2014-01-25
OS CHAMADOS E OS ESCOLHIDOS
“Muitos são os chamados e poucos são os escolhidos”, nos disse o Sábio Mestre da Galileia.
Vemos multidões atraídas pelos discursos expressivos daqueles que manipulam com maestria o dom da palavra. Eles estão na Mídia e nos auditórios, atraindo os “muitos”.
São títulos e mais títulos que ostentam e “vendem” àqueles que se encantam com as luzes dos vagalumes.
Estes, como mariposas, são atraídos pelo piscar luminoso e fugaz, vibram seus emocionais em admiração a tanta erudição.
Os eruditos por sua vez, projetam em cascatas, citações humanas como se divinas fossem, e as multidões aplaudem; os “muitos” aplaudem.
Em contrapartida, num caminhar silencioso e discreto, vão os “poucos”. Seus condutores, humildes e também discretamente silenciosos falam pouco, mas quando dizem algo falam às almas.
Esses evitam as multidões e os holofotes, porque elas ( as multidões) “não ouvem” a voz que vem de dentro, a voz que só se ouve no silêncio.
As multidões não aceitam e até rejeitam o que "os poucos" ensinam, porque eles falam de purificação do íntimo; falam de silenciar o emocional; falam de purificação dos pensamentos; falam da melhoria da qualidade intrínseca do ser; e isso, não encontra eco nas multidões.
Esses, pequenos aos olhos do mundo, são silenciosos e discretos Servidores do Pai Maior e somente os “escolhidos” os encontram e identificam.
Os servidores não são guiados pelos holofotes e não se desequilibram com os aplausos e elogios. A luz que os conduzem, emana do Alto pelos seus interiores, não é visível às multidões.
Os Mistérios, dons divinos que lhes são acrescidos na medida em que caminham e conduzem, são ferramentas de trabalho no servir.
A esses Servidores, cumprir a Vontade do Pai Maior em seus destinos, é a razão de suas vidas, por isso; são determinados, racionais e misericordiosos em suas ações.
Não ostentam paramentos vistosos e aqueles que os vêm em serviço no Astral, os vêm vestidos com singelas blusas brancas, cinta vermelha e calça preta; a identificação dos Servidores do Pai, nas Trevas da Ignorância Humana; porém, nas trilhas escuras por onde vem, uma multidão de sofredores os seguem para os abrigos nas Zonas de Transição.
Resgatam das Trevas das Ilusões Humanas aqueles que, como multidões, se iludiram com os discursos e títulos dos eruditos, quando na carne.
Abençoados sejam os silenciosos servidores do Pai Maior que na carne conduzem os “poucos”, os escolhidos, e no Astral conduzem os “muitos”, os Iludidos.
Enviado por: José de Brito Irmão.