Para um médium incorporar um mestre de luz é necessário além do ritual bem dirigido e um preparo bem feito, permissões do astral para que essa entidade trabalhe com certas pessoas e possa auxiliá-las numa cura ou numa informação que elas precisem.
Esse mestre de luz, para manter a sintonia com o médium se utiliza de uma série de recurso astrais e físicos que possibilitem que a comunicação continue firme e sutil durante todo o trabalho.
Por isso, se faz necessário um trabalho mental muito forte tanto do médium quanto da corrente que assiste o trabalho para que pensamentos daninhos e distrações banais não causem distúrbios no ritual e atrapalhem essa comunicação.
A incorporação não é apenas a posse de um corpo por uma entidade. O médium não vai passear em Aruanda, enquanto a entidade usa o corpo dele. A incorporação é uma sintonia entre os dois.
Quase uma dança, onde cada um tem o seu passo e o ritmo é o próprio trabalho.
Um passo errado, a dança termina. Assim é também a sintonia entre o médium e a entidade.
Sim, o médium está presente, e se não estiver incorporando a sua própria vaidade, ele estará mantendo uma coesão mental tão firme e segura, que deixará as vibrações do mestre operar sem que as distorções provocadas pela vaidade do médium tome conta.
Por isso, em cada centro de Umbanda deveria ser ensinado alguma prática meditativa afim de educar médiuns e corrente a firmar o pensamento.
Infelizmente, o que mais se vê em terreiros são médiuns displicentes que não admitem que, boa parte do tempo, incorporam somente seus próprios pensamentos; e uma corrente formada por pessoas com tanta preguiça mental que não se dão ao trabalho de pensar na importância de estar diante de um mestre de luz.
Se eles soubessem disso, buscariam em suas perguntas, acessar bons frutos de conhecimento que esse mestre possa trazer, ao invés, de passarem boa parte do tempo, perguntando ao mestre, as coisas mais banais e levianas que surgem em suas mentes.
Professor Frank
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