2012-09-10

Livro: Umbanda na Umbanda





Capítulo sobre preparo Mediúnico/ Juramento do Médium e Sacerdote de Umbanda


Estou escrevendo o próximo livro "Umbanda na Umbanda" e gostaria de passar-lhes uma pequena degustação. Será lançado em 2013.

Juramento do Médium


Juro como médium de Umbanda respeitar a Deus e minha religião através da ética dentro das bases Crísticas de Oxalá

Coloco-me a disposição da espiritualidade para servir e ajudar no crescimento de minha casa e de minha religião

Comprometo-me a respeitar a hierarquia, buscar aprender sobre a espiritualidade de Umbanda respeitando com lealdade os fundamentos do templo que me acolheu

Jamais utilizarei de minha mediunidade de maneira desonrosa ou desleal

Juro assim como médium de Umbanda, ser um servidor e aprendiz para enaltecer e elevar em nome de Deus os aspectos de minha religião.

Juramento do Sacerdote

Coloco-me perante as forças de Deus e de joelhos rogo Vossa Luz neste juramento


Comprometo-me cumprir com minhas obrigações, respeitando a base Crística de Oxalá perante a Cúpula da religião de Umbanda e perante o Criador.

Jamais cobrarei pela a obrigação de servir aos necessitados e aos meus filhos

Dedicarei-me a ser exemplo para enaltecer o nome de minha religião

Mesmo diante de minhas fragilidades, mesmo se estiver em dificuldades, não virarei as costas a quem necessita.

Levarei sempre a palavra do bem respeitando as Leis do Universo

Ensinarei o que sei aos meus iniciados

Juro e comprometo-me com minha religião e responderei ao Criador pelas minhas falhas

Juro assim como sacerdote de Umbanda ser leal aos desígnios da espiritualidade maior sendo humilde e levando o amor a todos os irmãos sem distinção!


Preparo Mediúnico


Mediunidade é uma coisa séria. Como citado anteriormente, todos nós possuímos esta qualidade enquanto ser humano encarnado; o que imaginamos atraímos, e mesmo sem saber, manipulamos estes influxos de forças que influenciarão o meio, o medianeiro e as pessoas ao seu redor.

E assim como imãs ou como antenas, captamos informações e passamo-las o tempo todo.

Somos bombardeados por forças e informações e muitas vezes acabamos por pensar ou fazer coisas que não faríamos; é ai que se faz necessário o preparo e a compreensão da espiritualidade, pois podem ser forças de ordem luminosa ou trevosa.

A falta de preparo pode acarretar a um médium que se propôs atuar como medianeiro das forças de Umbanda ações desfavoráveis e isto também influencia seu desempenho no auxilio dos assistidos e na sustentação das vibrações espirituais do templo.

Para o ser humano comum, ou profano, assim entendido aquele que não está dentro de um campo espiritual, as coisas acontecem frequentemente, e estes passam a ser envolvidos por forças degeneradas de ordem trevosa, e são levados, são manipulados por agentes obscuros da espiritualidade.

Independente de religião, o ser humano deve estar em comunhão com Deus, pois se assim não for, muitas vezes sofre consequências, um impacto natural pela ignorância que lhe cega e torna-se um grande alvo das baixas vibrações e seres que estão na sua linha vibratória de afinidade.

Ser médium dentro de um trabalho espiritual, seja na Umbanda, seja no espiritismo, ou em outro trabalho que exija esta qualificação, faz do ser humano um instrumento de trabalho espiritual, onde se faz necessário a manifestação, e as coisas são, e se tornam, totalmente diferentes.

Um médium de Umbanda é totalmente diferente de um médium espírita, ou de um médium candomblecista. Os preparos são distintos, embora o preparo que apresento qualquer medianeiro poderá utilizar, mas o campo mediúnico espiritual do médium de Umbanda é diferente.

A estrutura espiritual de um médium de Umbanda transcende, o medianeiro é capaz de atuar com as forças mais sublimes da criação, bem como está preparado para os impactos de vibrações grosseiras provenientes de agentes das trevas.

Ele pode estar em ambientes distintos como os citados de forma simultânea, dando a este médium uma condição excelsa de atuação, pelo fato de estar dentro da egrégora regida pela cúpula da Umbanda.

Digo que um médium bem preparado é capaz de curar, é capaz de enfrentar verdadeiras hostes do Embaixo, sem sequer ter os respingos de tais vibrações degeneradas.

Muito pelo contrário, o médium que atua dentro deste campo de ação se fortalece a cada batalha, recebe verdadeiros escudos espirituais que lhe permitirão atuar cada vez mais na ajuda e auxilio aos necessitados.

É fato que para ter esta condição o primeiro preparo incontestavelmente é a fé e a maneira que se disponibiliza para a tarefa do servir. Digo assim: fora da caridade não existe salvação!

O médium que tem como lema de sua vida espiritual servir de maneira incondicional sem ver a quem e segue os aspectos Crísticos já citados, tem esplendidamente uma aura e um campo espiritual protegido.

O médium religioso é o contemplativo, é aquele que se reveste das forças dos Orixás, sendo a própria virtude que eles vibram, não guarda rancores e não possui inimigos.

Pode ter os contrários, que por sua vez promovem sua evolução; o fato de ter o perdão em seu conceito de vida,faz com que os seus vínculos de afinidade estejam apenas ligados às esferas superiores, ficando capacitado ao máximo na exímia utilização de suas faculdades.

Este preparo inicial requer desprendimento, requer disciplina em sua vida natural e principalmente na espiritual.

As características espirituais atuam através do campo mental do medianeiro; sua mente só se tornará elevada no momento em que os conflitos internos sejam exauridos de sua vibração mental.

Os medos devem ser tratados; jamais devemos temer agentes espirituais, sejam eles quais forem; respeitaremos sempre; nunca os confrontaremos com ira; nunca vamos desafiá-los; jamais a arrogância deve ser principio de qualquer ação na espiritualidade.

Mas se estamos sobre a égide do Criador, somos palacianos na corte de Luz da cúpula resplandecente de Umbanda, e nada devemos temer pois o medo corrompe a mediunidade, fragiliza o mental e o emocional, que por sua vez abre um campo vasto para seres e forças degeneradas atuarem.

O conhecimento se faz necessário, principalmente sobre as Leis do Bem recitado através de ensinos do nosso Mestre Jesus, ressaltando sempre que o Caboclo das Sete Encruzilhadas assim determinou.

É bom conhecer sobre ervas que vibram aspectos dos Orixás, forças de Deus que estão à nossa disposição e que possibilitam inundarmos nossos campos espirituais mediúnicos com vibrações que nos dão afinidades a correntes espirituais de proteção.

Propiciam um bem fascinante na parte energética, através dos chacras, e vibrações que em influxos ressoam a ação límpida dos poderes de cura que serão manipulados pelos medianeiros.

Como a parte mental é importante para uma boa atuação dentro dos campos espirituais, faz-se necessário o aprendizado sobre práticas meditativas, embora a meditação seja uma ação natural quando contemplamos as forças da Criação.

Busquemos adquirir o hábito meditativo. Este ato promove importantes vibrações de preparo ao medianeiro, facilitando aos guias a conexão de seus fios energéticos às glândulas que sustentam a ligação de manifestações espirituais.

Cada um deve buscar em sua mente meditativa o sentido de seu trabalho religioso, o entendimento de sua encarnação e o porquê se está em um templo religioso, dotando-o de um preparo límpido que os espíritos guias se utilizarão.

O médium, quando entra dentro desta egrégora umbandista, é apresentado através de um batismo, ou através de um cruzamento que simboliza o adentrar deste irmão ao mistério religioso de Umbanda.

A utilização de pemba, água do mar ou cachoeira, de símbolos, permite que o guia faça a conexão deste novo membro às telas da Criação, ou às telas das divindades Orixás.

Um símbolo do mentor de um templo fixa-se no campo espiritual mediúnico do iniciado, sendo esta apresentação o direcionamento a uma nova esfera à qual ele passa a pertencer, ser regido e protegido.

Embora a ritualística caiba a cada caso e a cada templo, na Umbanda as ações sempre serão de forma a se ligar ao poder da natureza e sempre em contemplação, mesmo entre tanta pluralidade de informações.

Muitos médiuns quando iniciados, são levados às cachoeiras, ou mesmo ao mar, sendo colocado diante do poder Orixá, sentindo em si o acolhimento de sua religião.

Embora os rituais sejam distintos em vários templos, sempre estarão respeitando a ordem natural dos guias de luz, onde o amparo se faz presente no preparo e apresentação do iniciado.

Para podermos distinguir sobre um iniciado na Umbanda, e, por exemplo, um iniciado no culto de nação, da cultura do povo Ketu, conhecido como Iaô (ou Iyao), explico que um Iaô faz o buri e é recolhido, recebendo os assentamentos iniciais de suas forças relacionados a esta cultura religiosa.

Ele é chamado de Iaô dentro do período dos primeiros sete anos; após, passa a ser denominado de Egbomi (irmão mais velho) e antes de se tornar Iaô, são chamados de abian (ou abiã, que significa “novato”).

Este rito é proveniente do culto de nação, embora seja executado em muitos templos de Umbanda, chamada Umbanda Omolokô, umbanda africanizada.

É importante ressaltar que se faz necessário respeitarmos este rito, pois é aceito por muitos guias espirituais que militam na religião de Umbanda; sendo assim asseguro ser viável dentro dos padrões espirituais de Umbanda, onde existe a agregação da compreensão africana que se faz presente, embora eu não pratique tais ritos.

Aproveitando este tema, tenho certeza que muitos já ouviram falar sobre “umbandomblé”, uma mistura de Umbanda com Candomblé. Bem, ai é diferente, pois são duas religiões distintas, e como água e óleo, não se misturam.

Embora tenhamos os Orixás como ponto em comum, não absorvemos o contexto ritualístico do Candomblé e sim da miscigenação cultural do povo Banto e outros povos, onde agregamos por sincretismo o nome Orixás.

Ressalto que o Candomblé, assim como o conhecemos, existe apenas aqui no Brasil, pois na África encontramos o culto de nação. Não confundimos a Umbanda Omolokô, que não é Candomblé, com umbandomblé!

Entendendo este ponto que é complexo e tema de muitas discussões, pois muitos não aceitam e outros sim, retomemos nossa linha de raciocínio e vamos ao preparo do médium antes de sua tarefa dentro do trabalho espiritual.

Nosso campo energético interage o tempo todo com o meio em que estamos; assim sendo, é importante que o médium tenha a atenção sobre alguns locais que na verdade estão com suas vibrações viciadas, que por sua vez sustenta seres degenerados.

Lugares como bares, hospitais, cemitérios, boates, motéis são ambientes com atividades constantes de forças que não condizem com a vibração de um trabalho espiritual de Umbanda. É lógico que se for necessário entrar em um cemitério ou hospital, nada que um pensamento Crístico e banhos de ervas não resolvam.

E os nossos guias espirituais, bem como os Orixás, compreenderão se o medianeiro trabalhar nestes locais; aí se faz necessário que o dirigente espiritual faça um trabalho preparatório diferenciado a este médium; este preparo é personalizado e depende de cada caso bem como da regência do templo espiritual deste médium.

Uma observação: é natural o médium em desenvolvimento ser curioso; o ser humano por natureza é assim. Existem muitos templos que se dizem de Umbanda, mas não o são; atuam com trabalhos destrutivos, onde possíveis desafetos recebem de frequentadores ataques terríveis.

Estou entrando neste assunto, pois já estive nessa fase de querer aprender e acabei entrando em lugares desse tipo, onde o dirigente espiritual se diz religioso, ou umbandista, e na verdade esta em comunhão com as forças das trevas através da magia negra.

Para identificarmos esses locais é sempre bom perguntar qual a base daquela casa; se for dito que a base foi a estabelecida pelo fundador da Umbanda, você pode estar no local ideal, ainda tendo que se verificar se as atitudes, dos filhos e do dirigente condizem com a realidade apresentada.

Uma sugestão: se você é médium em busca de uma casa, visite o local por pelo menos três meses, e depois tire sua conclusão, lembrando que não é você quem escolhe a casa e sim os seus mentores espirituais. Se você é um médium visitante, e está em um templo verdadeiramente religioso, ótimo.

Se estiver em um templo degenerado, vai sofrer as consequências e os impactos serão inevitáveis. Cabe sempre um preparo, antes mesmo de visitar qualquer local, como o acender de uma vela ao anjo protetor ou mesmo às suas forças e um banho de ervas, para se proteger.

Adentrando ao assunto depuração de nossas vibrações antes de irmos aos trabalhos espirituais, procuremos compreender sobre a alimentação.

Para aqueles que se alimentam de carne, é necessário que resguardem pelo menos vinte e quatro horas antes do trabalho, mas o ideal é quarenta e oito horas, tempo indicado para a eliminação do alimento. Por que isto?

O animal possui suas vibrações naturais que não condizem com a vibração do medianeiro, bem como as vibrações do sofrimento do animal ficam no campo espiritual e energético das pessoas através das toxinas e da dimensão distinta do animal. Não é indicada a ingestão de carne por este motivo. Colocando as palavras de Ramatis: Vocês que se alimentam de carne estão saciando sua fome com cadáveres.

Mas aqui segue uma experiência própria. Um medianeiro que atua nos campos de descarregos, desobssesões, atuando nos maiores impactos dentro da espiritualidade onde trabalha com seus guardiões na linhagem de desfazer trabalhos de ordem trevosa, necessita de alimentos que contenham sangue.

Um medianeiro vegetariano, embora com sua aura límpida, não tem sustentação para confrontar e eliminar trabalhos em que, na grande maioria, foi utilizado o sacrifício animal.

Sou médium desde meus nove anos de idade; terminei meu desenvolvimento com a firmeza de preparo aos dezoito anos; desde então nas giras de esquerda, meu Exu indica que eu coma carne nos dias desses trabalhos. Isto eu, pois a regra geral é para que os médiuns não ingiram carne horas antes dos trabalhos espirituais.

Parece um contra-senso, porém toda regra tem suas exceções, onde, neste caso, invariavelmente encontram-se certos atributos que vão favorecer um determinado trabalho, ou médium, a fim de exaurir por completo as nocividades excedentes no meio humano.

Um dia pode até ser que eu mesmo vire um vegetariano; mas acredito que quando isto ocorrer, algumas tarefas na linha em que atuo, serão modificadas, ou mesmo outro medianeiro passe a exercer a função determinada a mim, e há outros que com certeza atuam desta maneira.

Alimentar-se de frutas, verduras e leguminosas dará ao medianeiro uma excelente vibração espiritual; seu campo áurico estará propício para as tarefas de cura. Beber água é uma fonte rica de energias positivas; o ser humano deve tomar no mínimo um litro e meio de água para um bom funcionamento de seu corpo.

O ideal, para não fazermos distinção entre o homem e a mulher, é um consumo de cerca de três litros por dia, incluindo o que consumimos de líquidos através, inclusive, dos alimentos.

Assim acontece com o medianeiro que toma água; indo além, quando se ingere água permite-se atuar melhor no descarrego, e na parte curadora.

Os espíritos guias encontram vibrações que são exuberantes através do chacra umbilical, possibilitando o envolvimento dos seres degenerados, que são levados aos campos aos quaispertencem, isto na desobsessão.

Na cura, os espíritos que atuam na corrente médica usam os influxos do medianeiro para beneficiar o assistido; assim eles conseguem manipular fórmulas curadoras que utilizam nos necessitados.

A alimentação, bem como a ingestão de água de maneira correta, melhora a atuação do medianeiro, sendo fonte importante do preparo de seu campo mediúnico espiritual.

Também se deve tomar cuidado para não ingerir água demais. Se tudo que é bom tem na sua falta uma fonte de problemas, o excesso também deve ser evitado.

O baixo consumo de água traz questões metabólicas e funcionais ao organismo humano. O excesso deve ser evitado em razão não só da toxicidade existente na nossa água, bem como porque os rins têm uma taxa de eliminação de líquidos que deve ser respeitada.

Médiuns que possuem algum tipo de vício têm sérias dificuldades no trato espiritual; o alcoolismo degenera o campo espiritual, dotando o medianeiro de vibrações que se tornam afim com seres mais densos.

O tabaco atua no bloqueio de energias que são regeneradoras dos campos vibratórios dos assistidos, bem como dificulta a conexão do médium com o guia.

A maconha segue com os mesmos sintomas do tabaco, porém, com nuances que ligam o campo do medianeiro a espíritos sofredores. Quando se fuma maconha, entra-se em um estado de euforia que ilumina o campo energético relacionado ao chacra básico, atraindo estes irmãos negativados.

Drogas como a cocaína, anfetamina, crack e outras do gênero, atuam destruindo os centros de força, desregulando-os totalmente; tais medianeiros passam a ser vampirizados por seres de ordem densa, acontecendo o bloqueio espiritual entre médium e guia de luz.

Em hipótese alguma um médium deve entrar em uma sessão após ingerir bebidas alcoólicas, fazer uso de drogas. Em relação ao tabaco existe certa tolerância, mas deve ser evitado o quanto possível.

O preparo de um médium sempre deve ocorrer através do compartilhamento com a mãe natureza, lembrando que a Umbanda é um culto à natureza.

Nossos campos mediúnico espiritual, energético, mental, emocional, são sensíveis às energias existentes, sejam elas de cunho positivo ou não.

Desta forma, as pessoas em geral muitas vezes se sobrecarregam de fatores energomagnéticos, nocivos ou não, e são influenciadas diretamente.

Como citado em relação a ambientes que possuem cargas viciadas que os medianeiros devem evitar antes de ir ao seu trabalho litúrgico, digo que em outros ambientes comuns também encontramos forças estagnadas que nos envolvem.

Desta maneira necessitamos de forças relacionadas ao sol, à chuva, à terra, à água, ao ar, e tudo isto de uma só vez; assim estaremos livres de aspectos degenerados e ainda positivando toda a esfera de forças que possuímos.

Esta aglutinação de forças só se faz presente nas ervas, sendo ainda que, as ervas, em sua variedade e dotadas de uma pluralidade de vibrações, nos dão a condição de classificá-las e distingui-las em suas ondas vibratórias a determinadas forças dos Orixás.

Assim, encontramos, por exemplo, o boldo, que pode ser relacionado a Oxalá, também conhecido como tapete de Oxalá, o manjericão, para Xangô, aroeira para Ogum ou Exu, e assim por diante, onde determinadas ervas são direcionadoras destas forças de nossos pais Orixás.

Cada templo e cada dirigente espiritual possuem seus próprios fundamentos em relação às ervas e as indicam de forma direcionada aos seus filhos. Podemos classificar algumas mais conhecidas; porém, existe uma variedade esplêndida de ervas que darão aos médiuns o preparo necessário para suas atividades espirituais.

Deve-se lembrar que as ervas ainda são utilizadas para os banhos dos assistidos, onde os espíritos guias os recomendam, inclusive como chás para beneficiá-los.

Em minha casa, todo filho que é indicado pelo guia chefe para compor a corrente mediúnica, passa a possuir um assentamento de força que vejo como vital em meu trabalho. Este assentamento de força está direcionado ao anjo protetor, ou anjo da guarda.

Faz-se necessário, como preparo, que o medianeiro tenha o hábito de firmar seu anjo protetor. Só para que possamos compreender o termo “firmar”, explica-se que se trata de um ato de comunhão de introspecção, onde passa a existir a contemplação de suas forças. Faz-se fundamental que o dirigente ensine esta necessidade de oração, de meditação.

O acender de uma vela deixa de ser um ato apenas ritual, para ser um ato contemplativo de grande valor religioso.

É o próprio religar a Deus, se tornando um ato único e que define uma força que chamamos de fé atuante representada pelo fogo da vela, que expande os poderes da Criação ao medianeiro.

É desta maneira que os espíritos guias atuam em relação a acender uma vela quando em trabalho, fixando suas forças, trazendo os aspectos de seus mistérios ao templo, ao medianeiro e ao assistido. Estes fundamentos são o ponto crucial de preparo do médium; quando este passa a compreender tais ritos, ele abre em seu campo mental o que é chamado de poder atômico.

As forças dos Orixás se conectam aos seus centros de força, permitindo a canalização e, em trabalhos espirituais, a manifestação.

O preparo do médium passa também pelo aspecto de como ele interpreta algumas ações dentro do templo. O adentrar em solo sagrado, que é o seu templo de umbanda onde ele atua como religioso, possui fundamentos e forças que se tornam parte de suas próprias energias.

Antes de qualquer trabalho religioso, o médium faz o que já foi citado, tomando seu banho de ervas, firmando seu anjo protetor, colocando sua roupa ritualística religiosa, e, chegando ao templo, saúda a entrada, tocando o solo realizando o sinal da cruz.

Desta maneira, o medianeiro saudou o Alto, o Embaixo, a Direita e a Esquerda do templo. Vai até a tronqueira e reverencia os guardiões pedindo licença. Vai até o seu dirigente, lhe pedindo a benção. Vai até o altar e, tocando seu frontal nele, pede licença para sua tarefa espiritual, entregando-se como médium de Umbanda, para a prática da caridade.

Disciplina é um fundamento necessário para todos estes preparos; ser médium de Umbanda requer este atributo; creio que os preceitos só são realizados pelo medianeiro que possui esta disciplina.

O preparo anterior aos trabalhos espirituais também envolve o lado sexual, pois a troca de influxos através do ato sexual faz com que o campo mediúnico fique defasado em vibrações vitais que são utilizadas pelos espíritos guias. Sendo assim, nas vinte e quatro horas que antecedem o trabalho evita-se o contato sexual, bem como nas três horas seguintes.

É importante entender que o ato sexual não é visto como força negativa, ou pecaminosa; muito pelo contrário, é um aspecto importante, não só em razão da reprodução, como também para o equilíbrio de nossas energias.

As glândulas, através dos hormônios, regulam-se quando existe esta troca; as glândulas eliminam e produzem efeitos que ajudam o bom andamento de nossos órgãos e, por consequência, nossas energias e a nossa própria saúde.

A disciplina envolve tudo dentro de um templo religioso; o médium deve sempre observar os fundamentos que a casa traz, e assim seguir esse padrão. Os espíritos guias agem da mesma forma; entram em sintonia espiritual com a coroa do templo e assim atuam seguindo a hierarquia natural da casa onde prestará o auxílio como espírito guia.

Ressalto mais uma vez em relação às vestes, que é fundamental que as roupas sejam consagradas ao trabalho espiritual, trazendo em si um aspecto comportamental. Vestes decotadas, curtas ou apertadas não condizem com o meio ritualístico religioso, sendo sábia e prudente a utilização de uma vestimenta ritualística adequada.

Os preparos dos médiuns possuem uma variação de acordo com a doutrina aplicada; é, e sempre será fundamental o médium seguir as normas da casa, mesmo que estas sejam diferentes das aqui mencionadas; este trabalho escrito tem apenas um cunho informativo sobre este tema tão relevante.

Pai Ortiz Bello
Próximo Livro "Umbanda na Umbanda" Ortiz Belo de Souza em 2013.



2012-09-09

O QUE É DEUS?







Textos para Reflexão: O que é Deus?


Parte da série "Reflexões sobre a espiritualidade e a ciência", onde o ocultista Marcelo Del Debbio e o cético Kentaro Mori respondem a uma mesma pergunta (a cada post). Para conhecer mais sobre esses dois distintos participantes,
não deixe de ler sobre a premissa da série.


PARTICIPANTES:


>> Marcelo Del Debbio é arquiteto com especializações em semiótica, história da arte e urbanismo, e também um grande pesquisador de mitologia, ordens iniciáticas, astrologia e ocultismo. É editor chefe da Daemon Editora, responsável pelo blog Teoria da Conspiração, membro fundador do Project Mayhem, colunista do blog Sedentário & Hiperativo, dentre outras atividades


>> Kentaro Mori é analista de sistemas e um grande defensor do pensamento cético na web. É responsável pelo projeto Ceticismo Aberto, além de autor do blog 100nexos, um dos administradores da comunidade ScienceBlogs Brasil, colunista do blog Sedentário & Hiperativo, consultor do quadro Detetive Virtual, do Fantástico da Rede Globo, dentre outras atividades.


[RAFAEL] - Tanto na ciência quanto na religião, a humanidade têm se deparado com conceitos que lhes são transcendentes. Tantas foram às interpretações dos deuses ou das leis naturais, que às vezes parece que cada indivíduo tem sua própria visão deles. O que seria então, para você, o conceito de Deus ou de Cosmos?


[MORI] - O Cosmos é tudo aquilo que há, para emprestar a definição de um grande sujeito que falou sobre ele na TV. Etimologicamente o conceito ainda carrega a ideia de ordem e harmonia, desde a Grécia Antiga. Acreditar no Cosmos é assim simplesmente aceitar sua definição englobando todo o Universo; e comprovar ordem e harmonia no mundo talvez só requeira uma olhada no céu noturno com estrelas nascendo e se pondo em uma regularidade que transcende a Humanidade, percebida mesmo por nossos ancestrais mais distantes.

Seria tentador e muito politicamente correto igualar este conceito de Cosmos a Deus, de fato o “Deus de Spinoza” a que Albert Einstein se referiu é muito próximo da ideia de Cosmos de que falamos aqui. O que é um pouco menos conhecido é que o Deus de Spinoza não é apenas mais um tipo de Deus, mas um tipo de Deus definido para rejeitar outros deuses, em particular o tipo de Deus mais popular pelo mundo, o Deus providencial das escrituras. Quando Einstein diz acreditar no Deus de Spinoza, ele não está se incluindo na turma das pessoas que acreditam em Deus, ele está se excluindo.

É preciso questionar conceitos tão abrangentes e flexíveis que acabam perdendo todo seu valor. Uma das primeiras coisas que o ser humano fez no Jardim do Éden, de acordo com a fábula, foi dar nomes aos animais, para diferenciá-los. Carl Sagan, em “Os Dragões do Éden”, interpretou esta fábula como refletindo a importância da linguagem, e é irônico que no pós-modernismo exista essa ideia de que todo significado seja relativo, promovendo um ecumenismo que é em verdade aquilo que George Orwell advertiu com o horror da Novilíngua.

A transcendência que a ciência natural busca, por exemplo, não é a mesma transcendência buscada pela religião – são em verdade conceitos mutuamente exclusivos. A transcendência religiosa está por definição além daquela perscrutável pela ciência natural, que sempre estará limitada por aquilo que possa ser comprovado e observado no mundo que nos cerca. Na religião, se acredita em algo porque é absurdo, do contrário se estará apenas constatando algo. São palavras iguais, mas com usos e definições muito diferentes. Forçar o entendimento de conceitos mesmo contraditórios como parte de uma única ideia é mesmo parte do Duplipensar de Orwell, o ponto cego onde o raciocínio pode ser extinto.

Um ecumenismo politicamente correto onde “todos acreditam em deus de sua própria forma” é um uso político e totalitário da linguagem. Não, quem acredita no deus das escrituras não pode, ao mesmo tempo, considerar que aquele que acredita em Shiva também acredita em deus, ou que aquele físico que diz acreditar no deus de Spinoza também seja teísta. São crenças explicitamente contraditórias.

A verdadeira tolerância é reconhecer estas contradições e respeitar o direito que cada um tem a suas próprias crenças – e descrenças. O Cosmos em que acredito, a ordem e harmonia no mundo que vejo e comprovo, não é deus. É um conceito que se afirma tanto em si mesmo, quanto pela exclusão de outras ideias, que conheço, mas não compartilho com outras pessoas quem, todavia, respeito.

Eu sou ateu.


[DEL DEBBIO] - Para os Hermetistas e Cabalistas, Deus é o Universo. A soma de tudo.

Nada de velhinhos barbudos preocupados com o que você faz com a sua genitália; nada de seres relampejantes ou divindades com múltiplos braços, mas a soma de tudo o que pode ser compreendido dentro deste Universo: galáxias, sóis, planetas, continentes, países, estados, cidades, comunidades, casas e, finalmente, cada indivíduo, que passa a ser o deus criador de suas próprias idéias e de todas as ações conscientes, em um fractal infinito de possibilidades.

Para os hermetistas, “Deus” se divide primordialmente em Sabedoria e Entendimento: duas partes que interagem entre si.

Os antigos chineses chamavam estas partes de Yin e Yang; os gregos de Ordem e Caos; os nórdicos de Gelo e Fogo; os católicos de Anjos e Demônios e os cientistas chamam de Física/Matemática e Evolução. Os Cabalistas chamam estas Esferas de Hochma e Binah.

Hochma (a Evolução, Caos, Yang, Fogo, mutação, o Esperma) é compreendida pelos cabalistas como “Sabedoria” porque está associada à idéia de que a sabedoria vem de descobrir algo novo que não estava lá antes.

Como Deus se manifesta de maneira fractalizada, este conceito pode ser aplicado desde as regras de evolução de Darwin até os memeplexes de Dawkins; pode ser aplicado desde as mutações genéticas que desenvolveram toda a miríade de seres vivos diferentes no planeta (uma mutação faz com que algo novo surja dentro da repetição genética) até as variações físicas responsáveis pela gama de estrelas diferentes no universo e a maneira como as formas das galáxias evoluem dependendo da região do cosmos onde estejam. E pode ser aplicada também a uma criança de dois anos que aprende pela primeira vez uma palavra nova.

Binah (As regras, Ordem, Yin, Gelo, o Imutável, o Óvulo) é compreendida pelos cabalistas como “Entendimento” porque está associada à idéia de que somente entendemos o mundo através do processo científico, de escolha, teste e repetição controlados. Binah é a matemática, a física teórica, as regras rígidas e imutáveis que guiam nosso universo e nos permitem “prever” acontecimentos pela certeza de sua repetição (se nada for alterado). Binah é a escolha de UM universo para trabalharmos. Em outros universos, as regras são outras (em outras cabeças, outras idéias)…

A título de curiosidade, a intersecção simbólica entre estas duas Esferas, Hochma e Binah, é feita através da letra “Daleth” que quer dizer “Porta” (a porta de entrada de um universo maior/Hochma para um universo menor/Binah – do deserto para sua cabana, por exemplo) e representa a própria natureza (o Arcano da Imperatriz no tarot). A partir daí, quando Olhamos para cima, temos Kether (“Deus”), quando olhamos para baixo, temos Daath (“Conhecimento”).

Desta maneira, o conceito de “Deus” para os hermetistas depende da escala que você quer trabalhar. O Universo é Deus, mas eu também sou Deus, e o ato de escolher e preparar o meu jantar hoje de noite é Deus; e isso independe de qualquer crença ou descrença.

O problema começa quando as pessoas tentam compreender o que é esta grandiosidade de sensações e experiências através do artifício da antropomorfização (dar forma humana a fenômenos naturais) para tentar explicar o que não pode ser mensurável.

A partir deste momento, a definição e imagem de “Deus” varia de acordo com fatores culturais, temporais, artísticos e espaciais: africanos entendiam esta dicotomia Ordem/Caos como Xangô/Iansã e associavam isto à Montanha (imutável) e à tempestade (caótica), Babilônicos tinham Ea (céu azul e limpo) e Lillith (a tempestade), Egípcios tinham Maat (A Justiça) e Ptah (O escriba de todas as possibilidades), Gregos tinham Ouranos e Nix, Nórdicos tinham Ymir (gigante do gelo) e Surtur (gigante do fogo), católicos têm Adão (deu nome para todas as coisas vivas) e Eva (comeu o fruto da árvore proibida e fez com que fossem expulsos do Paraíso), hindus tem Vishnu e Shiva, os thelemitas têm Therion e Babalon… Dezenas de mitos diferentes; mesmas idéias.

O GRANDE problema acontece quando pessoas resolvem transformar Símbolos em Deuses Literais (que, sendo literais, permitem “crença” ou “descrença”) e os manipulam para impor e manter seus poderes econômicos e políticos sobre a população… Mas isto é uma outra história.


Fonte: Textos para Reflexão
http://textosparareflexao.blogspot.com/2011/11/o-que-e-deus.html
Autor: Kentaro Mori, Marcelo Del Debbio e Rafael Arrais
Editor: Eduardo Patriota Gusmão Maria De Fatima Soare



FUI CHAMADA DE HEREGE, E AGORA?






Heresia
(do latim haerĕsis, por sua vez do grego αἵρεσις, "escolha" ou "opção") é a doutrina ou linha de pensamento contrária ou diferente de um credo ou sistema de um ou mais credos religiosos que pressuponha(m) um sistema doutrinal organizado ou ortodoxo. A palavra pode referir-se também a qualquer "deturpação" de sistemas filosóficos instituídos, ideologias políticas, paradigmas científicos, movimentos artísticos, ou outros. A quem funda uma heresia dá-se o nome de heresiarca. ( Wikipédia, a enciclopédia livre. )


A pessoa que consegue compreeder e ser tolerante para com tudo e todos, também já aprendeu a transitar livremente por entre a enorme multiplicidade das manifestações nos mundos.

Se ela for de uma natureza extrovertida, expositiva e gostar das bajulações, atrairá para si a atenção e simpatia das massas, ainda que por motivos duvidosos. Mas se ao contrário, sua natureza for introvertida, introspectiva e avessa às bajulações de títulos, atrairá para si o desprezo e a crítica dessas mesmas massas.

Essa pessoa despertará a ira dos fanáticos ( sejam eles religiosos, filósofos, ateus, políticos, e até dos " carneiros incautos " ), porque aceitá-la como ser pensante que já saiu das crenças cegas, dependências e servidão conveniente, para a liberdade de Fé e autonomia pessoal obriga-os a questionar suas próprias convicções.

O fervor filosófico, o religioso; de qualquer tipo de crença religiosa ou não religiosa ( incluindo tudo o que nega, ou não objetiva a ascensão espiritual ), quando praticado de forma exacerbada e intolerante é uma arma de destruição, sempre disposta a disparar contra quem pensa de modo diverso.

Em vez de unir, divide a sociedade, semeando o ódio que mina dia a dia a sua confiança, sua ética e sua moral, gerando como resultado as perseguições e os massacres.

Tudo deve ser questionado: A política, a economia, a ciência, a filosofia, o ateísmo, a religião e etc, pois são apenas conceitos humanos que necessitam do auto-posicionamento social.

E como conceitos, estão sujeitos à equívocos, à ilusões, e não passam de peças de um quebra-cabeça que é o " elefante " da fábula, ou seja dA Verdade.

Há que se duvidar das fórmulas acabadas, das receitas prontas. É preciso que se aprenda a usuflui-las apenas como instrumento de auto- análise, pois somente um constante questionamento interno ( dentro de si ), na meditação ( me- dit- a- ção ) é possível despertar o princípio da sabedoria latente em toda Natureza.

Contudo, não basta questionar-se e ir em busca de respostas. Há a necessidade da aplicação prática, no cotidiano, no dia a dia, das respostas na medida em que forem sendo encontradas. Se isso não for feito, a busca se torna tão inútil e perigosa quanta a ilusão, pois igualmente acabam virando instrumentos de manipulações.

Ilustremos isso com uma piada que serve ao propósito:

" Um desequilíbrio orgânico leva um matuto ao médico que, diagnosticando o mal fornece-lhe uma receita com a prescrição do remédio corretivo. O médico orienta-o dizendo que ele terá de tomar aquela receita duas vezes ao dia, durante sete dias.

Ao final de sete dias, sem obter melhora, o matuto volta ao médico e reclama que o remédio não fez efeito. O médico pergunta-lhe se tomou o remédio receitado corretamente, ao que o matuto garante que tomou até o último pedacinho do famigerado papel.

Só então o médico percebe o engano do paciente. "


A pessoa que vive na ilusão é semelhante ao matuto em vez de interpretar o que os signo no papel indicam, tomam as recomendaçoes ao pé da letra, agravando seu estado pelo prolongamento do mal que lhe acomete.

Já aquele que se auto-questiona e busca respostas poderá se desdobrar em dois tipos: um indo ao médico, sai com a receita, vai à farmácia e obtem o remédio, mas esquece de tomá-lo. O outro sai com a sensação de dever cumprido, então põe a receita no bolso e a esquece.

O resultado no final é o mesmo para os três

Ouve-se muito a palavra buscador nos meios em que se auto-denominam estudiosos de x ou y, e a maioria realmente se lança numa busca desenfreada; peregrinando em cursos de toda gama, em livrarias, bibliotécas, sebos e até em viagens " iniciáticas " porque seu entendimento do que seja um Buscador assemelha-se a receita do matuto.

Outros até conseguem perceber do que se trata, mas falta-lhes a aplicação real, ou seja, comprar e tomar o remédio correto.

O verdadeiro auto-Conhecimento só é possível com a experimentação, com a aplicação correta das respostas encontradas. E somente o auto- Conhecimento levará à Liberdade que só a Sabedoria pode dar.

Ashra/VSL




Esquizofrenia






- Parte XVII - A Conexão Espiritual


Na psiquiatria moderna, os conhecimentos das funções cerebrais, é fator essencial para entendermos as possíveis origens dos distúrbios mentais, quais a maioria dos diagnósticos se restringem a meras especulações padronizadas no mundo todo.


Apesar dos estudos estar no início, podemos dizer que atualmente, existem técnicas e equipamentos capazes de nos fornecer resultados diferenciados, no que se referem aos distúrbios mentais de origem somática, incluindo a má formação genética, mesmo esta não sendo hereditária.


Muitos hospitais e clínicas, dispõem da Tomografia Computadorizada (TC), a Ressonância Magnética (RM), e a recente Tomografia por Emissão de Positróns (TEP), que através do scaneamento, o profissional pode medir o fluxo sanguíneo em algumas unidades do cérebro, porém, convém esclarecer que o baixo fluxo de oxigênio em qualquer área do cérebro, pode provocar significativas alterações comportamentais, inclusive sintomas e formação de doenças; entretanto, apesar de toda a evolução tecnológica a medicina não dispõe de equipamentos para medir a insuficiência de oxigênio, e que pode levar os indivíduos a manifestarem sintomas conversivos.


A conversão é um mecanismo através do qual o indivíduo converte inconscientemente um conflito psicológico em doença física, ou física em psicológica, e devido a estes fatores, são necessárias avaliações minuciosas, para que os acometidos por distúrbios mentais não interpretem conforme as conveniências de manipulação, e venham intensificar e dramatizar os comportamentos já considerados inadequados.

O mesmo acontece com alguns termos mal aplicados; exemplo:
O termo distúrbio psicológico não possui uma definição precisa, porém, é utilizada indiscriminadamente por profissionais da área mental, para facilitar ou fugir da explicação dos fatores que envolvem o biológico, o ambiental, o social e o psicológico, quando o acometido apresenta alterações e transferências recorrentes.

Citarei neste artigo um breve exemplo:

Os indivíduos com personalidade paranóide, geralmente são atingidos pelas conversões, por projetarem seus próprios conflitos e hostilidades em outros indivíduos.

Embora que não estejam incluídos na classe da psicopatia, eles são frios e indiferente nos seus relacionamentos, tendem a encontrar intensões hostis por trás de atitudes triviais e até mesmo em atos positivos; a reação típica é a desconfiança, e agem com agressividade quando se sentem rejeitados, mesmo quando a rejeição é gerada por eles próprios.

É comum os paranoides, disseminarem a discórdia entre os indivíduos que os rodeiam.


Segundo os cientistas do Reino Unido, este distúrbio pode ser controlado, por ele estar ligado ao baixo fluxo de oxigênio no cérebro.

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Jorge Guedes
- Brasileiro, nascido em 1959, Iniciou suas pesquisas no Brasil, Reside em Portugal desde 2003, Fundador do EEIJG (Espaço da Espiritualidade Independente Jorge Guedes) Pesquisador, P.h.D. em Neurociências pela Universidade de Tel Aviv – Israel, Psicoterapeuta, filiado ao SINTE (CRT 30610) no ano de 1989, com as pesquisas da Regeneração das Células-Tronco, Criando as Técnicas da Terapia da Eletrogenese e a Terapia Bio Celular In Vivo.

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Jorge Guedes.

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