Todo médium autêntico, aos olhos do senso comum, sempre será visto como louco, um absurdo, uma fantasia, um inexistente.
Existe algo ali presente, que desafia o assim chamado "bom senso", desafia aquilo que chamamos de lógica, de ser racional e de bons costumes, às vezes, seus atos são visto como selvagens, prepotentes, arrogantes, e a mente comum diz para os egos que assim interpretam tais atos: - Fuja! - Afaste-se! - Proteja-se! - Ou então reaja, pois ele/ ela é um louco! Muitos já o/a desprezaram, faça o mesmo, se não deseja ser visto como louco também!
Há um real perigo e desafio em se aproximar de um médium verdadeiro.
Ele não está ali para confirmar suas ideias, para aceitar suas ilusões, para seguir um script pré-aprovado pelas normas de boa conduta estabelecida pela mente. Muito menos para ser politicamente correto.
Ele está ali para abalar as estruturas enganosas, conduzir a desconstrução, quebrar orgulhos.
Só com o orgulho quebrado a Verdadeira Existência pode ser vista, isso mesmo que é a Vida sem a ideia de um eu. E o médium verdadeiro está aí para isto, para ajudar na remoção do véu. Não para ajudar em novas e fantasiosas construções, não para enfeitar e fortalecer ainda mais o sonho do ego, mas para descobri-lo.
E nesse descobrir-se, vem a revelação de que nunca houve um médium além de você mesmo. Que o médium na sua frente é na verdade uma projeção da vontade da própria alma.
Que a alma, de fato, nunca dormiu. Que nunca houve se quer uma prisão. Que o pensamento entre a mente e o ego nunca alterou a realidade.
E, que foi preciso deixar o ego sonhar um louco do lado de fora, para se recordar daquilo que pareceu ser um esquecimento, apenas pareceu, porque no fundo, D'us jamais se esquece de nenhuma partícula Si mesmo.
Ashra A. Zaid.
