2015-06-12

OS CEGOS E O ELEFANTE ( FÁBULA HINDU )






Esta fábula é bastante repetida em salas de aulas, palestras motivacionais e sobre espiritualidade, mas vale a pena citá-la, porque parece que a maioria ainda não a compreendeu.


“Numa cidade da Índia viviam seis sábios cegos. Como os seus conselhos eram sempre excelentes, todas as pessoas que tinham problemas recorriam à sua ajuda.

Embora fossem amigos, havia uma certa rivalidade entre eles que, de vez em quando, discutiam sobre qual seria o mais sábio.

Certo dia, chegou à cidade um comerciante montado num enorme elefante. Os cegos nunca tinham tocado nesse animal e correram para a rua ao encontro dele.

O primeiro sábio apalpou a barriga do animal e declarou:

- Trata-se de um ser gigantesco e muito forte! Posso tocar nos seus músculos e eles não se movem; parecem paredes…

- Que palermice! – disse o segundo sábio, tocando nas presas do elefante. – Este animal é pontiagudo como uma lança, uma arma de guerra…

- Ambos se enganam – retorquiu o terceiro sábio, que apertava a tromba do elefante. – Este animal é idêntico a uma serpente! Mas não morde, porque não tem dentes na boca. É uma cobra mansa e macia…

- Vocês estão totalmente alucinados! – gritou o quinto sábio, que mexia nas orelhas do elefante. – Este animal não se parece com nenhum outro. Os seus movimentos são bamboleantes, como se o seu corpo fosse uma enorme cortina ambulante…

- Vejam só! – Todos vocês, mas todos mesmos, estão completamente errados! – irritou-se o sexto sábio, tocando a pequena cauda do elefante. – Este animal é como uma rocha com uma corda presa no corpo. Posso até pendurar-me nele.

E assim ficaram horas debatendo, aos gritos, os seis sábios. Até que o comerciante, ouvindo a discussão, decidiu interferir. Pediu- lhes que dessem uma volta ao redor do elefante, tateando-o.

Quando todos tatearam os contornos do animal, envergonhados, perceberam que todos eles, os sábios, estavam certos e enganados ao mesmo tempo.

Então o comerciante, que não era sábio, mas podia ver, disse:

- É assim que os homens se comportam perante a verdade. Pegam apenas numa parte, pensam que é o todo, e continuam tolos!”

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Pois é, em diversas ocasiões, até mesmo entre pessoas "já despertas e iluminadas", acontece o que foi dito no texto acima.

Muitas pessoas querem ser donas da razão e nem sequer trocam experiências, não dirigem palavras aos outros, antes de detonarem suas opiniões.

Cada um enxerga a mesma coisa, mas, sedadas pela arrogância e egoísmo, pretensamente dominado, cada um tem visões diferentes e se debatem e abatem por conta disso.

Desta maneira, julgam, parcialmente, a natureza do semelhante, mas a qual humano foi dado perceber a verdadeira e total natureza de um outro ser humano, em sua integralidade?



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QUAL O LUGAR DE DEUS À LUZ DA CIÊNCIA? A VISÃO DOS CÉTICOS E A VISÃO DOS ESPIRITUALISTAS.






O homem é, e sempre foi, arrogante por natureza. Não consegue aceitar a ideia de não ser a “obra central” da criação Divina.

Em tempos remotos, tinha certeza que todas as estrelas, em especial o Sol, eram Deuses que nos observavam do firmamento para “se preocupar” com a vida humana.

Estes Deuses acompanhavam as nossas ações, e, a partir daí, mostravam gratidão, gerando colheitas fartas, ou sua ira, causando secas, inundações e tempestades.

O propósito de existência da própria divindade pautava-se em torno da NOSSA vida.
O passatempo predileto dos deuses era conhecer nossas histórias, avaliar cada uma de nossas ações e até mesmo “descer” à Terra pessoalmente para participar de certas aventuras.

Munidos de vaidades humanas (afinal, se nós temos fraquezas, os deuses também deveriam ter), Eles queriam ser respeitados. Puniam qualquer sinal de insubmissão e, quando necessário, guerreavam entre si por nossa posse.

Se até a vida divina girava ao nosso redor, era óbvio que o Universo inteiro também deveria girar em torno da Terra.
Acreditou-se piamente nisto até pouco tempo atrás, quando Copérnico teorizou e, Galileu defendeu, para assombro de todos, que a Terra é que rodava em torno do Sol e não o contrário.

Perceba-se que isto aconteceu “ontem” na história da humanidade. E o desconforto que esta descoberta gerou para muitas almas foi imenso, pois o homem começou a se perguntar, cada vez com mais intensidade: qual minha real importância neste Universo?

Nos últimos 100 anos, a ciência evoluiu prodigiosamente. Nem é preciso citar os avanços realizados, em especial no campo da informática. 


Feitos que antes eram considerados impossíveis, como “voar”, e ainda assim, do Brasil à China em algumas poucas horas, tornaram-se realidade.

Porém, esta evolução não foi suficiente para aplacar nossos temores de “não pertencer” a uma realidade maior ou para retirar a arrogância do peito. 

Em termos emocionais e psicológicos, um século foi muito pouco. Nossos medos e ansiedades permanecem exatamente os mesmos.


O fato é que a velocidade com que este avanço material ocorreu, não permitiu que o homem digerisse os acontecimentos e conseguisse abandonar aquela religiosidade da história antiga para adentrar em uma espiritualidade mais moderna.

Esta dicotomia entre Ciência e Espiritualidade gerou desconfortos e, por consequência, dúvidas e incompreensões. 

Bastante naturais, se analisarmos o processo histórico como um todo, mas muito complicadas para quem tem de “rever” dogmas milenares ao longo de um único século.


Por consequência, surgiram dois grupos antagônicos, tentando explicar a posição espiritual da humanidade em meio às novas descobertas: os CÉTICOS e os ESPIRITUALISTAS.

Ainda que não percebam, ou às vezes não se aceitem mutuamente, o fato é que ambos lutam pelo mesmo objetivo (descobrir a verdade) e com a mesma ferramenta (a ciência).

É importante atentar que, seja em um grupo, seja no outro, encontramos tanto verdadeiros cientistas, como fanáticos, pois por mais que tenha se desenvolvido nas últimas décadas, o conhecimento científico moderno continua bastante limitado, dando margens a infinitas interpretações.

Soma-se a isso, o fato de que, assim como acontecia nas civilizações antigas, permanece hoje o mesmo pensamento arrogante (e FALSO) de que “dominamos” e “conhecemos” todo o universo.

Gostamos de dizer a nós mesmos que a ciência entende tudo o que existe para conhecer. Que o que falta (se falta) seriam meros detalhes, que não mudariam o “quadro geral”.

Sim, pois é isto que nos dá a sensação de conforto: acreditar que controlamos a natureza e que, de alguma maneira, ela está “subjugada” a nós, e não o contrário.

Afinal, “somos o centro do universo”, não somos? Se não mais na literalidade da palavra (após Copérnico destruir este nosso sonho), ao menos em termos de inteligência e conhecimento.

O que poderia existir além do que sabemos? Certamente, muito pouco… Esta é a maior mentira da humanidade moderna!

Para aqueles que querem entender onde a humanidade se encontra (e não acreditar nos mitos seculares alimentados por nosso ego), é fundamental aceitar de uma vez por todas, que todo o conhecimento que a humanidade possui sobre o Universo se reduz, ainda, a quase NADA.

Falamos aqui de um Universo infinito, com um sem número de forças, energias, mundos, estrelas, dimensões, que ainda nem sequer percebemos que “existem” (quanto menos, como funcionam).

Se retirarmos o véu da arrogância que nos cobre, perceberemos que, ainda que em uma análise simplista, o conhecimento humano atual pode ser assim resumido:

a) No Macrocosmo: Temos a capacidade de observar, de longe, apenas as galáxias mais próximas. Não conhecemos nada a respeito delas.

Apenas nos últimos dez anos, começou-se a descobrir a existência de planetas (quando muito recentemente, havia cientistas capazes de dizer que planetas só existiriam em nosso sistema solar).

Hoje, a lógica científica já aceita a tese da existência de vida fora da Terra (inteligente ou não), o que era INACEITÁVEL há pouquíssimo tempo.

Observamos que o Universo está em expansão (as galáxias estão afastando-se uma das outras) mas ainda não entendemos a natureza ou origem da força responsável por este afastamento.

Concluímos matematicamente que apenas conseguimos ver 5% da matéria do Universo. Os 95% restantes, denominado de massa escura, simplesmente não vemos, desconhecemos sua natureza e não a compreendemos.

Discute-se a origem do universo, sendo a teoria do Big Bang a mais aceita na atualidade. Desconhecemos em absoluto as forças que atuaram para dar início a este suposto evento.

Enfim, na essência, conhecemos pouca coisa a mais do que já sabiam os gregos antigos. Quanto ainda temos para descobrir? Com sinceridade? Praticamente TUDO.

b) No Microcosmo: entendemos que os corpos são formados por células. Que estas, têm literalmente vida própria e realizam tarefas fantásticas de reprodução, manutenção, comunicação e controle.

Que ainda que saibamos em regra geral como elas funcionam, não conseguimos explicar como foram criadas e como conseguem desenvolver tarefas tão ricas e complexas.

Que fazer uma “célula artificial” seria IMPOSSÍVEL, pois o ser humano NÃO IMAGINA nem por onde começar (sem nem ser preciso entrar no campo da total incompreensão que temos sobre a natureza da “vida” em si, sua origem e propagação no planeta).

Também foge ao nosso entendimento a magia do DNA. Como foi criado? Como surgiu todo um sistema capaz de reproduzi-lo? Qual a exata relação entre sua variação proteica e a consequência prática na formação de órgãos, corpos e mentes animais?

Válido lembrar que o “mapeamento” recentemente finalizado do genoma humano, significa apenas que sabemos quais são os conjuntos de proteínas que ele é composto, mas não sabemos como ele foi criado, o que faz cada cadeia de gene, para que servem, como elas podem ser manipuladas, etc..

É uma ciência que ainda está em seu início e caminha lentamente rumo a uma miríade de questões a serem respondidas.
Nem mesmo as doenças humanas (que nada mais são do que vírus, bactérias ou anomalias genéticas que em tese deveriam ser fáceis de ser combatidas) foram entendidas, domadas e curadas.

O fator “idade”, que também aflige 100% da população mundial, continua um mistério. Enfim, não conseguimos controlar ou entender nem ao menos nosso próprio corpo.

Descendo ao nível dos átomos, descobriu-se a existência de prótons, nêutrons e elétrons, os primeiros a serem subdivididos em quarks (e estes, em alguns outro elementos não estáveis).

Topamos então com os profundos mistérios da mecânica quântica (que só são mistérios porque absolutamente NÃO OS ENTENDEMOS).

A grosso modo, não sabemos nada sobre o universo, além do acima exposto, nem no macrocosmo, nem no microcosmo.

O que temos equivale a não mais do que uma gota no oceano. Não aceitar esta realidade é continuar alimentando a famigerada arrogância que a humanidade sempre teve.

Neste processo, é possível entender como os estudiosos se dividiram em duas classes distintas: os “céticos” e os “espiritualistas”. 

Os primeiros imaginaram:

“É uma verdade incontestável que nos estudos e avanços científicos realizados, tudo no Universo tem a sua “explicação” nas leis físicas. Assim, tudo que nos cerca é regido por leis e princípios rígidos, sejam matemáticos, físicos ou químicos.

Parece não haver NENHUM espaço para “quebra” destas regras, de maneira que tudo o que acontece, tem seu porquê cientificamente demonstrado (ou passível de futura demonstração).

Como Einstein disse: “Deus não joga dados”, ou seja, nada acontece por acaso, mas apenas de acordo com regras fixas e pré determinadas. Portanto, apesar de ainda estarmos no jardim da infância do conhecimento, este pressuposto torna-se um postulado inabalável. 

A partir deste fato, “Deus” só poderia ser encaixado no seguinte raciocínio:


Tudo que existe no Universo é regido por claras e inquebrantáveis leis físicas, NADA depende de Deus para “ir acontecendo”. Ou seja, tudo o que acontece, todos os dias, é consequência direta e simples de causa e efeito das leis físicas.

Deus, assim, não participa do dia a dia. Não há necessidade Dele estar “olhando” o que acontece, pois as leis físicas já determinam o que deve ou não acontecer, a partir de cada evento ocorrido.

Mais do que isso, NENHUM evento físico jamais teria acontecido por “vontade” de Deus, mas apenas por consequência das forças físicas. Por isto, milagres não existem e tampouco podem haver crendices e superstições.”

Os céticos foram então confrontados com a seguinte questão: “OK, mas então quem criou as leis físicas que regem o Universo?”
Ao que os céticos responderam: “Mesmo que se aceite a existência de Deus por algum momento, teríamos que concluir que ele “saiu de férias” logo depois que criou o Universo (no dia do Big Bang), pois com as rígidas leis físicas criadas, a partir de então ele não teria mais nada para fazer.

O Universo passou a existir e evoluir sem a necessidade de sua participação ou interferência.”

E como não parece haver nenhum sentido em imaginar um Deus que crie um Universo com regras fixas, de maneira que a “evolução” prescinda Dele, e assim Ele possa ficar “ausente” pelo resto da eternidade, os céticos concluíram:

“Deus não existe. Se o Universo independe de um Criador para funcionar, certamente também independe Dele para surgir (as mesmas leis físicas “naturais” teriam sido responsáveis por sua criação)”.

Com esta lógica, os céticos retiraram do panorama de estudos a “existência” de Deus. Mais do que isso, fazendo um postulado extensivo, imaginaram que por consequência direta, a “alma” não existiria, a “consciência” seria uma ilusão, a “vida” (salvo meramente como consequência de processos físicos) seria um mero “sonho”, bem assim como qualquer outra tese espiritualista.

Porém, para os cientistas espiritualistas, ainda que também apegados à “arrogância” milenar humana de querer “ser algo importante”, o raciocínio dos céticos não fez nenhum sentido, pois afirmam:

“Não haveria como existir nem o Universo, nem as leis rígidas da física, sem a existência de um Criador. Ao contrário, a própria existência destas leis é mais uma prova, e a mais fantástica de todas, da “inteligência” que existe por trás de tudo. O “acaso” não poderia ter tal perfeição. Por isto, Deus Existe.

A questão dele “poder estar de férias” seria uma assunção absolutamente equivocada, pois não há como se concluir pela inexistência de uma força Maior simplesmente por não entendermos os motivos de Sua vontade na criação de leis físicas.

De mais a mais, quem disse que para Deus não faria sentido criar um Universo com regras rígidas?

E será que estas regras são mesmo assim tão fatídicas, no sentido de que Deus as teria criado há bilhões de anos e em seguida não teria tido a oportunidade de fazer mais nada com o Universo?

Muitos experimentos científicos vêm demonstrando que este não é o caso: a nível quântico, tem se demonstrado em experiências de laboratório a importância da participação da “consciência” na materialização do mundo concreto nos atos do dia a dia (leis físicas teriam a participação subjetiva da consciência).

Einstein comprovou categoricamente com sua teoria da relatividade a “inexistência” de espaço-tempo, que é comprovadamente uma “ilusão” causada dentro de quatro dimensões.

Assim, sem a existência de “tempo”, como se poderia dizer que Deus “tirou férias” no “início” da criação, se não se pode falar em “passado”, “presente” ou “futuro”?

Einstein, no mesmo estudo demonstrou que espaço e tempo só começaram a existir APÓS o Big Bang, ou seja, são inerentes ao mundo material.

Se uma energia maior existia antes do Universo ser criado, é porque ela não está submissa ao espaço-tempo e, portanto, continua existindo fora dele e acompanhando o seu “experimento”.

Enfim, os argumentos dos cientistas espiritualistas também são diversos.

O fato, é que não dá para se considerar nem as razões dos céticos, nem as razões dos espiritualistas para se chegar a uma conclusão final. Qualquer um que acredite que sua tese é definitiva, está pautado unicamente na arrogância. 

Precisamos aceitar que ainda somos muito pequenos para querer entender, seja “todo o Universo material”, seja a “Vontade de Deus”.


Uma coisa, porém, é fato: na “guerra” travada entre céticos e espiritualistas, ambos entendem a importância de que suas crenças e ideias sejam “comprovadas” através da ciência.

Daí a enorme importância de que esta continue se desenvolvendo com independência e principalmente sem preconceitos de parte a parte, pois no futuro não haverá ciência sem espiritualidade e nem espiritualidade sem ciência.

Conscientes de nossa pequenez e restringidos a nossa humildade, vamos continuar pesquisando o Universo com afinco, procurando pelas pontes que certamente ligam “consciência” à matéria física. Afinal, ambas são “energias”.

A Mecânica Quântica é a maior prova de que podemos ser “imensamente” surpreendidos a cada novo estudo. Tudo é possível, neste Universo de infinitas belezas. E melhor, tudo é possível, DENTRO dos contornos da própria ciência.

Por ora, vale a intuição e bom senso de cada um para responder a si próprio à questão primordial: Surgimos do NADA? Ou somos uma centelha divina?


Daniel Kaltenbach
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Bem, como aqui o meu papel é o de Satanás testando Jó, lanço duas perguntas:


1 - No texto há a menção de Leis naturais, estabelecidas por Deus. Para você, leitor sapiens, o que é ser natural?

2 - E de onde surgiu essa condição de ser natural?


Boa reflexão!

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VOCÊ CUIDA DA ESPIRITUALIDADE DO SEU FILHO?






Como essa palavra “acontece” na sua casa? Para praticar é preciso pertencer a alguma religião?

Decidimos discutir o termo e o tema com pessoas bem diferentes e o resultado é surpreendente: praticar espiritualidade pode ser mais simples do que você imagina.

Reparar que o vaso de flor está cheio de brotinhos novos. Sorrir cada vez que seu filho disser “por favor” ou “obrigado” (principalmente se for para outra pessoa, quem sabe até um desconhecido).

Parar para assistir a um pôr do sol em plena segunda-feira. Dar um copo de água com açúcar para um amigo que precisa se acalmar.

Preparar um café da tarde bem gostoso, com direito ao bolo preferido do seu filho.

Registrar um sorriso de seu bebê numa fotografia para poder grudá-la bem em frente à sua mesa de trabalho.

Ouvir o canto do sabiá em meio ao barulho dos carros em um trânsito caótico.

Esta pode parecer apenas uma lista simples de possibilidades do cotidiano.

Mas, se você está aí suspirando ao imaginar cada uma delas, é porque aqui tem algo especial: exemplos de como a espiritualidade acontece no seu dia a dia, muitas vezes sem você perceber.

E espiritualidade não está ligada à religião? Sim, está. Mas não é somente o fato de seguir alguma crença que define se uma pessoa é espiritualizada. É muito mais.

Sim, faz sentido

Quando pedimos ao professor e filósofo Mario Sergio Cortella uma definição de espiritualidade, ele nos surpreendeu.

“É tudo aquilo que torna a vida engraçada”, disse. E explica: o termo “engraçado” está associado ao “render graças” e, por isso, espiritualidade é o que enche a vida de graça.

Ou seja: pode ser alguém que faz você gargalhar, pode ser a deliciosa sensação de um mergulho no mar. O que fizer você feliz.

Padre Claudio Gregianin, vigário da Igreja Coração de Maria, em Higienópolis (SP), tem outra explicação para o termo: "uma espécie de “oxigênio da alma”".

“Existe uma palavra judaica – ruâh –, vista no Antigo Testamento, que significa ‘vento’, ‘sopro’, e que também é a referência para ‘espírito’, o ‘não material’.

E, segundo o conceito de fé judaico-cristã, é esse sopro que movimenta o nosso pensamento, o nosso coração e o nosso comportamento.”

Nos últimos dez anos o termo espiritualidade se dissociou da palavra religiosidade, e agora não está mais obrigatoriamente ligado à religião.

Praticar espiritualidade é…

”Eu sempre alimento os sonhos dos meus filhos. Acredito que permitir que eles encontrem o seu próprio caminho, se descubram, também é uma maneira de exercer a espiritualidade.”

Patrícia Otero, coordenadora da ONG 5 elementos e mãe de Luiz Otero Miller, de 11 anos, e Pedro Otero Miller, de 13 anos


Fonte – Revista Crescer


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2015-06-11

O PORQUE DE OBSERVAR A VIDA QUE TE RODEIA..






Observar ardorosamente a vida toda que nos rodeia, não uma expressão particular, mas a vida onde quer que ela se expresse.

Isto requer uma extraordinária percepção da vida em todos os diversos níveis de sua expressão, e é somente sob condições de sensibilidade física, responsabilidade e acuidade mental isso é possível.
Perceber toda a vida que nos rodeia é expandir as áreas de nossos interesses. Sem um profundo interesse na vida, é inconcebível uma ardorosa observação.

Os nossos interesse toma forma de identificação ou de condenação. A condenação também é uma forma de identificação, (é uma identificação com o oposto daquilo que condenamos.)

Mas se nossos interesses nasce da identificação, é porque é apenas uma reação de nossas esferas de hábito. Positiva ou negativa. 

Um hábito, invariávelmente, embota tanto a mente como os sentidos, e esse embotamento acarreta uma perde de perspectiva.

Um interesse nascido do hábito, pode não ter profundidade ou ardor em si. 

A mente condicionada pelo hábito é preguiçosa e indolente. Seu movimento é muito limitado. Assim, não observa ardorosamente a vida que a rodeia, perde o senso de proporção. Impede de ver o conjunto.

A vida espiritual é, essencialmente, uma peça de bela arquitetura. com harmonia e senso de proporção. Cada detalhe em seu lugar próprio. 

Quando uma parte ocupa o seu lugar certo, então misteriosamente o Todo brilha através daquela parte. Então ela se torna tremendamente significativa! Aí surge então uma natural e ardorosa observação de toda a vida que nos rodeia.

É o Todo que comunica significação á parte, e uma parte se torna significativa, somente quando ela ocupa o seu lugar adequado. 

Não é o tamanho de uma coisa o que importa. O que importa é a presença do Todo. Nela o Todo deve estar presente. Ele brilhará em cada parte. Será, não apenas quantidade, mas sim qualidade. 

Então, a instrução é descobrir um lugar próprio para os detalhes de nossa existência. Para se ter uma visão do Todo. Como poderemos chegar a esta visão do TODO?



ROHIT MEHTA





DESDE O PRINCÍPIO, O SER HUMANO VIVE ENVOLTO PELA PAZ DE DEUS.

Desde o princípio vivemos no mundo pacífico de Deus. É como se à nossa volta resplandecessem os claros raios do Sol.

Mas, mesmo vivendo no mundo da Luz, se estivermos com os olhos cerrados, não enxergaremos a luz que brilha em torno de nós.

A chave para solucionar o problema está em abrir a “janela da mente”.


Livro: Mensagens de Luz.

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TODO O UNIVERSO É SEU MESTRE






Buda nasceu como um príncipe, e tinha uma vida exuberante. Quando ele iniciou sua busca espiritual, decidiu renunciar completamente tudo aquilo, e abandonou o palácio para viver como um monge mendicante, em total desapego. A única coisa que carregava consigo era uma tigela, aonde recebia seu alimento.

Certa vez, ele estava à beira de um riacho e viu um cachorro tomando água. Notando a liberdade daquele cachorro, percebeu que havia abandonado toda riqueza, mas estava agora apegado à sua tigela.

Imediatamente ele agradeceu a compreensão, e prestou reverências ao cachorro.

Naquele momento, aquele cachorro foi a porta de um insight mais profundo. E tempos depois Buda veio a realizar que o verdadeiro desapego é interior, e que não necessita o abandono do mundo e dos seus objetos.

Em uma busca sincera, com uma atitude de abertura e entrega à vida, todo o universo se torna o seu Mestre. Ele sussurra através da natureza, dos animais, e até mesmo através de pessoas na rua, e da cidade no caos.

A compreensão necessária virá a cada momento, dissolvendo equívocos, conceitos, despertado e expandindo a Consciência.

É preciso estar muito silencioso, internamente, para escutar. E quando você começa a ouvir, uma grande reverência surge, uma enorme gratidão.

Você começa a celebrar sozinho, em divina comunhão. Quando isto acontece, você vem a conhecer, por sua própria experiência, a magia eterna desta existência.


- Bhavani

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