Nível 8 - Manipulação de Energias
"Qualquer trabalho espiritualista implica acesso a, e manipulação de, energias potencialmente perigosas. O manuseio destas, de forma irreverente, quase sempre se converte em complicações irreversíveis aos que assim procedem."
Com as anotações acima damos início à descrição prática da Mediunidade. Faculdade peculiar e natural a toda criatura humana, não obstante, ainda cercada de incompreensões, crendices e mistérios. Nas apostilas 01 à 09 fizemos referências a algumas particularidades inerentes à essa faculdade, também chamada de paranormal. A partir desta apostila, porém, nos deteremos em análises mais completas, abrigando teoria e prática.
O Médium e seus Corpos
Para que se possa entender o mecanismo que propicia o funcionamento da faculdade mediúnica é necessário que antes se conheça a constituição integral do SER. Para facilitar essa compreensão elaboramos a figura ao lado, na qual expomos os corpos que compõem o SER Integral, e os planos onde cada corpo se situa, respectivamente. Fazendo referência aos planos de existência, temos:
Planos - 2 - Monádico, dimensão onde se situa e permanece o espírito, que é também chamado de centelha divina, ou mônada.
3 - Átmico ou Atmam.
4 - Búddhico ou Buddhi
5 - Mental Superior
Os planos Átmico, Búddhico e Mental Superior são regiões nas quais se dá a evolução do SER sob critérios Super Humanos.
5 - Mental Inferior
6 - Astral
7 - Físico
Os planos 5 inferior, 6 e 7 se situam nas dimensões chamadas de evolução Humana. Etapa evolutiva na qual se encontram os viventes na Terra. Somente quando vencidas as etapas correspondentes aos planos 7, 6 e 5, nessa ordem ascensional, é que o SER tem acesso ao plano 4. O que a figura nos descreve é o que podemos chamar de O Homem Integral. O SER inteligente, vivente na Terra, em todos os seus componentes.
Entretanto, para facilitar o estudo da Mediunidade, e apenas para facilitar o estudo, faremos uso da figura ao lado para descrever esse mesmo SER de forma mais simplificada. Nela vemos:
1 - Plano Consciencial, no qual estamos resumindo todos os planos situados "acima" do plano Mental . Será, para este estudo, a dimensão do Espírito, ou consciência.
2 - Plano Mental, onde, no desenho, englobamos o Mental Superior e o Mental Inferior. Neste plano o espírito manifesta-se fazendo uso do corpo Mental, sede do pensamento.
3 - Plano Astral, dimensão onde o Espírito se manifesta fazendo uso do corpo Astral. Allan Kardec, fundador da Doutrina dos Espíritos, ou Doutrina Espírita, deu ao corpo Astral o nome de perispírito. E´ também conhecido pelos nomes de psicossoma, sede dos desejos e das sensações.
4 - Plano Físico, onde estamos nesta atual existência como seres encarnados. Neste plano o espírito faz uso do corpo denominado de humano, também chamado de soma, ou corpo das ações. Acoplado ao corpo humano e fazendo parte deste, temos o corpo por nome Duplo-Etérico. Esse nome deriva do fato de esse invólucro ser a cópia fiel, em matéria rarefeita, ou energética, do corpo humano.
Esses corpos não se acham desligados uns dos outros. Podemos dizer que estão separados por força do aspecto dimensional da matéria de que são compostos, porém, interligados por tenuíssimos filetes de energia, distribuídos em cada célula do corpo, quando estes se acham acoplados durante o estado de vigília.
Quando os corpos se desacoplam, por motivos vários a que nos referiremos mais à frente, os tenuíssimos filetes de energia se concentram num só centro, formando um cordão. Dessa formação temos o cordão de Ouro, representado na figura acima pelo segmento "A", interligando o corpo Mental ao corpo Astral, e o cordão de Prata, segmento "B", interligando o corpo Astral ao corpo Físico. Os estudos do Cordão de Prata e Cordão de Ouro serão vistos na apostila 12.
Desacoplamento dos corpos
Alguns fatores que provocam o desacoplamento dos corpos, referente a Corpo Astral do corpo Físico são - o ato de dormir; o exercício da mediunidade incorporativa; o estado de desdobramento psíquico, onde a pessoa tem o corpo físico num determinado local e, ao mesmo tempo, é vista em seu corpo Astral em outro lugar; a faculdade de transporte, na qual o médium transfere de um outro local, ou de uma outra dimensão, objetos que lá se encontravam; a clarividência viajora, circunstância em que o médium deixa seu corpo físico em repouso, em estado sonambúlico, e vai com seu corpo Astral ao local do qual enviará informações a respeito do que está vendo; a chamada projeção astral, ou projeção da consciência, mais comumente conhecida como viagem astral, em que o projetor, conscientemente deixando o corpo Físico, "viaja" até o local, ou dimensão, à qual é atraído, e, por último, a morte do corpo Físico.
Neste último caso, isto é, a morte do corpo Físico, implica no rompimento do cordão de Prata. Nos demais casos ele se distende, elastece-se a distâncias inimagináveis sem que ocorra sua ruptura, permitindo, assim, ao corpo Astral, inteira liberdade de ação no plano correspondente ao qual se encontrar.
Desacoplamento Corpo Mental do corpo Astral - o ato, no plano Astral, semelhante ao ato humano de dormir; a mediunidade a nível mais profundo quando o médium na Terra desdobra-se ao plano Astral e deste, em etapa sucessiva, penetra no plano Mental, acontecimento comum na prática da meditação. Neste caso, além da distensão do cordão de Prata ocorre também a distensão do cordão de Ouro. E por último, o desacoplamento entre o corpo Mental e o corpo Astral que se dá pelo fenômeno chamado de segunda morte. Isto acontece quando, por evolução, o SER deixa, em definitivo, o corpo Astral, passando a viver só com o corpo Mental. Nesta circunstância rompe-se o cordão de Ouro.
Agora, analisemos por partes.
Corpo Humano - E´ o veículo de manifestação do espírito na face da Terra. Nesta dimensão os átomos de energia se condensaram na condição máxima conhecida por nós, e passaram a ser chamados de matéria. Portanto, matéria nada mais é que energia condensada, ou Luz Coagulada, no dizer de um autor espiritual, fato esse largamente conhecido da ciência nuclear.
Os átomos se aglomeram por atração simpática criando cadeias químicas que dão origem às substâncias. Estas, por sua vez, mutuamente se atraindo, formam os componentes orgânicos e inorgânicos. Os componentes orgânicos permitem a formação dos diferentes órgãos, e estes, em seu conjunto, formam os diferentes corpos animais que temos na Terra, inclusive o do homem. Magnífica e complexa escala de acontecimentos e transformações em cujo cimo se acha o espírito individual de cada SER, regendo, controlando e determinando a formação, desenvolvimento, envelhecimento e morte de seu equipamento.
Duplo-Etérico - E´ a parte invisível do corpo humano. E´ composto de matéria pertencente à dimensão física mas situada na escala das energias. Esse invólucro energético ultrapassa as linhas externas do corpo humano em mais ou menos um centímetro. O Duplo-Etérico é também conhecido como o veículo vitalizador de todo o conjunto físico.
E´ ele que absorve a energia cósmica distribuindo-a por toda a parte densa do corpo. Essa energia cósmica é o chamado "Fluido Cósmico Universal", assim denominado por Allan Kardec (O Livro dos Espíritos, questão 135-A). Helena Petrovna Blavatsky também faz referência à essa energia que preenche todo o Cosmo, chamando-a de Fohat, da linguagem sânscrita, (A Doutrina Secreta, vol. 1, págs. 158,159,160 e 161). Em outras escolas do pensamento é chamada de Prana, e outras a denominam de Chi ( Ki ).
Para melhor compreender essa função vitalizadora exercida pelo Duplo-Etérico, façamos uma comparação. A vida do corpo humano depende de três modalidades de vitalização, ou alimentação, quais sejam:
a) - Alimento sólido ou refeições;
b) - Oxigênio do ar ou respiração;
c) - Energia cósmica absorvida através dos chacras.
Os alimentos sólidos são ingeridos e transformados pelo sistema intestinal do organismo. O oxigênio do ar é absorvido via pulmões. A energia cósmica é absorvida pelos chacras, metabolizada e difundida pelo Duplo-Etérico. Portanto, dentro do processo vitalizador do corpo, o Duplo-Etérico é de capital importância. Sobre a descrição dos chacras iremos fazê-lo mais à frente.
Outra curiosidade a respeito do Duplo-Etérico, é que apesar de sua forma ser idêntica à forma do corpo humano, não se presta, porém, como veículo independente para a manifestação da consciência, tal como ocorre com os corpos Físico, Astral e Mental. Ele é apenas o componente etérico do corpo humano, daí seu nome ser "Duplo-Etérico", ou, "Cópia etérica do corpo Físico". Um composto resultante da associação entre os elementos do ambiente físico, quais sejam, do sistema nervoso do indivíduo, e, do ambiente astral, o psiquismo do mesmo.
Dessa constatação ressalta sua importância no fenômeno da mediunidade que reclama cuidados a serem tomados na forma de disciplina, como comentamos em apostilas precedentes, para se evitar desequilíbrios de todo o sistema, que, em acontecendo, se traduzirão nos processos de descontroles emocionais e esquizofrênicos, como são chamados na linguagem da psiquiatria.
Após comentário sucinto sobre o conjunto de todos os corpos que compõem a criatura inteligente da Terra, quando demonstramos a existência de planos de vida soberbamente elevados, passamos às descrições de cada um deles. Falamos do corpo humano, este nosso velho amigo de tantas batalhas, e principiamos a descrição do Duplo-Etérico. Dada a importância e complexidade desse componente do corpo Físico, muitos outros detalhes a seu respeito não puderam ser descritos naquela apostila, o que, em continuação, estaremos fazendo a seguir.
Como recapitulação, queremos lembrar que o Duplo-Etérico é a parte sutil do corpo Físico. Embora composto de matéria em estado de energia, pertence, contudo, ao plano Físico. Disto concluímos, portanto, que o corpo humano é composto por duas partes. Uma de matéria densa, que são os ossos e os músculos, e a outra de matéria rarefeita, já na escala das energias. Essa outra parte, em tudo, excluindo-se a consistência, é idêntica à parte densa.
Prosseguindo de onde interrompemos queremos dizer que por ele pertencer ao campo da matéria do plano Físico, é muito comum ser visto por pessoas, de um modo geral, logo após a morte de um corpo humano, pois, nessa circunstância, quando se solta deste, ainda está bem composto. Essa aparição é o popular assombração.
O que se vê, porém, é o duplo-etérico do recém desencarnado, e não o seu corpo Astral. Logo após a soltura inicia-se nele o processo de desintegração, tal como a decomposição do corpo humano. A figura 11A dá uma pálida idéia desse processo de desintegração do duplo-etérico. A desintegração total se completa em mais ou menos três dias após a morte. Em razão desse fato mentores espirituais orientam que a cremação de cadáver deve ser feita
após um período maior que as costumeiras 24 horas depois da morte. O motivo dessa recomendação se prende ao fato de que dentro desse período de apenas 24 horas o duplo-etérico, ainda parcialmente composto, por sua função associativa, estará transmitindo à consciência, via corpo Astral, as desagradáveis impressões do corpo Físico sendo queimado.
Essas impressões causariam sofrimento ao recém desencarnado. Uma questão meramente psicológica, é verdade, pois depois de morto, tanto faz o corpo se desfazer numa sepultura como ser incinerado sempre será uma decomposição. Contudo, nós os ocidentais ainda não estamos acostumados à modalidade de cremação de cadáveres.
No oriente, entretanto, na Índia principalmente, cremar cadáveres é ato corriqueiro e feito em plena via pública. Tanto é assim que a Teosofia, cujas bases se fundamentam nas filosofias Hindus, na descrição de uma de suas mestras, Annie Besant, em seu livro A Vida do Homem em Três Mundos, recomenda como meio benéfico a cremação de cadáveres para apressar a dissolução, também, do Duplo-Etérico.
Sua opinião se firma no fato de que com a dissolução mais imediata, tão logo o corpo tenha deixado de viver, o Duplo-Etérico não viria a servir de pasto a entidades desclassificadas que dele se apoderariam, famintas de energias humanas.
Trata-se do seguinte: Por ser o vitalizador do corpo humano, como ficou descrito linhas acima, o Duplo-Etérico é muito cobiçado pelas entidades inferiorizadas. Estas, embora desencarnadas, continuam imantadas ao plano Físico, e buscam, famélicas, os duplos-etéricos em desintegração, seja dos humanos ou dos animais, para aproveitar-lhes a vitalidade. Essas entidades inferiorizadas ainda não conseguem extrair do ambiente em que vivem, plano Astral inferior, o alimento de que necessitam. Por isso, saem à cata de cadáveres frescos para se nutrirem de seus duplos-etéricos.
Outra modalidade que as entidades inferiorizadas usam para se nutrir são os despojos de animais recém mortos, sejam nos matadouros ou nos trabalhos de magia negra.
Nos trabalhos de magia negra quase sempre são empregados sacrifícios de sangue, daí, é o momento onde infestam as entidades inferiorizadas. Naquele momento é grande o desprendimento dos duplos-etéricos daqueles animais, o que, para as entidades, é um festim.
Mas a nutrição de tais entidades não fica só no que acima descrevemos. Elas também se servem dos humanos descuidados.
Fazem o seguinte: Imantam-se em um corpo humano ainda vivo por força das semelhanças de desejos entre o encarnado e as tais entidades, depois, como se estivessem usando "canudinhos de refresco", sugam a energia do duplo-etérico daquela pessoa.
Veja a figura 11B. Quando assim acontece, a pessoa hospedeira se desvitaliza. Seus primeiros sintomas são: apetite compulsivo, cansaço sem razão, apatia, desânimo e anemia, que pode passar ao quadro das leucemias. Nesse auge já se constata a existência da terrível obsessão parasitária, ou monoideística, onde tanto o corpo como a mente do encarnado estão totalmente dominados pelas entidades que ali se hospedam e se nutrem.
Quanto a esses detalhes é interessante que leiam as páginas 34, 62 e 115 do livro Libertação, e página 123 do livro Nos Domínios da Mediunidade. Além destes, se possível, leiam também no Jornal Espírita, edição de Maio de 1991, todo o artigo da folha 12, e Folha Espírita de Março de 1992, artigo assinado por Hernani Guimarães Andrade, à página 4.
Assim, pois, os costumeiros estados de embriagues, uso excessivo do fumo e de drogas alucinógenas, levam o viciado ao contato continuado com essas entidades, pois elas se servem desses infelizes e descuidados humanos, fazendo deles seus instrumentos de ligação com aquelas sensações viciosas. Jamais, aqueles humanos, estarão fumando ou se embriagando sozinhos.
Pessoas dotadas da faculdade de clarividência descrevem cenas desagradáveis que são vistas nos locais pouco recomendáveis. Essas cenas mostram a imantação das entidades grosseiras ligadas aos seus hospedeiros, e em atitudes de grandes algazarras. Seus hospedeiros não suspeitam que estão sendo os veículos para que elas, as entidades grosseiras, desfrutem daquele ambiente físico.
Outra situação que merece ser esclarecida ao estudante de mediunidade é quanto ao envolvimento com multidões. Em toda e qualquer aglomeração humana se torna propício o desprendimento de magnetismo físico repugnante. Principalmente onde haja algazarras, badernas e atos atentatórios. Situação bastante prejudicial para aqueles que, com a prática mediúnica, vão desenvolvendo a sensibilidade, pois tornam-se centros de absorção daquelas emanações repugnantes.
Por outro lado forma-se, também, em tais ambientes, contra o doador espontâneo de energia, que é o médium, uma sucção contínua de suas forças. Essa sucção é efetuada de forma inconsciente por pessoas energeticamente descompensadas, comuns em toda aglomeração. Isso causa cansaço excessivo ao sensitivo, além de irritação. Além disso, está sujeito a levar consigo alguma entidade que influenciava outro e que, no contato energético, veio se agregar a ele.
Essas duas situações que ocorrem nas aglomerações deixam os médiuns desestabilizados. E alguns são tão sensíveis que ao deixarem o local da aglomeração têm em seu corpo reflexos de sintomas incômodos, que de pronto não sabem dizer quando começou. Pensam que é apenas um mal súbito, quando, na verdade, foi um esgotamento de suas energias, subtraídas que foram pela multidão. Quase sempre lhe acomete um princípio de suor frio, desmaio ou vertigem.
Por estas e tantas outras coisas, advém a necessidade de se cultivar hábitos de higiene mental, física e alimentar, além do constante cuidado no controle da educação da mediunidade.
Planos - 2 - Monádico, dimensão onde se situa e permanece o espírito, que é também chamado de centelha divina, ou mônada.
3 - Átmico ou Atmam.
4 - Búddhico ou Buddhi
5 - Mental Superior
Os planos Átmico, Búddhico e Mental Superior são regiões nas quais se dá a evolução do SER sob critérios Super Humanos.
5 - Mental Inferior
6 - Astral
7 - Físico
Os planos 5 inferior, 6 e 7 se situam nas dimensões chamadas de evolução Humana. Etapa evolutiva na qual se encontram os viventes na Terra. Somente quando vencidas as etapas correspondentes aos planos 7, 6 e 5, nessa ordem ascensional, é que o SER tem acesso ao plano 4. O que a figura nos descreve é o que podemos chamar de O Homem Integral. O SER inteligente, vivente na Terra, em todos os seus componentes.
Entretanto, para facilitar o estudo da Mediunidade, e apenas para facilitar o estudo, faremos uso da figura ao lado para descrever esse mesmo SER de forma mais simplificada. Nela vemos:
1 - Plano Consciencial, no qual estamos resumindo todos os planos situados "acima" do plano Mental . Será, para este estudo, a dimensão do Espírito, ou consciência.
2 - Plano Mental, onde, no desenho, englobamos o Mental Superior e o Mental Inferior. Neste plano o espírito manifesta-se fazendo uso do corpo Mental, sede do pensamento.
3 - Plano Astral, dimensão onde o Espírito se manifesta fazendo uso do corpo Astral. Allan Kardec, fundador da Doutrina dos Espíritos, ou Doutrina Espírita, deu ao corpo Astral o nome de perispírito. E´ também conhecido pelos nomes de psicossoma, sede dos desejos e das sensações.
4 - Plano Físico, onde estamos nesta atual existência como seres encarnados. Neste plano o espírito faz uso do corpo denominado de humano, também chamado de soma, ou corpo das ações. Acoplado ao corpo humano e fazendo parte deste, temos o corpo por nome Duplo-Etérico. Esse nome deriva do fato de esse invólucro ser a cópia fiel, em matéria rarefeita, ou energética, do corpo humano.
Esses corpos não se acham desligados uns dos outros. Podemos dizer que estão separados por força do aspecto dimensional da matéria de que são compostos, porém, interligados por tenuíssimos filetes de energia, distribuídos em cada célula do corpo, quando estes se acham acoplados durante o estado de vigília.
Quando os corpos se desacoplam, por motivos vários a que nos referiremos mais à frente, os tenuíssimos filetes de energia se concentram num só centro, formando um cordão. Dessa formação temos o cordão de Ouro, representado na figura acima pelo segmento "A", interligando o corpo Mental ao corpo Astral, e o cordão de Prata, segmento "B", interligando o corpo Astral ao corpo Físico. Os estudos do Cordão de Prata e Cordão de Ouro serão vistos na apostila 12.
Desacoplamento dos corpos
Alguns fatores que provocam o desacoplamento dos corpos, referente a Corpo Astral do corpo Físico são - o ato de dormir; o exercício da mediunidade incorporativa; o estado de desdobramento psíquico, onde a pessoa tem o corpo físico num determinado local e, ao mesmo tempo, é vista em seu corpo Astral em outro lugar; a faculdade de transporte, na qual o médium transfere de um outro local, ou de uma outra dimensão, objetos que lá se encontravam; a clarividência viajora, circunstância em que o médium deixa seu corpo físico em repouso, em estado sonambúlico, e vai com seu corpo Astral ao local do qual enviará informações a respeito do que está vendo; a chamada projeção astral, ou projeção da consciência, mais comumente conhecida como viagem astral, em que o projetor, conscientemente deixando o corpo Físico, "viaja" até o local, ou dimensão, à qual é atraído, e, por último, a morte do corpo Físico.
Neste último caso, isto é, a morte do corpo Físico, implica no rompimento do cordão de Prata. Nos demais casos ele se distende, elastece-se a distâncias inimagináveis sem que ocorra sua ruptura, permitindo, assim, ao corpo Astral, inteira liberdade de ação no plano correspondente ao qual se encontrar.
Desacoplamento Corpo Mental do corpo Astral - o ato, no plano Astral, semelhante ao ato humano de dormir; a mediunidade a nível mais profundo quando o médium na Terra desdobra-se ao plano Astral e deste, em etapa sucessiva, penetra no plano Mental, acontecimento comum na prática da meditação. Neste caso, além da distensão do cordão de Prata ocorre também a distensão do cordão de Ouro. E por último, o desacoplamento entre o corpo Mental e o corpo Astral que se dá pelo fenômeno chamado de segunda morte. Isto acontece quando, por evolução, o SER deixa, em definitivo, o corpo Astral, passando a viver só com o corpo Mental. Nesta circunstância rompe-se o cordão de Ouro.
Agora, analisemos por partes.
Corpo Humano - E´ o veículo de manifestação do espírito na face da Terra. Nesta dimensão os átomos de energia se condensaram na condição máxima conhecida por nós, e passaram a ser chamados de matéria. Portanto, matéria nada mais é que energia condensada, ou Luz Coagulada, no dizer de um autor espiritual, fato esse largamente conhecido da ciência nuclear.
Os átomos se aglomeram por atração simpática criando cadeias químicas que dão origem às substâncias. Estas, por sua vez, mutuamente se atraindo, formam os componentes orgânicos e inorgânicos. Os componentes orgânicos permitem a formação dos diferentes órgãos, e estes, em seu conjunto, formam os diferentes corpos animais que temos na Terra, inclusive o do homem. Magnífica e complexa escala de acontecimentos e transformações em cujo cimo se acha o espírito individual de cada SER, regendo, controlando e determinando a formação, desenvolvimento, envelhecimento e morte de seu equipamento.
Duplo-Etérico - E´ a parte invisível do corpo humano. E´ composto de matéria pertencente à dimensão física mas situada na escala das energias. Esse invólucro energético ultrapassa as linhas externas do corpo humano em mais ou menos um centímetro. O Duplo-Etérico é também conhecido como o veículo vitalizador de todo o conjunto físico.
E´ ele que absorve a energia cósmica distribuindo-a por toda a parte densa do corpo. Essa energia cósmica é o chamado "Fluido Cósmico Universal", assim denominado por Allan Kardec (O Livro dos Espíritos, questão 135-A). Helena Petrovna Blavatsky também faz referência à essa energia que preenche todo o Cosmo, chamando-a de Fohat, da linguagem sânscrita, (A Doutrina Secreta, vol. 1, págs. 158,159,160 e 161). Em outras escolas do pensamento é chamada de Prana, e outras a denominam de Chi ( Ki ).
Para melhor compreender essa função vitalizadora exercida pelo Duplo-Etérico, façamos uma comparação. A vida do corpo humano depende de três modalidades de vitalização, ou alimentação, quais sejam:
a) - Alimento sólido ou refeições;
b) - Oxigênio do ar ou respiração;
c) - Energia cósmica absorvida através dos chacras.
Os alimentos sólidos são ingeridos e transformados pelo sistema intestinal do organismo. O oxigênio do ar é absorvido via pulmões. A energia cósmica é absorvida pelos chacras, metabolizada e difundida pelo Duplo-Etérico. Portanto, dentro do processo vitalizador do corpo, o Duplo-Etérico é de capital importância. Sobre a descrição dos chacras iremos fazê-lo mais à frente.
Outra curiosidade a respeito do Duplo-Etérico, é que apesar de sua forma ser idêntica à forma do corpo humano, não se presta, porém, como veículo independente para a manifestação da consciência, tal como ocorre com os corpos Físico, Astral e Mental. Ele é apenas o componente etérico do corpo humano, daí seu nome ser "Duplo-Etérico", ou, "Cópia etérica do corpo Físico". Um composto resultante da associação entre os elementos do ambiente físico, quais sejam, do sistema nervoso do indivíduo, e, do ambiente astral, o psiquismo do mesmo.
Dessa constatação ressalta sua importância no fenômeno da mediunidade que reclama cuidados a serem tomados na forma de disciplina, como comentamos em apostilas precedentes, para se evitar desequilíbrios de todo o sistema, que, em acontecendo, se traduzirão nos processos de descontroles emocionais e esquizofrênicos, como são chamados na linguagem da psiquiatria.
Após comentário sucinto sobre o conjunto de todos os corpos que compõem a criatura inteligente da Terra, quando demonstramos a existência de planos de vida soberbamente elevados, passamos às descrições de cada um deles. Falamos do corpo humano, este nosso velho amigo de tantas batalhas, e principiamos a descrição do Duplo-Etérico. Dada a importância e complexidade desse componente do corpo Físico, muitos outros detalhes a seu respeito não puderam ser descritos naquela apostila, o que, em continuação, estaremos fazendo a seguir.
Como recapitulação, queremos lembrar que o Duplo-Etérico é a parte sutil do corpo Físico. Embora composto de matéria em estado de energia, pertence, contudo, ao plano Físico. Disto concluímos, portanto, que o corpo humano é composto por duas partes. Uma de matéria densa, que são os ossos e os músculos, e a outra de matéria rarefeita, já na escala das energias. Essa outra parte, em tudo, excluindo-se a consistência, é idêntica à parte densa.
Prosseguindo de onde interrompemos queremos dizer que por ele pertencer ao campo da matéria do plano Físico, é muito comum ser visto por pessoas, de um modo geral, logo após a morte de um corpo humano, pois, nessa circunstância, quando se solta deste, ainda está bem composto. Essa aparição é o popular assombração.
O que se vê, porém, é o duplo-etérico do recém desencarnado, e não o seu corpo Astral. Logo após a soltura inicia-se nele o processo de desintegração, tal como a decomposição do corpo humano. A figura 11A dá uma pálida idéia desse processo de desintegração do duplo-etérico. A desintegração total se completa em mais ou menos três dias após a morte. Em razão desse fato mentores espirituais orientam que a cremação de cadáver deve ser feita
após um período maior que as costumeiras 24 horas depois da morte. O motivo dessa recomendação se prende ao fato de que dentro desse período de apenas 24 horas o duplo-etérico, ainda parcialmente composto, por sua função associativa, estará transmitindo à consciência, via corpo Astral, as desagradáveis impressões do corpo Físico sendo queimado.
Essas impressões causariam sofrimento ao recém desencarnado. Uma questão meramente psicológica, é verdade, pois depois de morto, tanto faz o corpo se desfazer numa sepultura como ser incinerado sempre será uma decomposição. Contudo, nós os ocidentais ainda não estamos acostumados à modalidade de cremação de cadáveres.
No oriente, entretanto, na Índia principalmente, cremar cadáveres é ato corriqueiro e feito em plena via pública. Tanto é assim que a Teosofia, cujas bases se fundamentam nas filosofias Hindus, na descrição de uma de suas mestras, Annie Besant, em seu livro A Vida do Homem em Três Mundos, recomenda como meio benéfico a cremação de cadáveres para apressar a dissolução, também, do Duplo-Etérico.
Sua opinião se firma no fato de que com a dissolução mais imediata, tão logo o corpo tenha deixado de viver, o Duplo-Etérico não viria a servir de pasto a entidades desclassificadas que dele se apoderariam, famintas de energias humanas.
Trata-se do seguinte: Por ser o vitalizador do corpo humano, como ficou descrito linhas acima, o Duplo-Etérico é muito cobiçado pelas entidades inferiorizadas. Estas, embora desencarnadas, continuam imantadas ao plano Físico, e buscam, famélicas, os duplos-etéricos em desintegração, seja dos humanos ou dos animais, para aproveitar-lhes a vitalidade. Essas entidades inferiorizadas ainda não conseguem extrair do ambiente em que vivem, plano Astral inferior, o alimento de que necessitam. Por isso, saem à cata de cadáveres frescos para se nutrirem de seus duplos-etéricos.
Outra modalidade que as entidades inferiorizadas usam para se nutrir são os despojos de animais recém mortos, sejam nos matadouros ou nos trabalhos de magia negra.
Nos trabalhos de magia negra quase sempre são empregados sacrifícios de sangue, daí, é o momento onde infestam as entidades inferiorizadas. Naquele momento é grande o desprendimento dos duplos-etéricos daqueles animais, o que, para as entidades, é um festim.
Mas a nutrição de tais entidades não fica só no que acima descrevemos. Elas também se servem dos humanos descuidados.
Fazem o seguinte: Imantam-se em um corpo humano ainda vivo por força das semelhanças de desejos entre o encarnado e as tais entidades, depois, como se estivessem usando "canudinhos de refresco", sugam a energia do duplo-etérico daquela pessoa.
Veja a figura 11B. Quando assim acontece, a pessoa hospedeira se desvitaliza. Seus primeiros sintomas são: apetite compulsivo, cansaço sem razão, apatia, desânimo e anemia, que pode passar ao quadro das leucemias. Nesse auge já se constata a existência da terrível obsessão parasitária, ou monoideística, onde tanto o corpo como a mente do encarnado estão totalmente dominados pelas entidades que ali se hospedam e se nutrem.
Quanto a esses detalhes é interessante que leiam as páginas 34, 62 e 115 do livro Libertação, e página 123 do livro Nos Domínios da Mediunidade. Além destes, se possível, leiam também no Jornal Espírita, edição de Maio de 1991, todo o artigo da folha 12, e Folha Espírita de Março de 1992, artigo assinado por Hernani Guimarães Andrade, à página 4.
Assim, pois, os costumeiros estados de embriagues, uso excessivo do fumo e de drogas alucinógenas, levam o viciado ao contato continuado com essas entidades, pois elas se servem desses infelizes e descuidados humanos, fazendo deles seus instrumentos de ligação com aquelas sensações viciosas. Jamais, aqueles humanos, estarão fumando ou se embriagando sozinhos.
Pessoas dotadas da faculdade de clarividência descrevem cenas desagradáveis que são vistas nos locais pouco recomendáveis. Essas cenas mostram a imantação das entidades grosseiras ligadas aos seus hospedeiros, e em atitudes de grandes algazarras. Seus hospedeiros não suspeitam que estão sendo os veículos para que elas, as entidades grosseiras, desfrutem daquele ambiente físico.
Outra situação que merece ser esclarecida ao estudante de mediunidade é quanto ao envolvimento com multidões. Em toda e qualquer aglomeração humana se torna propício o desprendimento de magnetismo físico repugnante. Principalmente onde haja algazarras, badernas e atos atentatórios. Situação bastante prejudicial para aqueles que, com a prática mediúnica, vão desenvolvendo a sensibilidade, pois tornam-se centros de absorção daquelas emanações repugnantes.
Por outro lado forma-se, também, em tais ambientes, contra o doador espontâneo de energia, que é o médium, uma sucção contínua de suas forças. Essa sucção é efetuada de forma inconsciente por pessoas energeticamente descompensadas, comuns em toda aglomeração. Isso causa cansaço excessivo ao sensitivo, além de irritação. Além disso, está sujeito a levar consigo alguma entidade que influenciava outro e que, no contato energético, veio se agregar a ele.
Essas duas situações que ocorrem nas aglomerações deixam os médiuns desestabilizados. E alguns são tão sensíveis que ao deixarem o local da aglomeração têm em seu corpo reflexos de sintomas incômodos, que de pronto não sabem dizer quando começou. Pensam que é apenas um mal súbito, quando, na verdade, foi um esgotamento de suas energias, subtraídas que foram pela multidão. Quase sempre lhe acomete um princípio de suor frio, desmaio ou vertigem.
Por estas e tantas outras coisas, advém a necessidade de se cultivar hábitos de higiene mental, física e alimentar, além do constante cuidado no controle da educação da mediunidade.