“Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei comigo que sou brando e humilde de coração e achareis repouso para vossas almas, pois é suave o meu jugo e leve o meu fardo”. (Mateus, cap. XI VV. 28 a 30)
“A maior de todas as ignorâncias é rejeitar uma coisa sobre a qual você nada sabe”. (H. Jackson Brownk)
“A prática da caridade no sentido do amor fraterno, será a característica principal deste culto, que tem base no Evangelho de Jesus e como Mestre Supremo Cristo”. (palavras do Caboclo das Sete Encruzilhadas, quando anunciou a Umbanda).
Em seu universalismo, também, a Umbanda é uma escola divulgadora dos ensinamentos de Jesus. Temos a nossa maneira de ver, crer e difundir os ensinamentos evangélicos. Alguns segmentos religiosos ou filosóficos cristãos que se incomodam de interiorizarmos os ensinamentos de Jesus, ou mesmo os que afirmam categoricamente que não podemos, faremos das palavras de Mahatma Gandhi as nossas:
- Certa vez um missionário encontrou-se com Mahatma Gandhi na Índia, e perguntou: “Senhor Gandhi, sempre cita as palavras do Cristo, por que resiste tão duramente e rejeita tornar-se cristão”? Ao que respondeu Gandhi: "Ó! Eu não rejeito seu Cristo. Eu amo seu Cristo. Apenas creio que muitos de vocês cristãos são bem diferentes do vosso Cristo.
- “Amo o cristianismo, mas lamento os cristãos que não vivem segundo os ensinamentos de Cristo”.
- “Aceito o seu Cristo e os Evangelhos, mas não aceito o teu cristianismo”.
- “Não conheço ninguém que tenha feito mais para a humanidade do que Jesus. De fato, não há nada de errado no cristianismo. O problema são vocês, cristãos. Vocês nem começaram a viver segundo os seus próprios ensinamentos”.
- “Cristo é a maior fonte de força espiritual que o homem tenha conhecido. Ele é o exemplo mais nobre de um desejo de tudo dar sem nada pedir em troca. Cristo não pertence somente ao cristianismo, mas ao mundo inteiro”
- “Eu gosto de Cristo. Eu não gosto de vocês cristãos. Vocês cristãos são tão diferentes de Cristo”.
- “Não sou cristão por causa dos cristãos”
A Umbanda ama e honra a Jesus Cristo com veneração, sendo Ele o pilar central de toda a doutrina e religiosidade umbandista. A Umbanda filia-se à tradição do Mestre Jesus e da melhor maneira possível procura lhe dar continuidade.
Mas, porque a Umbanda tem Jesus como Mestre Supremo, e segue incondicionalmente Seus ensinamentos? Para entendermos, vamos disponibilizar um belo trecho do livro: “O Sétimo Selo – O Silêncio dos Céus” – magistralmente colocado pelo Espírito do Irmão Virgílio, psicografado pelo médium Antonio Demarchi:
“... Informaram-nos nossos superiores que existem comunidades de Espíritos puros e perfeitos que habitam esferas mais elevadas, onde apenas a luz existe. É algo que estamos distante de imaginar, pois não dispomos de termos comparativos para nos expressar.
Nem mesmo em pensamentos podemos imaginar sua grandiosidade e beleza, porque, nestas paragens, existe apenas energia em forma de luz que brilha incessantemente, emanada do próprio Criador, em seu amor infinito. Os Espíritos que habitam essas esferas, encontrando-se em comunhão integral com o Criador, captam, dessa forma, o pensamento do Verbo Divino, manipulam as energias cósmicas, condensam essas energias, dão formas a galáxias, nebulosas, estrelas e planetas, na condição de comparticipes na grande obra da criação. Não podemos localizar essas esferas nem esses Espíritos no tempo ou espaço, porque vibram na dimensão Divina.
Jesus Cristo é um dos Membros desta comunidade, e coube a Ele a sintonia da vontade do Pai no ato de amor para criar nosso planeta. Jesus foi o sublime arquiteto que, manipulando energias cósmicas, condensou e deu forma ao nosso planeta. Acompanhou todas as etapas evolutivas desde as convulsões telúricas, o resfriamento, o surgimento das primeiras formas de vida e, com amor incontido, acompanhou todas as etapas que, sob sua tutela, se desenvolviam, até o surgimento das primeiras manifestações humanas na Terra.
Nos milênios incontáveis, Jesus nos viu surgir como criaturas humanas, desde os antropóides, o homo erectus, o homo sapiens, acompanhando-nos passo a passo até os dias atuais. Por isso, o Mestre nos amou tanto e fez questão de vir pessoalmente nos trazer a grande mensagem da Boa-Nova, doando-se para nos resgatar das teias da ignorância...”
“... O Divino Amigo não mediu esforços nem sacrifícios. Poderia ter enviado outro mensageiro para nos trazer a grande revelação do Deus que é amor e misericórdia infinita, cujos ensinamentos se resumiam na lei do amor, amando a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Mas não, a mensagem era de suma importância, de forma que veio pessoalmente para viver a grande mensagem de amor entre os homens, que não o compreenderam. Escolhemos Barrabás, naquela época, e Jesus foi para a cruz, e sua morte em holocausto foi o exemplo final de sua grande missão.
A grande tristeza do Mestre é que, transcorridos mais de dois mil anos, continuamos escolhendo a Barrabás em detrimento de Jesus, o que não mais se justifica, pois, naquela época, o seu humano podia alegar ignorância, mas, hoje, temos a obrigação de conhecer o Evangelho e seguir seus passos. Mas o ser humano ainda vive para as emoções do momento, envolve-se com as glórias passageiras, entrega-se aos devaneios e distrações perniciosas que o levam a despenhadeiros tenebrosos, porque ainda encontra-se distanciado do amoroso Mestre que tudo fez por nós, e o que é mais grave: não se dá conta do que ocorre à sua volta, no campo da espiritualidade “...
Só por esse trecho, cremos que já da pra se ter uma breve noção da importância de Jesus e de Seus ensinamentos para a Umbanda.
Somente não seguimos a tradição e o entendimento cristão preconizado pelas várias escolas cristãs existentes no mundo. A Umbanda tem seu próprio estudo, entendimento e versão do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, somente aceitando a teoria de outras escolas, se estiverem calcadas na razão e no bom senso. O que nos difere de outras escolas cristãs existentes no mundo, é o universalismo existente na Umbanda. Nós umbandistas ainda estamos tateando os ensinamentos sagrados existentes nos Evangelhos, mas, orientados de perto pela Cúpula Astral de Umbanda, povoada de Espíritos crísticos.
Primeiramente devemos entender e aplicar os ensinamentos constantes do Evangelho de Jesus, para depois podermos compreender com exatidão, o que também nos foi ensinado por outros Mestres do Amor que estiveram presentes na Terra, pela graça Divina.
Por isso, dizemos que a Umbanda é crística, mas seus seguidores ainda estão engatinhando nos ensinamentos do Cristo Jesus, portanto, aprendendo primeiramente a serem evangelizados, para depois, com sabedoria, transformarem-se em crísticos. Vamos entender o que é ser crístico:
O HOMEM CRÍSTICO
- O homem crístico é como o sol, suavemente poderoso, poderosamente suave.
- É poderoso – mas não exibe poder.
- É puro – mas não vocifera contra os impuros.
- Adora o que é sagrado – mas sem fanatismo.
- É amigo de servir – mas sem servilismo.
- Ama – sem importunar a ninguém.
- Vive alegre – com grande compostura.
- Sofre – sem amargura.
- Goza – sem profanidade.
- Ama a solidão – sem detestar a sociedade.
- É disciplinado – sem fazer disto um culto.
- Jejua – mas não desfigura o rosto para mostrar a vacuidade do estômago.
- Pratica abstinência de muitas coisas – sem fazer disto uma lei ou uma mania.
- É um herói – mas ignora qualquer complexo de heroísmo.
- É virtuoso – mas não é vítima da obsessão de virtuosidade.
- Trabalha intensamente, com alegria e entusiasmo – mas renuncia serenamente, cada momento, aos frutos do seu trabalho.
Assim é o homem que se tornou A “LUZ DO MUNDO”
(Huberto Rohden)
SEDE CRÍSTICOS
Pergunta: - Qual é a diferença que existe entre o conceito de “amor crístico” e “amor cristão”? Ambos não definem a mesma coisa?
Ramatís: “Crístico” é um termo sideral, sinônimo de Amor Universal, sem quaisquer peias religiosas, doutrinárias, sociais, convencionais ou racistas! É o Amor Divino e ilimitado de Deus, que transborda incessantemente através dos homens independente de quaisquer interesses e convicções pessoais! “Cristão”, no entanto, é vocábulo consagrado na superfície do orbe e que define particularmente o homem seguidor de Jesus de Nazaré, isto é, adepto exclusivo do Cristianismo!
Os cristãos são homens que seguem os preceitos e os ensinamentos de Jesus de Nazaré; mas os “crísticos” são as almas universalistas e já integradas no metabolismo do Amor Divino, que é absolutamente isento de preconceitos e convenções religiosas. Para os crísticos não existem barreiras religiosas, limites racistas ou separatividades doutrinárias, porém, flui-lhes um Amor constante e incondicional sob qualquer condição humana e diante de qualquer criatura sadia ou delinqüente!
Em sua alma vibra tão-somente o desejo ardente de “servir” sem qualquer julgamento ou gratidão alheia! O crístico é um homem cujo dom excepcional de empatia o faz sentir em si mesmo a ventura e o ideal do próximo!
O homem cristão, no entanto, pode ser católico, protestante, espírita, rosacruciano, teosofista, umbandista ou esoterista, mas só o crístico é capaz de diluir-se na efusão ilimitada do Amor, sem preferência religiosa ou particularização doutrinária! Para ele, as igrejas, os templos, as sinagogas, as mesquitas, as lojas, os “tatwas”, os centros espíritas, os terreiros de Umbanda ou círculos iniciáticos são apenas símbolos de um esforço louvável gerados por simpatias, gostos e entendimentos pessoais na direção do mesmo objetivo – Deus!
O prefixo ou vibração “Cris” subentende incondicionalmente, na tradicional terminologia sideral, a existência do “amor ilimitado”, que Jesus de Nazaré, o médium sublime do Cristo Planetário da Terra, o revelou nas fórmulas iniciáticas do Evangelho da humanidade terrícola! Cada orbe ou planeta possui o seu Cristo planetário, que é a fonte do Amor Ilimitado, a vitalidade, o sustento das almas encarnadas ou desencarnadas num determinado ciclo de evolução e angelitude!
Enquanto Jesus era um crístico, os homens que o seguem se dizem “cristãos”! Então, eles se distinguem dos “não religiosos”, assim como fazem restrições às demais organizações religiosas, eliminando o sentido universalista do próprio ensino do Mestre Nazareno! Daí, as tendências separativistas entre os próprios cristãos, que se distinguem como católicos, protestantes, espíritas, umbandistas, budistas, taoístas, judeus, hinduístas e islamitas.
No entanto, para os “crísticos”, Maomé, Buda, Krishna, Confúcio, Zoroastro, Fo-Ri, Hermes, Orfeu, Kardec e o próprio Jesus, são apenas fontes estimulantes do Amor incondicional latente em todos os prolongamentos vivos do “Cristo-Espírito”!
Assim, como o cristão só admite o cristianismo ou o Evangelho de Jesus, o crístico vibra sob o Amor latente em todos os códigos espirituais divulgados pelos demais instrutores de Cristo, seja o “Bhagavad-Gita” dos hindus, o “Ching Chang Ching” ou “Clássico da Pureza” dos chineses, o “Thorah” dos judeus, o “Livro dos Mortos” dos egípcios, a teologia de Orfeu dos gregos, a Yasna de Zoroastro ou o “Al-Koran” dos adeptos de Maomé.
O homem crístico não se vincula com exclusividade a qualquer religião ou doutrina espiritualista; ele vibra com todos os homens nos seus movimentos de ascese espiritual, pois é o adepto incondicional de uma só doutrina ou religião – o Amor Universal! Ele vive descondicionado em qualquer latitude geográfica, sem algemar-se aos preceitos religiosos particularistas, na mais pura efusão amorosa a todos os seres! É avesso aos rótulos religiosos do mundo, alérgico às determinações separativistas e para ele só existe uma religião latente na alma o Amor!
(Trecho extraído do livro: “A Vida Humana e o Espírito Imortal”, pelo Espírito de Ramatis, psicografado pelo médium Hercílio Maes)
Atentem para um pequeno trecho de um texto inteligentemente formulado, onde nos esclarece que a essência do cristianismo está implicitamente inclusa na cristificação:
CRISTIANISMO CRÍSTICO E CRISTIANISMO ECLESIAL – FUSÕES E CONFUSÕES
Inapropriadamente, ainda reina nos discursos teológicos, filosóficos e acadêmicos de todo o mundo, a pacífica confusão entre cristianismo e catolicismo, cristianização e catolicização.[ E Evangelio com protesto. Ser " Evangélico é ser protestante (!!!?).
( Nota de MÉDIUM. )]
É que, historicamente, o cristianismo, enquanto imposto como sistema religioso obrigatório aos povos mais subdesenvolvidos ou dominados de todo o mundo, trouxe no seu arcabouço a doutrina católica, já que foram os católicos que inicialmente se esmeraram em expandir seu império religioso mundo afora.
Ademais, foram os próprios católicos os primeiros a sistematizar o cristianismo, ainda na origem da chamada “igreja primitiva”.
A rigor, a chamada “Igreja” (que, a esta altura, mais precisamente deve ser chamada de “Igreja Católica”) tem toda sua estrutura dogmática bem distanciada do cristianismo puro e, do judaísmo.
Outra: que nos referimos aqui a “católicos”, não nos referimos aos seus religiosos seguidores, mas aos políticos eclesiais, ao alto comando da Igreja, que cuidou de expandir a fé católica acima da fé crística mundo afora.
Sempre existiram a Igreja Católica e a religião Católica, que não são exatamente as mesmas coisas. Os religiosos Católicos, que não tinham a consciência política invasiva por trás dos bastidores, exerciam sua fé simplesmente, cuidando-se de sua alma, e é isso o que mais importa para Deus, não a linha religiosa em si que cada um segue.
Hodiernamente, algumas seitas evangélicas é que tomaram para si o título de “cristão” ou “evangélico” para seus adeptos. Tais formações neo-cristãs não são necessariamente dissidências de religiões tradicionais específicas, mas, sim, de todo o universo religioso judaico-cristão clássico, embora mantendo a Bíblia como livro sagrado.
Como sistema religioso, o cristianismo foi fundado por Paulo de Tarso, ainda que só oficializado por Roma no fim do século IV, bem depois da morte do próprio Paulo, e mesmo assim infectado por vários postulados judaicos e pagãos. Difere do cristianismo como estilo de vida baseado na moral evangélica pregada pelo próprio Cristo e que tem como sustentáculo o amor em suas várias manifestações conducentes aos propósitos divinais para cada um de nós aqui na Terra. [ Destaque de MÉDIUM. ]
O termo “evangélico” também tem de ser entendido no contexto, porquanto a própria raiz “evangel” possui três acepções, a saber: evangélico, como tendo a ver com a boa nova pregada pelo Cristo; o evangelismo como pregação dos apóstolos, discípulos e seguidores contemporâneos de Jesus; e evangélico, como integrante de uma das novas religiões e seitas neopentecostais, também chamadas “gospel” (Evangelho, em inglês).
O certo é que, com lastro na própria Bíblia, há a conhecida grande lição de Tiago: “A religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se isento da corrupção do mundo.” (Tiago 1:27).
Os órfãos e as viúvas aí referidos somos todos nós, em alguma aflição ou em outra, em algum grau de dor ou em outro. Por isso Jesus nos deu o título de irmãos. Devemos nos tratar como tais, nos amando e nos cuidando reciprocamente, nos níveis que cada um precisa circunstancialmente. O nazareno disse que seus seguidores seriam reconhecidos por muito se amarem. Consequentemente toda a humanidade deve integrar essa irmandade. Quem não precisa de ajuda? Quem não tem a sua cruz para carregar? A ladeira é íngreme. Sozinho o tempo todo é difícil subir.
[ Destaque de MÉDIUM. ]
Ou os subintes se ajudam um ajudando ou outro a segurar momentaneamente a sua cruz, ou um estimulando no outro a energia da fé e da coragem, para o fortalecimento espiritual. Vale também. Quanto mais cada um puder se robustecer também na fé pauliana, tanto melhor, não exatamente para subir sem precisar de ajuda, mas para melhor subir e também para melhor ajudar quem ainda não tem essa vitamina no sangue espiritual. Tiago e Paulo de Tarso: um complementa o discurso do outro.
Mesmo sendo uma necessidade imperiosa na transição planetária, fazer a caridade não é necessariamente sustentar sozinho a cruz do outro, não. É dar uma força para que o outro sustente sua própria cruz. Lembra-se do que Jesus disse? “Pega a tua cruz e segue-me”.
Mas, como seguir Jesus é praticar as virtudes crísticas, incluídas aí o perdão (a si e aos outros), a paciência, a tolerância e o amor caritativo, logo, o peso da cruz pode até continuar o mesmo, mas nós nos fortalecemos mais em alma e, consequentemente, em corpo.
Assim, o peso da cruz fica menos penoso e mais suportável. Ajudar os outros, sem olhar a quem, ou seja, sem discriminar, é seguir o Cristo, conscientemente, ou não.É se estar, em conclusão, se fortalecendo em alma e em corpo.
A cruz fica relativamente mais leve. Quando se ajuda o outro, dando-lhe, por exemplo, umas frutas, umas palavras de ânimo, um perdão ou fazendo-lhe um cafuné, para que o outro se fortaleça a fim de melhor suportar a sua cruz, também o doador se fortalece para carregar melhor a sua. Isso é um clássico de qualquer época da humanidade, não é mesmo? [ Destaque de MÉDIUM.]
Se sua religião, seita, filosofia, ciência, doutrina, sociedade iniciática, clube de serviços, ONG, OSCIP, liga, associação, fundação, instituto, ou qualquer organização disseminadora de pensamentos ou de fé a que você pertence, exemplifica e incentiva a todos os seus membros e não membros a vivenciar o código de ética do nazareno, ótimo! Você está bem assessorado. Mantenha o ritmo.
Se ela demonstra e prega isso direta ou indiretamente, para dentro e para fora do templo ou da sede, e dentro e fora de seus ritos e dogmas ou estatutos e princípios, então sua organização é um bom meio facilitador.
Se não, pratique por sua própria conta a suprarreligião crística. Adiante o seu lado, ou seja, o seu próximo, e permita-se ser adiantado pelo seu próximo, mesmo que ele esteja distante de seus pensares, falares e agires, mesmo que ele seja de uma igreja rival ou de nenhuma igreja. [ Destaque de MÉDIUM.]
O verdadeiro cristianismo é antes de tudo um sentimento profundo de querer o bem para o outro ou de querer o bem para si mesmo com o bem que o outro lhe quer. Querer o bem já é um começo de fazer o bem a outrem e a si mesmo.
O cristianismo visto e buscado a partir dessa finalidade maior, funciona como se fosse uma irmandade geral, onde todos os seres humanos são membros.
O importante não é a estrutura formal que seguimos. [ " Não olhe para os ' grandes mestres',mas para onde eles estão olhando." ( Nota de MÉDIUM. )] O importante é seguirmos o Cristo, ou seja, cumprir suas recomendações diretas, através, ou não, de uma formação sócio-eclesial. Isso inclui afastar-se da corrupção do mundo, mas não dos mundanos e dos corrompidos.
Ao contrário, é ir até onde eles estão para levar-lhes a palavra e o pão da vida e mostrar-lhes opções de crescimento para Deus, da mesma forma com que esperamos que nos sejam mostrados esses mesmos alentos. Mas sem pressão, sem assédio religioso.
Muitos precisam de ajuda e nem sabem disso, porque vivem a gargalhar perante as estimulações extasiantes e drogatizantes do mundo hedônico, enquanto fecham o coração para a dor alheia, por nem percebê-la. Tornam-se egoístas inconscientes, consequentemente presas fáceis de manipuladores ideológicos destrutivos do aquém e do além.
A caridade aqui necessária não é levar a tristeza onde houver alegria, mas é levar a lembrança de que, ao lado e abaixo do nosso infindável mundo de faz de conta anestesiante e gargalhadizante existem várias sarjetas de sofredores clamando socorro de toda ordem.
Entre elas há a própria sarjeta da inconsciência ou alienação quanto às necessidades de ajuda de si mesmo. Quem vive nesta sarjeta precisa também socorrer, não a si próprio como pessoa, mas certamente a si próprio como alma.
A anestesia do egoísmo impede de se ver a necessidade da própria alma de respirar.
Seguir a Jesus nos tempos hodiernos é simplesmente despertar, desenvolver e socializar nossa espiritualidade, nossas virtudes e nossos sentimentos mais nobres, não importando onde e como foram adquiridos.
E tudo de bom e de nobre que se desenvolve de dentro de si para fora, se estende a partir do próprio coração, fazendo um bem danado a este e a todo o soma. Se não atingirmos o outro com nossos gestos afetivos, com certeza atingiremos a nós mesmos, que também somos necessitados. [ Destaque de MÉDIUM.]
“Ame, e faça o que você quiser” (Em Latim: “ama et fac quod vis”). (Santo Agostinho (354-543))
O importante é que, em todos os momentos, lugares e ações de sua vida, cada um empunhe o estandarte do amor.
Mais essencial do que qualquer bandeira, brasão, insígnia ou cruz que se ostente, é uma ética que envolva a melhoria de si mesmo e do próximo, em todos os sentidos, inclusive no terreno da saúde mental e física.
E essa ética pode ser apenas a sua mesma, montada pela sua própria visão de mundo, silenciosa, honesta, sincera e fundada no solidarismo (“doutrina social e moral que se fundamenta na solidariedade entre os membros de uma sociedade.” (Dic Houaiss)).
O homem de bem não é o necessariamente o virtuoso, o que segue uma formação social qualquer, mesmo que esta seja socialmente respeitável. É o que segue uma ética que se assemelha essencialmente com a ética crística, no anonimato. [ Destaque de MÉDIUM. ]
“Ninguém pode servir a Deus, se não estiver servindo ao seu irmão”. (Mateus, 16:21)
Muitos grupos religiosos e afins até servem como meio de auto-ajuda espiritual. Porém, dentro do sistema cartesiano, buscam crescer muito mais na reta da fé abscissa (do ser para Deus), do que na reta da caridade ordenada (do ser para seu próximo).
Nos pontos cartesianos formados (eixos dos xis), geralmente o elemento da ordenada é sempre zero ou quase zero. Não atentam que o crescimento vertical é diretamente proporcional ao crescimento horizontal. Para que haja uma diagonalidade cartesiana evolutiva, os elementos de cada ponto hão de ser sempre diferentes de zero. [ Destaque de MÉDIUM. ]
Esse crescimento no plano, sim, será pleno. Como diz Tiago, 2:17: “a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma”...
(Texto de: Josenilton Kaj Madragoa)
O QUE É UNIVERSALISMO CRÍSTICO
... Ao tratar do termo crístico, Hermes – em latim: Hermes Trismegistus; “Hermes, o três vezes grande”, nome dado pelos neoplatônicos, místicos e alquimistas ao deus egípcio Thoth (ou Tehuti), identificado com o deus grego Hermes – esclarece no livro “A Nova Era“, de Roger BottiniParanhos, que o termo “cristão” refere-se ao maior projeto de esclarecimento espiritual de nossa humanidade: a mensagem de Jesus de Nazaré, sob a orientação do Cristo Planetário, entidade arcangélica que rege a evolução dos habitantes da Terra.
O termo “crístico” é mais abrangente, pois refere-se ao trabalho realizado pelo Cristo Planetário com todos os seus fiéis medianeiros na Terra, como, por exemplo, Antúlio, Buda, Krishna, Zoroastro, Akhenaton, Moisés, Maomé e o incomparável Jesus.
Depois desse esclarecimento, ficará fácil perceber que o termo “cristão” diz respeito somente aos seguidores da doutrina de Jesus de Nazaré, sob a orientação do Cristo, já o termo "crístico" significa o trabalho do coordenador da evolução planetária da Terra em meio a todas as culturas do globo, tanto entre os povos ocidentais como os orientais, demonstrando que a mensagem de amor, paz e evolução foi alardeada pelos quatro cantos do orbe durante toda a história de nossa humanidade...
(Texto extraído do site: http://ucrj.com.br/universalismo-cristico/o-que-e-universalismo-cristico/)
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Após as elucidações acima descritas, podemos com certeza afrimar que a Umbanda em si, bem como os Espíritos militantes em suas fileiras, são crísticos.
Observem que muitos Guias Espirituais militantes na Umbanda (Caboclos e Pretos-Velhos), num verdadeiro espírito crístico, atuam em outras denominações espiritualistas e/ou religiosas sem imporem a doutrina umbandista, mas tão somente pregando o amor, incitando a cristificação de todos e atendendo fraternalmente quem os procura.
Os Espíritos da Umbanda, universalistas, trabalham proficuamente nos Terreiros, mas, também, atuam em outros lugares, num verdadeiro espírito crístico.
O que quer dizer Cristo? Era o sobrenome de Jesus? Cristo é o termo usado em português para traduzir a palavra grega Χριστός (Khristós) que significa “Consagrado – Purificado”. O termo grego, por sua vez, é uma tradução do termo hebraico מָשִׁיחַ (Māšîaḥ), translierado* para o português como Messias.
* Transliterar não é traduzir, e sim transcrever a escrita de um alfabeto em outro. [ Nota de MÉDIUM ]
Tudo isso significa o purificado o consagrado; o iluminado; o Redentor ou “aquele que torna o homem livre através da verdade”, mas, livre de quê?
Livre do misticismo; livre do fetichismo; livre do preconceito; livre dos cultos exteriores extravagantes e escravizantes; livre da escravidão mental; livre do temor aos “deuses”; livre para pensar por si próprio, para resolver os seus problemas existenciais.
Portanto, se Cristo quer dizer “Consagrado – Purificado”, temos agora a certeza que vários Espíritos iluminados que estiveram presentes encarnados no planeta, todos, trouxeram uma parcela da verdade, culminando no grande Luminar, Jesus de Nazaré. Vejam então, que ser crístico é seguir os ensinamentos desses Avatares que só nos ensinaram a libertação através do perdão e do amor.
A partir daqui, defenderemos a importância do aprendizado do Evangelho Redentor. Por isso insistimos que os umbandistas primeiramente devem se tornar tenazes aprendizes dos ensinamentos de Jesus, para depois, poderem entender os ensinamentos universalistas, principalmente os que nos são passados pela Mãe Natureza.
Somente absorvendo o Evangelho como regra de vida, poderemos então, com mansidão, amor, paz, perdão e caridade, entendermos tudo o que está em nós e a nossa volta.
Mas, queremos deixar claro: A Umbanda é crística, como já explanado acima, e não mais uma religião cristã existente no mundo; a Umbanda é toda permeada nos ensinamentos de Jesus Cristo, aplicando-o em toda a sua doutrina religiosa universalista.
A nossa casa, o Templo da Estrela Azul, particularmente, é uma escola de ensinamentos preconizados por Nosso Senhor Jesus Cristo, pois lemos, estudamos, seguimos e procuramos vivenciar fielmente o que é orientado pelos quatro Evangelhos, integrando-o na pluralidade das vivências umbandistas; em nossa casa, ser cristificado, é também seguir os exemplos e os ensinamentos deixados por vários Emissários da Luz, que estiveram presentes em nosso meio, encimado pelo Mestre Jesus.
A Umbanda não defende Jesus, que, aliás, não necessita de defesa, mas sim, defende a mensagem crística em todos os tempos.
Ramatis, em seu livro: “Magia de Redenção”, nos diz:
“Ademais, o homem cristão, aquele que segue os ensinamentos deixados por Jesus de Nazaré na face do Ocidente terráqueo, é avesso às prescrições morais de Buda, Confúcio, Krishna, Hermes e outros líderes siderais.
Isso então produz uma linha separativista no corpo do Cristo, o qual é incondicionalmente Amor e Efusão Espiritual sem limites de crença ou de preferências religiosas. Enquanto o cristão segue uma ética que o isola dos demais homens afeitos a outras éticas espiritualistas, a criatura cristificada é universalista e jamais discute, critica ou opõe restrições a quaisquer empreendimentos, esforços, preferências doutrinárias religiosas e espiritualistas do irmão!”
A palavra cristão é usada três vezes no Novo Testamento (Atos 11:26; Atos 26:28; 1 Pedro 4:16). Os seguidores de Jesus Cristo foram chamados “cristãos” pela primeira vez em Antioquia (Atos 11:26) porque seu comportamento, atividade e fala eram como a de Cristo.
Muitos são aqueles que querem seguir os ensinamentos de Jesus de qualquer maneira. Muitos são os que buscam a Deus e a Jesus do jeito que querem e da maneira que lhes convém, mas saibam que segundo os ensinamentos evangélicos, as coisas não podem acontecer dessa forma.
Para compreendermos a nossa vivencia humana e espiritual, primeiramente há de ser como Jesus nos orienta; isto é; obedecendo e seguindo a todos os Seus ensinamentos que estão nos Evangelhos. Por isso Jesus nos adverte: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém chega ao Pai, senão através de mim” (João 14, 6). Essa é a única maneira de podermos entender e vivenciar tudo o que está em nossa volta.
Só não podemos ficar sujeitos aos achismos, às interpretações e dogmas impostos por qualquer filosofia ou pessoa, mas sim, devemos pensar por nós mesmos, não aceitando nada sem uma análise feita utilizando a razão, a lógica e o bom senso, e que podemos questionar tudo, mas tudo mesmo, porque infalível, só Deus.
Vamos discorrer sucintamente sobre a cristandade da Umbanda, mas antes, vamos entender que a Umbanda cresceu desordenadamente, sem estrutura, e por esse fato, acabou por cada dirigente e seus seguidores a aceitaram os postulados particulares ensinados a pecha de “tradição” (costume transmitido de geração a geração), surgindo daí, a grande diversidade denominada de: “ramificações e/ou sub-grupos da Umbanda” – cada grupamento seguindo o que lhes foi ensinado como prática de Umbanda.
Uma coisa é certa: Com o tempo, somente sobreviverá a ramificação que estiver alicerçada na razão e no bem senso em união com as emanações da Espiritualidade Superior. O tempo é o melhor Juiz.
Se nos reportarmos aos primórdios do cristianismo primitivo, existiam inúmeras igrejas, cada uma com seu dirigente, e cada uma realizando seus cultos, doutrinas, liturgias diferentes, mas todas tendo um só princípio: amor e caridade.
Somente no Concílio de Nicéia em 325 foram fixadas linhas diretrizes, criando uma só igreja estruturada e um só dirigente, que na época era chamado de bispo.
Reparam que o mesmo acontece com a Umbanda hoje: inúmeros Terreiros, cada um realizando um culto diferente, com roupagens, doutrinas, liturgias e rituais diferenciados, uns dos outros.
Essa opinião reflete exatamente o nosso pensamento: “Existe apenas uma Umbanda. Esta é uma religião de inclusão que se constrói e se renova a cada dia e não há desrespeito a seus fundamentos desde que não se afaste da prática do amor e da caridade e do lema de que se dá de graça aquilo que de graça se recebeu” (Tenda Espírita São Jorge/RJ).
Os dirigentes só deveriam se posicionar, e esclarecer o “tipo de ramificação” seguida pelo seu Templo.
Reiterando: o Caboclo das Sete Encruzilhadas nos deixou a mensagem: “A Umbanda é a manifestação do Espírito para a prática da caridade”, e do Caboclo Mirim: “Umbanda tem fundamento e é coisa séria para quem é sério ou quer se tornar sério”.
(Trecho extraído do livro:
“Umbanda – A Manifestação do Espírito para a Caridade”
– autoria de Pai Juruá)