É estranho a noção de olhar o Universo e ver um passado.
A quantidade de estrelas do nosso Universo é algo incomensurável perto de bilhões.
Somos seres nesse Universo.
Somos nosso passado e, não simplesmente, temos o nosso passado.
Eu sou tudo isso simultaneamente, mas a realidade dos momentos instantâneos presentes, os instantes dos "agoras" contém todo o tempo.
Eu sou tudo isso faz sentido nesse sentido.
A física quântica demonstra que o infinitamente pequeno e microscópico pode não obedecer a flecha do tempo no sentido do passado para o presente.
Todas essa infinidade de matéria que faz parte da constituição de todos nós obedece a sutis comandos do
Ser-no-mundo.
Eu existo Para-mim. Eu sou um Ser-em-mim.
Eu existo Para-outro. Eu sou um Ser-para-outro.
Aqui começa a mágica.
O meu interno só se revela sob o olhar do outro.
A minha "vergonha" só existe sob o olhar do outro. Quando estou presente com o outro, quando o outro está presente para mim a minha "vergonha" se revela. Ela emerge.
Quantas projeções!!!
Quantas sombras!!!
Nosso universo interno revela-se na interação com o outro.
Caso contrário, não haveria "vergonha", por exemplo.
Eu sou sujeito e objeto ao mesmo tempo.
Sou objeto da observação do outro e sujeito quando observo.
Nós nos criamos a todo o instante.
Criamos tudo ao nosso redor.
Criamos a realidade.
Complexo?
Nem tanto.
Olhem para as estrelas e contemplem, mas lembrem-se que quando olhas para o céu ele existiu há cerca de 5 anos.
É o tempo que a luz leva para chegar até nossa retina.
Isso é apenas uma média!
Que situação fantástica e encantadora ao mesmo tempo!
O melhor que a consciência está em expansão e quando abrimos nossos olhos a consciência pode tornar realidade todo o seu campo de visão. A consciência está presente naquilo que observamos. Veja o seu campo de visão. É como se tudo aquilo que você observa fizesse parte de você mesmo.
Inclusive utilizando-se de equipamentos eletrônicos.
Qual a realidade que você quer para você mesmo?
Abraços fraternos!
Milton Moura
