2014-04-22

OS CAMINHOS DA PAZ INTERIOR









Os profetas das Mitologias anteriores a Cristo compreendiam o Ser Humano como algo insignificante e desprezível diante das suas Divindades. Esse conceito foi questionado por Sócrates na Grécia, por Buda na Índia e por Cristo na Palestina.

Tanto os profetas do Antigo Judaísmo quanto os das demais mitologias dessa época, costumavam imolar animais às suas Divindades e aspergiam sangue sobre seus altares pois entendiam que somente o Sacrifício de Sangue podia acalmar a Ira Divina contra a HUMANIDADE.

Enquanto a didática de Sócrates e Buda eram mais sofisticadas e filosóficas, a didática de Cristo era mais direta e coloquial, pois Jesus ensinava por Metáforas Populares, como na história do Filho Pródigo, que eram parábolas de linguagem coloquial muito conhecidas por todas as classes sociais da palestina.

Cristo se contrapôs ao Teocentrismo Sacerdotal cultivado pelos fariseus e chefes das sinagogas e revolucionou os Conceitos Espirituais da Humanidade, mostrando-nos que Deus, não é irado, vingativo nem punitivo... E pouco se importa com os ritos e dogmas da Humanidade...

Falou-nos de um Pai de Infinito Amor, rico em Perdão e Misericórdia que sabe nos dar boas coisas antes mesmo que lhe peçamos, e se manifesta nas pessoas que buscam SIMPLICIDADE DE PROPÓSITOS e PUREZA DE CORAÇÃO.

Os Ensinamentos de Cristo colocam o SER HUMANO, como participante decisivo na IMPLANTAÇÃO do REINO DE DEUS sobre a Terra, mostrando-nos que esse Reino Vive dentro de cada um de nós, e deve ser exercitado e expandido, para o auxiliarmos na sua Missão de Instaurar o Reino de Deus entre os HOMENS.

Os ricos e imorredouros ensinamentos de Cristo se expandiram pelo Planeta formando inúmeras vertentes religiosas que vão além das religiões cristãs, pois Maomé, o Pai do Islamismo considerou Jesus Cristo como o MAIOR entre os Profetas, e incluiu os seus ensinamentos no Alcorão.

Mahatma Gandhi, célebre praticante do Hinduísmo considerou o Sermão da Montanha do Mestre Jesus, como a ESSÊNCIA e o RESUMO de todos os Livros Sagrados da Humanidade.

A Mensagem de Cristo é Antropocêntrica. Coloca o SER HUMANO, como personagem importantíssimo nos Desígnios de DEUS, para transformar a Terra num paraíso, onde as VIRTUDES HUMANAS se sobreponham à nossa pequenez.

"Fareis obras iguais ou maiores que as minhas se entenderes as minhas palavras" Se tiveres fé do tamanho de um grão de mostarda movereis montanhas" " Dai a Deus o que é de Deus e aos Governantes Humanos o que é deles" "Quem acredita e mergulha na sua fé será salvo. Mas quem não acredita se auto condena" "Tudo é possível a quem acredita" "Toda a Lei de Deus se resume em amar a Deus e ao Próximo" "Perdoe, 490 vezes" "Faça pelo outro o que quer que te façam e nunca faça a ninguém o que não queres pra ti" "Tudo o que o SER HUMANO PLANTAR, irá colher" "Amem-se como eu vos amo e aceitem-se como eu vos aceitei."

Quando compreendemos os ENSINAMENTOS DE CRISTO, acima dos dogmatismos doutrinários, percebemos que, lentamente caminhamos para a Luz, para o Amor e para a PAZ, que só pode ser construída quando adquirimos PAZ INTERIOR.

Bem vindos à Era do Cristianismo Universalista!


- Paulinho Santos
(Família Fratuni)


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[ Muitos outros luminares de outros povos, reverenciam Jesus e Seus ensinamentos. ]


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A ARTE DE MEDIR








Em seu diálogo “Protágoras”, Platão escreve:

“Suponha que a felicidade consiste em fazer e escolher o que é grande; e em não fazer, ou evitar, aquilo que é menor.
Qual seria o princípio da salvação da vida humana?
A arte de medir não seria o princípio da salvação?
Ou seria o poder das aparências?
Esse último não é aquela arte enganadora que nos faz oscilar para cima e para baixo, e optar, em um momento, por coisas das quais nos arrependeremos depois, tanto em nossas ações como ao escolher entre coisas grandes e pequenas?
A arte de medir deixa de lado a força das aparências, e, ao mostrar a verdade, ensina de bom grado à alma como encontrar descanso na verdade, e assim salva nossa vida.
Será que a humanidade não reconhece, em geral, que a arte que produz esse resultado é a arte de medir? (.....)”

“Medição” é, na verdade, “discernimento”, ou “Viveka” em sânscrito.

Platão prossegue:

“... Vendo que a salvação da vida humana é reconhecida como algo que consiste na escolha correta de prazeres e dores, na escolha do que é mais e do que é menos, do grande e do pequeno, e do próximo e do longínquo, será que essa medição não é a avaliação do que há em excesso ou que falta, e da igualdade na relação entre um e outro?”

O lema do movimento teosófico afirma que “não há religião mais elevada que a verdade”. Platão, por sua vez, ensina que não existe coisa alguma mais poderosa que o conhecimento da verdade.

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Reproduzido do texto "O DILEMA ÉTICO DE S. PAULO", de Carlos Cardoso Aveline: http://www.teosofiaoriginal.com/2014/04/o-dilema-etico-de-s-paulo.html



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[ COMO IDENTIFICAR UM GNÓSTICO]








Como identificar um gnóstico em uma comunidade católica?

O conceito de gnose pode ser dividido em duas características básicas. A primeira é quando a pessoa crê que a realidade atual é opressora e escravizante. A segunda é que existe um conhecimento que liberta dessa opressão. Gnosis em grego quer dizer conhecimento.

Desde a Antiguidade, passando pela Idade Média e até os dias atuais é possível perceber o gnosticismo. Todavia, ao longo do tempo, este movimento passou por um processo gradual de secularização e, atualmente, trata-se de um movimento ateu e materialista. Isto quer dizer que existe um ódio fundamental contra a estrutura da realidade (obviamente representada pela Civilização Ocidental e tudo o que ela traz). Antigamente esse ódio era direcionado ao deus mau, o demiurgo, aquele que criou o mundo material (portanto, ruim).

Hoje em dia, essa estrutura, antes criada por um deus, pode ser representada por um ideologia, um sistema, que acorrenta o homem a um mundo “errado”. O conhecimento teórico, pela gnose, traria a libertação. No mundo secularizado, o conhecimento teórico é chamado de teoria crítica. O desconstrucionismo é consequência da teoria crítica que não aceita as antigas estruturas e quer refazê-las, recriá-las.

Naturalmente o homem possui dentro de si uma espécie de tentação gnóstica. Ela se manifesta todas as vezes em que se pretende ser "conselheiro de Deus", ou que se acredita que faria o mundo melhor ou diferente "se eu fosse Deus".

Felizmente, Deus quer crucificar a gnose dentro de cada homem. Ele o faz por meio do embate com o mundo real. A obediência à estrutura real como ela foi criada por Deus, bem como pela vontade de aceitar a realidade como ela foi criada, mesmo que não seja do jeito imaginado.

Tomar a cruz dia após dia é lutar contra a gnose. A vontade de Deus muitas vezes de manifesta em agruras e sofrimentos. Aceitar a vontade de Deus não é algo fácil, o próprio Jesus suou sangue para obedecer.

A finalidade da vida cristã não é outra que não lutar contra a gnose que existe dentro de cada um, vencendo a tentação de querer ser Deus, de fazer melhor que Deus. É deixar de ser uma criança mimada, cujas vontades devem ser satisfeitas e inclinar a própria vontade à vontade Daquele que tem o poder de dar a vida eterna, a salvação.



FONTE:
https://www.youtube.com/watch?v=ZkYnvaXxotw



Evangelho Gnóstico
- Evangelho de Tome completo - Cristianismo
https://www.youtube.com/watch?v=jf1_7Lbzgc0


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O que é o pelagianismo?








Nos últimos tempos, o Papa Francisco tem abordado com frequência a questão do Pelagianismo. Mas, o que vem a ser isso? Trata-se de uma heresia iniciada por um monge oriundo da Bretanha, chamado Pelágio. Ele dizia que não era necessário o auxílio da graça de Deus para que o homem realizasse atos de virtude. Cristo morreu na cruz e deu o exemplo. Bastaria ao homem segui-lo. Santo Agostinho que por trinta anos viveu amarrado às correntes do pecado sabia que a afirmação de Pelágio era falsa. Ele sabia da incapacidade do homem em vencer o pecado sem o auxílio da graça divina.

A heresia pelagiana foi condenada no XV Sínodo de Cartago, iniciado em 01 de maio de 418, conforme se vê no "Compêndio dos símbolos, definições e declarações de fé e moral", popularmente conhecido como Denzinger- Hünnermann, a partir do número 225.

Algum tempo depois, a reflexão teológica iniciada por Pelágio ganhou um novo capítulo, pois, na Gália, atual França, surgiu uma segunda opinião acerca do tema. João Cassiano, o mesmo que escreveu as "Instituições Cenobíticas, tornou famoso Evágrio Pôntico e a doutrina dos Padres do Deserto no Ocidente, criou o chamado "semipelagianismo", afirmando que a graça de Deus auxilia no momento de se vencer o pecado, mas que a iniciativa precisa ser do homem. Isso também não é verdade, pois, o amor de Deus é sempre o primeiro a dar o passo na direção do homem. O semipelagianismo foi condenado no II Sínodo de Orange, iniciado em 12 de julho de 526 (DH 730 e seguintes).

Para entender estas duas heresias e como elas influenciam de modo concreto e inequívoco a vida dos cristãos até os dias atuais, é necessário fazer uma distinção entre graça suficiente e graça eficaz. Lembrando que graça é o próprio Deus que se doa ao homem. O Espírito Santo quando é derramado nos corações é a graça por excelência.

A efusão do Espírito Santo, também conhecida como graça incriada, provoca no homem diversas mudanças que podem ser chamadas de graça criada. Elas são reações ocorridas no íntimo da própria pessoa, que se transmuda ao receber o Deus que se doa.

Deus se dá à pessoa, contudo, apenas o suficiente para que o processo de mudança ocorra de forma livre. A pessoa continua livre, pois somente na liberdade é que o amor pode acontecer e ser correspondido. Se Deus se oferecesse de maneira plena, com toda sua potência, o homem perderia a sua liberdade, pois Deus é irresistível. Assim, Ele oferece ao homem a chamada graça suficiente.

O conceito teológico de graça suficiente é a chave para se combater o semipelagianismo. Ela é como um carro que saiu da concessionária com combustível suficiente apenas para chegar ao posto de gasolina, mas não até o destino final, portanto, apenas para iniciar o caminho de conversão, mas não para chegar à santidade.

A graça suficiente age no homem para realizar a conversão do filho pródigo narrada no Evangelho de São Lucas, capítulo 15. Ele pensa: "pequei contra Deus e contra o meu pai, vou voltar para casa." A partir dessa tomada de consciência, da graça suficiente que toca o coração humano, ele deve pedir, suplicar, implorar pela graça eficaz, aquela que é capaz de agir em seu coração, capacitando-o a vencer o pecado no dia a dia.

A graça eficaz não é merecida por ninguém, nem mesmo os grandes santos, por isso é preciso pedi-la. Santo Afonso Maria de Ligoria dizia: "quem reza se salva, quem não reza não se salva, se condena." Ou seja, quem pede a graça de Deus a terá. E a graça eficaz fará com que a pessoa vença o pecado na batalha do dia a dia. Assim, quem não a pede não tem a força que ela traz.

Se a graça suficiente combate o semipelagianismo, a graça eficaz, por sua vez, combate o pelagianismo. Seja como for, em ambos casos, o homem é um mendigo diante da porta de Deus. Ele precisa bater e pedir a graça. Deus a concederá não porque o homem a mereça, mas porque Ele é Bom.

Para recebê-la, contudo, é preciso ser como as virgens prudentes do Evangelho de São Mateus (25), que enchem as suas lâmpadas com o óleo da oração. Pedir insistentemente, bater à porta, fará com que aconteça o que Jesus prometeu: "pedi e recebereis, batei e abrir-se-vos-a, vos será dada uma medida calcada, sacudida, abundante que será colocada em vosso regaço"(Mt 7,7): a graça de Deus.

Para isso, é preciso não se contentar com a graça mínima, suficiente, mas pedir incessantemente e confiar Naquele que prometeu que irá derramar a graça de fazer com que o cada um O ame de todo o coração.


https://www.youtube.com/watch?v=prs4aqqMjxc

2014-04-21

Filosofia








A Filosofia começa quando a pessoa começa a se autoconhecer, entender e desenvolver sua visão de mundo ou realidade/s.

Primeiramente a pessoa recebe informações (impressões) nos sentidos da maneira como deve ser; do que é certo e errado, pode e não pode, bom e mau, triunfo e derrota e etc.

Diversos padrões, conceitos, experiências são transmitidos pelo mundo exterior e se transformam em crenças no indivíduo; afetando diretamente sua realidade interior que está em constante mudança e relação com a própria realidade exterior…

As crenças passadas por gerações e gerações lhe emprestam símbolos e significados dando sentido e fazendo parte de seu universo.

Num fluxo e refluxo onde certas crenças são confirmadas, dando motivação (prazer) levando a pessoa encontrar mais sustentação as suas razões, buscando mais confirmações… Mas outras entram em conflito e antagonismo fazendo com que a pessoa fique intranquila, questionando e desejando sobrepujar aquela experiência (evitar a dor).

Nesta investigação, discussão com outras pessoas, reflexão e formação de idéias o indivíduo vai desenvolvendo e exercitando a razão.

Na consciência as interpretações vêm e no inconsciente elas se vão…

O que influência o comportamento humano são as causalidades desencadeantes dos acontecimentos e seus efeitos sobre nós, ou seria; as forças latentes dentro de nós mesmo que atraíram/atraem os signos e acontecimentos?

Toda vez que compreendemos algo sobre nós; unimos com Sophia (sabedoria).

“Os que não se lembram da própria história estão condenados a repeti-la. Se não fizermos um esforço para, gradativamente, irmos tomando consciência de nossos mitos pessoais, acabaremos dominados pelo o que os psicólogos diferentemente denominam de compulsão repetitiva, complexos autônomos, engramas, rotinas, enredos, jogos.

Quem é autor da própria história confere autoridade as suas ações. Adquirimos autoridade e criamos um mito pessoal que nos ilumine através da nossa verdadeira forma.” (Sam Keen e Anne-Fox)

A partir de nossas inquietudes buscamos a filosofia, criamos instrumentos e procedimentos equacionando o campo de hipóteses; compreendemos as limitações impostas culturalmente, os ritos de passagem ultrapassados que empobrecem, prejudicam e alienam os Homens.

A filosofia nos fornece respostas significativas e nos provoca com perguntas em que podemos despertar para novas rotas para consecução das qualidades heróicas, de um ânimo desenvolvido, auto-realizador e espiritualmente fundamento.

Examinamos o passado, reavaliamos os Homens e o sexo, os Homens e a guerra, os Homens e o trabalho, proporcionando novos modelos para ajudá-los a ir a fragmentação à totalidade em cada aspecto de nossas vidas.

Este é o fundamento do trabalho filosófico; Conhece-a-ti-mesmo (Sócrates).

A filosofia pode guiar e estimular os Homens que estão à procura de novos ideais de força, potência e bravura para uma vida mais plena e apaixonada.


Texto de Ariel Estrela


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