"Sede indulgentes, meus amigos, porquanto a indulgência atrai, acalma, ergue, ao passo que o rigor desanima, afasta e irrita.”
"No Universo tudo é vida e transformação. Leis imutáveis regem a harmonia através do regime de unidade.
A vida do homem em sociedade, submetida a essas leis naturais, respira nesse engenho divino que destina os seres à evolução.
A ordem que preside tais fenômenos, é regida por princípios de atração e repulsão que esculpem, pouco a pouco, os valores morais dignificadores da vida interpessoal.
O pensamento é força energética com cargas vigorosas e, o sentimento dá-lhe qualidade e vida, tornando o psiquismo humano o piso de formação dos ambientes em todo lugar.
Tomando por comparação as teias dos aracnídeos, criadas para capturar alimentação e se defenderem, a mente humana, de modo similar, tem seu campo mental de absorção e defesa estabelecido pelo teor de sua radiação moral.
Quanto moralizado, mais resistente é o circuito de imunidade da aura, preservando o homem das agressões naturais de seu ecopsiquismo e selecionando o alimento mental vitalizador do equilíbrio de todo o cosmo biopsíquico.
Estudo da formação das psicosferas explica-nos a razão de muitas sensações e incômodos, claramente percebidos pelas criaturas na rotina de seus afazeres junto aos ambientes da convivência social.
Enxaquecas repentinas, náuseas, tonturas e alterações de humor com irritações, são possíveis episódios que podem ter origem na natureza psíquica dos ambientes.
Evidentemente, os locais de nossa movimentação serão sempre o resultado da soma geral das criações que nele imprimimos, colhendo dessa semeadura somente os frutos que guardem semelhança com a qualidade das sementes que espalhamos.
Os ambientes são o espelho do que somos.
Faz-se necessário destacar que a palavra mal conduzida tem sido uma das mais freqüentes formas de fragilizar nosso sossego interior e, consequentemente, o exterior.
Vemos, frequentemente, pessoas preocupadas com o mal que o outro pode lhe fazer, temerosas com os olhos gordos que lhes infundem fantasias místicas e sentimentos inferiores em relação a alguém, entretanto, ignoram que os seus grandes inimigos são os próprios comportamentos, que assim, atraem o mal pra si mesmo.
Somos sempre os únicos responsáveis por nós. O homem na Terra encontra-se tão habituado a denegrir o outro que não é capaz de avaliar o mal que faz a si mesmo com essa atitude.
Essa necessidade humana de destacar o mal alheio, encobre quase sempre, o desejo de rebaixar o outro e causar-nos a ilusória sensação de superioridade, uma maquinação milenar do orgulho nos recessos da mente.
O que precisamos aprender é sondar os nossos sentimentos quando falamos de alguém.
O desenvolvimento da indulgência cria focos de atração e interesses e fazem as pessoas sentirem-se calmas e benquistas ao nosso lado.
Zelemos pelos nossos ambientes tornando-os saudáveis para conviver. É preciso edificar a nossa psicosfera com emanações de saúde e paz !
Isso é uma construção nossa.”
- José, espírito protetor- Bordéus, 1863.
O Evangelho Segundo Espiritismo
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