medida em que a experimenta, ir desenrolando uma espiral que poderá ser ascendente ou descendente, para a direita ou para a esquerda. Ou, você poderá, ainda, recolher-se em si e se fechar de tal forma que a própria identidade escolhida se descaracterizará. 


Você pode experimentar com outras formas, um bom exercício consiste em escolher algo que nos intriga, que nos cause desprezo ou raiva. Após o exercício, observe como estão seu sentimentos. Estão como antes, mudou; onde e como?

Tudo o que ocorreu, está em ocorrência e o que venha a ocorrer está contido em você. Nada deve ser negado. 


É uma proposta bárbara, eu sei! Rompe com "o civilizado". Mas, o que fica tácito nessa proposta é que não se comportar de acordo com a maneira que os outros querem que você se comporte, faz do seu comportamento algo espontâneo.

Este exercício, portanto, nos revela o espontâneo, o puro, o inocente, o aqui e agora, o eterno e o ilimitado... a liberdade total.

Se a felicidade se aproxima de você ela é vivida em totalidade; se a tristeza se aproxima de você, da mesma maneira, ela é vivida em totalidade. Mas você não se faz prisioneiro em nenhum desses ambientes. 

Você trafega entre todos os ambientes, mas não para em nenhum. Pois você, sendo quem você verdadeiramente é, não é limitado por nenhum estado específico de ser, você tem uma morada, a identidade escolhida, mas ela é seu ponto de referência, a partir do qual você se lança em explorações e não uma prisão – você é onde todas as coisas acontecem.

 O meu convite é que você comece a ver isso como sendo existencialmente você. 

E um dos propósitos é que, absorvendo o que está sendo dito em totalidade, mesmo que surja tristeza ou culpa gerada por um ato qualquer, ao contrário da “culpa” sugerida pelos critérios sociais, você salte para fora de todas as concepções – que não passam de ideias limitantes – e note a inconsistência dos acontecimentos.

Pense que, mesmo para ser uma pessoa, você precisa corresponder à condições externas a você. Por isso eu insisto! Essa é a minha ilimitação: eu não sou dentro e não sou fora tampouco. Nenhuma das duas possibilidades apreende a minha condição. A minha condição é incondicional.


Então o meu convite é exatamente este: será que não viveríamos melhor, se tivessemos certeza de que nada nos limita? É exatamente esse o meu convite, para que você experimente essa certeza.




 VSL