Podemos, portanto, relacionar, de forma sucinta, três grandes compromissos assumidos pelo Espírita, diante de Deus e de Jesus:
a) Compromisso com a Doutrina: Não conseguiremos manter, proteger e divulgar com responsabilidade uma Doutrina se não conhecermos sua base, seu conteúdo.
Numa analogia bastante simples, podemos comparar com certa pessoa que segue em direção ao aeroporto para receber alguém, com o compromisso de protegê-lo e encaminhá-lo até que chegue a seu destino, neste país.
Porém, chegando lá, percebeu que não sabia como era tal pessoa, não conhecia seu nome completo e sequer estudara o caminho que deveria usar para levá-la a seu destino, em segurança. Impossível realizar tal missão com sucesso.
Urgente que estudemos a Doutrina com seriedade! Tal atitude é demonstração de respeito, de amor, de importância a Jesus, à Sua mensagem e ao empenho de seus tarefeiros.
Divulgá-la, de forma responsável, é dever de todos nós, sob risco de cometermos os mesmos erros já ocorridos com a Doutrina trazida pelo próprio Cristo, há dois mil anos.
Divulgá-la, de forma responsável, é dever de todos nós, sob risco de cometermos os mesmos erros já ocorridos com a Doutrina trazida pelo próprio Cristo, há dois mil anos.
Admitir a progressão doutrinária apenas através de obras confiáveis, que caibam dentro do método proposto por Kardec, faz parte deste contexto de infinita importância.
b) Compromisso com sua melhora íntima: "Fé inabalável é aquela que pode encarar a razão face a face, em todas as épocas da humanidade" – esclarece Allan Kardec.
E continua: "A fé raciocinada que se apoia nos fatos e na lógica não deixa qualquer obscuridade: crê-se, porque se tem certeza e só se está certo quando se compreendeu"
(KARDEC, 1861).
(KARDEC, 1861).
Portanto, crer com propriedade, depende, invariavelmente, de se conhecer, racionalmente, o objeto de sua crença.
Alterar o que não vai bem em nós, abrindo mão de vícios, abastecendo-nos de virtudes – a tão famosa reforma interior – só se concretiza, em toda a sua plenitude, se sabemos o porquê precisamos mudar, em que tempo e de que forma.
“No caminho da evolução é imprescindível passarmos pela esquina do autoconhecimento.”
(GELERNTER, 2011).
Alterar o que não vai bem em nós, abrindo mão de vícios, abastecendo-nos de virtudes – a tão famosa reforma interior – só se concretiza, em toda a sua plenitude, se sabemos o porquê precisamos mudar, em que tempo e de que forma.
“No caminho da evolução é imprescindível passarmos pela esquina do autoconhecimento.”
(GELERNTER, 2011).
Precisaremos nos reconhecer no mundo, em nós mesmos, em nossas relações interpessoais, para, então, conseguirmos avaliar as mudanças que precisam ser realizadas.
c) Compromisso com o próximo: Ninguém chega a Deus se não for através de Suas criaturas. Portanto, sem as relações humanas, não há evolução.
É através da tessitura das relações que conseguiremos dar os passos necessários, exercitando o amor progressivamente, vida após vida, num continuum maravilhoso, repleto de oportunidades oferecidas pelo Criador.
Todo espírita-cristão deve ter em sua mente que, independentemente da experiência que esteja vivendo, precisará buscar desenvolver em si aquilo que chamaremos de ‘postura do mestre’: ensinar e praticar aquilo que ensina, amando e ajudando as pessoas em seu desenvolvimento individual, ao mesmo tempo em que trabalha, incessantemente, por seu próprio desenvolvimento.
Todo espírita-cristão deve ter em sua mente que, independentemente da experiência que esteja vivendo, precisará buscar desenvolver em si aquilo que chamaremos de ‘postura do mestre’: ensinar e praticar aquilo que ensina, amando e ajudando as pessoas em seu desenvolvimento individual, ao mesmo tempo em que trabalha, incessantemente, por seu próprio desenvolvimento.
Neste sentido, utilizando-se de tom fraternal, explica-nos Emmanuel: “se abraçaste, meu amigo, a tarefa espiritista-cristã, em nome da fé sublimada, sedento de vida superior, recorda que o Mestre te enviou o coração renovado ao vasto campo do mundo para servi-Lo. Não só ensinarás o bom caminho. Agirás de acordo com os princípios elevados que apregoas”.
(EMMANUEL, p. 371).
(EMMANUEL, p. 371).
Deve, todo aquele que se diz espírita, praticar o Espiritismo, o verdadeiro cristianismo redivivo na Casa Espírita, contribuindo pelo progresso do Planeta, saindo de ideias rudimentares dos cultos exteriores para os cultos interiores.
Deve, ainda, saber como receber os neófitos, como prestar o melhor atendimento fraterno, sem confusões doutrinárias, sendo, portanto, imprescindível [mais uma vez repetimos] estudar os preceitos básicos do Espiritismo.