Decálogo vem do grego "dekalogos" onde deka significa dez e logos significa aspecto de D'us ou conhecimento sagrado, Decálogo do Ioga é um conjunto de 10 princípios, bases ou regras da doutrina ou da filosofia do ioga.
É equivalente ao decálogo de milhões de anos usado em escolas de iniciação, que foi gravado na pedra de Asgard pelo Manu primordial ou pelo primeiro condutor da raça Ariana a partir da Meseta do Pamir no lado oriental do Afeganistão.
O nome oculto deste Manu é Vaisvávata.
Ciclicamente a humanidade recebe Manus maiores e menores, para conduzir a marcha das civilizações dentro de um padrão evolutivo condizente com a experiência da época.
E nessa marcha, no episódio do Êxodus, 1.250 A.C., uma nova manifestação de Vaisvávata como Manu ou condutor dos filhos de Israel, (...) [ na figura de ] Moisés que após atravessar o mar Vermelho chegar no deserto do Sinai.
[ Moises ], recebe no alto desse monte as Pedras da Lei com os 10 mandamentos gravados com fogo por Javé ou Jeová, confirmando a aliança com D'us, desde que fossem seguidas as 10 regras de ética dadas por Ele.
Ainda seguindo essa marcha das civilizações, mais distantes, nas bandas do oriente, 700 anos A.C., ocorreu a manifestação de um Manu menor, com o nome de Patanjali, que foi o codificador dos aforismos ou sutras do ioga.
Aforismo ou sutra é explicar o máximo com o mínimo de palavras.
Patanjali agrupou então os conhecimentos de 108 tipos de iogas em uma ioga única, a raja ioga, formada por 8 iogangas ou 8 passos da ioga ou da união com D'us.
A primeira ioganga ou passo é YAMA ou 5 interdições ou 5 regras que dizem o que o discípulo não deve fazer;
A segunda ioganga é NIYAMA ou 5 prescrições ou 5 regras que o discípulo deve fazer.
YAMA mais NIYAMA, formam o DECÁLOGO DO IOGA, ou as 10 regras da união com o sagrado.
O primeiro passo da Raja ioga é YAMA, seguir as 5 regras, interdições que não se deve fazer, que são:
1. AHIMSÂ - Não violência. Não fazer mal não só às pessoas, mas a qualquer ser vivo, a qualquer ser vivo vegetal, animal e hominal, a menos que seja para sua alimentação no caso de vegetais e animais, e principalmente a não violência para consigo mesmo, respeitando sua própria vida.
Eqüivale ao mandamento de não matar, mas com uma abrangência muito maior e com um respeito a tudo o que tem vida.
2. SATYA - Não mentir, iniciação é busca da verdade e quem busca a verdade não pode mentir, mas nem toda a verdade pode ser dita por provocar um mal pior, e quando não puder ser dita, o silêncio é o melhor remédio.
3. BRAHMACHÂRYA - Continência sexual, praticar o sexo para fins nobres e sempre por amor. Não é se flagelar para fugir de um impulso sexual, como mandam algumas religiões.
O sexo é divino, existe nos 4 reinos, no mineral, no vegetal, no animal e no hominal e impulsiona a evolução, e considerá-lo imoral é ignorância, pois redundaria em dizer que todos nós nascemos da imoralidade.
O sexo com amor não é contrário à espiritualidade, ao contrário, nos conduz ao amor divino.
Como a manifestação é trina, o sexo também o é. O sexo pode depravar, equilibrar ou elevar o ser humano.
A elevação pelo sexo é comprovada por inúmeras religiões, onde seus pastores ou dignos representantes masculinos ou femininos podem se casar.
E o lar, quer seja constituído por um sacramento ou por um compromisso oficial, ou por compromissos íntimos e sinceros de um casal, deve estar de acordo com a palavra LAR: L de lealdade, A de amor e R de renúncia.
A continência sexual é não ter apego ao sexo pelo simples prazer, por interesses ou por obrigação. Mas, usar o sexo com amor puro, respeito e obedecendo frequências naturais pelo bio-ritmo ou bio-tipo pessoal.
Valendo lembrar que a energia sexual pode ser transformada em energia mental.
4. ASTEYA - Não privar aos outros com aquilo que não lhe pertence. Não é o simples roubo ou apropriação indébita de bens e coisas materiais. Tem um sentido mais amplo e total, e não roubar idéias e pensamentos, sentimentos e emoções, glórias, méritos e principalmente não privar aos outros de evoluir.
5. APARIGRÂHA - Não ter apego, não ser avarento. Isto não significa ser trapista e comungar com a pobreza doando tudo o que tem aos outros. Devemos evoluir em todos os aspectos, inclusive no material, porém sem apego.
Cada um pode enriquecer o quanto quiser, na medida que enrique aos outros através de um trabalho digno, e nunca pela exploração dos outros ou até mesmo pela sua desgraça.
Na nossa evolução, o importante é SER e não apenas TER, e o ideal é SER e TER.
Aparigrâha é sutil, é não ter apego ao desapego para fugir da luta da vida, é utilizar o que possui para uma vida bem vivida na terra em termos de evolução espiritual.
É a prática da Vairâgya ou do desapego, ter bens mas não ser dependente desses bens.
O segundo passo da Raja Ioga é NIYAMA, ou seguir as 5 prescrições ou observâncias que o discípulo deve seguir ou praticar, que são:
6. SAUCHAM - Pureza interna e externa. É a pureza do corpo físico não apenas ficar limpo e perfumado da cabeça aos pés, mas principalmente com o que se come.
O segundo passo da Raja Ioga é NIYAMA, ou seguir as 5 prescrições ou observâncias que o discípulo deve seguir ou praticar, que são:
6. SAUCHAM - Pureza interna e externa. É a pureza do corpo físico não apenas ficar limpo e perfumado da cabeça aos pés, mas principalmente com o que se come.
Nós cavamos a nossa própria sepultura com a boca, com aquilo que comemos, e devemos estar atentos com aquilo que comemos, pois 90% das doenças entram pela boca.
Mas o importante também, não é só o que entra, mas o que sai pela boca, que representa outros 90% de nossas desgraças, pelo que falamos indevidamente, lembrando que a fofoca é a peste do emocional.
Saucham é ter a alma limpa, é ter sentimentos e pensamentos limpos, uma alma isenta de ódio, inveja, desrespeito, ambição, e sentimentos e pensamentos equivalente, considerando que o pior é desejar mal ao próximo.
7. SANTOCHA - É a alegria e contentamento constantes, que torna a vida mais bela. É ser refratário aos ataques e às ofensas.
7. SANTOCHA - É a alegria e contentamento constantes, que torna a vida mais bela. É ser refratário aos ataques e às ofensas.
O discípulo deve ser como uma janela sem vidro, imune às pedras que são atiradas contra a janela, que passam sem fazer estragos, onde as pedras são as ofensas, os vidros nosso orgulho ou amor próprio e a janela nossos sentidos.
É agir como diz um provérbio chinês: se um cachorro te morde, você não pode se abaixar e morder o cachorro, deve ter uma postura hominal ou mental frente ao animal ou emocional.
Ou como dizia Kung Fu Tsé, o popular Confúcio: se ganhar um limão, não reclame, faça uma limonada.
8. TAPAS - É a austeridade, é o controle se si mesmo, do corpo e das emoções pela mente, em qualquer situação favorável ou desfavorável, no sucesso e no insucesso, na alegria na dor, no pensar e no sentir, no frio e no calor, sem cair em extremos.
8. TAPAS - É a austeridade, é o controle se si mesmo, do corpo e das emoções pela mente, em qualquer situação favorável ou desfavorável, no sucesso e no insucesso, na alegria na dor, no pensar e no sentir, no frio e no calor, sem cair em extremos.
Existem pessoas que transformam um acontecimento natural como a morte em uma fatalidade e desespero total. Tapas é ter equilíbrio de alma.
9. SVÂDHYÂYA - É ter o pensamento constante na divindade, estudar textos sagrados, ler livros bons, bíblia e escrituras sagradas, e meditar nos seus ensinamentos, pensando constantemente em D'us e em seus atributos como: amor, ética, moral, verdade, justiça, sabedoria, consciência.
10. ISHIVARA PRANIDHÂNA - É a integração e harmonização consigo mesmo, com todos e principalmente com o universo, agindo conforme a lei que a tudo e a todos rege, é abandonar-se conscientemente ao seu Ser divino, integrar-se ao seu Eu Superior, ao seu Cristo Interno, viver dentro das leis que unem o mundo físico dos efeitos ao mundo espiritual das causas.
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