2013-09-20








"Ouça um trecho
Do poema
Não te afastes
Chega bem perto
Cria. Não sejas infiel
Encontra o antídoto no veneno
Vem. Retorna à raiz da raiz de ti mesmo.

Moldado em barro, misturado porém à substância da certeza
Tu, Guardião do tesouro da Luz Sagrada
Vem. Retorna à raiz da raiz de ti mesmo.

Ao vislumbrares a dissolução
Serás arrancado de ti mesmo
E libertado de tantas amarras
Vem. Retorna à raiz da raiz de ti mesmo.

Nasceste dos filhos, dos filhos de D'us
Mas fixaste muito abaixo a tua mira
Como pode ser feliz assim?
Vem. Retorna à raiz da raiz de ti mesmo.

És o talismã que protege o tesouro
E também a mina onde se encontra
Abre teus olhos. Vê o que está oculto
Vem. Retorna à raiz da raiz de ti mesmo.

Nasceste de um raio da majestade de D'us
E carregas a Bênção de uma estrela generosa
Por que sofrer nas mãos do que não existe?
Vem. Retorna à raiz da raiz de ti mesmo.

Aqui chegaste embriagado e dócil
Da Presença daquele doce amigo
Que com o olhar cheio de Fogo, roubou nossos Corações
Vem. Retorna à raiz da raiz de ti mesmo.

Nosso Mestre e anfitrião
Colocou a taça Eterna diante de ti
Glória D'eus, que vinho tão raro!
Vem. Retorna à raiz da raiz de teu Ser."

Mevlana Rumi