2011-12-10
[ O NASCIMENTO ESPIRITUAL ]
O poder da ação do crescimento espiritual.
A espiritualidade é funcional na mente humana; e tem sido consolidada na experiência antes da identificação na nossa consciência. Uma criança já existe nove meses antes do nascimento.
O “nascimento” da espiritualidade, porém, não é de súbito; é antes uma progressão gradativa. Entretanto, mais cedo ou mais tarde, haverá o “dia do nascimento”. Segundo os textos das Sagradas Escrituras não entraremos no Reino do Céu, a menos que tenhamos “nascido novamente”, ou seja, nascido em espírito.
Muitos nascimentos espirituais são acompanhados de muita angústia de espírito e marcados por perturbações psicológicas, do mesmo modo que muitos nascimentos físicos são caracterizados por um difícil trabalho de parto.
Outros nascimentos espirituais são decorrentes do crescimento natural no amor, do reconhecimento dos valores supremos, com enaltecimento da experiência espiritual, ainda que nenhum desenvolvimento espiritual ocorra sem um esforço consciente e positivo de determinação individual.
O poder da ação do crescimento espiritual não é uma experiência passiva ou atitude negativa.
Aquilo que denominamos “nascimento da espiritualidade” não está associado diretamente às experiências de conversão, que geralmente caracterizam episódios religiosos, que muitas vezes ocorrem tardiamente na vida.
No entanto, nós que crescemos na consciência de sermos filhas e filhos de um Pai-Mãe Celeste amoroso, não deveremos olhar de soslaio para os nossos semelhantes que só puderam atingir essa proximidade de amizade com o Ser Maior, Criador, Deus por intermédio de uma crise psicológica, de um abalo emocional ou infortúnio trágico.
O solo evolucionário, na nossa mente onde a semente da espiritualidade germina, é a natureza ideal, que muito cedo dá origem a uma consciência fraternal.
E quando o poder da ação do crescimento espiritual desperta em nós, ele é nutrido, ocorrendo então nosso desenvolvimento gradual da vida espiritual, sendo relativamente livre de conflitos, de abalos ou de crises.
Todo nós seres humanos espirituais experimentamos, muito cedo, algo conflitante entre a busca pessoal e nossos impulsos altruístas e, muitas vezes, a primeira experiência de consciência do Ser Maior, Criador, Deus pode ser alcançada em resultado da procura de ajuda supra-humana na tarefa de resolver conflitos existenciais.
Na ausência de ensinamentos errôneos, nossa mente move-se positivamente, quando surge a consciência espiritual, a qual nos leva na direção da retidão e do servir humanista.
Por exemplo: Quando escolhemos não sermos egoístas, ao nos depararmos com o impulso de ser egoísta.
Nenhum animal poderá fazer essa escolha; tal decisão não é só nossa como seres humanos, como também é manifestação do poder da ação do crescimento espiritual.
Ela abrange o fato de termos consciência da existência do Ser Maior, Criador, Deus, demonstrando nosso impulso para a fraternidade base de nossa irmandade.
Quando nossa mente escolhe a opção certa por um ato de livre vontade, essa decisão constitui uma experiência espiritual.
E é essa situação factual que dá surgimento à nossa luta de opção entre a natureza “mais elevada” e a “mais baixa”, ou seja, entre a nossa “velha ignorância” e a “nova natureza” da graça.
Muito cedo na vida, talvez ainda como crianças começamos a aprender o sentido altruísta que “dar é mais abençoado do que receber”!
Esse reconhecimento é correto, pois todos os sentimentos altruístas têm a sua origem nos ensinamentos do Ser Maior Criador Deus.
Nossa consciência humana correlaciona o poder da ação do crescimento espiritual com a tendência de sermos altruístas, de pensarmos fraternalmente.
No entanto uma consciência mal orientada poderá tornar-se responsável por muitos conflitos, preocupações, tristezas e infelicidades humanas.
A espiritualidade evolui favoravelmente, à medida que o elemento de magia é substituído pelo conceito do ideal.
Em toda a evolução espiritual o elemento ideal nunca esteve totalmente ausente.
O impulso do Ser Maior Criador Deus nos nossos corações como Seres Divinos foi sempre e continua sendo o poder da ação do crescimento espiritual.
E essas influências poderosas — uma a nossa, humana, e outra, a Divina — asseguraram a sobrevivência da espiritualidade.
A diferença característica entre uma ocasião social e uma reunião espiritual é que, a espiritual será permeada pela atmosfera de fraternidade.
Essa atmosfera de irmandade proporciona um período de trégua restaurador e confortador à nossa personalidade individualista, a qu al está no conflito da busca de si mesma, encontrando nessa cessação temporária o impulso altruísta da Alma.
E isso é um prelúdio ao verdadeiro culto à Divindade — a prática da presença do Ser Maior Criador Deus que acontece no surgimento do nosso sentimento fraternal.
Nossos ideais mais elevados são fieis ao nosso propósito de aprofundar nossa intimidade com o Ser Maior Criador Deus.
Mestre Jesus aboliu todas as cerimônias de sacrifícios e expiação. Destruiu a base de toda a culpa fictícia e do sentimento do nosso isolamento no Universo, declarando que somos filhas e filhos do Ser Maior Criador Deus.
O relaciona mento é de união Pai-Mãe-filho-filha, motivado pelo Amor Divino e estimulado pelo poder da ação do crescimento espiritual.
Fonte-www.stum.
por Marcos Porto
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