2014-05-12

[DO DESPERTAR DO DESPERTAR]








"Há vários anos atrás, quando acreditei estar completamente iluminado, e muito além do ego, ( vejam o ridículo disso? ) tinha eu um mantra:

"Nunca pedir desculpas. Jamais dizia: Sinto muito."

Acreditava que isso era perfeito.
Além da humanidade.
Além da censura.

E como não havia "nada aqui", obviamente que necessitava me desculpar por nada ( já que era perfeito e o Universo jamais comete nenhum erro ).

Se alguém tivesse algum problema "comigo",
Se alguém se aborrecia com alguma coisa que havia dito,
Certamente devia ser sua própria projeção,
Seu ego
Sua falta de iluminação
Seu sofrimento.

Isso era o que acreditava, tal qual ( e também acreditava que já estava livre de crenças ).

Me sentia atraído por mestres espirituais "radicais" e "absolutistas" que atuavam com certa crueldade e que nunca se desculpavam e que aparentavam ser imperturbáveis.
Como pareciam ser Iluminados!
Geniais e distantes!
Completamente imunes à vida!
Sumamente protegidos das dores e alegrias, que implicam as relações íntimas humanas!

Mas amigos, quando foi que se dizer "Sinto muito" - e fazer as pazes e escutar profundamente os demais e nos relacionarmos mutuamente na humildade e em alegre dúvida e nos abraçarmos e chorarmos juntos - se converteu no Pecado Original da Iluminação?

Mas mantinha os "outros" à distância, e me recusava a me envolver ( e assim afirmava que não havia "nenhum outro" como um robô bem treinado do Advaita, negando perfeitamente o imperfeito coração humano.)

Tratava-se de uma Unidade desconectada.
Um reconhecimento carente de amor
Um fogo sem calor.
Um despertar medíocre.

E agora vejo que é um grande alívio ser capaz de dizer, e dizer realmente a partir do coração...

Sinto muito...

Jeff Foster

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