O Espiritismo, com as revelações trazidas pela Espiritualidade superior, a serviço do Governador Espiritual deste planeta, tornou possível compreender que as leis justas e perfeitas de Deus, o Criador do Universo, não permitem que se eternize o mal, que é tão somente uma opção temporária das criaturas dotadas de inteligência, vontade e liberdade, as quais respondem, consequentemente, por sua escolha de um caminho errado.
As divinas leis de justiça e de progresso, entre as demais determinações do Criador, atuam automaticamente em todo o Universo, ensejando conjugar-se o livre-arbítrio e a vontade, tanto dos indivíduos quanto das coletividades, com a responsabilidade decorrente da boa ou má escolha das ações.
Como a vida se desdobra pela eternidade, sempre é tempo para o arrependimento, para o esclarecimento, para as retificações e a retomada do caminho correto da verdade e da vida.
Conjugadas com a lei das reencarnações, aquelas normas de justiça e de evolução corrigem todos os desvios das criaturas, por mais rebeldes que sejam.
Compreendidas em toda a sua extensão, as Revelações superiores e suas consequências retificam muitas crenças e hipóteses cultivadas pela Humanidade durante milênios, tais como a existência de seres perpetuamente devotados ao mal, denominados demônios, diabos, belzebus, bem como o inferno de sofrimentos sem-fim, ou o céu alcançado pelas almas boas logo após a morte do corpo.
Os Espíritos superiores, a serviço do Cristo, ajudaram também os homens no entendimento e na interpretação corretos de diversas passagens contidas no Velho e no Novo Testamento, possibilitando o cultivo de uma fé firme, associada à razão esclarecida pela realidade.
É a verdade que se torna evidente na sua ação transformadora, vencendo as dificuldades de toda ordem, criadas pelos homens, pelas religiões e até pelas ciências.
Surge então uma concepção muito mais elevada de Deus, de sua unicidade, sabedoria, bondade e justiça, e de uma inteligência suprema, como Criador do Universo infinito.
Juvanir Borges de Souza
Revista Reformador
– jan/09