Através do mecanismo comparativo das parábolas, Jesus expôs idéias e preceitos ao nível da compreensão humana, mas que se referiam, especificamente, à vida espiritual.
Ele sempre usou de uma linguagem imperativa e taxativa, quando aludia sobre a colheita inglória dos que falseiam na escalonada espiritual.
Ele sempre deixou transparecer que todos os homens são "pecadores" e, por isso, ninguém pode julgar ninguém. Daí a sua advertência incisiva e evangélica à alma imprudente, que ao apontar o "argueiro" no olho do vizinho, não enxerga a trave nos seus olhos.
Nos conceitos evangélicos de Jesus, verifica-se o fatalismo de uma lei implacável, justa e benfeitora, que tanto quanto corrige o espírito faltoso, também dá-lhe os elementos para alcançar uma vivência venturosa espiritual.
Os seus ensinamentos confirmam-se, incessantemente, através do próprio dobrar dos séculos, pois, conforme explica a doutrina espírita, o homem sempre defronta-se com as mesmas situações e aquisições desagradáveis no futuro, decorrentes dos maus atos e julgamentos efetuados contra seus irmãos em vidas anteriores.
O tema evangélico do Mestre explica que o homem será "medido" com a mesma medida com que medir ou julgar o próximo, e enuncia na sua exposição o processo implacável, retificador e justo da Lei do Carma, quando obriga o espírito a sofrer em si mesmo o que ele causou a outrem.
Ramatís - O Evangelho à Luz do Cosmo