" desolada a Justiça chora pela humanidade."
Nossa sociedade parece ter sólidos fundamentos, mas como tudo que é sólido padece do absurdo destino de se desintegrar no com o passar do tempo.
Contrariando toda a lógica aparente, tudo indica que estejamos em plena experiência de oscilação e que a qualquer momento e numa velocidade vertiginosa, tenhamos de contemplar o desmoronamento súbito (?) de tudo que hoje serve para medirmos a magnitude do que supostamente somos.
Um facto de tamanha proporção e impacto hoje em dia só poderia se referir ao poder, o deus antigo/moderno da humanidade.
Esse suposto paraíso desmorona no abismo, o deus de brilho sedutor transforma-se por si mesmo em seu oposto, o monstro de proporções bíblicas que produz desprezo, desonra e miséria.
Como é que as coisas chegaram a esse ponto?
Na verdade elas sempre estiram presentes, o que diferencia o agora do ontem é a velocidade com que tudo acontece, em face da globalização.
Porque nossa humanidade sempre corrompeu os princípios essenciais, sem os quais sequer merecemos ser chamados de humanos e menos civilizados.
O deus poder está com os dias contados.
O ocidente adora atacar e atirar para todos os lados, criticando e ao mesmo tempo copiando de tudo na forma vulgar até mesmo o que é considerado sagrado em sua origem, porém, se observasse com mais atenção seu próprio umbigo perceberia que por aqui carece-se de amor e gratidão pelas bases e raízes.
Pelo deus poder e seus complexos rituais e dogmas tudo se faz, tudo se sacrifica, promovendo miséria, ignorância e preconceito tal qual ocorrera nos passado e que deveria servir de lições já superadas formando assim, nova base para as leis de uma nova civilização.
O poder, tal qual os dogmas e fundamentalismos religiosos, não admite questionamento, impõe sua ditadura sem fornecer explicações nem lógica.
O poder é o deus de uma religião que hoje em dia não tem a mínima contenção na forma de leis ou regras, pode tudo, é a maior forma de autoritarismo que embora já visto na história humana, ainda assusta.