2012-02-04

A visita dos magos








Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia no tempo do rei Herodes, vieram do oriente alguns magos a Jerusalém, perguntando:

- “Onde está o recém-nascido Rei dos Judeus? Porque vimos seu astro no oriente e viemos adorá-lo”.

O rei Herodes, ouvindo isto, perturbou-se, e com ele toda Jerusalém.

E convocando todos os principais sacerdotes, os escribas (e os anciãos) do povo, perguntava-lhes onde havia de nascer o Cristo. E eles lhe disseram:


- “Em Belém da Judéia, porque assim está escrito pelo profeta: E tu Belém, terra de Judá, não és de modo algum o menor entre os lugares principais de Judá, porque de ti sairá um condutor que há de pastorear meu povo de Israel”.

Então Herodes chamou secretamente os magos e deles indagou com precisão o tempo em que o astro havia aparecido. E enviando-os a Belém, disse-lhes:

- “Ide informar-vos cuidadosamente acerca do menino, e quando o tiverdes encontrado, avisai-me para que eu também vá adorá-lo”.

Os magos, depois de ouvirem o rei, partiram; e eis que o astro que viram no oriente os guiou até que, vindo, parou sobre o lugar onde estava o menino.

Ao avistarem o astro, ficaram grandemente alegres.

E entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe; e prostrando-se o adoraram; e abrindo seus cofres, fizeram-lhe ofertas de ouro, incenso e mirra.

E recebendo (eles) a resposta no sono, que não voltassem a Herodes, seguiram por outro caminho para sua terra.

(Evangelho de Jesus-Cristo Segundo Mateus, 2:1-12).

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Comentário:


Vimos no capítulo anterior a narrativa de Lucas sobre os primeiros dias de Jesus na carne e podemos perceber que há várias discordâncias e muitas omissões nos fatos narrados pelos dois evangelistas. Vejamos, sucintamente, algumas delas:

1. Lucas e Mateus concordam com o nascimento em Belém, porém, Lucas relata o retorno imediato à sua residência em Nazaré logo após a quarentena de Maria e a apresentação de Jesus ao templo.

Mateus situa a ida a Nazaré bem mais tarde, após a fuga e o retorno do Egito.


2. Mateus ignora a homenagem dos pastores ao Menino Jesus; a circuncisão; a purificação de Maria; a apresentação do menino ao templo; e o encontro deste com os dois profetas: Simeão e Ana.

3. Lucas ignora ou omite em sua narrativa a homenagem dos reis magos ao menino Jesus; o massacre das crianças ordenado por Herodes; e a fuga para o Egito.

Se a fonte de Lucas foi Maria, como explicar a omissão de fatos tão importantes? E por que Mateus teria ignorado a homenagem dos pastores ao menino Jesus?

Isto só pode ser explicado se considerarmos que cada evangelista tinha o seu próprio esquema que visava transmitir a mensagem de como alcançar a Comunhão Íntima com Deus (Divina Presença) dentro de nossos próprios corações, e a ele se manteve fiel, sendo, para eles, a transmissão dessa mensagem muito mais importante do que a simples transliteração dos fatos históricos acontecidos na vida de Jesus.

Mateus busca atingir o seu objetivo detendo-se na narração de alguns fatos que julgou importantes para transmitir a mensagem que pretendia, e Lucas buscou na narração de outros fatos transmitir a mensagem a que se propunha e, se formos interpretar particularmente os fatos narrados por cada um desses evangelistas, veremos que os dois atingiram o seu objetivo:

Mateus conduz o seu leitor por caminhos mais acidentados e sofridos (magos, massacre, fuga), e Lucas por caminhos mais tranqüilos, celestiais e místicos (anjos, leis, templo, profetas).

Mergulhemos um pouco mais profundamente na análise dos fatos narrados pelos dois evangelistas.

Observemos que, para Mateus, Jesus nasceu em Belém e aí ficou até a posterior fuga para o Egito, não havendo a viagem de Jesus com seus pais para Jerusalém, para apresentação ao templo, conforme preceituava a lei Mosaica.


Porém, Mateus oferece importantes informações ao declarar que Jesus nasceu “no tempo do rei Herodes”, o qual veio a falecer no início do ano 4 a. C.

Os magos eram sábios que a tradição popular elevou à categoria de “reis”. Segundo os historiadores gregos Heródoto e Xenofonte, eram altos sacerdotes que se ocupavam principalmente de medicina, astronomia (astrologia) e ciências divinatórias.

Existem exegetas que consideram que eles vieram da Pérsia, outros, por terem sido astrólogos, julgam mais provável que tenham vindo da Caldéia, porém, para a Palestina, a Mesopotâmia (Pérsia e Caldéia) ficava ao norte, e, ao “oriente”, ficava a Arábia; os presentes que trouxeram também atestam que vieram da Arábia:

Isaías (60:10) cita o ouro e o incenso de Sabá; Jeremias (6:20) fala do incenso da Arábia; a mirra (resina do Balsamodendron) também provinha da Arábia.

Alguns Pais da Igreja que viveram na Palestina, como Justino, Orígenes e Epifânio, também supunham que os magos teriam vindo da Arábia, embora outros Pais da Igreja acreditaram terem eles vindo da Pérsia.

Quanto ao número (3?) e seus nomes, são desconhecidos. Foi Beda (escritor inglês, 673 a 735 d. C.) quem os chamou de Gaspar, Melchior e Baltazar.

A tradição da igreja latina os limita a três por causa dos presentes, mas nas igrejas sírias e armênias julga-se que eram doze; porém, tudo não passa de conjecturas.

Também não há segurança quanto à data da chegada desses magos; como procuravam por um recém-nascido, deduz-se que se trata de menos de um ano a partir do nascimento de Jesus; a ordem de Herodes, mandando sacrificar todas as crianças de 2 anos para baixo também faz supor a mesma coisa.

Quanto ao “astro” que os magos haviam visto no “oriente”, temos algumas observações importantes a fazer; alguns julgam tratar-se de um cometa, o que não é possível pois os cometas não desaparecem para reaparecer mais tarde.

Um astrônomo alemão de nome Kepler observou, em 1.603, uma conjunção de Júpiter (“Deus Pai”) com Saturno (“Avançado em dias”; “evoluído”; “virgem” ou “virginal”) no mês de dezembro.

Logo a seguir, na primavera, Marte aproximou-se desses dois planetas e, posteriormente, no outono, surgiu uma estrela nova, “de grande brilho” (Centelha de Luz/Cristo), entre esses três planetas.

Kepler supôs que o mesmo fato teria ocorrido na época do nascimento de Jesus, fez extensos cálculos matemáticos e concluiu, depois de exaustivos estudos, que no ano 747 de Roma (ano 7 a. C.) Júpiter e Saturno se reuniram na constelação de Peixes (lembremo-nos de que, nessa época, a Terra estava a sair da constelação de Áries para entrar na constelação de Peixes, como agora está saindo da constelação de Peixes para entrar na constelação de Aquário, recuando sempre de um signo a cada dois mil anos.


Recordemos ainda que o símbolo bíblico na época de Abraão a Jesus era o “cordeiro”, e, a partir de Jesus passou a ser o “peixe”, freqüentemente utilizado pelos primeiros cristãos para identificar-se).

Portanto, na constelação de Peixes, veio unir-se a Júpiter e Saturno o planeta Marte na primavera de 748 de Roma (6 a. C.).

Para um estudo ainda mais minucioso, recomendamos que se leia a obra de Kepler, intitulada Opera Omnia, Frankfurt, 1.858, tomo 4, pág. 346 e seguintes.

É de conhecimento geral entre os estudiosos dos povos antigos que os caldeus eram muito bons astrônomos, tanto que sobre eles escreveu Cícero (De Divinatione, I, 19):

“Os caldeus observam os sinais do céu, anotam os cursos das estrelas com seus números e movimentos... e possuem em seus registros observações seguidas durante 470.000 anos”.

E Diodoro de Sicília (II, 31) atesta que esses registros tinham 473.000 anos seguidos.

É muito fácil agora, depois de todas essas informações, concluir que os magos, vindos de suas terras longínquas, sabiam que essa conjunção astral revelava o nascimento de um grande Ser, o Rei dos judeus, não lhes sendo difícil localizar o Seu nascimento na Palestina, porque Peixes era justamente o símbolo peculiar àquele país.

Em maio do ano 747 de Roma (ano 7 a. C.) os magos, alertados por aquela primeira conjunção astral, prepararam-se para aquela longa viagem até a Palestina, devendo ter chegado a Jerusalém nos primeiros meses do ano de 748.

E exatamente de março a maio desse ano, aos dois planetas Júpiter e Saturno uniram-se Marte, Vênus (a “estrela da manhã”, que simboliza o “amanhecer” de uma nova era, a era de peixes) Mercúrio e o Sol, o que fez os magos “reencontrarem” o “astro do Messias” ao saírem de Jerusalém.

Fica, então, como época mais provável para o nascimento de Jesus o ano 747 de Roma, ou seja, o ano 7 antes da era cristã.

Segundo a interpretação usual, os presentes dos magos representam: o ouro, o reconhecimento de Sua realeza; o incenso, o reconhecimento de Sua divindade; e a mirra o reconhecimento de Sua humanidade.

Logo após as homenagens ao Rei (espiritual) nascido em terras da Judéia, os magos recolheram-se e consultaram os oráculos (realizaram uma sessão mediúnica), “e recebendo a resposta” do espírito a quem haviam consultado no sono (ou transe?) para não voltar a Herodes, resolveram regressar à sua terra por outro caminho, o que fez com que Herodes mandasse sacrificar as crianças.


*Ruach Kadosch


*O Autor autoriza a cópia e a divulgação desta mensagem.

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*Divulgue. Vamos semear Luz na net!



2012-02-02

HISTÓRIA DE SÃO JEORGE







São Jorge (275 - 23 de abril de 303) foi, de acordo com a tradição, um padre e soldado romano no exército do imperador Diocleciano, venerado como mártir cristão.

Na hagiografia, São Jorge é um dos santos mais venerados no catolicismo (tanto na Igreja Católica Romana e na Igreja Ortodoxa como também na Comunhão Anglicana).

É imortalizado no conto em que mata o dragão e também é um dos Catorze santos auxiliares. Considerado como um dos mais proeminentes santos militares, sua memória é celebrada dia 23 de abril como também em 3 de novembro, quando, por toda parte, se comemora a reconstrução da igreja dedicada a ele na Lida (Israel), onde se encontram suas relíquias, erguida a mando do imperador romano Constantino I.

É o santo padroeiro em diversas partes do mundo: Inglaterra, Portugal, Geórgia, Catalunha, Lituânia, da cidade de Moscou e, extra-oficialmente, da cidade do Rio de Janeiro (título oficialmente atribuído a São Sebastião), além de ser padroeiro dos escoteiros, do S.C Corinthians Paulista e da Cavalaria do Exército Brasileiro.

Há uma tradição que aponta o ano 303 como ano da sua morte. Apesar de sua história se basear em documentos lendários e apócrifos (decreto gelasiano do século VI), a devoção a São Jorge se espalhou por todo o mundo.


A devoção a São Jorge pode ter também suas origens na mitologia nórdica, pela figura de Sigurd, o caçador de dragões[carece de fontes] (ver sincretismo religioso).


Brasão de Armas de Moscou, cidade que tem São Jorge como Padroeiro.


De acordo com a lenda, Jorge teria nascido na antiga Capadócia, região do centro da Anatólia que, atualmente, faz parte da República da Turquia.

Ainda criança, mudou-se para a Palestina com sua mãe após seu pai morrer em batalha. Sua mãe, ela própria originária da Palestina, Lida, possuía muitos bens e o educou com esmero.

Ao atingir a adolescência, Jorge entrou para a carreira das armas, por ser a que mais satisfazia à sua natural índole combativa. Logo foi promovido a capitão do exército romano devido a sua dedicação e habilidade — qualidades que levaram o imperador a lhe conferir o título de conde da Capadócia.

Aos 23 anos passou a residir na corte imperial em Nicomédia, exercendo a função de Tribuno Militar.

Nesse tempo sua mãe faleceu e ele, tomando grande parte nas riquezas que lhe ficaram, foi-se para a corte do Imperador. Jorge, ao ver que urdia tanta crueldade contra os cristãos, parecendo-lhe ser aquele tempo conveniente para alcançar a verdadeira salvação, distribuiu com diligência toda a riqueza que tinha aos pobres.

O imperador Diocleciano tinha planos de matar todos os cristãos e no dia marcado para o senado confirmar o decreto imperial, Jorge levantou-se no meio da reunião declarando-se espantado com aquela decisão, e afirmou que os romanos deviam se converter ao cristianismo.




Ícone de São Jorge, Museu Cristão-Bizantino, Atenas

Todos ficaram atônitos ao ouvirem estas palavras de um membro da suprema corte romana, defendendo com grande ousadia a fé em Jesus Cristo. Indagado por um cônsul sobre a origem dessa ousadia, Jorge prontamente respondeu-lhe que era por causa da Verdade. 

O tal cônsul, não satisfeito, quis saber: "O que é a Verdade?". Jorge respondeu-lhe: "A Verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de meu redentor Jesus Cristo, e Nele confiando me pus no meio de vós para dar testemunho da Verdade."
Como Jorge mantinha-se fiel ao cristianismo, o imperador tentou fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era levado perante o imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar os ídolos.

Todavia, Jorge reafirmava sua fé, tendo seu martírio aos poucos ganhado notoriedade e muitos romanos tomado as dores daquele jovem soldado, inclusive a mulher do imperador, que se converteu ao cristianismo. 


Finalmente, Diocleciano, não tendo êxito, mandou degolá-lo no dia 23 de abril de 303, em Nicomédia (Ásia Menor).

Os restos mortais de São Jorge foram transportados para Lida (Antiga Dióspolis), cidade em que crescera com sua mãe. Lá ele foi sepultado, e mais tarde o imperador cristão Constantino mandou erguer suntuoso oratório aberto aos fiéis, para que a devoção ao santo fosse espalhada por todo o Oriente.

Pelo século V, já havia cinco igrejas em Constantinopla dedicadas a São Jorge. Só no Egito, nos primeiros séculos após sua morte, construíram-se quatro igrejas e quarenta conventos dedicados ao mártir.

Na Armênia, em Bizâncio, no Estreito de Bósforo na Grécia, São Jorge era inscrito entre os maiores santos da Igreja Católica.




Disseminação da devoção a São Jorge 







Na Itália, era padroeiro da cidade de Gênova. Frederico III da Alemanha dedicou a ele uma Ordem Militar. Desde Dom Nuno Álvares Pereira, o santo é reconhecido como padroeiro de Portugal e do Exército.

Na França, Gregório de Tours era conhecido por sua devoção ao santo cavaleiro; o Rei Clóvis dedicou-lhe um mosteiro, e sua esposa, Santa Clotilde, mandou erguer várias igrejas e conventos em sua honra.

A Inglaterra foi o país ocidental onde a devoção ao santo teve papel mais relevante.

O monarca Eduardo III colocou sob a proteção de São Jorge a Ordem da Jarreteira, fundada por ele em 1330. Por considerá-lo o protótipo dos cavaleiros medievais, o rei inglês Ricardo I, comandante de uma das primeiras Cruzadas, constituiu São Jorge padroeiro daquelas expedições que tentavam reconquistar a Terra Santa dos muçulmanos.

No século XIII, a Inglaterra já celebrava o dia dedicado ao santo e, em 1348, criou a Ordem dos Cavaleiros de São Jorge. Os ingleses acabaram por adotar São Jorge como padroeiro do país, imitando os gregos, que também trazem a cruz de São Jorge na sua bandeira.

Ainda durante a Grande Guerra, muitas medalhas de São Jorge foram cunhadas e oferecidas aos enfermeiros militares e às irmãs de caridade que se sacrificaram ao tomar conta dos feridos de guerra.

As artes, também, divulgaram amplamente a imagem do santo. Em Paris, no Museu do Louvre, há um quadro famoso de Rafael, intitulado São Jorge vencedor do Dragão. Na Itália, existem diversos quadros célebres, como um de autoria de Donatello.

A imagem brasileira de São Jorge seria, possivelmente, de autoria de Martinelli.






Padroeiro da Inglaterra

Não há consenso, porém, a respeito da maneira como teria se tornado padroeiro da Inglaterra. Seu nome era conhecido pelos ingleses e irlandeses muito antes da conquista normanda, o que leva a crer que os soldados que retornavam das cruzadas influíram bastante na disseminação de sua popularidade.

Acredita-se que o santo tenha sido escolhido o padroeiro do reino quando o rei Eduardo III fundou a Ordem da Jarreteira, também conhecida como Ordem dos Cavaleiros de São Jorge, em 1348.

De acordo com a história da Ordem da Jarreteira, Rei Artur, no século VI,colocou a imagem de São Jorge em suas bandeiras. Em 1415, a data de sua comemoração tornou-se um dos feriados mais importantes do país.

Hoje em dia na Inglaterra, todavia, a festa de São Jorge comemorada todo dia 23 de abril tem tido menos popularidade ao longo das últimas décadas.

Algumas rádios locais, como a BBC já chegaram a promover enquetes perguntando qual seria, de acordo com a opinião pública, o orago dos ingleses, e eis que o eleito foi Santo Alba. Muitos fatores contribuíram a isso. Primeiramente por ter sido substituído, segundo bula do Papa Leão XIII de 2 de junho de 1893, por São Pedro como padroeiro da Inglaterra — recomendação que perdura até hoje.

Posteriormente, pelas reformas do Papa Paulo VI, São Jorge foi rebaixado a santo menor de terceira categoria (segundo hierarquia católica), cujo culto seria opcional nos calendários locais e não mais em caráter universal.

No entanto, a reabilitação do santo como figura de primeira instância, e arcanjo, lembrando a figura do próprio Jesus Cristo, pelo Papa João Paulo II em 2000, conferiu nova relevância a São Jorge.

Atualmente, haja vista a grande popularidade e apelo turístico de festas como a escocesa St. Andrew's Day, a irlandesa St. Patrick's Day e mesmo a galesa St. Dave's Day, têm-se formado grande iniciativa de setores nacionalistas para que o St. George's Day volte a gozar da mesma popularidade entre os ingleses como antigamente.





Castelo de São Jorge, Lisboa
 

Padroeiro de Portugal

Pensa-se que os Cruzados ingleses que ajudaram o Rei Dom Afonso Henriques a conquistar Lisboa em 1147 terão sido os primeiros a trazer a devoção a São Jorge para Portugal.

No entanto, só no reinado de Dom Afonso IV de Portugal que o uso de "São Jorge!" como grito de batalha se tornou regra, substituindo o anterior "Sant'Iago!".

O Santo Dom Nuno Álvares Pereira, Condestável do Reino, considerava São Jorge o responsável pela vitória portuguesa na batalha de Aljubarrota.

O Rei Dom João I de Portugal era também um devoto do Santo, e foi no seu reinado que São Jorge substituiu Santiago como padroeiro de Portugal.

Em 1387, ordenou que a sua imagem a cavalo fosse transportada na procissão do corpo de Cristo. Assim, séculos mais tarde, chegaria ao Brasil.








Padroeiro da Catalunha


A presença documental da devoção a São Jorge em terras catalãs remonta ao século VIII: documentos da época falam de um sacerdote de Tarragona chamado Jorge que fugiu para a Itália. Já no século X, um bispo de Vic tinha o nome de Jorge, e no século XI o abade Oliba consagrou um altar dedicado ao santo no mosteiro de Ripoll.

Encontram-se exemplos do culto a São Jorge dessa época, na consagração de capelas, altares e igrejas em diversos pontos da Catalunha. Os reis catalães mostraram a sua devoção a São Jorge: Tiago I de Catalunha explica em suas crônica que foi visto o santo ajudando os catalães na conquista da cidade de Malorca; Pedro o Cerimonioso fundou uma ordem de cavalaria sob a sua proteção; Afonso, o Magnânimo dedicou-lhe capelas nos reinos da Sardenha e Nápoles.

Os reis e a Generalidade da Catalunha impulsionaram a celebração da festa de São Jorge por todas as regiões catalãs. Em Valência, em 1343, já era uma festa popular; em 1407, Mallorca celebrava-a publicamente.

Em 1436, a Generalidade da Catalunha propôs, nas côrtes reunidas em Montsó, a celebração oficial e obrigatória de São Jorge; em 1456, as côrtes reunidas na Catedral de Barcelona ditaram uma constituição que ordenava a festa, inclusa no código das Constituições da Catalunha.

As remodelações do Palácio da Generalidade (sede do governo catalão) feitas durante o século XV são a prova mais clara da devoção impulsionada por esse órgão público, ao colocar um medalhão do santo na fachada gótica e ao construir no interior a capela de São Jorge.





Lenda do dragão e da princesa


Baladas medievais contam que Jorge era filho de Lorde Albert de Coventry. Sua mãe morreu ao dá-lo à luz e o recém nascido Jorge foi roubado pela Dama do Bosque para que pudesse, mais tarde, fazer proezas com suas armas.

O corpo de Jorge possuia três marcas: um dragão em seu peito, uma jarreira em volta de uma das pernas e uma cruz vermelho-sangue em seu braço. Ao crescer e adquirir a idade adulta, ele primeiro lutou contra os sarracenos e, depois de viajar durante muitos meses por terra e mar, foi para Sylén, uma cidade da Líbia.

Nesta cidade, Jorge encontrou um pobre eremita que lhe disse que toda a cidade estava em sofrimento, pois lá existia um enorme dragão cujo hálito venenoso podia matar toda uma cidade, e cuja pele não poderia ser perfurada nem por lança e nem por espada.


O eremita lhe disse que todos os dias o dragão exigia o sacrifício de uma bela donzela e que todas as meninas da cidade haviam sido mortas, só restando a filha do rei, Sabra, que seria sacrificada no dia seguinte ou dada em casamento ao campeão que matasse o dragão.



 

Casamento de São Jorge e Sabra

Ao ouvir a história, Jorge ficou determinado em salvar a princesa. Ele passou a noite na cabana do eremita e quando amanheceu partiu para o vale onde o dragão morava.

Ao chegar lá, viu um pequeno cortejo de mulheres lideradas por uma bela moça vestindo trajes de pura seda árabe.

Era a princesa, que estava sendo conduzida pelas mulheres para o local do sacrifício. São Jorge se colocou na frente das mulheres com seu cavalo e, com bravas palavras, convenceu a princesa a voltar para casa.


O dragão, ao ver Jorge, sai de sua caverna, rosnando tão alto quanto o som de trovões. Mas Jorge não sente medo e enterra sua lança na garganta do monstro, matando-o.

Como o rei do Marrocos e do Egito não queria ver sua filha casada com um cristão, envia São Jorge para a Pérsia e ordena que seus homens o matem.

Jorge se livra do perigo e leva Sabra para a Inglaterra, onde se casa e vive feliz com ela até o dia de sua morte, na cidade de Coventry.


De acordo com a outra versão, Jorge acampou com sua armada romana próximo a Salone, na Líbia. Lá existia um gigantesco crocodilo alado que estava devorando os habitantes da cidade, que buscaram refúgio nas muralhas desta.

Ninguém podia entrar ou sair da cidade, pois o enorme crocodilo alado se posicionava em frente a estas.


O hálito da criatura era tão venenoso que pessoas próximas podiam morrer envenenadas. Com o intuito de manter a besta longe da cidade, a cada dia ovelhas eram oferecidas à fera até estas terminarem e logo crianças passaram a ser sacrificadas.

O sacrifício caiu então sobre a filha do rei, Sabra, uma menina de quatorze anos. Vestida como se fosse para o seu próprio casamento, a menina deixou a muralha da cidade e ficou à espera da criatura.


Jorge, o tribuno, ao ficar sabendo da história, decidiu pôr fim ao episódio, montou em seu cavalo branco e foi até o reino resgatá-la.

Jorge foi até o reino resgatá-la, mas antes fez o rei jurar que se a trouxesse de volta, ele e todos os seus súditos se converteriam ao cristianismo.


Após tal juramento, Jorge partiu atrás da princesa e do "dragão". Ao encontrar a fera, Jorge a atinge com sua lança, mas esta se despedaça ao ir de encontro à pele do monstro e, com o impacto, São Jorge cai de seu cavalo

Ao cair, ele rola o seu corpo, até uma árvore de laranjeira, onde fica protegido por ela do veneno do dragão até recuperar suas forças.

Ao ficar pronto para lutar novamente, Jorge acerta a cabeça do dragão com sua poderosa espada Ascalon. O dragão derrama então o veneno sobre ele, dividindo sua armadura em dois.


Uma vez mais, Jorge busca a proteção da laranjeira e em seguida, crava sua espada sob a asa do dragão, onde não havia escamas, de modo que a besta cai muito ferida aos seus pés. Jorge amarra uma corda no pescoço da fera e a arrasta para a cidade, trazendo a princesa consigo.

A princesa, conduzindo o dragão como um cordeiro, volta para a segurança das muralhas da cidade. Lá, Jorge corta a cabeça da fera na frente de todos e as pessoas de toda cidade se tornam cristãs.


" O dragão (o demônio) simbolizaria a idolatria destruída com as armas da Fé. Já a donzela que o santo defendeu representaria a província da qual ele extirpou as heresias."



SALVE SÃO JORGE!





O caso do mais célebre dragão cristão é aquele que foi morto por São Jorge, que se banqueteava com jovens virgens até ser derrotado pelo cavaleiro.


Esta história também acabou dando origem a outro clássico tema de histórias de fantasia: o nobre cavaleiro que enfrenta um vil dragão para salvar uma princesa.


O que isso significa de verdade?


Tudo em religião é simbólico. O real significado do dragão morto por São Jorge é na verdade a vitória de sua fé sobre toda a soberba e vaidade que imperava na época.


O dragão não era um animal externo, mas seus próprios medos e baixos instintos, refletido naqueles que o torturavam.


São jorge vence tudo o que corrompe na matéria, sintetizado num animal mitológico, fantástico, porém muito perigoso.


Ah, e as virgens!?


Quer criaturas mais dignas de representarem a vaidade e soberba do que as fúteis donzelas, fossem princesas ou plebéias daquela época?


O dragão dos baixos instintos devoravam as cabecinhas desocupadas, que passavam a vida a sonhar com Cavaleiros em suas armaduras reluzentes.


São Jorge deixou atrás de si uma porção dessas mocinhas, agora cheias de devoção porque o Cavaleiro exemplar matara o dragão que as devorava, com seu exemplo de fé.


( VSL in, PORTAL DO DRAGÃO,
sábado, 16 de abril de 2011 )








São Jorge, a Lua e os Orixás


A ligação de São Jorge com a lua é algo puramente brasileiro, com forte influência da cultura africana.

Em Salvador, Bahia, o santo foi sincretizado a Oxossi.

Na religião da umbanda, o santo é associado a Ogum.

A tradição diz que as manchas apresentadas pela lua representam o milagroso santo, seu cavalo e sua espada pronto para defender aqueles que buscam sua ajuda.







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São Jorge na cultura popular

  • Dia 23 de abril, para algumas das religiões afro-brasileiras, é o dia em que se fazem homenagens ao santo.

  • Jorge de Capadócia é uma música de Jorge Ben, interpretada também por Caetano Veloso, Fernanda Abreu e pelos Racionais MC's.

  • As tatuagens com o santo estão entre as que fazem mais sucesso no Brasil.

  • São Jorge é tido como o padroeiro do Corinthians. Acredita-se que sua história de devoção e fidelidade à Verdade cristã até o fim de seu martírio seja a origem do termo "Fiel", popular entre os torcedores e presente em várias agremiações corintianas.

  • Existe um romance sobre São Jorge criado pelo escritor italiano Tito Casini chamado Perseguidores e Mártires (no Brasil, editado pelas Edições Paulinas, por volta de 1960). No livro, São Jorge é retratado como o verdadeiro paladino da Capadócia que, apesar de ser perseguido pelo tirano imperador Diocleciano, manteve-se fiel ao Império Romano, mas também a Cristo e se recusou a contrair alianças com o genro do imperador, Galério, que pretendia ter o apoio do conde da Capadócia para deliberar um golpe contra Diocleciano, o que terminantemente, o santo militar recusou.

  • A banda inglesa Iron Maiden fala de São Jorge na música "Flash of the Blade", no álbum Powerslave.

  • A banda brasileira Angra utilizou a imagem do santo na capa do álbum Temple of Shadows.

  • Zeca Pagodinho gravou recentemente em seu álbum "Uma Prova de Amor" a música "Ogum" com uma letra com um forte apelo ao sincretismo, a oração de São Jorge é feita no trecho final da música pelo cantor e compositor Jorge Ben.

  • Moacyr Luz e Aldir Blanc fizeram em homenagem ao santo a música "Medalha de São Jorge", que foi gravada pela Cantora Maria Bethânia em 1992.


Pra Sao Jorge



Vou acender velas para São Jorge
A ele eu quero agradecer
E vou plantar comigo-ninguém-pode
Para que o mal não possa então vencer
Olho grande em mim não pega
Não pega não
Não pega em quem tem fé
No coração
Ogum com sua espada
Sua capa encarnada
Me dá sempre proteção
Quem vai pela boa estrada
No fim dessa caminhada
Encontra em Deus perdão



Zeca Pagodinho


 



Imagem do santo localizada na Igreja de São Jorge no Centro do Rio de Janeiro

Referências

  1. ↑ Sobre imagens de São Jorge
  2. ↑ Ashmole, Elias, The History of the most Noble Order of the Garter: And the several Orders of Knighthood extant in Europe. A Bell; E.Curll; J.Pemberton; A Collins; W.Taylor; J.Baker, London 1715
  3. ↑ Bishop Percy's folio manuscript: loose and humorous songs ed. Frederick J. Furnivall. London, 1868
  4. ↑ The Golden Legend or Lives of the Saints. Compiled by Jacobus de Voragine, Archbishop of Genoa, 1275. First Edition Published 1470. Englished by William Caxton, First Edition 1483, Edited by F.S. Ellis, Temple Classics, 1900 (Reprinted 1922, 1931)
  5. ↑ Fundação Cultural do Estado da Bahia, Cultos Afro, Orixás, Festa para Oxossi, o Rei de Ketu [em linha]
  6. ↑ Santos, Georgina Silva dos.Ofício e sangue: a Irmandade de São Jorge e a Inquisição na Lisboa moderna.Lisboa: Colibri; Portimão: Instituto de Cultura Ibero-Atlântica, 2005.
FONTE: WIKIPÉDIA




       
    Eu  andarei  vestido  e  armado, com as armas  de  São Jorge. Para  que  meus  inimigos tendo  pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me enxerguem, nem pensamentos eles possam ter para me fazerem mal. armas de fogo o  meu corpo não alcançarão, facas  e  lanças  se  quebrem  sem  ao  meu corpo chegar, cordas  e correntes se quebrem sem ao meu corpo,  amarrar.    

    São Jorge, cavaleiro corajoso, intrépido e vencedor;  abre os meus caminhos.  ajuda-me  a  conseguir  um  bom emprego;   faze com  que   eu  seja  bem  quisto  por  todos:    superiores,  colegas  e subordinados.

    Que a paz, o amor e a harmonia estejam sempre  presentes  no  meu  coração ,  no  meu lar e  no meu serviço;  vela por mim e pelos meus ,  protegendo-nos sempre ,  abrindo e iluminando os nossos caminhos ,  ajudando-nos também a  transmitirmos  paz, amor e harmonia a todos que nos cercam. amém. 


     ( rezar 1 Pai Nosso, 1 Ave Maria e 1 Glória ao Pai.) corrente pela paz e prosperidade todo 3º domingo do mês.




    ORAÇÃO DA ESPADA DE SÃO JEORGE


    Oh! Glorioso Guerreiro São Jorge, eu te suplico confiante que serei atendido, neste momento difícil da minha vida, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, com Vossa Espada de Luta, venha cortar todo mal e principalmente (faz o pedido).

    Com a força do teu poder de defesa, eu me coloco na proteção do teu escudo, para combater o bom combate contra todo mal ou influência negativa que estiver em meu caminho. Amém.

    São Jorge Cavaleiro, guiai-me. São Jorge Guerreiro, defendei-me. São Jorge Mártir, protegei-me. 

    Todo devoto de São Jorge deve usar a espada sempre que rezar esta oração.


    Oração para alcançar um emprego 
     
    Ó São Jorge, Cavaleiro corajoso, intrépido e vencedor; abre os meus caminhos, ajuda-me a conseguir um bom emprego, faze com que eu seja bem visto por todos; superiores, colegas e subordinados, que a paz, o amor e a harmonia estejam sempre presentes no meu coração, no meu lar e no serviço, vela por mim e pelos meus, protegendo-nos sempre, abrindo e iluminando os nossos caminhos, ajudando-nos também a transmitirmos paz, amor e Harmonia a todos que nos cercam. Amém. 


    Oração da vela de São Jorge
     
    Glorioso São Jorge, pelos vossos merecimentos, pelas vossas virtudes, pela grandiosa Fé em nosso Senhor Jesus Cristo, por Deus, fostes constituído, em protetor de todos que a Ti recorrem, necessitando de vossa proteção, vinde em meu auxilio e levai à presença de Deus o apelo que agora vos faço.

    (Fazei aqui o pedido) São Jorge, ofereço esta vela e vos peço, protegei-me, guardai-me e guiai-me por todos os meus caminhos, com felicidade, paz e salvamento, para que eu consiga rapidamente através de vossa proteção a graça que estou suplicando. Amém. 



    Oração a São Jorge
    Ó Deus onipotente, 
    Que nos protegeis 
    Pelos méritos e as bênçãos 
    De São Jorge.
    Fazei que este grande mártir, 
    Com sua couraça, 
    Sua espada, 
    E seu escudo, 
    Que representam a fé, 
    A esperança, 
    E a inteligência,
    Ilumine os nossos caminhos...
    Fortaleça o nosso ânimo...
    Nas lutas da vida.
    Dê firmeza à nossa vontade,
    Contra as tramas do maligno, 
    Para que, 
    Vencendo na terra, 
    Como São Jorge venceu, 
    Possamos triunfar no céu 
    Convosco, 
    E participar
    Das eternas alegrias.
    Amém.


    Oração poderosa da chave de São Jorge
     
    Com esta chave abençoada eu peço a Deus pela intercessão de São Jorge, que me conceda a graça de abrir: meu coração para o bem; meus caminhos para os bons negócios; as portas da prosperidade, da caridade e da paz para eu viver sempre feliz. 

    Com esta chave, em nome de Deus, eu fecho: o meu corpo contra as maldades deste mundo; contra as perseguições e espíritos malignos.

    Que meu anjo da guarda sempre me ilumine e me guarde. Com o poder da fé, misericórdia de Deus e a ajuda de São Jorge, Amém. 



    Orações do Manto de São Jorge

    São Jorge, guerreiro vencedor do dragão, Rogai por nós.

    São Jorge, militar valoroso, que com a vossa lança abatestes e vencestes o dragão feroz, vinde em meu auxílio, nas tentações do demônio, nos perigos, nas dificuldades, nas aflições. Cobri-me com o vosso manto, ocultando-me dos meus inimigos, dos meus perseguidores.

    Protegido por vosso Manto, andarei por todos os caminhos, viajarei por todos os mares, de noite e de dia, e os meus inimigos não me verão, não me ouviram, não me acompanharão. Sob a vossa proteção, não cairei, não derramarei o meu sangue, não me perderei. 

    Assim como o Salvador esteve nove meses no seio de Nossa Senhora, assim eu estarei bem guardado e protegido, sob o vosso manto, tendo sempre São Jorge a minha frente armado de sua lança e do seu escudo. Amém.


    Oração de São Jorge

    Ó São Jorge, meu guerreiro, invencível na Fé em Deus, que trazeis em vosso rosto a esperança e confiança abra os meus caminhos.

    Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer algum mal. 

    Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrarão sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentarão sem o meu corpo amarrar.

    Jesus Cristo, me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina graça, a Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições, e Deus, com sua divina misericórdia e grande poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meus inimigos.

    Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel cavalo meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós. 

    Ajudai-me a superar todo o desanimo e alcançar a graça que tanto preciso: (fazei aqui o seu pedido) Dai-me coragem e esperança fortalecei minha FÉ e auxiliai-me nesta necessidade. 

    Com o poder de Deus, de Jesus Cristo e do Divino Espírito Santo. Amém! 

    São Jorge rogai por nós!





    Igreja de São Jorge
    Praça da Glória, 04 – Parque Chuno – Jardim Primavera
    CEP 25.222-330 – Duque de Caxias – RJ.
    Tel. (0xx21) 2778-8285 - e-mail: pe.atanael@uol.com.br




    Centenas de fiéis participaram da procissão 
    que integra a Festa de São Jorge na Igreja de São Jorge.

    Igrejas dedicadas a São Jorge



    Estes endereços foram obtidos através de pesquisa na Internet, se você conhece outras igrejas dedicadas a São Jorge, por favor nos



    Paróquia Endereço Bairro Cidade CEP
    Arquidiocese de Manaus / AM
    Paróquia de São Jorge R. N. Sra. de Fátima,301 São Jorge Manaus 69011-970
    Diocese de Ilhéus / BA
    Catedral São Jorge dos Ilhéus Pça. D. Eduardo Herberhold, s/n Centro Ilhéus 45653-970
    Arquidiocese de São Salvador / BA
    Paróquia de São Jorge R. Rosalvo Romeu s/n Jd. Cruzeiro Salvador 40430-500
    Arquidiocese de Belo Horizonte / MG
    Paróquia São Jorge R. Corcovado,425 Jd. América Belo Horizonte
    Arquidiocese de Belém do Pará / PA
    Paróquia São Jorge Av. Dalva, 445 Marambaia Belém 66601-970
    Paróquia São Jorge Casa Paroquial Col. S. Jorge da Prata Igarapé 68738-000
    Arquidiocese de Curitiba / PR
    Paróquia São Jorge R. Itacolomi, 1840 Portão Curitiba 80611-970
    Diocese de Maringá / PR
    Paróquia São Jorge Pça. Santa Cruz, s/n Centro São Jorge do Ivaí 87190-000
    Diocese de Palmas e Francisco Beltrão / PR
    Paróquia São Jorge R. Luiz Poyer s/n Centro São Jorge d'Oeste 85575-000
    Diocese de Ponta grossa / PR
    Paróquia São Jorge R. Visconde de Porto Alegre, 1059 V. Madureira Ponta Grossa 84070-120
    Diocese de Nova Iguaçu / RJ
    Paróquia N. Sra de Fátima e S. Jorge R. Getúlio Vargas, 220 Centro Nova Iguaçu 26255-060
    Diocese de Petrópolis / RJ
    Par. de S. Jorge do Independência R. Evaldo Braga, 365 Independência Petrópolis 25645-300
    Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro / RJ
    Igreja São Jorge R. da Alfândega, 382 Centro Rio de Janeiro 20061-020
    Paróquia São Jorge R. Clarimundo de Melo, 769 Quintino Rio de Janeiro 20740-320
    Diocese do Caxias do Sul / RS
    Paróquia São Jorge Av. Daltro Filho, 848 São Jorge 95365-000
    Diocese de Cruz Alta / RS
    Paróquia São Jorge R. Duque de Caxias, 506 Espumoso 99400-000
    Diocese de Novo Hamburgo / RS
    Paróquia São Jorge Rua Herval, 93 São Leopoldo
    Arquidiocese de Porto Alegre / RS
    Paróquia São Jorge Av. Bento Gonçalves, 2948 Partenon Porto Alegre 90650-001
    Diocese de Rio Grande / RS
    Paróquia São Jorge R. Pinto Bandeira, 214 Vila Junção Rio Grande 96212-470
    Diocese do Joaçaba / SC
    Paróquia São Jorge R. Pe. João Botero, s/n Centro Passos Maia 89687-000
    Diocese de Limeira / SP
    Paróquia São Jorge R. Salvador, 339 Jd. São Jorge Nova Odessa 13460-000
    Diocese de Santo Amaro / SP
    Paróquia São Jorge R. Genciana, 34 Jd. São Jorge São Paulo 04857-320
    Diocese de Santo André / SP
    Paróquia São Jorge Travessa Mauá, 121 Cidade São Jorge Santo André 09111-690
    Diocese de Santos / SP
    Paróquia de São Jorge Mártir Pça. Rubens Ferreira Martins,41 Estuário Santos 11020-100
    Igreja São Jorge - Ortodoxa Antioquina Avenida Ana Costa, 323 Gonzaga Santos 11060-001
    Eparquia Nossa Senhora do Paraíso (Rito Greco Melquita)
    Paróquia Greco Melquita S. Jorge Rua São Sebastião, 1300 Sta. Helena Juiz de Fora / MG






    LETRA DE PONTOS DE SÃO JEORGE


    - Ogum, Ogunhê!
    Ôh, meu São Jeorge
    Veio de lança na mão
    Montado em Seu cavalo
    Para matar o dragão


    ( Refrão 2x )


    Ele é o chefe da demanda
    Protetor do povo da Umbanda
    Salve o meu São Jeorge Guerreiro
    Corre audaz Cavaleiro.




    Na minha porta bateram
    Passei a mão na pemba
    Fui ver quem era


    Na minha porta bateram
    Passei a mão na pemba
    Fui ver quem era

    Era São Jeorge Guerreiro
    Minha gente
    Cavaleiro da Força e da Fé


    Era São Jeorge Guerreiro
    Minha gente
    Cavaleiro da Força e da Fé





    Quem anda na Lua e em todos os Terreiros?
    é São Jeorge, o Santo Guerreiro.


    Quem anda na Lua e em todos os Terreiros?
    é São Jeorge, o Santo Guerreiro.








    Este post é uma homenagem por extrema gratidão a Este Pai tão amado, por todas as bençãos que dEle tenho recebido.

    -OGUM- YÊ, OGUM, OGUM- YÊ, meu Pai!
    -Salve São Jeorge, grata por Vossa benção!





    Ogum de Lei, Mensageiro de Oxalá 

    http://www.youtube.com/watch?v=ZZQXxtxFwfA&feature=related




    Discussão sobre oferendas- Continuação







    OFERENDA PARA IEMANJÁ




    Há quem ache que “no dia de Iemanjá, está tudo liberado! O mar é grande e podemos fazer a bagunça que quisermos!”.


    Não!


    Graças a Oxalá, já há um grande movimento de terreiros que lutam para que acabe com a farra do dia de Iemanjá.


    Barcos de isopor, pentes de plástico, espelhos, vidros de perfume, bijuterias e outras tranqueiras não servem para nada, a não ser sujar as praias, sujar o fundo do mar e matar animais marinhos. Isso não é Umbanda.


    Acreditar que alguém consiga colocar ou receber algum tipo de axé através desse monte de lixo ofertado, é o mesmo que dizer que Exu é o próprio diabo. São informações falsas e errôneas que muitos ainda acreditam.


    Oferecer pétalas de rosas já é uma excelente oferenda. Se o terreiro quiser oferecer frutas e outras flores, é permitido fazer a oferenda na areia da praia, para que tudo seja recolhido e dividido entre todos depois. Simples. Sem sujeiras. Como a Umbanda deve ser.











    OFERENDA PARA EXU [ e POMBA-GIRA ]




    Um Exu pediu uma oferenda numa encruzilhada, o que fazer?

    Analisar se o motivo é mercantilista, do toma lá dá cá. Se for, há algo errado. Se não for, proceda com cuidado e reverência.



    Concentre sua energia na oferenda, faça a entrega, acenda as velas e o charuto se for necessário, faça sua oração. Apague as velas e o charuto, recolha tudo e leve embora.


    Não deixe nada sujando as ruas.


    Se o Exu pedir pra deixar a oferenda na encruzilhada e exigir que você saia sem olhar pra trás, questione ele sobre isso. Exija uma explicação convincente e com fundamento. Nenhum Orixá pede pra sujar nada.


    O Exu não deve nem mesmo pedir que seja ofertado partes e restos de animais, pois isso exige o sacrifício de um ser vivo em nome de um suposto axé de um ser que se diz de luz.


    Se Exu é um Orixá de Luz [ e Ele é! ], nunca haverá nada relacionado a cadáver de uma criatura de D'us em suas oferendas.
    Mudar determinados rituais não significa perder o axé ou quebrar tradições, ao contrário, se as mudanças são devidas aos questionamentos e estudos, há ganho de axé. Há evolução. Há a pratica da verdadeira Umbanda. E os Orixás e a natureza agradecem.


    Aproveitando o axé de uma oferenda


    Você está em um Santuário Natural com vários objetos de oferenda para o Orixá, vai firmar velas e ainda vai orar, emitindo e recebendo axé. Será que é possível aproveitar esse momento para dar firmeza a outros objetos?


    Ao nos conectarmos mentalmente com o Orixá, estamos nos ligando pela fé [ amor ] e respeito que temos por Ele, e Ele nos responde enviando Seu Axé e Força, permitindo que essa energia seja estendida aos objetos que estamos consagrando em Seu nome para que, posteriormente, possamos continuar usufruindo dessa energia quando necessitarmos, seja colocando as mãos em uma imagem ou colocando uma guia de contas em nosso pescoço.


    Então, juntamente com os materiais da oferenda podemos levar imagens, guias de contas e outras ferramentas do Orixá ou da Guia que trabalha sob a Luz dEle.


    Após a oferenda, as frutas podem ser consumidas pelos membros do terreiro, as flores e outros objetos podem ser levados para casa ou para o terreiro, pois tudo estará suficientemente carregado com a energia do Orixá.
    Neste tipo de ritual percebemos como é forte a energia de um Orixá que nos permite receber e armazenar Seu Poder em objetos e ferramentas.


    Quando nos tornamos transportadores de energia


    Outra questão: na natureza podemos absorver plenamente a energia emanada pelo Orixá e com isso conseguimos força suficiente para dar continuidade em nossas vidas, recuperar a saúde, estabilizar nossa mente, etc., mas como fazer com aquelas pessoas que estão impossibilitadas de se locomover até o Santuário Natural?


    Com Sua extrema sabedoria, D'us permite que o homem seja capaz de transportar energia através do pensamento e com isso, possibilitando que a caridade seja feita até com aqueles que não podem ir ao Seu Santuário Natural.


    Ao fazer todo o procedimento de uma oferenda, e sentirmos-nos recebendo o axé do Orixá (o médium sabe e sente quando está recebendo o axé), basta mentalizar a pessoa que não pôde comparecer que a imagem da pessoa em nossa mente é suficiente para criar uma “ponte” de energia entre nós e essa pessoa e assim, ela também receberá a carga de axé necessária.




    CONCLUSÃO


    Concluímos que uma oferenda não precisa ser exagerada, não precisa conter elementos cortantes, deve ser retirada da natureza, seus elementos podem ser divididos entre os membros do terreiro, pode ajudar a firmar imagens e ferramentas dos Orixás [ e Guias ] e ainda consegue gerar axé suficiente para atender os que não puderam comparecer ao ritual [ se forem merecedores, claro.].


    Simples, funcional e com fundamento. Isso é Umbanda.


    Se todos os umbandistas respeitarem a natureza como ela dever ser respeitada, cidades que possuem Santuários Naturais como praias, pedreiras, matas, cachoeiras, etc., nunca questionarão o papel da Umbanda na natureza, pois todos os cidadãos saberão que quem ajuda a preservar e manter seu Santuário Natural limpo e seguro é o umbandista.


    Discussão sobre oferendas
    Por: Newton Carlos Marcellino
    Críticas e sugestões: newton.utf@gmail.com





    NOTA: O texto recebeu algumas pequenas correções, mas apena para por em letra maúscula onde se fazia necessário. Já os destaques e o que está entre colchetes são de BHAKTI


    NOTA2: Dia 02 de fevereiro é dia de nossa Mãe Iemanjá, vamos amá-La e reverenciá-LA, agindo com respeito e preservação de Seus Pontos de Força.


    OBS.: É permitido copiar o texto, mas por favor, copie as notas, pois este não é o texto original.


    Discussão sobre oferendas




     

    Sobre as oferendas há várias dúvidas que precisamos e devemos questionar com os guias espirituais e com outros terreiros para unificar as informações e fazer da Umbanda uma religião de respeito e preservação da natureza.


    Estudar várias alternativas para evitar sujeiras na natureza e nas praias é um dever de cada umbandista e, repassar essas informações para outros, além de ajudar no desenvolvimento e evolução da Umbanda, ajuda a evidenciar para a sociedade o bem que faz nossa religião, quebrando o preconceito de macumbeiros que emporcalham tudo.


    O intuito deste texto é lançar algumas questões e colocar algumas respostas, com base em estudos e fundamentos da Umbanda, sem querer ofender ou quebrar rituais já consagrados em alguns terreiros, mas tentar mudar a linha de pensamento daqueles que acreditam que uma oferenda deve ficar na natureza até apodrecer e que os orixás são comerciantes de benfeitorias divinas.


    Sobre as oferendas, vamos começar a discussão.


    - Ao baixar a oferenda e acender as velas, devemos esperar alguns minutos, horas, dias ou semanas?


    - Há a necessidade de deixar a oferenda na natureza?


    - Há a necessidade de a oferenda possuir itens cortantes como vidros e facas?


    - A oferenda precisa possuir grande quantidade de itens?


    - Velas e charutos precisam ficar acesos o tempo todo?


    - O que influencia o axé se fizer uma oferenda de uma maneira ou outra?


    Talvez a pergunta que possa ajudar nas respostas das outras acima é:


    - O Orixá ou Guia que está recebendo a oferenda irá fazer o quê com o material ofertado?


    Precisamos separar as coisas antes de começar a responder.

    Se a intenção de fazer a oferenda é a troca de favores como algo do tipo “estou te entregando isso, mas quero que me ajude com aquilo”, temos de ter em mente que o Orixá ou Guia não trabalha como mediador de Deus a ponto de se tornar um mercantilista.


    Oferenda não é negociável. Não é pagamento. Não é chantagem. Não é súplica. Não é pedido desesperado.


    Uma oferenda é sinal de nosso respeito pelas Entidades Espirituais e Orixás. Oferenda é o direcionamento de nosso axé material [ magnetismo físico, emocional e mental ], juntamente com o axé [ elemental ] das frutas, flores, bebidas, fumaça e fogo, aos nossos protetores, e acima de tudo, é nosso [ serve para o- ] fortalecimento de fé, que nos liga com o Orixá que [ a quem ] estamos ofertando.


    A oferenda deve ser entregue em dias específicos, de preferência com outros membros do terreiro, para que todo o material fique concentrado em um determinado ponto da natureza, evitando bagunça e transtornos para os seres e Elementais que habitam o local [ que é um Ponto de Força, portanto... ] Sagrado.


    O Orixá ou Guia que está recebendo a oferenda, teoricamente não fará nada com o material que está recebendo, pois Ele(a) se vale da intenção e fé daquele que o reverencia.


    [ Orixás, os Ofanins Divinos, não precisam dos elementos das oferendas, sejam de que espécie forem, pois o que conhecemos dos e por elementos vem dEles. Já os Guias poderão, sim valerem-se dos fluidos astais dos elementos em favor do filho de fé, principalmente os Guias da Esquerda.]


    Ao depositar sua fé no preparo e manuseio dos elementos da oferenda, o filho de fé se liga mentalmente com o Orixá, criando um vinculo de respeito [ e abertura, aceitação ]. Ao oferecer frutas, flores, bebida e fumo, o filho de fé emite sua energia corporal [ que não é só o físico ] para esses materiais, que se fundem com as energias dos mesmos, aumentando o axé da oferenda. Ao oferecer velas, a energia do fogo intensifica a energia [ concentração e disposição psicológica e ] da oferenda.


    É esse axé contido na oferenda que é recebido e trabalhado pelos ( ...) [ Guias,  trabalhadores da luz ].


    Ora, se a fé daquele que está ofertando for sincera, basta ele entregar a oferenda, fazer uma oração, apagar a vela e recolher tudo, pois o axé da oferenda e da vela já foi recebido pelo Orixá, e o material dessa oferenda pode ser repartido por todos os membros do terreiro para ser consumido normalmente. Não há a necessidade de deixar o material na natureza, pois o Orixá ou qualquer entidade de luz não vai utilizar mais nada daquilo, e esse material, se deixado ali, servirá como atrativo para moscas, insetos peçonhentos, etc., além de sujar o nome da Umbanda, afastando-a de sua verdade, que é respeito e preservação da natureza.


    Não é necessário utilizar produtos cortantes (e mesmo que queira utilizar facas ou tridentes para Exu, tudo deverá ser retirado posteriormente), a oferenda não precisa ficar horas sujando a natureza (a oferenda pode ficar ali durante um ritual, caso seja realizado, e retirado ao final do mesmo), e velas e fumo não precisam ficar acesos até que terminem.


    A Umbanda é feita de simplicidade. São os encarnados que complicam e dificultam tudo.




    Discussão sobre oferendas 
    Por: Newton Carlos Marcellino
    Críticas e sugestões: newton.utf@gmail.com




    Contiua...




    NOTA: O texto recebeu algumas pequenas correções, mas apena para por em letra maúscula onde se fazia necessário. Já os destaques e o que entre colchetes são de BHAKTI