2015-04-05

PÁSCOA






É este o FESTIVAL DO PAI porque, através da energia de Primeiro Raio que emana, confirma a Aliança de Deus com os homens através da figura do Jesus Cristo Ressurrecto, despertando na consciência dos despertos o Plano Divino de Evolução para todo o planeta.

A propósito, é bom lembrar que o ponto culminante da vida de Jesus não foi a crucificação e a morte, mas sim a Ressurreição e a posterior Ascensão. Ou seja: a Vitória sobre o último dos adversários, que é a morte.

Jesus, o Cristo, Ressurrecto. Na Páscoa, nós reconhecemos a sua Vitória, o Reino de Deus que ele pregou e a Hierarquia de Luz que representa. Verdadeiramente ele é o Caminho, a Ressurreição e a Vida e, através dele, nos colocamos em comunicação com o Pai.

Mas para chegar à Ressurreição — e, consequentemente, às Grandes Bodas Alquímicas, o Filho de Deus passa pela mais penosa das vias-crucis. Abaixo, vamos rememorar o que foram a Quinta-Feira e a Sexta-Feira da Paixão:

QUINTA-FEIRA SANTA. Originariamente a palavra paixão significa sofrimento, dor. Aqui, então, começa a etapa do sofrimento do homem Jesus, que só vai terminar na esplêndida vitória crística sobre toda dor humana e a própria morte. E essa dolorosa etapa começa com uma Santa Ceia, a última refeição do Mestre com os discípulos antes dos trágicos acontecimentos.

Na ceia pascal, Jesus primeiramente lava os pés dos apóstolos numa extraordinária demonstração de humildade (já que esse tipo de serviço só era executado por criados e pelas mulheres), e depois consagra o pão e o vinho como o seu corpo e seu sangue, que serão dados em sacrifício. Ele se declara o próprio Cordeiro que vai se imolar; a partir daí, por seu intermédio, haverá uma Nova e Eterna Aliança do Pai com os homens e uma Nova Alegria: "A mulher, quando está para dar à luz,

sente tristeza porque é chegada a sua hora; mas depois de ter dado à luz a criança, já não se lembra mais da aflição, pelo prazer de haver nascido um homem no mundo. Assim também vós agora, na verdade, tendes tristeza; mas outra vez vos verei, e o vosso coração se alegrará e a vossa alegria ninguém no-la tirará" (João, 16, 21-22).

Judas Iscariotes se retira antes do final da Ceia e ruma diretamente para o Sinédrio, onde vai acertar os últimos detalhes para a prisão do Mestre; este, em companhia de Pedro, Tiago e João, vai para o Monte das Oliveiras, onde chora lágrimas de sangue e, comunicando-se com o Pai, entrega os discípulos ao Santo Espírito.

Terminada a Oração, e depois de acordar os discípulos que dormiam, Jesus recebe o beijo de Judas e é preso.

SEXTA-FEIRA SANTA. Nem houve um julgamento; o que se viu foi um simulacro de.
Flashes do suplício que se seguiu: Jesus é barbaramente açoitado, recebe a coroa de espinhos e o escárnio de um manto escarlate ("rei dos judeus"); cospem-lhe no rosto e é obrigado a conduzira cruz até o Gólgota ou Monte das Caveiras, o lugar da crucificação.

É pregado na cruz, para ali morrer lentamente, por asfixia — uma das mortes mais desumanas já concebidas pelo homem. Como de praxe, um soldado romano quer quebrar-lhe os ossos para apressar o falecimento, mas, por algum motivo (na verdade, para que se cumprissem as Escrituras, que previam que nenhum de seus ossos seria quebrado), não consegue.

Prestes a expirar, Jesus volta-se para o futuro João Evangelista e apresenta-o à sua nova mãe: Maria, e quanto a ela faz o mesmo — apresenta-lhe o novo filho. E, embora as escrituras não o registrem, nessa hora o Messias de novo se dirigiu a Maria, elegendo-a mãe de toda esta humanidade.

Ofecem-lhe uma beberagem para sedá-lo, mas ele não aceita. Por fim, toma um pouco de vinagre e expira, mais ou menos à hora sexta (por volta das três horas da tarde da Palestina e às 10 horas da manhã, horário de Brasília), depois de proferir uma exclamação que haveria de confundir para sempre evangelistas, historiadores e biógrafos: Eli Eli Lamma A 'Sabactami! (Pai, Pai, como me glorificaste!)

Na cruz, há o maior resgate kármico ocorrido neste planeta ou em outros: anjos dos quatro pontos cardeais extraem da aura de todos os humanos, estivessem eles encarnados ou desencarnados, a energia do Primeiro Pecado ou Pecado Original; despejam-na sobre o Crucificado, que então processa essa energia em seu próprio corpo e a neutraliza — isso é realmente o Perdão e a Salvação trazidos por Jesus.

Naquelas horas cruciais, o Rabi da Galiléia aliviou o karma de todos os homens. Foi uma retirada brusca de muitas toneladas do karma negativo da humanidade; algo jamais visto antes. Daí, o equilíbrio do planeta foi afetado; houve terremotos, escuridão, o véu do Templo se rasgou. O sacrifício, coroado de êxito, estava consumado.

E aí, vencidos a morte, o pecado e as trevas, Jesus ressuscita gloriosamente.

Calendário do Eu Sou - Mariza Varela


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