"Diversas pessoas que nos visitavam pela primeira vez haviam perdido entes queridos.
Duas senhoras choravam intensamente solicitando algo que as consolasse após a desencarnação de filhos amados.
Aberta a reunião, os estudos recaíram no item 21 do capítulo V de O Evangelho Segundo a Espiritismo, cuja leitura e interpretação foram brando consolo em auxílio de nós todos.
Ao término das tarefas indicadas para a noite, o nosso Amigo Espiritual de sempre, por nosso intermédio escreveu a mensagem que lhe passo às mãos."
Chico Xavier
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Na Terra, quando perdemos a companhia de seres amados, ante a morte, sentimo-nos como se nos arrancassem o coração.
Ânsia de rever sorrisos que se extinguiram, fome de escutar palavras que emudeceram.
E muitas vezes tudo o que nos resta no mundo íntimo é um veio de lágrimas estanques, sem recursos de evasão, pelas fontes dos olhos.
Compreendemos, sim, neste outro lado da vida, o suplício dos que vagueiam entre as paredes do lar ou se imobilizam no espaço exíguo de um túmulo, indagando porquê....
Se a saudade, a distância e o vazio te atormentam o espírito, asserena-te e ora, como saibas e como possas, desejando a paz e a segurança dos entes inesquecíveis com os quais conviveu.
Lembra aqueles que não mais te compartilham as experiências, mas não porque a pessoa desapareceu para sempre, e sim porque está ausente.
Os que rumaram para outros caminhos, além das fronteiras que marcam a desencarnação, também lutam e amam, sofrem e se renovam.
Enfeita-lhes a memória com as melhores lembranças que consigas enfileirar e busca tranquilizá-los com o teu amor.
Se te deixas vencer pela angústia, ao recordar-lhes a imagem, sempre que se vejam em sintonia mental contigo, hei-los que suportam angústia maior, de vez que passam a carregar as aflições maiores que as tuas.
Chora, quando não possas evitar o pranto.
No entanto, converte quanto possível as próprias lágrimas em bênçãos de trabalho e preces de esperança, porquanto Eles todos te ouvem o coração na Vida Superior, sequiosos de se reunirem contigo para o reencontro no trabalho do próprio aperfeiçoamento, à procura do amor sem adeus.
Do livro "Na Era do Espírito". Psicografia de Francisco C. Xavier e Herculano Pires. Espíritos Diversos