Deus, essa força que assim denominamos para representar a Fonte Maior ou Mente Divina, não quer necessariamente que sejamos evangélicos, espíritas, budistas, católicos, umbandistas ou de qualquer religião que seja. Deus nos quer bem, Ele quer que sejamos felizes e que a nossa luz interior, nossa essência primordial fique acesa e forte.
Se vamos manter essa chama Divina viva pela influência de uma ou outra religião, a escolha é sempre nossa. Também não há um impedimento contra seguir um caminho religioso, assim como não existe uma força que nos obriga a seguir uma filosofia espiritual específica. Existe apenas, dentro e fora de nós, um fluxo de força criadora querendo nossa ascensão à luz, no sentido do bem maior e da nossa felicidade integral.
Assim como um pai amoroso quer o bem dos seus filhos queridos, Deus também quer que sejamos alegres, plenos, realizados.
Deus Pai/Mãe, a Energia Maior, é a Fonte da Vida que deseja unicamente nos alimentar, nos iluminar. Essa é uma verdade suprema, uma lei maior da Existência.
Toda dificuldade, dor, sofrimento, doença, escassez, dúvida, dívida, equívoco, irritação, melancolia, medo, tristeza só vem quando fechamos as portas que nos ligam a Deus. Isso quer dizer: quando interrompemos a CONEXÃO.
Conexão que nos alimenta de vida, amor, clareza mental, discernimento, poder de criação, abundância, prosperidade e sucesso.
A causa de todos esses males tem origem no constante erro, que de tão corriqueiro já se tornou um hábito: esquecermos que somos uma só força em união com Deus e agirmos como se fossemos consciências isoladas, separadas do Todo.
Essa separação da qual nos “trajamos” ilusoriamente é a causa de todos os danos da nossa experiência de vida.
Somos pessoas de pouca fé - no sentido da ligação espiritual que essa expressão significa – ou quase nenhuma crença na força que nos alimenta. Podemos chamar de Cristo, Deus, Existência, Tao, Grande Mistério, Espírito Santo. O nome não importa, a CONEXÃO é o que realmente importa, porque nos remete a força, ao poder o qual estamos essencialmente ligados.
Atitudes simples, condutas igualmente simples, podem ampliar muito nossa capacidade de sentir essa luz, por consequinte, poderemos ser mais plenos, em todos os sentidos.
CONEXÃO é o segredo da plenitude.
CONEXÃO é uma ligação, intencional, mental, sentimental com a Fonte Maior, que acontece naturalmente pela força do desejo focado de estar sintonizado (a) com Deus.
Faça um desafio a você mesmo (a) agora, um experimento inocente.
-Pense em Deus nesse momento, sem dar nome a Ele.
-Direcione seu pensamento, seu sentimento, sua intenção para a Fonte Maior e diga a você mesmo (a): Eu quero sentir essa conexão agora. Eu gosto de saber que estou ligado (a) a essa força.
-Não pense especificamente em nenhum ser, santo, mestre.
-Eleve seu desejo, que deve ser expressado do fundo da sua alma, para o universo, imaginando como se ele fosse uma usina de força, que se corresponde com você nesse momento, lhe abastecendo com vida e saúde em todos os aspectos de sua existência.
- Se você aprender a fazer dessa sintonia a sua rotina, de forma continuada, permanente, então você sempre será uma pessoa feliz, próspera e livre.
Isso é CONEXÃO, a sua fonte de cura, amor e felicidade. Porque tudo é uma única força, e quando nos separamos dela, tornamo-nos fracos. Uma vez unidos, coesos a essa Fonte Maior, somos indestrutíveis.
Experimente a CONEXÃO, você vai se iluminar.
RELEMBRANDO A CONEXÃO
Talvez não estivesse nos planos do Grande Espírito Criador a ideia da construção de um material escrito que falasse da Conexão e sua importância, porque qualquer ser minimamente consciente deveria saber que sem essa sintonia com a Força Maior, a vida não fluiria dentro de nós, portanto é quase que uma incoerência falar de algo vital, essencial, assim como o ar que respiramos, mesmo porque, se não houvesse essa ligação entre qualquer ser e o Criador, obviamente esse primeiro jamais existiria. Sem essa ligação com a força de vida que nos alimenta, e que abastece tudo e todos, nada seria possível. Então parece até inconcebível imaginar que um dia falharíamos nessa tarefa! Infelizmente falhamos todos os dias, por isso nunca é demais aprofundar sobre um tema tão importante.
Não é difícil perceber que temos uma programação interior que nos leva sempre, mesmo que não tenhamos consciência, a buscar constantemente CONEXÃO com a Fonte Maior.
Quando batemos a canela no canto da cama, instintivamente levamos a mão ao ponto dolorido, com o objetivo de gerar alívio.
Quando sofremos, nos sentimos mal, choramos, nos recolhemos em reflexões, para nos centrar e nos equilibrar.
Quando a doença surge, os nossos corpos pedem descanso, tratamento, refazimento.
Quando chega a noite, sentimos a necessidade do sono e do repouso reciclador da força da vida.
Quando estamos com fome, o alimento nos renova, nos sacia.
Quando estamos carentes, queremos um colo, um amigo, um ombro para chorar.
Todos esses hábitos carregam mensagens incutidas que demonstram claramente o mecanismo natural instintivo, de que sempre buscamos a Fonte. E se buscamos esse manancial é porque não estamos ligados a Ele, ou no mínimo temos dificuldades em nos manter nessa ligação. Portanto, toda crise, dor, sofrimento, revela uma quebra dessa sintonia , que é a causa raiz de toda mazela humana.
Não existem mistérios, complexidades ou desafios instransponíveis nessa tarefa, porque todo ser tem internamente essa programação, todavia, estamos destreinados, desacostumados a viver a vida em conexão com a Fonte.
Nosso desafio é relembrar o que está impregnado em nossas células físicas e espirituais: na conexão constante e consciente está a receita para uma vida feliz e plena de todas as qualidades e virtudes que precisamos.
O desafio lançado a todos nós é o de reaprender a viver, começar de novo, mesmo que tímida e lentamente, começar a considerar que a nossa ligação com a Fonte é inquestionável uma tarefa que deve ser sempre priorizada ante a qualquer outra.
Uma vez que aceitemos essa verdade natural e passemos a agir condizente, uma força luminosa muito intensa passará a nos sinalizar o caminho de uma vida simplesmente maravilhosa: uma vida em CONEXÃO!
AS FONTES QUE NOS ALIMENTAM
Por que estamos vivos? Que energia é essa que nos dá movimento, ação e força? Que força é essa que alimenta as nossas células e confere saúde aos nossos corpos?
Se você ficar algumas horas sem comer, surgirá a fome que é a necessidade de alimentar o corpo físico. Sem alimento e sem água, não podemos sobreviver.
Se você ficar muito tempo acordado, sem descanso, o sono pedirá para você dormir, recuperar a vitalidade do seu corpo, relaxar sua mente. Sem o benefício do sono, a mente fica em desequilíbrio, as emoções ficam desorganizadas, o relógio biológico se desajusta, o corpo perde as forças. Sem o sono periódico não podemos viver.
Se você ficar poucos minutos sem respirar, seu sangue e seu cérebro perdem a oxigenação e encontram dificuldades para exercer suas funções, por consequinte, todo o corpo padecerá por essa carência. Sem a respirar não podemos viver.
Essas são as principais fontes que alimentam a nossa vida, pois sem elas, simplesmente não existiríamos.
Quando o corpo se alimenta devidamente dessas três fontes, a consciência pensante, a qual todo ser humano pode desfrutar, desabrocha de dentro do indivíduo, lhe conferindo carisma, discernimento, magnetismo, movimento e coordenação.
A falta de abastecimento por qualquer uma dessas fontes gera danos significativos ao organismo humano. Mas o corpo não é a consciência, portanto a consciência não é física, é etérica, já que não pode ser tocada com as mãos, medida ou pesada.
A consciência é a matriz espiritual, que abriga nossas qualidades ou tendências negativas, que dão forma a nossa personalidade. Portanto, a personalidade não é do corpo, é da alma, da consciência que vive em nossos corpos. Dizer que alguém morreu é o mesmo que dizer que sua consciência deixou seu corpo e não mais habita essa dimensão física.
Para que a consciência de qualquer ser fique perfeitamente estabelecida e alojada no corpo que lhe confere movimento, suas condições vitais precisam estar em devido equilíbrio, o que é alcançado quando o veículo físico se abastece adequadamente pelas três fontes anteriormente citadas.
Fica difícil para qualquer indivíduo manifestar o máximo de seus potenciais - intelectuais, emocionais, sentimentais, espirituais - se ele não estiver com o corpo físico equilibradamente alimentado pelas três fontes.
Uma pessoa não poderá fazer uma longa viagem de carro, cruzando um grande território, se o motor desse veículo, os pneus e toda a estrutura mecânica, elétrica e eletrônica que o concebeu, não estiver em pleno funcionamento. A pessoa também não poderá ir até o seu destino se ela não entrar dentro do carro. Esse é o papel da consciência de cada um, a condução do veículo. Também podemos dizer que o veículo transporta a consciência.
Temos que conduzir nosso veículo físico pela vida, com equilíbrio nos seus aspectos físicos, emocionais e mentais, para abrigar confortavelmente a nossa consciência.
A consciência do nosso corpo é a parte etérica em nós, por que não podemos tocá-la fisicamente, apenas sentí-la. Essa é a centelha espiritual que vive em cada ser. Nossa consciência é quem anima nosso corpo físico e não o inverso. Para que essa matriz etérica estabeleça residência em um corpo físico, esse deve estar em condições harmoniosas. Seguindo o mesmo raciocínio, quando um corpo adoece, desequilibra-se, desvitaliza-se de forma intensa, ele já não mais consegue magnetizar ou estabelecer a consciência em seu interior, daí a morte física acontece.
Nosso corpo espiritual “entra dentro” do corpo físico assim como um líquido pode preencher uma garrafa. Da mesma forma, se a garrafa se quebra, o fluído que está dentro dela escorre para outro lugar. Esse lugar chamamos genericamente de plano espiritual, porque possui sintonia vibracional com o corpo espiritual – que é a própria consciência - isso quer dizer que não pode ser habitado por seres que ainda tenham o veículo carnal ou corpo físico.
Quando ainda em espírito, antes de nascer, somos levados para o processo de gestação, temos os nossos corpos físicos construídos gradativamente. Assim que a funções básicas são constituídas, temos nosso espírito atraído para esse receptáculo físico que vai sendo moldado lentamente, até que definitivamente entramos nele. Mais tarde aparecemos como bebês na vida física para mais uma experiência terrestre.
Ao término do período de uma vida física, quando nosso veículo já não mais abriga a vitalidade de uma criança, perdemos o corpo denso “com prazo de validade vencido”, e temos nosso corpo espiritual liberado para voltar aos planos extrafísicos, onde não necessitamos de corpo carnal para transitar. Nesse ambiente sutil, desapegados das rotinas materiais, expandimos nossas consciências, percebemos nossos erros da última vida material, e assim planejamos uma nova experiência para retornar ao plano físico novamente pelo processo da gestação. Um novo corpo carnal nasce e o nosso antigo e imortal espírito se estabelece nele para viver mais uma vez em uma experiência material. E assim sucessivamente!
Embora temos algumas fontes conhecidas como essenciais para manutenção da vida física, como as citada anteriormente, uma vez que estamos vivendo em um corpo físico, precisamos ter discernimento, pensamentos, ações, intenções e magnetismo pessoal. Para isso necessitamos que nossa consciência - ou nosso espírito - mantenha-se sempre energizada, porque senão seremos um carro desgovernado em uma auto-estrada. O que dá direção a esse veículo é a ligação com a força espiritual, que aqui chamamos de CONEXÃO.
Você até pode viver ilusoriamente sem a conexão com a Fonte maior por algum tempo, até poderá sentir a energia do seu corpo físico fazendo você se movimentar e agir, mas se você não tiver um direcionamento ou uma bússola interior, os seus atos serão falhos e você viverá de forma mecânica assim como um doente em fase terminal de vida que tem o corpo semi morto, animado apenas pela ação de aparelhos.
A conexão espiritual abastece a energia do seu espírito, que é a sua consciência. Quando essa sua parte sutil absorve a vitalidade, ela é transmitida a todos os outros aspectos do se Eu, físico, mental e emocional. Portanto uma coisa afeta outra, um aspecto está ligado ao outro, porque como já dito, se não nutrirmos os nossos corpos, não iremos conferir saúde física para que nosso espírito more nele. Entretanto, se não nos alimentarmos pela via da conexão com a Fonte maior, também chamada de Deus, teremos uma consciência desordenada, conduzindo um corpo sem discernimento, pela diversas situações de uma vida, o que infelizmente é o grande do qual padecemos.
Dentro da chamada alimentação espiritual que devemos manter através da conexão com Deus, feita pela prática da meditação, oração, contemplações diárias, e tantas diversas outras formas que tentaremos comentar durante esse trabalho, temos diluída nela a necessidade da alimentação pelo afeto.
Ninguém consegue viver em paz nesse mundo se não se sentir amado, amparado, cuidado ou aceito entre os seus próximos. Queremos amor, queremos carinho, queremos colo, mas nem sempre solicitamos isso de forma direta. Nossos atos, nossas metas, nossos estilos de vida normalmente são voltados para a conquista de aceitação, do reconhecimento e pela busca do amor dos demais, o que é normal, desde que não se torne uma paranóia.
Muitas pessoas, na busca incessante por essa energia da aceitação, do amor, acabam que se hipnotizando, portanto se fascinando na busca desenfreada desses sentimentos, tentando erroneamente encontrá-los em terceiros. Nesse momento, se revela diante do indivíduo uma evidência óbvia: ele está buscando no próximo aquele sentimento que não encontra dentro dele! Podemos chamar esse evento de “falha de conexão”.
Essa busca extrema só ocorre quando a pessoa encontra um vazio interior, que ela sem perceber decide preencher com base na relação com os demais. Sem consciência ela fica viciada na busca por esses sentimentos e acaba paulatinamente tornando-se uma pessoa manipuladora – mesmo as de aparência doce e amável – ciumenta, possessiva, vítima, egoísta, em outras palavras, ela começa a se decompor essencialmente porque não percebe que busca no outro o que deveria construir internamente. Assim, como consequência, a pessoa torna-se um vampiro psíquico, também conheicida por obsessor vivo. Essa é mais uma demonstração de falha de conexão.
Uma pessoa conectada busca o amor do próximo, mas com liberdade, com leveza, sem cobranças, porque tudo deve fluir levemente. Ela não obriga ninguém a fazer nada, ela não cobra de ninguém uma ou outra atitude, mas ela recebe quando alguém tem amor, carinho e afeto para dar.
Muitas pessoas me escrevem tentando entender o que é realmente a conexão. Eu sempre procuro responder de forma prática: conexão é a sua consciência alimentada pela consciência cósmica, é a sua capacidade de agradecer a tudo e a todos e principalmente sentir amor pela vida. A conexão precisa ser sentida, experimentada, porque ela já flui em nós naturalmente, senão não estaríamos vivos. Por isso só precisamos ampliar a percepção.
Por Bruno J. Gimenes – Escritor autor de 9 livros, Professor Palestrante
– Criador da Fitoenergética e Co-fundador do Luz da Serra www.luzdaserra.com.br
- Seu mais recente livro é : Os Símbolos de Força
- A Volta dos Iniciados (assista o vídeo).