A capacidade humana de planejar o futuro é um dom sem par. Infelizmente, a mente, em sua ansiedade, tenta planejar um número enorme de possíveis futuros que, na maior parte das vezes, nunca acontece. Esses constantes saltos para o futuro são um grande desperdício de energia mental e emocional.
A mente também adora excursões para os reinos da fantasia, onde cria um vídeo de "um novo eu", famoso, bonito, poderoso, talentoso, bem sucedido, rico e amado.
A capacidade humana de fantasiar é maravilhosa, a base da nossa criatividade. Nos possibilita a concepção de invenções, a criação artística e musical, formulação de hipóteses científicas, fazer planos para tudo, desde um edifício até um novo capítulo nas nossas vidas.
Infelizmente, isso se torna uma fuga, um escape da ansiedade de não saber o quê está verdadeiramente se aproximando de nós, do medo de que o próximo momento (ou hora, ou dia ou ano) nos traga dificuldades ou até mesmo a morte.
Quando permitimos que a mente repouse no presente, plena do que está realmente acontecendo a cada momento, redirecionando-a para longe dessas excursões infrutíferas ao passado, ao futuro ou aos reinos da fantasia, estamos fazendo algo muito importante: conservando a anergia da mente. Ela permanece fresca e aberta, pronta para responder ao que quer que surja à sua frente.
Isso pode parecer trivial mas não é. Normalmente nossa mente não descansa. Ela segue ativa até mesmo durante a noite, produzindo sonhos a partir de uma mistura de ansiedades e eventos de nossas vidas. Sabemos que o nosso corpo não pode funcionar bem sem descanso; então, damos a ele algumas horas da noite para se deitar e relaxar. No entanto, nos esquecemos de que a mente também precisa descansar.
E é no momento presente que a mente encontra repouso, onde ela pode se recostar e relaxar, no fluxo de eventos.
Jan Chozen Bays
