2012-01-16
ISSO, E MUITO MAIS...
Desapegar-se, aprendizado difícil, sofrido; muito doído. Desde as coisas materiais e padrões de comportamentos que são símbolos e afirmações do nosso ego, de nosso perfil no mundo, até dos seres e pessoas que partilharam experiências conosco.
Desde os pais que se vão, os filho que alçam vôos para outros horizontes, até dos amigos que fazem novos amigos e muitas vezes nesse novo agregar não nos é dado participar.
Das pessoas que amamos de uma forma que nem nós mesmos compreendemos, e muitas vezes não podemos sequer lhes revelar nosso amor.
Da nossa zona de conforto invadida por tsunamis que varrem tudo e nos deixam no meio do " nada ". Mas, difícil mesmo é aceitar que nosso tempo no mundo é limitado e conformarmos-nos com as partidas.
É preciso aprendermos que é como o sol que todas as tardes some no horizonte, ele não deixou de existir, está lá do outro lado do mundo, embora não o possamos ver, até o dia amanhecer com o seu regressar no lado oposto do horizonte, e, haveremos de nos encontrar novamente.
Transpomos barreiras, percorremos caminhos solitários, tropeçamos, levantamos, e a despeito das armadilhas do medo, da solidão, da tristeza e sentimentos que podem nos fazer duvidar do que buscamos e do quê e quem somos, bem ou mal, prosseguimos sempre.
Desapegar-se é esvaziar-se, o que para um umbandista é muito significativo, pois ele sabe que é um exercício consciênte e voluntário em parceria com os amados Guardiões: desapegar-se aqui e agora, para não ser esvaziado à força após o desencarne.
Como é difícil aprender que é no oposto que está o equilíbrio! Como é difícil e sofrido entender que a maior luta é aquela em que temos de vencer a inércia de um movimento indesejado! Que só apreendemos o sentido daquilo que liberamos!
Então...
- Que eu consiga liberar-me e apreender o sentido de mim mesma!
- Que Exu venha ao meu encontro esvaziar os excessos de minha ilusão!.
VSL