2012-04-17

ESTUDO SOBRE A MEDIUNIDADE VII







Nível 7 - Aura e Corpo Astral Danificados



Após analisarmos os fatores mediúnicos provocadores da idiossincrasia energética provinda da associação com entidades de qualidade inferior, e que têm por exclusivo intuito auferir ganhos financeiros, circunstância essa totalmente contrária aos princípios da ética de solidariedade para a qual, entendemos nós, é a motivação principal da existência desse recurso psíquico, veremos nesta apostila algumas outras implicações resultantes do mau uso dessa faculdade.

Antes de nos reportarmos à temática desta apostila queremos esclarecer que nos países europeus e norte-americanos é comum o exercício da atividade mediúnica, ou canalizadora como chamam por lá, mediante uma espécie de comercialização da faculdade.

Os médiuns daqueles países instalam-se em consultórios, como são os consultórios de terapias alternativas existentes nas cidades de nosso país, e têm valores de honorários a serem cobrados conforme a consulta que uma pessoa vá até eles fazer.

Esta é a forma que por lá entendem a utilização dessa faculdade, pois é assim a cultura daqueles povos. Em nosso país, entretanto, pelo sincretismo que aqui se instalou, onde, tal qual aconteceu com as raças que se miscigenaram para formar nosso povo, também todas as formas de culto e práticas de ocultismo se mesclaram. Neste novo caldo de cultura mística, que em nosso país se formou, prevaleceu o sentido de uma intrínseca norma de solidariedade para com o semelhante. Não é uma norma rígida, e, melhor dizendo, nem é uma norma. E´ um senso comum que parte do interior das pessoas buscando, espontaneamente, solidarizar-se com os infortúnios de seus semelhantes.

Por essa razão em nosso país não é comum vermos consultórios onde médiuns atendem consultas. Vemos, sim, algumas exceções, mas, quase sempre, essas exceções se revelam em embuste. O grosso do trabalho mediúnico sério repousa nos ombros de dedicadas pessoas que sem auferir qualquer ganho pessoal, entregam algumas de suas horas de folga para levar alívio aos que sofrem.

Depois deste esclarecimento, sigamos no tema. Os mestres da espiritualidade ensinam que existe o macrocosmo e o microcosmo. O macrocosmo é a formação estelar/planetária que contemplamos nas noites claras. O Universo com suas intermináveis galáxias, dentro de uma das quais está nosso sistema solar e este nosso mundico, chamado Terra. O microcosmo é cada um de nós, os seres humanos desta mesma Terra. Explicando: cada SER E´ um microcosmo.

Estamos falando isso para dizer que, da mesma forma que cada corpo celeste possui um envoltório magnético próprio, embora coexistindo num mesmo universo, isto é, no macrocosmo, também cada pessoa da Terra possui seu envoltório magnético próprio, apesar de coexistir num mesmo planeta. A este envoltório magnético da Terra, de forma popular, chamamos de atmosfera, embora sabendo que o vocábulo atmosfera designa a camada gasosa que envolve o planeta. Na verdade, o correto é dizer-se que o envoltório magnético da Terra é o espaço gravitacional que se propaga além da superfície.

Estamos usando essa figuração para dizer que cada pessoa se situa num envoltório, ou numa atmosfera psíquica, inteiramente particularizada. Esse particularismo de seu universo individual vem de corresponder ao inafastável encargo de cada pessoa ser a responsável por manter seu equilíbrio de vida. Ou seja, cada um responderá, intransferivelmente, por seus atos.

A fonte de onde se origina a energia que forma o envoltório psíquico de cada pessoa é a sua própria mente. Não é o Cérebro. Ao falar em mente estamos nos referindo ao oculto corpo Mental Superior, que ainda será objeto de estudo a partir da apostila 10. Obviamente que a fonte suprema é o Espírito, todavia, para o nível evolutivo humano, o corpo Mental Superior é o regente regional.

Portanto, as variações passíveis de ocorrerem nessa atmosfera psíquica de cada pessoa transcorrem na razão direta das variações emocionais de cada uma. Como também o inverso é igualmente válido. Isto é, ocorrendo variação na atmosfera psíquica por força da aproximação de influências externas, também variarão as emoções.

Exemplifiquemos: A atmosfera da Terra, em tempos que já vão longe, era composta só de ar puro. Hoje, a chamada civilização comprometeu a pureza dessa camada gasosa, por estar lançando nela todos os tipos de gazes tóxicos produzidos pelas máquinas operacionais, sejam nas indústrias, sejam nos meios de locomoção e nas práticas de lazer, onde, nestas, o lixo é deixado putrefando e, com isso, exalando gazes nocivos.

Conclusão, a atmosfera terrestre se acha doente. Da mesma forma acontece com a atmosfera psíquica das pessoas. Essa atmosfera deveria ser límpida. Só o seria, evidentemente, se a pessoa vivesse sempre emocionalmente equilibrada. Mas, essa mesma civilização que compromete o ar que respiramos, também provoca o comprometimento das emoções pessoais.

Esse comprometimento vem da insaciabilidade com que a civilização terrestre persegue novas idéias de conforto e comodidade. Trocando em miúdos: o ser humano nunca se sente satisfeito com o que já possui. Sempre quer mais, e sempre mais do que pode, comodamente, pagar. Daí, a inquietação da competitividade que leva ao martírio emocional, na consecução de um círculo vicioso formado por influências externas comprometendo o campo psíquico; o campo psíquico comprometido provoca influências sobre outras pessoas que, por suas vezes, revidam com novas influenciações... E assim, esse giro prossegue infindável, e todos se martirizando.

Tudo isso, numa dedução lógica, é produto de nossas mentes. Seja a mente consciente ou seja a mente inconsciente. Quando uma pessoa vive assim, por longo tempo, ela se perde no descontrole de seu querer, e, por conseguinte, nas suas emoções. Podemos dizer que tal hábito é uma maneira imprópria do uso da mente que irá provocar a descaracterização da uniformidade de seus corpos Astral e Mental. (Vide figura 04A na apostila 04).





Emoção é energia e a incontrolabilidade dessas energias, ou, simplesmente dizendo, o mau uso dessas ener-gias acarreta:

1º - literalmente causa explosões que rompem a aura, deixando-a danificada e conturbada. Uma aura poluída, digamos assim. Veja o exemplo na figura 08A.

Comparativamente, podemos dizer: a aura harmonizada seria a atmosfera da Terra nos tempos em que o ar era puro, e a aura conturbada é a atual atmosfera poluída que respiramos. Uma aura nas circunstâncias da aura conturbada é uma porta aberta à invasão de qualquer energia doentia, e, por conseqüência, comprometerá a estabilidade emocional do canalizador, ou de qualquer outra pessoa.

2º - Da mesma forma, o corpo espiritual ou, detalhando, os corpos Astral e Mental, serão atingidos e danificados. Uma vez isso acontecendo, de imediato os reflexos se farão visíveis no corpo Físico, na forma de inquietação, de irritabilidade, ou doenças não diagnosticáveis pela medicina.





A figura ao lado demonstra os dois estados. Aura harmonizada, corpo Astral harmonizado. Aura conturbada, corpo Astral danificado. Essa é uma relação direta porque quando um tal estado de degeneração da aura se instala no indivíduo formam-se coágulos de energias doentias em seus meridianos.

Explicando: Assim como se formam coágulos nas veias e artérias, isto é, porções do sangue que se solidificam causando obstruções à corrente sangüínea, nos meridianos, ou rede de distribuição das energias no conjunto dos corpos, também se formam esses coágulos energéticos que impedem à mesma a livre circulação. Impedidas de circular as energias vão se acumulando e deteriorando, literalmente, e formam as pústulas miasmáticas onde bactérias astrais desenvolvem suas colônias. Algo semelhante às inflamações no corpo humano.

Nesta situação, como dissemos acima, literalmente se alastra por todo o indivíduo uma espécie de inflamação, uma contaminação, que vai lhe corroendo todos os tecidos de seus corpos Astral e Mental.

Quando o agravamento se torna mais severo, acontece a chamada somatização dos efeitos e aquele mal, que se achava limitado ao campo psíquico, passa a dar sinais também no corpo Físico. Tudo tendo se originado na mente.

Lembrem-se do fluxo "descendente" de energia consciencial que ficou referido na apostila 04. Embora puro em sua origem cósmica, esse fluxo vai se degenerando ao se transformar em forças desagregadoras que assim se torna ao passar pela mente doentia do indivíduo, pois pensamento é energia. Com ele construímos os mais belos ideais, ou forjamos as mais lúgubres destruições.

Dentro, pois, dessa individualidade peculiar da mente, ou seja, seu potencial de construir ou de destruir, deve-se levar em conta a capacidade mental de cada pessoa. Uma pessoa de reduzidos recursos intelectuais, naturalmente terá uma mente de pouco alcance para idealizar planos destrutivos. Poderá ser abrutalhada mas não possuirá requintes de perversidades.

Por outro lado, uma pessoa de poderes intelectuais bem desenvolvidos, isto é, uma pessoa inteligente, perspicaz, engenhosa e sagaz, poderá desenvolver inescrupulosos planos destrutivos, sem limites de resultados, pois que a ambição lhe é irrefreável. Quando essa pessoa é médium, tanto maiores serão os efeitos nefastos por ela produzidos, pois, associados à sua mente estarão outras inteligências com pensamentos iguais, reforçando os seus.

Daí para frente não respeitará nenhuma ética e sua queda se torna inevitável. As conseqüências danosas dessa fixação de pensamentos, como veremos na apostila 09, seguem sua progressão, transformando-se em moldes vivos chamados de formas-pensamento. Enquanto durar aquela energização negativa tais formas-pensamento se mantém incrustadas na aura, semelhantemente a tumores no corpo Físico. Resulta daí a sensação de pegajosidade de certas auras percebidas pelos médiuns passistas ao atenderem pacientes portadores de processos obsessivos de grande monta.

Esses processos obsessivos, por sua longa duração, produzem acúmulos energéticos negativos, de tal forma que se não forem tratados a tempo causam a degeneração psíquica total do indivíduo, levando-o ao estado de demência irreversível. Forma-se, no indivíduo, uma espécie de estratificação consciencial, em razão de sua continuada e repetitiva forma mental de pensar.

Reverter essa situação no intuito de promover a cura do indivíduo, ou de pelo menos lhe proporcionar alívio dos males de sua criação, é tarefa prolongada. Às vezes, essa degenerescência, profundamente enraizada, para ser devidamente transmutada tornando o indivíduo, outra vez, apto a vivências harmoniosas, precisará de várias outras encarnações, até que ele consiga, por sua exclusiva vontade, retificar sua conduta no todo. Nesta circunstância, como de resto em todas as circunstâncias da vida, ficará marcante o livre-arbítrio. (Este assunto será mais vastamente visto nas apostilas da série por título RECONSTRUÇÃO).

Fonte:
http://sites.google.com/site/temploayraxango/-o-geml/nivel-7---aura-e-corpo-astral-danificados