2014-05-12
QUEM, E O QUÊ, SOMOS NÓS!?
Passamos muito tempo da nossa vida falando, olhando o outro, apontando defeitos e subtraindo qualidades.
Por um "mistério dos mistérios", sabemos exatamente o que e como o outro deve fazer, falar, pensar, amar, crêr e até viver.
Hiper-avaliamos e criticamos a maneira do outro se vestir, se pentear, manter sua casa, educar seus filhos, escolher seus parceiros e até os seus animais de estimação!
Somos promotores de acusação e juízes de todos o tempo todo.
No entanto, temos muita dificuldade em julgar a nós mesmos, positiva ou negativamente. Temos, ainda mais, dificuldade em aceitar o julgamento alheio.
Pois bem, é fácil perceber que, direta ou indiretamente, infernizamos a vida alheia, mas só queremos receber afagos e elogios de volta.
É certo que não somos os bons cristãos que julgamos ser. Vejamos:
Jesus disse: " Ama teu próximo como a ti mesmo."; " Amem uns aos outros, como Eu vos amei."; " Não fazê aos outros o que não queres que façam a ti."
Se eu digo que sou cristã, fica implícito que sigo os mandamentos cristãos, logo, se maltrato as pessoas, ( quando Jesus disse para tratar os outros da forma que quero ser tratada), então é como se eu afirmasse: me maltratem, pois, ao maltratá-los, é assim que quero que me tratem.
E, se somos questionados de forma direta, somos hipócritas, oscilamos entre o ego exagerado, lá nas alturas e a diminuição de nossos valores, tanto mentais quanto físicos, numa falsa demonstração de humildade.
É raro alguém reconhecer a sua própria hipocrisia, arrogância, ignorância, e muitas outras -isias e -âncias. Porém, todos, sabemos exatamente quando e onde os outros estão sendo todas as (-isias) e (-âncias) que existe.
Somando a isso, não temos a fé que propagamos, expressamos os reflexos distorcidos dos outros, por falta da real auto-expressão.
Quando avaliamos os outros, estamos, na verdade, nos sujeitando à avaliação de terceiros. E, ainda que o que os outros pensam e dizem sobre nós possa nos levar a uma tristeza profunda, precisamos disso porque não confiamos em nós próprios, nem em Deus.
Nos falta a segurança, firmeza e profundidade em nossa própria medida, que resulta do Amor verdadeiro à Deus. Somos um bando de filhos mesquinhos e ingratos. Os verdadeiros "anjos caídos".
Oras, nos foi dito que fomos feitos à imagem e semelhança de Deus, logo se conclui que, das duas uma: 1)- Deus não é perfeito, por isso, sendo Sua imagem e semelhança, nós também não somos; ou, 2)- somos perfeitos como imagem e semelhança de Deus, mas somos tão ingrtos ( leia-se mimados, ego-ístas e exigentes.) que nem a isso, ( a bondade Divina ), temos a capacidade de reconhecer.
Fazemos questão de andar nas trevas, sendo que somos os reais portadores da luz ( Lúciferes). E somos tão mesquinhos e egoístas que projetamos um bode expiatório, como um ser à parte para levar toda a culpa. Jamais paramos para pensar e admitir, Lúcifer somos nós!
Lúcifer é "O Portador da Luz". E luz é o mesmo que consciência. Perder a consciência é cair em trevas. Trevas é igual a ignorância.
Lúcifer( o ser humano), que é portador da luz ( que é dotado de consciência), por orgulho se tornou ego-ísta e ingrato, perdendo sua luz ( perdendo sua consciência) e caiu nas trevas ( e caiu na ignorância).
Repetindo o parágrafo agora de forma separada:
Lúcifer, que é portador da luz, por orgulho se tornou ego-ísta e ingrato, perdendo sua luz e caiu nas trevas.
Que é a mesma coisa que isso:
O ser humano, que é dotado de consciência, por orgulho se tornou ego-ísta e ingrato, perdendo sua luz perdendo sua consciência e caiu na ignorância.
Acordemos e lembremo-nos, quem despencou fui eu, foi você, fomos todos nós! E não foi do "céu" que despencamos, foi de nossa auto-consciência para as trevas de nossa ignorância, de nossa mesquinhez, de nossa arrogância, de nosso orgulho e de nosso ego-ísmo...
Quem não conhece a si mesmo, quem não quer reconhecer quem se é de verdade, quem não se identifica, não pode ser reconhecido, nem por si nem por ninguém ( inclusive por Jesus).
Quem não se identifica, não pode ouvir a própria voz interior ( a consciência), portanto não pode se arrepender de ser tão ingrato para com seu Criador, e assim sendo, jamais receberá redenção.
Quando alcançamos essa percepção, a de quem somos de fato, somos instado por nossa consciência a nos voltarmos verdadeiramente para Deus, arrependidos e cheios de gratidão por termos sido criados tão belos, tão resplandecente como A Própria Imagem e Semelhança do Criador, e por termos um papel a desempenhar, não só aqui, neste mundo, mas em todo Universo: o de sermos a Imagem e Semelhança Divina.
Quando agirmos como verdadeiros cristãos, ou seja, quando deixarmos o orgulho, o egoísmo, a arrogência e aceitarmos a ajuda, aceitarmos a mão estendida de nosso Irmão Jesus, que não caiu, o ato de julgar os outros, e a si próprio, não terá mais nenhum sentido. Seremos capaz de olhar além das aparências, inclusive dos outros Reinos, ao lado do Reino Hominal.
Só assim teremos o direito de nos auto-intitular Cristãos. Do contrário é heresia, profanação do Santo Nome dO Amado Mestre.
Texto de VSL
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