2015-07-17

ENTRE O AMOR E A MEDITAÇÃO HÁ O CAMINHO PARA DEUS






Alguma vez você observou isso? Se você cruza com dois amantes verdadeiros, você verá muitas coisas parecidas neles.

Verdadeiros amantes se tornam como se fossem irmãos e irmãs. Você se surpreenderá: nem irmãos e irmãs são tão parecidos.

Suas expressões, o modo de andar, o modo de falar, os gestos - dois amantes se tornam parecidos e, contudo, tão diferentes. Isso começa a acontecer naturalmente. Só por ficarem juntos, lenta, lentamente, eles ficam sintonizados um com o outro.

Verdadeiros amantes não precisam dizer nada um ao outro - o outro imediatamente compreende, compreende intuitivamente.

Se a mulher fica triste, ela pode não dizê-lo, mas o homem compreenderá e a deixará sozinha. Se o homem fica triste, a mulher compreende e o deixa sozinho - arranja uma desculpa para deixá-lo sozinho.

Gente estúpida faz exatamente o oposto: nunca deixam o outro sozinho - ficam constantemente um com o outro, cansando e entediando um ao outro; nunca deixando nenhum espaço para o outro existir.

O amor dá liberdade e o amor ajuda o outro a ser ele mesmo ou ela mesma. O amor é um fenômeno muito paradoxal. De um modo ele o torna uma alma em dois corpos; de outro lado, ele lhe dá individualidade, singularidade. Ele o ajuda a abandonar seus pequenos eus, mas também o ajuda a alcançar o supremo Eu.

Então, não é nenhum problema: o amor e a meditação são duas asas, e elas equilibram-se. E, entre as duas, você cresce, entre as duas, você chega a Deus.


- OSHO, Philosophia Perennis, Vol. 1.


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