2011-01-04

OS TIPOS MAIS COMUNS DE MEDIUNIDADE








Existem mais de 100 tipos de mediunidade, mas os mais comuns são os seguintes:


a) Intuição: é um tipo de mediunidade onde o médium recebe em seu pensamento, sob a forma de uma sugestão, mensagens provindas de um espírito. A intuição nem sempre deve ser seguida, a não ser que o médium consiga identificar a entidade que o está intuindo. Essa identificação, ele aprenderá a fazer no seu desenvolvimento pois cada entidade produz um sintonia diferente no organismo.
b) Incorporação: é a mediunidade em que o médium sintoniza a vibração da entidade e essa vibração toma conta de todo o seu corpo. A sintonia é mental e pode produzir uma incorporação parcial ou uma integral. Na incorporação parcial, o médium fica consciente, isto é, ele sabe que está ali, sente, observa, mas não domina o corpo nem controla o raciocínio. Perde, também, a noção de tempo e, embora tenha sido espectador de si mesmo, perde a noção de muita coisa que se passou, ao desincorporar. Na incorporação parcial pode haver uma quebra de sintonia ocasional, o que permitirá ao médium interferir na comunicação.
Na incorporação integral, o médium fica totalmente inconsciente, pois há uma perfeita sintonia com a vibração da entidade. Nesse caso, não há possibilidade de interferência e, ao desincorporar, o médium não vai se lembrar de nada do que se passou.

*Queremos esclarecer que a incorporação parcial é tão autêntica quanto a integral. O único problema é o médium não interferir, procurando se isolar e deixar que a entidade atue livremente. A esmagadora maioria dos médiuns (mais de 95%) trabalha em incorporação parcial e uma pequeníssima minoria (menos de 5%), em incorporação integral.
c) Vidência: é o tipo de mediunidade que permite, àquele que a possui desenvolvida, ver as entidades, as irradiações. Pode ser de três tipos: direta, intuitiva e focalizada.

Na vidência direta, o médium pode ver as entidades de quatro maneiras diferentes:

1 - na projeção:- o médium vê apenas um facho de luz, uma coloração que depende da vibração atuante. Não vê forma humana, nem identifica a entidade.

2 - na parcial:- o médium percebe uma forma humana ao lado de quem está trabalhando espiritualmente, mas ainda não dá uma perfeita identificação. Vê somente o contorno, a forma.

3 - no acavalamento:- o médium vê a entidade por cima dos ombros de outro médium. Já percebe se é masculina ou feminina, se é caboclo ou preto velho ou outro falangeiro qualquer, se os cabelos são longos ou curtos, etc.
Muitos médiuns que tiveram esse tipo de vidência afirmam, por desconhecimento, que as entidades vistas possuíam mais de dois metros de altura, não percebendo que a entidade, vista acima dos ombros de outro médium, produziu uma falsa impressão de altura.

4 - no encamisamento:- o médium vê a entidade toda, perfeita. Isso acontece na incorporação integral, quando a entidade toma conta do corpo de um outro médium.

5- na vidência intuitiva:- o médium vê apenas com a mente. Ele se concentra e recebe a imagem mental, por intuição.

6- na vidência focalizada:- o médium utiliza algum objeto para a vidência, como um copo d'água ou um cristal. As imagens aparecem no objeto de vidência.

*Muitas vezes os médiuns videntes vêem claramente, como nós vemos uma árvore ou um carro, um espírito; sem utilizar ferramenta nenhuma, senão os olhos.
d) Clarividência: é o tipo de mediunidade que permite ver fatos que ocorreram no passado e que ocorrerão no futuro. Os clarividentes podem ver os corpos astral e mental de outras pessoas, e tomar conhecimento da vida em outros planos espirituais. É um tipo de mediunidade difícil de ser encontrado.
e) Audição: o médium ouve uma voz clara e nítida nos seus ouvidos e dessa forma recebe as mensagens. Na audição, devemos ter o mesmo cuidado que temos na intuição, no que diz respeito à identificação de quem está dando a mensagem.
f) Transporte: é a capacidade de visitar espiritualmente outros lugares, enquanto o corpo físico permanece repousando tranqüilamente; o espírito se desliga do corpo e vai para o espaço. Esse transporte pode ser voluntário ou involuntário.
No transporte voluntário, o médium se predispõe a realizá-lo. Ele se concentra e se projeta espiritualmente a outros lugares, tomando conhecimento do que vê e do que ouve.
O transporte involuntário ocorre durante o sono. Todos nós nos desligamos do corpo físico durante o sono e entramos em contato com pessoas e lugares dos quais não nos recordamos ao acordar. Às vezes, recebemos nesses transportes soluções para os nossos problemas que, mais tarde, nos parecerão idéias próprias. A respeito, diz um ditado popular: "Para a solução de um grande problema, nada melhor que uma boa noite de sono".
g) Desdobramento: é um transporte em que o espírito do médium fica visível à outra pessoa. O corpo físico fica repousando, o espírito do médium se transporta a outro ambiente e, nesse ambiente, torna-se visível.
h) Psicografia: tipo de mediunidade muito comum, podendo ser intuitiva, semimecânica ou mecânica. É a capacidade de receber comunicações pela escrita.
Na psicografia intuitiva, o médium recebe as mensagens na mente e as passa para o papel. É pura intuição.
Na psicografia semi-mecânica, o médium, à medida que vai escrevendo, vai também tomando conhecimento do que escreve. O espírito atua, simultaneamente, na mente e na mão do médium.
Na psicografia mecânica, o espírito atua somente na mão do médium, que escreve sem tomar conhecimento da mensagem recebida.
Quando, ao invés de escrever, o espírito utiliza a mão do médium para pintar, esse tipo de mediunidade é chamado de psicopictografia.


 Fonte:
http://umbandadeluz.com.br/page5.html






TIPOS DE MÉDIUNS






São sete os tipos de médiuns, a saber:


° Médium de incorporação pura e simples


Como no caso dos umbandistas mais comuns. Ele troca sua energia físico magnética por energia astral ou cósmica. 

E no exercício desta função, ele consegue dar passes diluidores de fluídos negativos e aplicar vibrações reparadoras dos desgastes por acaso havidos no paciente.
Os médiuns deste tipo, não devem falar, pois a função não é de comunicação verbal e sim fluídica. 

É um grande erro dos médiuns de gira, fazerem comunicações verbais, pois sendo imenso o número de médiuns conscientes, ocorre não raro, intrometimento da personalidade do médium, obliterando ou interferindo assim na principal ação que é a fluídica.
Nas giras de visita às residências ou alhures, torna-se necessário que a entidade lá encontrada dê seu recado. 

O dirigente quem estiver fazendo às suas vezes deverá ter visão ou alcance intuitivo para discernir a mensagem recebida. 

Somos taxativamente contra as comunicações verbais em médiuns de gira. Pois, é muito difícil para o médium imaturo, dar plena posse de sua cabeça à entidade, e assim, se estabelece grande confusão entre o que a entidade quer dizer e a intervenção do médium.



° Médium de transporte


São aqueles que deixam o seu corpo em repouso total e vão a determinados lugares e de lá trazem a lembrança de tudo o quanto viram. 

Nesse tipo de mediunudade  há os que transmitem de lá o que estão vendo e ouvindo diretamente.*



° Médium de efeito físico


São aqueles que produzem pancadas em madeira, apagam as luzes sem que suas mãos toquem nos interruptores. Mudam objetos de lugar, sem uso das próprias mãos. Produzem ruídos vários até mesmo meio assombrosos.



° Médium intuitivo ou de premonição


São os que têm freqüentemente no pensamento a sensação de saber uma coisa que realmente está acontecendo, sem que os demais ao seu redor sintam.

Aquele que por antecipação, sabe de determinados acontecimentos, aqueles que as pessoas dizem: (parecem adivinhar as coisas ).



° Médium psicográfico


São aqueles que, quando a entidade está atuando sobre seu braço e mão, transmitem mensagens escritas.



° Médium vidente


São aqueles que conseguem ver em imagens fluídicas ou mesmo densas, entidades de outros planos de consciência, quiçá de outra dimensão. Nesse caso existem dois tipos:

>> Os de visão direta.
>> Os que tem a visão com auxilio de líquidos ou de espelhos. 


>> Há ainda os que tem visão nas folhas das plantas, como: 
tinhorão, taioba, comigo ninguém pode e tantas outras plantas de folhas grandes.



° Médium de materialização



São aqueles que, estando em transe ou não, expelem o ectoplasma ( parte periférica do citoplasma ) substância visível que emana do corpo de certos médiuns. 

Há médiuns, que mesmo adormecidos naturalmente e sem nenhuma pretensão, exala grande quantidade de ectoplasma. Facilitando assim a formação de imagens, nem sempre de forma humana. 

A materialização, deve ser conduzida por um médium ou dirigente e comandada por um espírito esclarecido, sem precisar ser propriamente um luminar, como algumas pessoas pensam.
O transporte e a materialização são exercícios mediúnicos muito perigosos. Pois, há registros na história mediúnica de pessoas que tendo cedido o seu corpo para materialização ou para o transporte, deles se apossaram outras individualidades e não mais os deixaram, ficando o dono do corpo sem as suas oportunidades de cumprir o karma com o qual está compromissado. 

Em outras palavras, perdendo a vida. Não queremos dizer com isto, que seja proibitivo tal exercício. Porém, é preciso ver com quem e onde se faz. Nós mesmos, já tivemos oportunidades de socorrer pessoas que ao tentarem fazer o mal através de um processo de transporte com materialização, não conseguiu ao retornar a sua casa tomar o seu corpo que havia esfriado em demasia e os médiuns que faziam a corrente de apoio tinham desertado, apavorados por pensarem que a médium havia desencarnado na aventura. 

O fenômeno mais marcante e tradicional; que se conhece de transporte e materialização, ocorreu com Santo Antônio, que sabendo que o seu pai estava sendo julgado por um tribunal em outra cidade que não a sua, desmaterializou-se e transportou-se , materializando-se novamente no tribunal, defendeu se pai ( que foi absolvido ) e voltou novamente a sua casa em Lisboa.

Esclarecimento: - Quando um médium na gira de Umbanda, trabalha com almas; obviamente ele pode falar, pois, a entidade nele incorporada já teve esta propriedade quando tinha corpo material. Porém se trabalhar com espíritos da natureza, de forma alguma falará. Imagine uma entidade da água, ou da pedra, ou mesmo do vento, falando. 

Pode ocorrer da entidade falar se esta for alma e estiver em missão no mar, no rio, na mata, no ar e etc. Não é pelo fato da entidade não falar, que o seu valor é menor do que o das que falam pelos cotovelos. 

Os espíritos e as almas, são vibrações e é são vibrações que se pode e deve esperar delas.




O QUE É MEDIUNIDADE?






A mediunidade é a capacidade que todos nós temos, em maior ou menor grau e tipos diferentes, de servirmos de veículo de comunicação entre o plano físico e o plano espiritual.

A mediunidade é a principal ferramenta utilizada no umbanda em seus trabalhos, pois através desta, os médiuns (pessoas que fazem uso direto da mediunidade) exercem poder de cura, aconselhamento e de realização espiritual para aqueles que buscam auxílio.

Através dela, ocorre o contato com os mestres espirituais; e também através dela, sanamos as nossas deficiências, nos evoluindo pela prática da caridade que ela nos oferece, no intuito de diminuir as nossas dívidas para com a humanidade.

Um dom. Uma missão.

A mediunidade pode ficar latente durante toda a vida e não causar maiores problemas, ou pode "explodir", causando transtornos na saúde, na vida sentimental e na vida profissional, dependendo da sensibilidade do médium, o que varia de pessoa para pessoa.
Devemos esclarecer, entretanto, que não é a mediunidade que causa esses transtornos e sim o comportamento irregular que a pessoa passa a ter, uma vez que fica sem autocontrole, instável emocionalmente, e captando vibrações nem sempre boas, das pessoas com quem convive e dos ambientes que freqüenta. 

Tudo isso contribui para que a pessoa se indisponha com seus entes mais queridos, se indisponha no seu ambiente de trabalho e, muitas vezes, perca a sua boa saúde anterior, já que normalmente assumirá um estado mental negativo.
A mediunidade é um dom que precisamos aprender a controlar e que precisa ser disciplinada.

E para controlarmos esse processo, fazemos muitas vezes uso do "Desenvolvimento Mediúnico".

PRINCIPAIS SINTOMAS DA MEDIUNIDADE
 
a) Sintoma clássico: suor excessivo nas mãos e axilas, principalmente nas mãos. As mãos ficam molhadas, quase geladas. Os pés também podem ficar gelados; as maçãs do rosto muito vermelhas e quentes; as orelhas ardem.
b) Depressão psíquica: a pessoa fica totalmente instável, passando de uma grande alegria para uma profunda tristeza sem motivo aparente. Fica melancólica e sente uma profunda solidão. É como se o mundo todo estivesse voltado contra ela. É facilmente irritável e, nessa fase, ela vai ferir com palavras e gestos aqueles que mais gosta.
c) Alterações no sono: sono profundo ou insônia. A insônia é provocada pela aceleração no cérebro devida à vibração. Os pensamentos voam de um assunto para outro, incontroláveis, e a pessoa não consegue dormir. O sono profundo é devido à perda de ectoplasma, de força vital. Há um enfraquecimento geral do organismo e as vibrações da pessoa são reduzidas.
d) Perda de equilíbrio e sensação de desmaio: a perda de equilíbrio é uma sensação muito rápida. A pessoa pensa que vai cair e tenta se segurar em alguma coisa, mas a sensação termina antes que ela consiga fazer qualquer gesto. É extremamente desagradável. A sensação de desmaio normalmente ocorre quando a vibração abandona a pessoa bruscamente. Ela fica muito pálida e tem que sentar para não cair. Às vezes ocorre sensação de vômito ou de diarréia. Um copo de água com bastante açúcar e respiração pela narina direita normalmente bastam para contornar essa situação.
e) Taquicardia: comum em algumas pessoas. Há uma súbita alteração no ritmo dos batimentos cardíacos, fruto do aceleramento provocado pela vibração atuando.
f) Medos e Fobias: a pessoa fica com medo de sair sozinha, de se alimentar, de tomar remédios, pois acha que tudo lhe fará mal. Às vezes tem medo de dormir sozinha ou com a luz apagada. É muito comum, também, uma total insegurança em tudo o que vai fazer.
Todos esses sintomas tendem a desaparecer com a preparação espiritual e o desenvolvimento mediúnico, mas o tempo necessário ao desenvolvimento dependerá muito do grau de mediunidade, do interesse e da preparação espiritual do médium.

MEDIUNIDADE OSTENSIVA...







Na Idade Média, durante o sombrio período de imposição social da Inquisição que punia a todas as manifestações de expressão que fossem consideradas, conforme o código de valores religiosos da Igreja, transgressivas milhares de médiuns foram perseguidos, capturados, julgados à morte e executados.
Porém, nos dias de hoje, apesar de estarmos livres das ameaçadoras sombras da Inquisição, ainda perduram no nosso inconsciente coletivo resquícios daquela época. De que forma? Através de como "enxergamos" ou aceitamos, muitas vezes sem questionarmos, as origens e os porquês da existência entre nós de tantas patologias psíquicas. A esquizofrenia, por exemplo, e suas características principais: alucinações visuais e auditivas, delírios. Quantas destas pessoas "alucinadas" não estariam, desde criança, dizendo a verdade, ou seja, tentando nos dizer que realmente enxergam vultos e que realmente ouvem vozes? E quantos desses indivíduos não seriam dotados de uma mediunidade ostensiva não desenvolvida?
A mediunidade é uma faculdade inerente à natureza espiritual humana. Ela se manifesta de diversas formas através do ciclo vital de uma pessoa, seja na infância, na puberdade, na adolescência ou na fase adulta. Existe, porém, um tipo de mediunidade peculiar em relação às suas características próprias: a mediunidade ostensiva, que por exigir de seu portador estudo e dedicação no desenvolvimento equilibrado deste potencial, poderá, por outro lado, causar-lhe certos desconfortos se este canal de contato com o plano espiritual não estiver sendo, em benefício próprio, conscientemente usado.
O médium, no exercício do seu trabalho, é uma ponte ou instrumento de ligação entre duas "realidades" que, conforme as Leis Divinas, se completam e se fundem no processo de evolução da consciência do próprio médium e também da Humanidade.
Temos médiuns na literatura, nas art es plásticas, nas artes cênicas ... enfim, que inspirados pela espiritualidade, nos remetem às mais belas imagens e mensagens de otimismo, de amor ao próximo e de fé e esperança na Humanidade Regenerada.

Por Flávio Bastos - Psicanalista Clínico e Reencarnacionista.


http://somostodosum.ig.com.br/clube/artigos.asp?id=1949







O NOVO MÉDIUM




- Por Pai Rubens Saraceni


Novo Médium....deve merecer dos filhos de Fé já maduros (iniciados) toda atenção, carinho e respeito quando adentram no espaço interno das tendas, pois é mais um filho da Umbanda que é “dado” à luz. 
E tal como quando a generosa mãe dá à luz mais um filho, onde tanto o pai quanto os irmãos se acercam do recém-nascido e o cobrem de bênçãos, amor, carinho e… compreensão para com seus choros, o novo filho de Fé ainda é uma criança que veio à luz e precisa de amparo e todos os cuidados devido à sua ainda frágil constituição íntima e emocional.
Do lado espiritual, todo o apoio lhe é dado, pois nós, os espíritos guias deles, sabemos que este é o período em que mais frágil se sente um ser que traz a mediunidade.
ríodo de transição, onde todos os seus valores religiosos anteriores de nada lhe valem, pois outros valores lhe estão sendo apresentados.

Para todos os seres humanos este é um período extremamente delicado em suas vidas. E não são poucos os médiuns que se decepcionam com a falta de compreensão para com sua fragilidade diante do novo e do ainda desconhecido.

É tão comum uma pessoa dotada de forte mediunidade e de grandes medos, ser vista como “fraca” de cabeça pelos já “tarimbados” médiuns. Mas estes não param para pensar um pouco no que realmente incomoda o novo irmão e, com isto, o Ritual de Umbanda Sagrada vê mais um dos seus recém-nascidos filhos perecer na maior angustia.

Mas alguns milhões de filhos de Fé com um potencial mediúnico magnífico já foram perdidos para outros rituais, porque os diretores das tendas não deram a devida atenção ao “fator médium” do ritual de Umbanda, assim como não atentaram para o fato de que aqueles que lhes são apresentados pelos guias zeladores dos novos médiuns, se lhes são enviados, o são pelo próprio espírito universal e universalista que anima a Umbanda Sagrada, e que é o seu espírito religioso, que no lado espiritual tem meios sutis de atuar sobre um filho de Fé, mas no lado material depende fundamentalmente dos pais e mães no Santo, animadores materiais desse corpo invisível, mas ativo e totalmente religioso.

O ritual é aberto a todas as manifestações, mas o lado material ( médiuns) tem de ser esclarecido de que as manifestações só acontecem por causa desse espírito religioso invisível conhecido por Ritual de Umbanda Sagrada, e que fora dele não há manifestações, mas tão somente possessões espirituais.

Mas para que isso possa ser realmente dito, é chegado o tempo de a Umbanda deixar de perder seus filhos recém-nascidos para religiões que ainda recorrem a princípios medievais, quando não obscurantistas.

É chegado o momento de todos os médiuns, diretores espirituais, dirigentes espirituais e pais e mães no Santo, imprimirem aos seus trabalhos mais uma vertente da Umbanda Sagrada: a doutrinação dos irmãos e irmãs que afluem às tendas nos dias de trabalho..

Nós temos acompanhado com carinho e atenção os irmãos umbandistas que têm oferecido a maior parte de suas vidas a esta necessidade da religião umbandista – abençoados sãos estes verdadeiros filhos de Umbanda, mas temos acompanhado a vida de todos os pais e mães no Santo e temos visto que bloqueiam a si próprios e às suas potencialidades doutrinadoras dentro da Umbanda Sagrada, quando limitam a si e sua religião aos trabalhos dentro de suas tendas, quando os seus guias incorporam e … trabalham.

Umbanda significa: o sacerdócio em si mesmo, na m’banda, no médium que sabe lidar tanto com os espíritos quanto com a natureza humana.

Umbanda, na banda do “Um” , um todos são e sempre serão, desde que limpem seus templos íntimos dos tabus a respeitos dos orixás e os absorvam através da luz divina que irradiam seus mistérios. Daí em diante, serão todos “mais um”, plenos portadores dos mistérios dos orixás.

Despertem para esta verdade, pais e maês de Santo! Olhem para todos os que chegam até vocês, não como seres perturbados, mas sim

como irmãos em Oxalá que desejam dar “passagem” às forças da natureza que lhes chegam, mas encontram seus templos (mediunidade) ocupados por escolhos inculcados neles, através de séculos e séculos que estiveram afastados de seus ancestrais orixás. Não inculquem

mais escolhos
dizendo a eles que tem orixá brigando pela cabeça deles, ou que exu está cobrando alguma coisa.

Tratem os filhos que Olorum, o Incriado, lhes envia com o mesmo amor, carinho e cuidados que devotam a seus filhos encarnados.

Cuidem deles; transmitam a eles amor aos orixás, pois orixá é o amor do Criador às Suas criaturas.

Ensinem-lhes que, na lei de Oxalá, ninguém é superior a ninguém, pois na banda do “Um”, mais um todos são.

Mostrem-lhes que orixá é um santo, mas é mais do que isso: orixá é a natureza divina se manifestando de forma humana, para os espíritos humanos.

Esclareçam ao filho recém-chegado que se sente incomodado, que isto não é nada ruim, pois há todo um santuário aprisionado em seu intimo que está tentando explodir através de sua mediunidade magnífica.

Conversem demoradamente com ele e procurem mostrar-lhe que Umbanda não é a panacéia para todos os males do corpo e da matéria, mas sim o aflorar da espiritualização sufocada por milênios e milênios de ignorância e descaso para com as coisas do espírito.

Expliquem que pode fazer o que quiser com seu corpo material, mas deve preservar sua coroa (cabeça), pois é nela que a luz dos orixás lhe chega e o liberta dos vícios da carne e do materialismo brutal.

Ensinem-lhe que, como templos, deve manter limpo seu íntimo, pois nesse íntimo há uma centelha divina animada pelo fogo divino que a tudo purifica, e que o purificará sempre que entregar sua coroa ao seu orixá. Instrua-os com seu mentor guia chefe, irmãos e irmãs (pais e mães de Santo).
Ensinem aos médiuns que eles trazem consigo mesmo todo um templo já santificado e que nele se assentam os orixás sagrados. E que através desse templo muitas vozes podem falar, e serem ouvidas pois Umbanda provem de Embanda: sacerdote!
E o médium é um sacerdote, um embanda, um Umbanda, ou mais um na banda do um, a Umbanda!



Texto extraído do livro “O código de Umbanda” Ed. Madras (www.madras.com.br) – obra inspirada pelos mestres da Luz: Senhor Ogum Beira-Mar, Pai Benedito de Aruanda. Li-Mahi-An-Seri-yê, Seiman Hamiser yê e Mestre Anaanda e psicografada por Rubens Saraceni.