2012-05-01

PRINCÍPIOS [ ESPÍRITAS ]






Não há como encarar a vida da mesma maneira quando se conhece os princípios espíritas.

É como passar a saber que, depois das águas de um rio, existe outra margem, antes desconhecida, negada e inalcançável.

As revelações espíritas não prometem ao ser vivente sobre a Terra um futuro melhor ou o prêmio e o castigo após a morte, mas apontam para a continuidade da experiência do existir.

A doutrinação espírita não é uma conversão para atrair adeptos, mas esclarecimento para que a vida do indivíduo siga seu curso de forma mais ampla e plena.

A proposta do Espiritismo contempla a percepção de que não há descontinuidade entre a vida material e a espiritual.

Com o conhecimento espírita, a pessoa passa a perceber a continuidade de seu passado no presente e a influência deste no futuro, que transcende a vida atual.

Aderir ao Espiritismo não é apenas estabelecer uma frequência semanal de participação numa ou mais atividades de um Centro Espírita, tampouco tornar-se conhecedor de seuspostulados.

A adesão oportuna é aquela na qual o indivíduo incorpora ao seu repertório psíquico e comportamental os paradigmas propostos pelo Espiritismo.

A prática espírita, no campo do exercício da mediunidade, contribui para o aprimoramento das faculdades psíquicas do indivíduo, ampliando seus potenciais anímicos.

Muito além de seu aprimoramento moral, tal prática aperfeiçoa seu psiquismo, tornando-o mais apto a atividades

que exigem memória, concentração, percepção subjetiva e inteligência emocional.

É fundamental que o novo adepto do Espiritismo desenvolva seu senso crítico em rel ação ao que vai aprender.

As idéias e conceitos do Espiritismo, muito embora venham de uma mesma origem (Allan Kardec) são compreendidas e vivenciadas de maneiras distintas.

Não há unanimidade na prática espírita, tampouco no entendimento da realidade após a morte.

O objetivo geral daquel es que praticam o Espiritismo é levar o ser humano à transformação moral e ao seu aperfeiçoamento evolutivo.


Adenáuer Novaes






ESPIRITISMO, O SENTIDO DA VIDA


O ESPIRITISMO - UMA RELIGIÃO?


O Espiritismo não é apenas uma religião instituída.

As informações contidas na doutrina que constitui seu arcabouço teórico são profundas e suas implicações alteram significativamente o modo de viver humano. É uma religião de autotransformação, exigindo constante reflexão e responsabilidade pessoal pelo próprio destino. A visibilidade da vida espiritual mostrada pelo Espiritismo possibilita uma ampliação imensa do sentido e do significado da vida. Tudo passa a ser compreendido numa perspectiva diferente e a partir de paradigmas novos.

Parece salutar uma religião que, além de consolar, apresente uma proposta de vida que contemple o máximo possível ao ser humano, em termos de satisfação íntima.

Não parece coerente uma doutrina religiosa que leve a pessoa a se tornar escravo de conceitos ou de alguém. Tal doutrina deve ser compreensiva em relação às demais, que visam o mesmo objetivo, mesmo que não proporcionem uma visão da totalidade da Vida. Esta doutrina deve incluir tudo que concorra para o equilíbrio e a adaptação do ser humano à coletividade na qual está imerso.

Neste sentido, o Espiritismo deve se revestir de propostas transformadoras do ser humano sem lhe tolher a felicidade na Terra. Tornar-se espírita, além de integrar a consciência da imortalidade pessoal, deve levar o indivíduo a perseguir o estado íntimo de felicidade.

Adenáuer Novaes





PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS


Educação Espírita não é um processo de coação, de imposição das idéias espíritas. Mesmo porque um dos princípios fundamentais do Espiritismo é o da liberdade de consciência.

1.º) A obra de Kardec não é pessoal, não é só dele.

Era preciso alguém responder pela obra.

O Prof. Denizard Rivail, como se sabe, resolveu assumir essa responsabilidade e assinou-a com um pseudônimo:

Allan Kardec, nome que havia possuído em encarnação anterior, quando sacerdote druida, entre os celtas.

A obra é dos Espíritos Superiores da luminosa falange do Consolador ou Espírito da Verdade, que Jesus prometeu enviar à Terra quando os homens estivessem aptos para compreender a sua doutrina em essência.

Por isso Kardec deu ao livro básico da doutrina o título de O Livro dos Espíritos e à própria doutrina o nome de Espiritismo.

Por isso também os demais livros da Codificação trazem como subtítulo esta expressão: Segundo o Espiritismo, ou seja, de acordo com a Doutrina dos Espíritos.

Kardec submetia tudo ao exame da razão, realizando um trabalho de cerca de quinze anos, sempre assistido pelos Espíritos Superiores dirigidos pelo Espírito da Verdade.

2.º) Desde 1857, quando foi publicado O Livro dos Espíritos, até hoje, nenhum dos princípios do Espiritismo foi desmentido pela Ciência ou pela Filosofia. Pelo contrário, todos eles têm sido sistematicamente confirmados por ambas.

Quanto à Religião, nunca teve condições para contradizer o Espiritismo de maneira positiva, tentando sempre fazê-lo de maneira autoritária ou dogmática, sempre no interesse particular dos princípios de cada seita.

Hoje o avanço das Ciências e da Filosofia confirma de maneira inegável e impressionante a legitimidade da Doutrina Espírita. As descobertas mais recentes da Parapsicologia, da Física e da Biologia nada mais fazem do que comprovar a verdade dos princípios espíritas, sem que os investigadores tivessem essa intenção. Até mesmo quando pensam haver negado o Espiritismo, os investigadores, sem o saber, o estão comprovando. Isso prova a solidez da obra de Kardec.

3.º) A Bíblia, livro religioso dos judeus, anunciou a vinda de Jesus. Os Evangelhos, que formam o livro religioso do Cristianismo, anunciaram a vinda do Espírito da Verdade.

Os Espíritos Superiores que hoje se manifestam são unânimes em afirmar que Kardec foi o discípulo de Jesus enviado à Terra para realizar a codificação do Espiritismo, doutrina que representa a continuação histórica do Cristianismo e restabelece os ensinos do Cristo em espírito e verdade.

As reformas religiosas por que passam hoje as Igrejas estão se processando de acordo com a orientação dada pelos princípios espíritas.

As próprias pesquisas da Astronáutica, a ciência mais audaciosa do nosso tempo, estão confirmando o que os Espíritos disseram a Kardec sobre os mundos do Espaço, a infinitude do Universo, a inexistência do vácuo, a variedade infinita das formas da matéria e assim por diante.

4.º) Quanto mais avança o Conhecimento, mais se vão descobrindo as relações da obra de Kardec com as alegorias e simbologias religiosas da chamada Sabedoria Antiga, das mais velhas religiões da Índia, da China, do Egito, da Babilônia e assim por diante.

Com tudo isso, o Espiritismo se confirma dia a dia como a doutrina do futuro. Ainda há pouco os jornais e revistas do mundo inteiro noticiaram que os cientistas soviéticos, os mais materiali stas do mundo, viram-se obrigados a discutir a obra de Kardec num grande simpósio científico realizado na Rússia, e isso em virtude das recentes descobertas realizadas por eles na investigação da Física e da Biologia, com referência à antimatéria e ao corpo energético do homem, ou corpo bioplasmático, que na verdade confirma a teoria do perispírito ou corpo semimaterial do homem, que é um dos princípios fundamentais do Espiritismo.

Nenhuma outra doutrina, em todo o mundo, tem recebido tão ampla e decisiva confirmação das pesquisas científicas modernas.

5.º) No campo da Filosofia passa-se a mesma coisa.

A corrente filosófica que caracteriza o nosso século, a das chamadas Filosofias da Existência, não obstante suas diversas ramificações, confirmam no geral a teoria espírita da natureza transcendente do homem. E por outro lado seguem o caminho do Espiritismo no estudo e na investigação da natureza humana, partindo do homem na existência para chegar à compreensão progressiva dessa natureza.

Tudo converge, no pensamento atual, para a comprovação da legitimidade da obra de Kardec.

Seus princípios fundamentais são realmente inabaláveis, mas estão sujeitos a desenvolvimentos que se darão de acordo com a evolução do homem, que progride sem cessar e aumenta constantemente a sua capacidade de compreender melhor a natureza humana , o mundo e a vida.

Adenáuer Novaes