2012-06-30

Somos atores do "teatro da vida"






O ser humano é filho de Deus, e, no que concerne à Imagem Verdadeira, não adoece, não comete pecados nem é fadado a morrer.


Mas as pessoas deste mundo são sujeitas à morte, adoecem, praticam maus atos e, como conseqüência, sofrem e se angustiam. Tudo isso é falso aspecto, não passa de sombra.


A vida fenomênica é como um teatro. No palco, desenrolam-se várias cenas: espadachins lutando, vigaristas, uma jovem doente, um ancião moribundo etc. Os atores desempenham bem os respectivos papéis. Quando a peça termina e as cortinas se fecham, os atores felicitam uns aos outros trocando palavras como: “Ufa! Que bom que hoje também deu tudo certo. Agora podemos ir para casa, tomar um banho reconfortante e dormir. Boa noite a todos”. E todos se retiram andando normalmente. No palco já não se encontram nem doentes, nem mortos, nem pecadores.


Esta vida é um grande “teatro”, cujos atores são todos maravilhosos filhos de Deus. Doentes, vigaristas etc., que surgem no “palco da vida”, não passam de papéis que os filhos de Deus interpretam.


No “palco da vida”, atuamos conforme o enredo criado por nós próprios. No teatro real, todos os atores escalados para uma peça recebem o script e atuam conforme o enredo escrito pelo autor. Mas, no “teatro da vida”, cada pessoa cria na mente, a seu critério, o papel que vai interpretar. Em outras palavras, cada qual determina o seu papel e a sua fala. Alguns pensam: “Sou doentio, tenho constituição fraca”, e assim, passam a interpretar esse papel nesta vida. É algo bastante simples. Outros pensam: “Sou um indivíduo mau, imprestável. Tenho de roubar para sobreviver”, e passam a viver conforme esse pensamento. Em resumo, as pessoas passam a vida interpretando o papel que elas próprias atribuíram para si.


Na verdade, todos somos filhos de Deus, livres da doença e da morte, e, por sermos dotados de capacidade infinita, temos grande habilidade. Somos todos “excelentes atores” e interpretamos com perfeição os nossos papéis no “teatro da vida”.


Identificamo-nos perfeitamente com nossos respectivos personagens e nem imaginamos estar representando. Cada um age de acordo com sua mente, e os outros não pensam que ele está interpretando um papel. Aliás, nem a própria pessoa percebe que está representando no “palco da vida”. Assim, leva uma vida cheia de aflições, adoece, sofre, se definha e, por fim, morre.


Mas, embora pareça ter morrido, na verdade não morreu. O “teatro da vida” não terminou, mas a pessoa, após representar a cena da “morte”, se retira do palco, sabendo que permanece vivo. Posteriormente, surge em um novo “palco da vida” condizente com sua preferência, representando outro papel. Em suma, o ser humano, sendo filho de Deus, é perfeito e imortal.



Masaharu Taniguchi