2013-07-08

SOBRE A CRISE- KRISHNAMURTI









" A pessoa que busca o conforto, não deseja a verdade: deseja apenas segurança, proteção, um refúgio onde não seja perturbada.

Já a que busca a verdade, tem de abrir a porta às perturbações, às tribulações; porque só nos momentos de crise há o estado de alerta, há vigilância, ação.

Só então aquilo que É pode ser descoberto e compreendido."


Sobre a Crise - Krishnamurti



Só vem o amor quando não há medo









Pergunta: Como podem as pessoas, inclusive eu próprio, ter esse amor da realidade?

Krishnamurti: Você não o pode ter, senhor; não o pode comprar.

Para os que não conhecem o amor, não há sacrifício ou barganha que o traga.

Como se obtém o amor? Por meio de exercício, de esforço, da ordem de amar, dia após dia, ano após ano?

A simples amabilidade não é amor; mas o amor inclui a amabilidade, a delicadeza, a consideração para com o outro.

Veja, o amor não é um resultado final; e no amor não há apego. Só vem o amor quando não há medo.

Um homem pode ser casado, viver com sua família, e amar sem apego. Mas isso é incrivelmente difícil; requer vigilância de todas as horas.


Krishnamurti - Paris, 21 de setembro de 1961



A Beleza Que Transcende o Pensamento e o Sentimento








Não há criação quando não há amor. Para nós, o amor é uma coisa estranha.

Vocês dividiram o amor em paixão, concupiscência, amor carnal e amor divino, amor da família, amor da pátria, e continuam por aí além a dividi-lo e tornar a dividir. E na divisão, há contradição, conflito e sofrimento.

O amor, para a maioria de nós, é paixão, concupiscência; e neste próprio processo de identificação com outro há contradição, conflito, e o começo do sofrimento.

E, para nós, o amor se extingue. O fumo (criado por esse processo) — o ciúme, o ódio, a inveja, a cobiça — destrói a chama. Mas onde está o amor, aí está a beleza e a paixão.

Vocês devem ter paixão, mas não a traduzam prontamente esta palavra em “paixão sexual”. Por “paixão” entendo a “paixão de intensidade”, essa energia que prontamente percebe as coisas, claramente, ardentemente.

Sem paixão, não há austeridade.

A austeridade não é mera renúncia, nem o possuir restrito, ou autocontrole, pois tudo isso é sem importância, insignificante.

A austeridade vem com o desprendimento, e no desprendimento, há paixão e, por conseguinte, beleza. Não a beleza criada pelo homem; não a beleza artística, embora eu não queira dizer que aí não haja beleza. Mas refiro-me a uma beleza que transcende o pensamento e o sentimento.

E esta só pode surgir quando há alta sensibilidade intelectual, bem como corpórea e mental.

E não pode haver sensibilidade dessa natureza e qualidade quando não há completo desprendimento, quando o intelecto não está se abandonando inteiramente à totalidade daquilo que a mente percebe. Porque só com esse abandono há paixão. 



Krishnamurti - Paris, 24 de setembro de 1961



TODO MEU ESFORÇO É LIBERAR "AMOR-INTELIGÊNCIA"









Eu não sou uma pessoa muito religiosa, eu não sou um santo, eu não tenho nada a ver com espiritualidade. Todas essas categorias são irrelevantes a meu respeito. Você não pode me categorizar, você não pode me classificar em nada.

Mas uma coisa pode-se dizer, que todo o meu esforço é para ajudá-lo a liberar a energia chamada amor-inteligência.

Se amor-inteligência for liberado, você está curado.

- Osho, The Book of Wisdom.



LIBERDADE









"Poder fazer de tudo o que se queira não é o verdadeiro sentido da liberdade de ação.

Você deve examinar até que ponto é livre e até que ponto está sendo influenciado pelos maus hábitos. Ser bom porque isto se tornou um hábito, também não é liberdade.

Ser tentado não é pecado, mas ser capaz de resistir e vencer a tentação é grandeza; isto é liberdade, pois você está agindo somente por livre vontade e livre escolha."

Paramahansa Yogananda