Hoje, na hora do almoço, observei que uma gaivota pousou ao lado das mesas do restaurante. O que me chamou atenção é que ela não tinha medo das pessoas. Fiquei um pouco desconfiado com este comportamento e coloquei o prato ao meu lado com um camarão e fiquei a postos com a câmera de meu celular. Não deu outra: como você vê na foto, a gaivota deu o bote e abocanhou o camarão.
Percebi em seguida que a gaivota voltou para a sua posição a espera de mais uma oportunidade em outra mesa e assim ficou por mais de 2 horas, durante todo o tempo que eu fiquei no restaurante até a hora que fui embora.
Logo atrás da gaivota vemos o exuberante Oceano Atlântico. Um manancial inesgotável de peixes e camarões. A pergunta que não quer calar é: por que a gaivota, em vez de pescar no Oceano prefere passar as tardes ao lado das mesas deste restaurante todos os dias? A resposta é simples. Porque é muito mais cômodo ficar na aba dos clientes do restaurante do que ter o trabalho de pescar.
Esta gaivota está optando pelo que lhe dá um menor trabalho e está deixando de lado a sua natureza e vocação natural de uma ave caçadora para se tornar uma ave dependente, sem iniciativa e dignidade, optando em receber facilmente as migalhas dos clientes de um restaurante. Se este restaurante fechar as suas portas, essa gaivota talvez terá enormes dificuldades para voltar a empreender a sua caça diária para garantir a sua sobrevivência.
O que este episódio tem a ver com a vida da sociedade brasileira?
Tenho a certeza que você fará uma excelente reflexão.
BOA NOITE DE NOVO
Flávio Augusto - GV
Veja as fotos aqui:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=601795923233359&set=ms.601795923233359.601795973233354.bps.a.601795853233366.1073741833.112820708797552&type=1&theater